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14 novembro 2014

Depósitos de VENENOS agrícolas ao lado de residências?

Está para ser apreciado na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul o Projeto de Lei 154/2014, que “flexibiliza” depósitos de agrotóxicos no estado do Rio Grande do Sul.
O autor do projeto é o deputado Marlon Santos.

Agrotóxico é VENENO!

Na página da Emater/RS, em 15/8/2014:
Emater/RS-Ascar manifesta preocupação com PL que flexibiliza depósitos de agrotóxicos

A Emater/RS-Ascar manifesta preocupação em relação ao PL 154/2014, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do RS, que dispõe sobre depósitos de agrotóxicos.

Em Nota Técnica, expedida pela Diretoria da Emater/RS-Ascar, a Instituição defende o imediato arquivamento do PL. “Consideramos que o Projeto de Lei em questão, além de contrariar os critérios de licenciamento ambiental vigentes no Estado para instalação de depósitos de agrotóxicos, é uma ameaça à saúde pública e não resguarda os interesses da coletividade”, destaca o diretor técnico da Instituição, Gervásio Paulus.



Confira a Nota Técnica:
Nota Técnica sobre o Projeto de Lei Nº 154/2014
A Emater/RS-Ascar manifesta sua preocupação em relação ao conteúdo do Projeto de Lei 154/2014, em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do RS, que dispõe sobre a localização dos depósitos dos estabelecimentos revendedores e/ou distribuidores de agrotóxicos.

Não é a primeira vez que um projeto com esse teor é apresentado no parlamento gaúcho. Desta vez, inclusive, o PL citado não prevê distâncias mínimas, mas permite que depósitos de agrotóxicos sejam instalados em zonas urbanas, rurais ou industriais, sem observar qualquer distância de outros estabelecimentos, sejam residenciais ou comerciais. Em seu Art. 2º, o PL afirma: “os estabelecimentos revendedores e/ou distribuidores que armazenarem produtos agrotóxicos poderão instalar-se e/ou operar, independentemente da distância de residências, em zonas rurais, urbanas mistas, comerciais ou industriais, em consonância com o Plano Diretor do Município e demais leis municipais de parcelamento do solo urbano ou do Estatuto da Cidade”.

É sabido que agrotóxicos possuem substâncias voláteis, ou seja, tal argumento ignora o direito dos proprietários vizinhos de não serem contaminados por tais substâncias. Há uma falsa ideia de que o critério de distância mínima de 30 metros de residências causa transtorno às pequenas revendas. No entanto, a própria Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) informa que 95% das licenças emitidas, para depósitos de agrotóxicos hoje existentes, são para pequenos depósitos, sendo que 77% são para depósitos de porte mínimo (menores de 100m²). Ou seja, tal justificativa para o PL não procede.


É importante dizer que trata-se de agrotóxicos, portanto, de venenos. Armazená-los em áreas residenciais, sem qualquer preocupação com distâncias mínimas, gera riscos de contaminação, seja pelas substâncias voláteis emitidas, seja pela fumaça tóxica em caso de incêndio, e até mesmo por derramamento em caso de acidentes quando do transporte dos mesmos. Os agrotóxicos podem ser absorvidos através das vias dérmica, gastrointestinal e respiratória e podem gerar quadros de intoxicação aguda, subaguda e crônica. Tais riscos à saúde pública não devem ser ignorados pelos legisladores.

Também é preciso lembrar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica os agrotóxicos de acordo com o risco à saúde humana, incluindo produtos que são reconhecidos como Extremamente Tóxicos ao ser humano (Classe toxicológica I), os quais emitem substâncias voláteis, colocando em risco a saúde das pessoas que estão nas imediações.

Assim, pelas razões expostas, a Emater/RS-Ascar manifesta-se contrária ao Projeto de Lei nº 154/2014, reforçando o Parecer Técnico da Fepam que trata desse tema.

Consideramos que o Projeto de Lei em questão, além de contrariar os critérios de licenciamento ambiental vigentes no Estado para instalação de depósitos de agrotóxicos, é uma ameaça à saúde pública e não resguarda os interesses da coletividade, por isso defendemos o seu imediato arquivamento.

Porto Alegre, agosto de 2014.

