22 outubro 2013

Mais perigo em Fukushima: os riscos da remoção das varetas de combustível

Tanques com água radioativa em Fukushima
Foto da "Nuclear Regulation Authority" do Japão.
A Crise na Unidade 4 de Fukushima exige uma ação global
por Harvey Wasserman*

Estamos perto do que pode ser momento mais perigoso da humanidade desde a Crise dos Mísseis Cubanos.

A empresa proprietária de Fukushima, a Tokyo Electric (Tepco), diz que em novembro eles começarão a tentar remover mais de 1.300 tubos de combustível de um dos tanques que está bastante danificado a cerca de 50 metros do chão. Este tanque está em cima de um prédio muito danificado que está afundando, entortando e pode facilmente cair com algum terremoto ou até mesmo sozinho.

As quase 400 toneladas de combustível naquela piscina podem derramar 15 mil vezes mais radiação do que foi derramada em Hiroshima.

A única coisa certa sobre essa crise é que a Tepco não tem os recursos financeiros ou científicos para lidar com a situação. Nem mesmo o governo japonês. A situação demanda de um esforço mundial coordenado dos melhores cientistas e engenheiros que nossa espécie pode prover.

Foto: Fukushima Blog

Por que isso é tão sério?

Nós já sabemos que milhares de toneladas de água muito contaminada estão vazando de Fukushima desde 2011 e indo direto para o oceano Pacífico. Já foram encontrados cardumes de sardinha com traços de contaminação na costa da Califórnia… E nós devemos esperar coisas muito piores.


A Tepco continua a jogar mais e mais água na região dos três núcleos dos reatores destruídos para de alguma forma mantê-los resfriados. O vapor que sai destes indica que a fissão nuclear pode ainda estar ocorrendo no subsolo. Mas ninguém sabe exatamente onde estes núcleos estão.

Esta água jogada torna-se radioativa ao entrar em contato com o núcleo. Como não pode ser descartada, sua maioria está agora armazenada em milhares de enormes porém frágeis tanques que foram montados com pressa em volta do local. Muitos já estão vazando. Eles podem simplesmente se desmontar no próximo terremoto, liberando milhares de toneladas de veneno permanente no Pacífico.

A água que está sendo jogada no local está prejudicando as bases das estruturas que sobraram, inclusive a do prédio que suporta o tanque de combustível da unidade quatro.

Foto: Fukushima Blog
Mais de 6.000 varas de combustível estão em um tanque apenas a cinquenta metros da unidade quatro. Algumas destas contendo plutônio. O tanque não tem nenhuma contenção extra, está vulnerável à perda do isolamento estrutural, ao colapso de algum prédio próximo, outro terremoto, outra tsunami e mais.

No geral, mais de 11.000 varas de combustível estão espalhadas ao redor da Fukushima. De acordo com o especialista do departamento de energia Robert Alvarez, há cerca de 85 vezes mais césio no local do que o que foi liberado em Chernobyl. Pontos de radioatividade continuam sendo encontrados em todo o Japão. Há indicações de áreas com grande incidência de problemas na tireoide de crianças.

A missão principal é que estas varas de combustível devem sair de alguma forma com segurança deste tanque de combustível do reator quatro o mais rápido possível.

Imagem: Fukushima Blog
Qual o risco que estas varas de combustível apresentam?

O combustível gasto têm de ser mantido de alguma forma debaixo da água. É revestido em uma liga de zircônio que irá entrar em ignição espontaneamente se exposto ao ar. Usado por muito tempo em lâmpadas de flash de câmeras fotográficas, o zircônio queima com uma chama extremamente clara e quente.

Cada bastão emite radiação o suficiente para matar alguém próximo a ela em questão de minutos. A ignição de uma poderia forçar toda a equipe a abandonar o local e deixaria equipamentos elétricos inutilizados.