Gervásio Paulus
Diretor Técnico da Emater-RS

Link para a página da Emater/RS: http://www.emater.tche.br/site/noticias/detalhe-noticia.php?id=20050#.VGXl8sm7pki



31 outubro 2014

Árvore é cortada para dar lugar a propaganda sobre preservação ambiental?

Peça de publicidade sobre o Dia da Árvore foi instalada no lugar da árvore derrubada em São José do Rio Preto, em São Paulo

Árvore é cortada para dar lugar a propaganda sobre preservação ambiental e gera polêmica
Peça de publicidade sobre o Dia da Árvore foi instalada no lugar da árvore derrubada em São José do Rio Preto, em São Paulo
por Renato Onofre - Jornal O Globo - 29/10/2014

SÃO PAULO — “Uma criança abraça uma árvore com o sorriso no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação da natureza e lembra do Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitária virou motivo de revolta e indignação em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Isso porque a empresa de outdoor Interdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno na Vila Aurora para a instalação de outdoor. Por coincidência, a primeira peça de publicidade instalada no local foi uma propaganda de um plano de saúde exaltando o Dia da Árvore.

A polêmica começou em julho com a derrubada da árvore no terreno localizado na Avenida Alberto Andaló. No local, já havia dois outdoors instalados. E com o corte da árvore, outros três foram instalados. Em uma das propagandas, uma cooperativa de saúde incentivava a preservação das árvores como forma de melhorar a saúde. A história foi parar na internet e ganhou repercussão internacional.

— Fiquei sem palavras diante de tamanha ironia e falta de bom senso — reclamou Carina Crisi Cavalheiro sobre a derrubada da árvore.

Nesta quarta-feira, o GLOBO tentou contato com a empresa responsável pelo outdoor. O atendente da Interdoor, que se identificou como Wagner, disse que só os proprietários poderiam falar sobre o assunto. Ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a empresa teria informado que tinha autorização da prefeitura e Polícia Ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coincidência” já que não sabia o que iria ser anunciado.

Em nota, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma autorização em nome da Interdoor para o corte de árvore. Segundo o órgão, em nome dessa empresa, há uma autuação da Polícia Militar Ambiental, por corte de árvore, porém a Cetesb não confirma se é o mesmo endereço.

De acordo com a legislação municipal, a multa, segundo a Polícia Ambiental, varia entre R$ 100 a R$ 1.000 por árvore ou planta. Já a multa da prefeitura por erradicar árvores sem autorização é de R$ 247, 55.

Não é a primeira vez que a população de São José do Rio Preto se revolta com a derrubada de uma árvore. Há cinco meses, um grupo de moradores tentou impedir que um guapuruvu de mais de 80 anos e 30 metros de altura para dar lugar a construção de dois prédios. A mobilização levou o caso à justiça.

Link para a matéria: http://oglobo.globo.com/brasil/arvore-cortada-para-dar-lugar-propaganda-sobre-preservacao-ambiental-gera-polemica-14398152#ixzz3HisMRG00


13 outubro 2014

A falácia do PIB

Todos falam que é preciso "crescer mais", aumentar o PIB (produto interno bruto).
Afinal, o que é realmente o PIB?
O que realmente conta na vida não é mensurável, por isso vivemos uma “falência da felicidade quantificável”. Por outro lado, “um crescimento infinito é incompatível com um mundo finito. Quem acredita nisso ou é louco ou é economista”. (leia mais aqui: http://goncalodecarvalho.blogspot.com.br/2011/11/decrescimento.html)

O aumento do PIB realmente acaba com a miséria?
''É preciso deseconomizar o imaginário''
Trecho de uma das últimas palestras do ecologista José Lutzenberger em 2002, desmistificando essa falácia do pensamento econômico atual.
"Se um avião cai e é montada uma grande operação para resgatar destroços e corpos, isso aumenta o PIB. Se um país monta uma grande operação de guerra, aumenta a produção de armas, isso movimenta a economia do país, logo aumenta seu PIB. Isso é bom para a humanidade?"

02 julho 2014

Para nossa prefeitura LER antes de pensar em CORTAR mais árvores em nossa cidade

Como salvar muitas vidas com parques urbanos
As áreas com árvores reduzem a quantidade de perigosas partículas de poeiras de 2,5 mícron.
Todas as árvores urbanas contribuem para um ar mais limpo e ambiente mais saudável.(usar o tradutor do Google, o artigo está em húngaro):

http://365.postr.hu/eletet-ment-a-varosi-park-szallopor-szennyezes-legtisztitas




No artigo tem link para o documento do IOP Science: "Global premature mortality due to anthropogenic outdoor air pollution and the contribution of past climate change "

http://iopscience.iop.org/1748-9326/8/3/034005/

21 maio 2014

Quantas Copas (de árvores) por uma copa (de futebol)?

No The Guardian, Reino Unido:

Crime Scene in Porto Alegre
On the morning of February 6, 2013, the eve of the carnival - when many retire from the city to the beaches - Prefecture teams arrived with their chainsaws and started cutting trees without informing the press, the residents or the city council. Hearing the noise of chainsaws youth tried to prevent the cutting of some trees and climbing them and prompting environmentalists press. The population was able to prevent the cutting of more trees and a Motion was created specifically to address this issue, the group " How many cups ( trees) by a canopy ( football)?"

How many Treetops for one World Cup Soccer?

01 outubro 2013

Casas da rua Luciana de Abreu - Quem DECIDE é o prefeito

Protesto do dia 29 de setembro - Adultos e crianças confraternizam
pedindo a preservação das casas
Cidadãos fazem atos de protesto, Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural se omite e MP entra com recurso junto ao Tribunal de Justiça

Nos dias 25 e 29 de setembro aconteceram atos de protesto de pessoas contrárias à decisão judicial que permite a demolição das casas na rua Luciana de Abreu. No protesto desse domingo, 29 de setembro, centenas de pessoas protestaram no ato chamado "Pare na Luciana" que contou com música, projeção de filmes, exposição de fotos de época, brechós, atividades para crianças e participação de chefs de culinária.

Protesto no dia 25 de setembro
 
Raul Agostini, presidente do Moinhos Vive, no protesto do dia 29.

Dirigentes da Associação Moinhos Vive, que luta contra a derrubada das casas desde 2002, explicaram aos presentes o significado dessa luta para a qualidade de vida do bairro e da cidade.

Protesto no dia 29 - da esquerda para a direita:
Beto Moesch (ex-vereador e ex-secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre),
Paulo Vencato (diretor do Moinhos Vive) e
Caio Lustosa (ex-vereador e ex-secretário municipal do Meio Ambiente)

No Jornal do Comércio de hoje, 01/10/2013:
MP propõe acordo entre Goldsztein e prefeitura 
Reunião do Compahc termina sem definição sobre inclusão ou não do casario da Luciana de Abreu no inventário do patrimônio histórico
Cláudia Rodrigues Barbosa

Crianças também protestam contra a derrubada das casas, em 29/9/2013
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) irá propor um acordo com a incorporadora Goldsztein para resolver o impasse que envolve os casarões localizados na rua Luciana de Abreu, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Segundo o procurador de Justiça José Túlio Barbosa, a ideia é sugerir que a construtora preserve o casario e use o espaço para alojar sua sede ou seu setor de arquitetura, além de criar um memorial das obras de arquitetos alemães que fizeram história na Capital. Em contrapartida, a prefeitura poderia conceder índices construtivos adicionais em outros lugares como permuta.

Ontem, o MP protocolou recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que possibilitou a derrubada dos prédios. No ofício estão os embargos de declaração solicitando que o tribunal explique sete pontos com omissões no acórdão. O recurso tem como base a apresentação de plantas arquitetônicas que apontam que as casas foram projetadas pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn. Segundo Barbosa, se os embargos não forem aceitos, o MP recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça. A resposta do TJRS pode levar um mês.

O especialista em História da Arquitetura Günter Weimer (à esquerda):
"os casarões foram construídos pelo arquiteto Theodor Wiedersphan – alemão que veio
ao Brasil no início do século XX e consolidou sua carreira no Rio Grande do Sul."

O MP já havia tentado acrescentar ao processo as plantas arquitetônicas, encontradas em setembro por Cláudio Aydos, herdeiro de Alberto Aydos, parceiro de Theo Wiederspahn na obra. O tribunal não aceitou as provas por não ser admitida no sistema processual civil a inclusão de documentos ao processo nesta fase do julgamento.

Manifestação em 25 de setembro.
Já a terceira reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) terminou ontem sem definição a respeito da inclusão ou não do casario no inventário do patrimônio histórico da Capital. O parecer do conselho não determina a inclusão, apenas sugere. A decisão final cabe ao prefeito.