De acordo com Arnie Gunderson, uma engenheira nuclear com quarenta anos de experiência em uma indústria que fabrica estas varas de combustível, as que estão dentro do reator da unidade quatro estão tortas, danificadas e trincadas ao ponto de quebrarem. As câmeras mostraram quantidades preocupantes de destroços no tanque de combustível, que parece estar bem danificado.

Os desafios de esvaziar este tanque são cientificamente enormes, diz Gundersen. Mas deverá ser feito com 100% de perfeição.

Esquema da superestrutura de recuperação do combustível. - Imagem Fukushima Blog

Se a tentativa falhar, as varas podem ser expostas ao ar e pegar fogo, liberando quantidades horroríficas de radiação na atmosfera. O tanque pode cair no chão, derrubando as varas juntas em uma pilha que poderia ativar a fissão e explodir. O resultado seria uma nuvem radioativa que ameaçaria a segurança e saúde do mundo todo.

Os primeiros vestígios de radiação que Chernobyl emitiu chegaram na Califórnia em dez dias. Os vestígios de Fukushima chegaram em menos de uma semana. Um novo incêndio no tanque de combustível do reator quatro pode derrubar uma corrente contínua de radiação venenosa por séculos.

O embaixador aposentado Mitsuhei Murada diz que se esta operação der errado, “destruiria o ambiente mundial e nossa civilização. Não é ciência astronômica ou se conecta com debates sobre plantas nucleares. Esse é um assunto sobre a sobrevivência humana”.

Nem a Tokyo Electric ou o governo do Japão pode fazer isso sozinho. Não há desculpas para não organizar um esforço em conjunto mundial dos melhores engenheiros e cientistas disponíveis.

O relógio está contando e não podemos evitá-lo. O desfecho de um possível desastre nuclear mundial está quase batendo na porta. Para ajudar, a melhor coisa que você pode fazer é passar esta informação para outras pessoas afim de mobilizar e conscientizar o mundo do perigo que estamos enfrentando e assim pressionar as autoridades a se organizarem.

*Franklin Harvey Wasserman (nascido em 31 de dezembro de 1945) é um jornalista norte-americano, autor, ativista da democracia e defensor de energia renovável . Ele tem sido um estrategista e organizador do movimento anti-nuclear nos Estados Unidos há mais de 30 anos.
 
Mais informações no Fukushima Blog


Contaminação do Oceano Pacífico: Césio-137 foi detectado na água do mar a 1 km de Fukushima
Césio-137 foi detectado na água do mar ao largo de Fukushima pela primeira vez, a 1 km da planta nuclear. A data de amostragem foi de 10/08/2013. A leitura foi de 1,400 Bq/m3.
Desde que começaram as amostragens neste local em 2013/08/14, as medições de Cs-134/137 tinham sido menores do que o nível detectável. Esta é a primeira vez que se mediu nível significativo de Cs-137.


"Jeitinho" japonês  para tentar conter o problema de bombeamento de água
Foto da "Nuclear Regulation Authority" do Japão.
Água de chuva contaminada em Fukushima pode ter chegado ao oceano 
De acordo com a Tokyo Electric Power (Tepco), a água de chuva transbordou das áreas onde estão instalados os tanques de armazenamento de líquidos radioativos.

Tóquio - A operadora da central nuclear de Fukushima informou nesta segunda-feira (21/10) que água de chuva contaminada pode ter alcançado o Oceano Pacífico. A Tokyo Electric Power (Tepco) explicou que a água de chuva transbordou das áreas onde estão instalados os tanques de armazenamento de líquidos.

Até o momento, a quantidade e o grau de contaminação não foram determinados. A central de Fukushima Daiichi contém 400.000 toneladas de água com césio, estrôncio, trítio e outras substâncias radioativas no subsolo ou armazenadas em quase mil depósitos improvisados desde o acidente nuclear de 2011 provocado por um tsunami.

Fonte: Correio Braziliense (com France Presse)

Sem plano B?