“Tivemos um encontro muito esclarecedor. O Moinhos Vive nos trouxe documentos provando que o projeto das casas é do arquiteto Wiederspahn. A planta com o carimbo dele mostra isso”, afirma o conselheiro representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Nestor Torelly. Para ele, a preservação ou não das casas pelo fato de terem ou não sido feitas pelo referido arquiteto não é o mais importante. “Considero relevante preservar pelo espírito do lugar, a paisagem urbana e a relação afetiva que o conjunto edificado tem com os moradores do bairro.”

Centenas de pessoas foram protestar contra a derrubada das antigas casas
para a construção de um "espigão" de 16 andares no Moinhos de Vento.

Para Goldsztein, plantas não representam novidade
Milton Terra Machado, advogado da incorporadora Goldsztein, diz que recorrer é do jogo e da “dialética processual”. “Essas plantas consideradas novas pelo MP já estão no processo há anos e não representam qualquer novidade”, argumenta. Ainda conforme ele, nas plantas consta o carimbo do escritório de Wiederspahn, mas não há a assinatura do arquiteto alemão, e sim de Franz Filsinger, que trabalhava no mesmo local de Wiederspahn. “Uma coisa é preservar as obras de Oscar Niemeyer, outra é querer resguardar tudo o que foi projetado pelos arquitetos que trabalharam com ele”, argumenta Machado.

A escritora Carol Bensimon (ao centro) promoveu o evento "Pare na Luciana"
no dia 29 de setembro.
No entanto, o procurador de Justiça José Túlio Barbosa garante que não são as mesmas plantas. “O MP está com plantas autenticadas em cartório que comprovariam, no mínimo, a associação entre Filsinger e Wiederspahn no projeto das casas.” Machado questiona o que será feito do casario caso não saia o edifício. Ele informa que cinco das seis casas não possuem condições de habitação e que o valor para recuperá-las é altíssimo.

“A Goldsztein tem procurado o diálogo para preservar o interesse de todos. A maioria dos envolvidos quer um consenso. Manter parte das edificações pode ser um consenso, mas é preciso avaliar bem esta questão. A prefeitura tem que ter a preocupação de respeitar decisões judiciais e, ao mesmo tempo, atender às expectativas da comunidade”, avalia o advogado da incorporadora.

A exposição "Memórias de Porto Alegre" no protesto do dia 29 de setembro.

A Goldsztein pretende construir no local um prédio de 16 andares. Desde 2003, uma liminar favorável ao MP impedia que a empresa desse prosseguimento a seu projeto. No dia 12 de setembro, de forma unânime, o TJRS confirmou a sentença de primeiro grau, a qual diz que as casas não possuem valor excepcional que justifique a inclusão no rol do patrimônio histórico. Desde a semana passada, organizações que defendem os casarões fazem protestos para preservar as casas.

As crianças brincaram e participaram do protesto também.

Vários "Amigos da Gonçalo de Carvalho" levaram seu apoio para a preservação
das casas. Haroldo Hugo, Ney Ferreira e seu filho Pedrinho, mostram uma antiga
camiseta usada no início da mobilização pela preservação das árvores
da rua Gonçalo de Carvalho. Em 29/9/2013

Todas as fotos dessa postagem: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

25 setembro 2013

Poluição do ar mata mais que acidentes de trânsito em São Paulo

Poluição do ar é mais fatal que acidente de trânsito em SP
Por ano, a má qualidade do ar é responsável por 17,4 mil mortes no Estado, o dobro do número de óbitos envolvendo acidentes de trânsito, revela estudo

Responsáveis por 90% da poluição do ar,
os veículos são os maiores vilões das mortes e internações

São Paulo – Ameaça nem sempre visível ao olho nu, a poluição do ar na maior metrópole do país mata mais do que acidentes de trânsito. Por ano, a má qualidade do ar é responsável por nada menos do que 17,4 mil mortes no Estado de São Paulo, o dobro do número de óbitos envolvendo acidentes de trânsito, revela um novo estudo.

De acordo com a pesquisa do Instituto Saúde e Sustentabilidade, entre 2006 e 2011, houve 99.084 mortes relacionadas à poluição – é quase uma cidade de 100 mil habitantes sendo dizimada em 6 anos. A capital concentra o maior número de vítimas fatais: 4,6 mil por ano, o triplo de pessoas mortas em acidentes de trânsito (1.556).

Em 2011, o Estado de São Paulo registrou 68.499 internações atribuíveis à poluição. Somados, o número de mortes precoces e de internados representaram um custo de R$ 246.273.436 ao sistema público e privado de saúde.

Responsáveis por 90% da poluição do ar no estado, os veículos são os maiores vilões das mortes e internações. E quanto maior a lentidão do trânsito, mais gases poluentes são lançados no ar. A conta é simples, mas o perigo nem sempre é visível. Trata-se das micropartículas de poeira, conhecidas como PM2,5.

Medindo apenas 0,0025mm, elas resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores, e formam, por exemplo, a fuligem preta em paredes de túneis.

Maléficas ao organismo humano, elas podem penetrar nos pulmões e na corrente sanguínea, causando doenças cardíacas, câncer de pulmão, asma e infecções respiratórias. O estudo aponta que as médias anuais de MP2,5 de todos os anos situam-se acima do padrão de 10 μg/m3 , preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Em 2011, a média para os municípios foi de 25 μg/m3.

Mas as medidas máximas diárias observadas para os municípios representaram entre 40 e 140 μg/m3. Segundo o estudo, se considerarmos uma medida máxima, por exemplo, de 100 μg/m3 em um dia, significa que o morador da cidade respirou 4 vezes mais a dose considerada segura naquele dia, ou a dose possível para 4 dias.

21 maio 2013

A Marcha em Defesa da Árvores


Leitura do Manifesto da AGAPAN em frente da Prefeitura Municipal de Porto Alegre

Matéria no Sul 21:
Ativistas realizam marcha contra corte de árvores em Porto Alegre



Protesto começou às 18h desta segunda-feira (20), em frente à prefeitura de Porto Alegre | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Samir Oliveira
A chuva insistia em cair na noite desta segunda-feira (20), fazendo escorrer a tinta que transmitia mensagens de protesto em frente à prefeitura de Porto Alegre e corroendo os cartazes feitos de cartolina e papel pardo. Fina e constante, a chuva parecia imitar a determinação de dezenas de jovens que estão acampados desde o dia 17 de abril na área verde ao lado da Câmara Municipal, dispostos a permanecer em vigília contra o corte de árvores para realização de obras viárias em função da Copa do Mundo de 2014.
Nesta segunda-feira, cerca de 150 pessoas foram às ruas na cidade para protestar contra a poda das árvores. São 115 plantas na mira das motosserras: 43 tipuanas, 16 carobinhas, 15 goiabeiras, 9 ipês-roxos e 7 canafístulas.

Leia mais:
- Justiça autoriza derrubada de árvores na Avenida Beira-Rio em Porto Alegre

A marcha desta segunda – que saiu da prefeitura às 19h e chegou ao acampamento pouco depois das 19h30min – foi uma resposta dos ativistas à decisão judicial que autorizou o corte das árvores. Na quinta-feira (16), a 22ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) entendeu que os vegetais podem ser podados.


Cerca de 150 pessoas marcharam até o acampamento onde dezenas de jovens fazem vigília contra corte de árvores | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

A decisão do Judiciário derrubou os efeitos de uma liminar concedida em primeira instância que suspendia o corte de árvores iniciado em fevereiro, quando 14 tipuanas foram ceifadas da praça Júlio Mesquita para que a obra de ampliação da avenida João Goulart pudesse ser iniciada.
Os desembargadores sustentam que “apesar da sua importância”, a preocupação com o meio-ambiente não pode frear o desenvolvimento econômico de Porto Alegre. Eles também alegam que a área era um antigo aterro e que as árvores foram plantadas no local, portanto – não sendo originárias – podem ser removidas.
O Ministério Público já prepara um recurso para protocolar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas a decisão do TJ-RS dá aval para que a prefeitura efetue a qualquer momento os cortes. Especula-se que a ação possa ocorrer ainda nesta semana.
Ato reúne antigos ambientalistas e novos militantes
Porto Alegre tem tradição na militância ambiental. A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPA) foi uma entidade pioneira no país, fundada em 1971 por José Lutzenberger.