Em janeiro de 2012, no Fórum Social Temático em Porto Alegre, Yuko criticou
o governo e a imprensa do Japão que pouco esclareciam a população.
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo de Carvalho
Este novo problema na central acontece em um mês no qual a unidade registrou diversos erros humanos que causaram fugas maciças de água contaminada e novos vazamentos para o mar. Na mensagem recebida, via Facebook, da eco ativista Yuko Tonopira, ela diz: "sim, é verdade que a remoção das varas de combustível da unidade 4 começará em novembro. Eles só construiram um guindaste para retirar o conjunto de hastes, um por um... um trabalho extremamente perigoso... Eu estou dizendo a minha família para se preparar para sair, se algo der errado na unidade 4. A vida de muitas pessoas dependem do guindaste..."

Monge Yoshihiko Tonohira fala sobre suas ações anti-nucleares
em Porto Alegre, no debate promovido pela AGAPAN em 23 de janeiro de 2012.
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo de Carvalho

   

16 outubro 2013

O direito à terra e o direito de consumir alimentos saudáveis

Os olhares dizem muito. No cartaz "o alimento é nosso"
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
O direito de plantar e de consumir alimentos sem venenos
Hoje, dia 16 de outubro, é o dia do Blog Action Day, o tema neste ano é Direitos Humanos.
Hoje também é o Dia Mundial da Alimentação e aconteceu em Porto Alegre a Marcha pela Alimentação Saudável, sem Transgênicos e sem Agrotóxicos. Isso não é considerado um Direito Humano?

Embaixo de uma lona de plástico para exigir terra para plantar
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Cidade e Campo Unidos
A Marcha reuniu A Via Campesina, MST, Movimento dos Atingidos por Barragens, Ambientalistas e inúmeros simpatizantes da luta contra o veneno que está presente nos alimentos que consumimos sem saber.
Chama muita atenção o descaso dos poderes públicos pela Reforma Agrária, milhares de pessoas que poderiam estar produzindo alimentos estão acampados na beira de estradas pedindo apenas o direito de ter um pedaço de terra para produzir.

Homens, mulheres velhos e crianças participaram da Marcha
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Saindo da Usina do Gasômetro a Marcha seguiu até o prédio do Ministério da Fazenda, na Av. Loureiro da Silva, onde já se encontravam inúmeros camponeses já acampados no local para protestarem e insistirem em no seu direito ao trabalho na terra.

Na faixa da AGAPAN: Alimentos Saudáveis Sem Transgênicos - Sem Agrotóxicos
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Logo após a chegada da Marcha ao local, foi chamado para falar um de nossos mais conhecidos e respeitados ambientalistas, o agrônomo Sebastião Pinheiro. Sua alocução foi memorável! Foi ouvido por todos com uma atenção e silêncio próprios a momentos fundamentais. Merece ser reproduzido o seu texto que acaba de ser publicado na EcoAgência:

Estudo para o Dia Mundial da Alimentação

Restaurar a relação de respeito, veneração e amor de antigamente é o principal, antes de garantir o lema e “dar sustentabilidade e segurança nutricional ao sistema” ordenado pela Fundação Rockefeller, mentora da FAO, Banco Mundial e ONU.
Por Sebastião Pinheiro

Ambientalista Sebastião Pinheiro falando aos participantes do Ato
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Em Puebla, México na localidade de San Salvador El Verde está a bela escultura de Cristo crucificado todo feito com plantas (pasta moída de folhas, colmo, sabugo e grãos) do sagrado milho por famílias campesinas, inspiradoras de Octavio Paz (Premio Nobel, Literatura, 1990); Por outro lado, na máxima comemoração do Dia Mundial da Alimentação está a entrega do Premio Norman Borlaug ao vice presidente da Monsanto (Robert Fraley), Syngenta (Mary-Dell Chilton) e o criador da primeira transgênica Round ready (Marc Van Montagu) em Des Moines, Iowa, EEUU.
Não é possível calar diante de mais essa heresia, ainda mais quando lembro a Jacob George Harrar (Presidente da Fundação Rockefeller) y o vice-presidente dos EUA Henry Agard Wallace (dono da Pionneer Hy-Bred) que por suas palavras na Universidade de Chicago: “Se México continuar com este milenar sistema de produção de sementes e, não permitindo a livre comercialização das terras (Art. 27 da Constituição Mexicana), jamais os EUA terá acesso à sua agricultura”.