Cesar Cardia afirma que ambientalistas mais velhos também subirão em árvores | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foi nesta época que se forjou boa parte da militância ambiental da cidade. Denunciados pelos cabelos grisalhos, esses ativistas estavam presentes no ato desta segunda-feira (20), quando se misturaram com jovens militantes da cidade – muitos dos quais eram presença garantida nos atos recentes que movimentaram a vida político-social de Porto Alegre, como os protestos contra o aumento da passagem de ônibus.
“Apoiamos a postura dos jovens, achamos que é digna de todos os elogios. Eles estão defendendo o futuro. Os mais velhos, se puderem ajudar e subir em árvores, também farão isso”, orgulha-se Cesar Cardia, integrante da Agapan e do movimento Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho – via repleta de tipuanas no bairro Independência e considerada popularmente pelos moradores como “a rua mais bonita do mundo”.
“Meu professor foi José Lutzenberger. Estou repassando o que aprendi com ele a esses jovens, é gratificante. Já temos uma idade avançada… Mas eles estão aí e vão segurar a barra”, diz Eduíno de Mattos, integrante da Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (APEDEMA).
Ele acredita, ainda, que as obras viárias em execução na cidade possuem um outro objetivo: preparar Porto Alegre para receber a Fórmula Indy do Mercosul. “Esse projeto está sendo escamoteado da opinião pública. Está sendo feita uma parceria entre a Secretaria Municipal da Copa do Mundo e a rede hoteleira da cidade. Como querem realizar uma Fórmula Indy, onde a velocidade permitida é 330 km/h, dentro de uma capital colonial? É uma incoerência, não é esse o turismo que queremos”, denuncia.


Eduíno de Mattos diz que prefeitura negocia realização da Fórmula Indy na cidade | Foto: Ramiro Furquim/Sul21

No início do protesto desta segunda-feira, os ativistas leram um manifesto no qual garantiram que subirão nas árvores quando a prefeitura for iniciar o corte. “Quando chegarem os funcionários municipais com suas motosserras, nos acorrentaremos nas copas”, avisaram.
Ao longo da marcha desta segunda-feira, os gritos mais ouvidos eram “nenhuma árvore a menos” e “recua motosserra, recua! é o poder popular que está na rua!”. Ao chegar no acampamento, o grupo prometeu realizar um novo ato nesta quinta-feira (23).

Confira mais fotos do protesto desta segunda-feira


Foto: Ramiro Furquim/Sul21 

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Foto: Ramiro Furquim/Sul21

Fonte: http://www.sul21.com.br/jornal/2013/05/ativistas-realizam-marcha-contra-corte-de-arvores-em-porto-alegre/

10 maio 2013

Porto Alegre: da vanguarda à pressão social, o que mudou?

O tema do Agapan Debate será 
“Porto Alegre: da vanguarda à pressão social, o que mudou?”
Debatedores:
Drª Ana Maria Marchesan - Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente -MPE
Economista Cristiano Tatsch - Secretário Municipal de Urbanismo - SMURB
Biólogo/Arquiteto Francisco Milanez - Presidente da AGAPAN

Data: 13 de maio de 2013
Local: Auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS
Horário: 19 horas
Entrada Franca




10 abril 2013

Ainda sobre o corte de árvores

Palácio da Justiça em Porto Alegre - Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Corte de árvores no entorno da Usina do Gasômetro segue suspenso
Não houve acordo entre o Ministério Público e a Prefeitura de Porto Alegre

O corte de árvores no entorno da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre, seguirá suspenso. A decisão foi tomada após uma audiência de conciliação realizada na manhã desta quarta-feira na 10ª Vara da Fazenda Pública no Foro Regional, no bairro Tristeza, na zona Sul da Capital. As partes – Ministério Público e Procuradoria-Geral do Município – não entraram em um acordo. O encontro foi mediado pela magistrada Nadja Mara Zanella.

A Prefeitura de Porto Alegre pretende cortar 115 árvores para concluir a obra da duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva, a Beira-Rio. O Ministério Público, através das promotoras de Justiça de Defesa do Meio Ambiente Annelise Monteiro Steigleder e Ana Maria Moreira Marchesan, pede que o Executivo implante, mediante o que prevê a revisão do Plano Diretor de 2010, o Parque Corredor do Gasômetro. A duplicação da Beira-Rio, entre a Rótula das Cuias e a Praça Júlio Mesquita, é uma das obras previstas para a Copa do Mundo de 2014.