No crachá: "País Desenvolvido é País SEM VENENO nos Alimentos"
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
Nessa manhã (em Porto Alegre/RS) pude encontrar muitos conhecidos, outros não; Mas a grande maioria tem os rostos parecidos com aqueles que vi nos meus primeiros anos de vida. São rostos de camponesas e camponeses de todas as idades. Voltei à agricultura da minha infância, onde os camponeses se reuniam em mutirão para ajudar alguém; Refletir na fé ou Comemorar sucessos além dos familiares. O mais lindo eram os cantos que aprendíamos nessas ocasiões e tínhamos dias felizes, inesquecíveis, pois eram dias de muita alegria, comidas e todos cantavam sua felicidade, nem era necessário existir um Dia Mundial da Alimentação. Não havia a propaganda e o terror sobre a “Fome no Mundo” da Fundação Rockefeller, que hoje, em Des Moines, Iowa nos EUA entrega à Monsanto o Prêmio Norman Borlaug; Talvez seja pelo fato de grande maioria de camponeses mexicanos, bolivianos, peruanos, paraguaios e brasileiros e outros, na pobreza, serem obrigados a comer “Miojo”, “Yakisoba”, “Maruchan” diariamente.

"A Cidade e o Campo Unidos", dizia o cartaz
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Não existe mais o mundo feliz e inocente da minha infância e o convite para a comemoração do “Dia mundial da Alimentação” com agricultores e consumidores no espaço urbano me faz pensar na importância daquela alegria; Mas, seria melhor comemorar no campo, pois hoje os agricultores, quando se reúnem não é para o mutirão, nem há cantos de alegria ou fé, menos ainda aquelas comidas gostosas das vovós. Hoje as concentrações são de reivindicações, protestos, denúncias ou exigências de respeito a direitos. As prioridades para as famílias e comunidades são relativas às renegociações de dívidas e financiamentos, pois aqui a agricultura está no mercado como em nenhum país. Lá, eles sabem que é impossível viver sem alimentos; Ou como dizem os britânicos: onde o alimento é caro ou escasso vem a rebelião.
O Banco Mundial, organismos multilaterais e governo também sabem e se especializam em manipular, induzir e enganar para que se façam as coisas no interesse deles. Não há mais alegria mesmo nos dias de muito Sol as crianças são tristes, alérgicas, deprimidas e quando não, medicadas.

"O Alimento é Nosso", mas não podem plantar
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
Fui ao colégio agrícola e depois à universidade com sacrifício, para aprender, na ânsia de retornar e contribuir na restauração da alegria e felicidade da comunidade, através da educação transformadora quis entender as necessidades camponesas, participar na organização e realização de soluções na construção do bem comum. Era revoltante, não se podia esclarecer, ensinar, nem aprender com o agricultor o caminho de luz e alegria da agricultura com vida. Tudo era escondido por um falso nome, traiçoeiro, enganador. A única liberdade era participar, consentir, convalidar e fazer carreira servil usando o agricultor e comunidade rural como objeto de sua vaidade, no caminho maldito de trevas nos anos de chumbo, a agricultura foi transformada rapidamente em monoculturas através do crédito compulsório subsidiando multinacionais de “Defensivos Agrícolas”, Adubos Solúveis Indispensáveis, Centrais de Atravessadores, preços máximos inflexíveis, extensionistas alienados, Cooperativas-agências bancárias e depósitos de insumos. Tudo com a ordem precípua destruir o poder camponês, sua expulsão da terra e transformação em consumidor de alimentos industrializados. A concentração da propriedade era fundamental para o futuro agronegócios, onde a propaganda e serviços valem seis vezes mais que o valor da produção e não há agricultores, apenas investidores e assalariados rurais.

Desde então comecei a lutar contra os “mercadores da morte”, devastação, corrupção e alienação na agricultura, principalmente contra seus agentes nas empresas, consultórios, cátedras, direção e gestão de órgãos governamentais, que nada mais eram que meros cartórios de tráfico de interesses. Fui obrigado à insurgência, rotulado de subversivo, e coisa pior. Lembro do líder agricultor presidente de entidade, de nome Ezídio e pelo sobrenome poderia ser meu parente (Pinheiro) dizer em 1987 ao entrar neste prédio. “Tião, eu jamais pensei que um dia chegaria entrar aqui nesta Delegacia Federal da Agricultura”. Eu senti vergonha e humilhante revolta.

Existe "Segurança Alimentar" para o povo brasileiro?
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

O dia mundial da alimentação marca a data da criação da FAO Nações Unidas e não visa aproximar o agricultor do consumidor para o estreitamento da relação e consciência; Onde o consumidor inexiste sem o agricultor; Onde o agricultor mesmo organizado está disperso e frágil e o consumidor, mesmo desorganizado está urbanizado, melhor articulado e informado. Restaurar a relação de respeito, veneração e amor de antigamente é o principal, antes de garantir o lema e “dar sustentabilidade e segurança nutricional ao sistema” ordenado pela Fundação Rockefeller, mentora da FAO, Banco Mundial e ONU.

Há mais de trinta e cinco anos os agricultores catavam lagartas doentes nas lavouras e moíam com água e usavam o caldo de Baculovírus para combater as lagartas e percevejos. Este uso proliferou de tal forma que o uso de agrotóxicos caiu de 8 aplicações/Ha para meia aplicação por Ha. A economia para a saúde dos agricultores e meio ambiente era incalculável; Eram menos intoxicações no INSS com economia superior a 1 bilhão de dólares. As 1 milhão e 200 mil intoxicações/ano caíram. Matemáticos, antropólogos, psicólogos e militares contratados pela GIFAP e Ajuda Técnica Internacional começaram a manipular e induzir a elite nacional de saber, ciência e tecnologia; Logo a extensão rural passou a desinformar e a mídia a se prostituir.

Foi assim que os mercadores da morte conseguiram que os agricultores abandonassem o Baculovirus e os venenos retornassem. O mesmo aconteceu com o uso de biofertilizantes, a grande TV hábil comprou a receita para destruí-lo. Hoje na Nicarágua mais de 75% dos camponeses fazem o Super Magro enquanto entre nós não chega a 0,01%. No Equador há cooperativas de camponeses que produzem 500.000.000 de litros mensalmente economizando 25 milhões de dólares em venenos e 10 a 20 vezes este valor em saúde, meio ambiente e futuro, no México os valores são bem maiores.

Todos ouviram em silêncio e com muita atenção a fala do conhecido ambientalista Sebastião
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de CarvalhoPinheiro
Do nada começou a discussão manipulada e induzida que a maioria dos agricultores estava em áreas impróprias e que deveriam ser restauradas, com a possibilidade de um grande êxodo; Abandonar os cultivos, replantar margens dos arroios e rios e escarpas. O interessante é que sobre os antigos banhados que eram patrimônios públicos e foram invadidos ninguém dizia nada. Estudando a proposta de Código Florestal fiquei assustado, pois no Chile, na Argentina, na Nicarágua e no México eles também estavam fazendo a mesma discussão e usavam uma proposta muito parecida à nossa. Quem manipula, induz e impõe esse medo e terror? É a ordem para vender serviços, propaganda e submissão. Algo similar aconteceu com os pedágios, onde da noite para o dia tínhamos de pagar para escoar a produção. O pior é que os pequenos pagavam mais que os grandes e não se levava em conta a relação entre preço relativo do pedágio e custo. Ao mesmo tempo em que o transporte nas barcaças fluviais exclusivas concedidas à Cargill para seu porto não havia pedágios. Logo, o custo Brasil caía sobre o pequeno e médio e permitia ao grande apropriar-se da margem diferencial interna, como lucro.

Há 29 anos vivemos o escândalo dos moranguinhos com o uso de agrotóxicos proibidos. O desastre foi contornado e um selo de controle de qualidade com Secretaria da Saúde e EMATER, mas o MA tentava impedir, pois o cartório de agrotóxicos era muito poderoso e a amizade com os “mercadores da morte” muito íntima. Durante mais de dez anos toda a produção para as feiras do Pêssego foi controlada. Aquilo não interessava, controle do uso de veneno era subversão ao poder da indústria. Foi eliminado. Hoje se faz análises constatando os mesmos índices de contaminações de 30 anos atrás e se denúncia como novidade, mas ninguém permite que os agricultores sejam treinados como nos EUA, Europa e Ásia para não usar venenos. Lá diminuem o uso, nós aumentamos. Hoje os EUA que têm uma agricultura cinco vezes maior que a nossa são segundo consumidor e logo será o terceiro. E nos ficamos gritando que somos os primeiros sem fazer treinamentos, capacitações ou aplicar a diretiva comunitária da União Européia 91/414 que proíbe o agricultor sem treinamento e capacitação de usar venenos para proteger sua família, produção, ambiente; O pior é que discursamos que estamos em transição, quando na verdade a aguardamos as corporações tomarem o mercado. Temos de comer alimentos contaminados para ter mais doenças e consumir mais remédios e gerar lucros.
E la nave va...

Grandes corporações fizeram o Brasil ser o maior consumidor de venenos agrícolas
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
Há dois anos na China ocorreu um gigantesco escândalo de proporção mundial com a adição de melanina industrial ao leite. Vimos há alguns meses a adição de uréia ao leite e a repercussão foi o desespero de agricultores e consumidores inocentes. O escândalo foi tratado como um instrumento de medo e terror para que as pessoas procurassem alimentos certificados e eles ficassem mais caros; Mas há outro tipo de ameaça, os EUA se recusaram a receber tomates produzidos em vinte estados mexicanos alegando que eles estavam contaminados por Salmonella, mas ofereceram 1% do valor do preço e piratearam o tomate dos camponeses mexicanos para sanar sua crise financeira. Fizeram o mesmo com o melão de Honduras. É o terror de Estado para impor serviços de inteligência & segurança gratuitamente, usando a higiene & inocuidade como pretexto.

Enquanto isso, Tony Ramos recomenda a carne do Friboy que é vetada no exterior por resíduos de substancias proibidas. O que facilita a Coca-Cola, PepsiCo, Nestlé, Cargill, Conagra e outras marcas de alimentos orgânicos prontas para entrar no mercado e promover a eugenia mercantil através do preço.
  
Querem ser ouvidos e atendidos. Conseguirão?
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
Sobre transgênicos o primeiro escândalo sequer ficou conhecido, o fumo transgênico Y1 e Y2 patenteado pelo Embaixador Marcilio Marques Moreira na Embaixada Brasileira em Washington e mais de 250 gramas de sementes foram introduzidos oficialmente no país, embora de forma ilegal e clandestina. Semeado com crédito PRONAF e exportado sem conhecimento das autoridades nacionais. Só ficamos sabendo depois que um jornalista estrangeiro fez uma matéria premiada internacionalmente. Anos depois foi a vez da Monsanto promover o contrabando de sementes transgênicas via Argentina e novamente o governo fingiu não saber. Quando ela trouxe os detetives da Agencia Pinkerton ilegalmente ao país, ele ignorou embora saísse em todos os jornais como propaganda subliminar respaldada por pesquisadores oficiais e catedráticos. A estratégia era vender o saco de