A polêmica começou em fevereiro, quando 14 árvores foram derrubadas, o que gerou revoltas de moradores da região e entidades ligadas à causa de proteção ao meio ambiente. Três pessoas chegaram a subir nas árvores que ainda seguiam em pé para protestar contra o corte. Como compensação, a prefeitura da Capital promete deve plantar 401 mudas, sendo 60 dessas foram colocadas em março no Parque da Harmonia.

O prefeito José Fortunati destacou, na época, que em só ano ano passado foram plantadas mais de 25 mil mudas na Capital, e lamentou que ninguém falava sobre isso. Conforme o secretário do Meio Ambiente da Capital, Luiz Fernando Záchia, o projeto de duplicação da Beira-Rio prevê ainda o plantio de 1,8 mil árvores.

Com informações do repórter Jerônimo Pires

Fonte: Rádio Guaíba e Correio do Povo

Árvores de Porto Alegre: Eu curto. Eu cuido. A prefeitura CORTA.

Bairro Bom Fim

O prefeito diz que foram plantadas muitas árvores, mas o número de árvores urbanas continua caindo em Porto Alegre. Basta caminhar pelas ruas para que se perceba que muitas árvores  foram cortadas pela SMAM e nenhuma foi plantada nesses locais. 
O chamado "plantio compensatório" foi feito onde? 
No Lami?
Bairro Bom Fim
Bairro Independência

07 abril 2013

Não estamos sozinhos!

Sensacional "tirinha" do Armandinho.
Para os que usam o tradutor do Google:
- Então você quer mudar o mundo sozinho?
- Não estou sozinho, só estamos espalhados...
- ...mas já começamos a nos reunir!
As historietas do Armandinho:
Armandinho no Facebook
Blog do Alexandre Beck.


22 janeiro 2013

O que queremos?

Imagem em formato A2
Seguidamente nos perguntam "o que vocês querem? Por que não ficam quietos, já conseguiram a preservação das árvores da rua. Por que apoiam ações e movimentos em outros locais da cidade e até distantes de Porto Alegre?"
Acreditamos que a adaptação de uma arte que prega uma "Campanha Nacional de Arborização Urbana", mostrada no Ato Público em Defesa das Árvores da rua Anita Garibaldi, é a melhor reposta para essas perguntas.
Angela Tavares, moradora do bairro Bom Fim
Haroldo Hugo, morador do bairro Floresta
Eneder Oberst, moradora do bairro Petropólis
A importância das árvores urbanas no sequestro do carbono
O papel dos espaços verdes das cidades no sequestro do carbono era ainda muito desconhecido e subestimado. A promoção de árvores nos espaços verdes urbanos pode ser a medida chave para os objetivos de redução de emissões de carbono.
As árvores urbanas desempenham um papel muito mais relevante na fixação de carbono da atmosfera do que, mesmo cientificamente, tem sido considerado. O recente estudo para quantificar o carbono fixado pela vegetação urbana foi ainda um projeto pioneiro e revelou a verdadeira importância deste papel da vegetação nas cidades.
O trabalho realizado no Reino Unido, sugere que a vegetação urbana pode ser a chave para o cumprimento das metas ambiciosas de redução das emissões de CO2. Os resultados obtidos demonstram que a vegetação urbana fixa cerca de 3,16 kg de carbono por m2. A grande maioria do carbono é fixo nas árvores e principalmente nas árvores de grande porte.
Fonte: Guardian

http://goncalodecarvalho.blogspot.com.br/2011/07/rua-goncalo-de-carvalho-na-tv-camara.html

09 janeiro 2013

Por favor, DEFENDAM as árvores!

Ato público contra corte de árvores na rua Anita Garibaldi
Em 1975 o estudante Carlos Alberto Dayrell salvou uma árvore e seu exemplo tem ajudado a salvar muitas árvores até hoje. 
Dairell na árvore -  Foto: Correio do Povo/memória

AMANHÃ, 10 de janeiro - 18h - na esquina da Anita Garibaldi com Carlos Gomes: 
Ato Público em defesa das árvores da rua Anita Garibaldi e de todas as árvores urbanas.

Matéria na revista Veja em 5 de março de 1975 - reprodução arquivo Gonçalo de Carvalho
(clique na imagem para ler a matéria)

Mais sobre o Dayrell e o ato histórico: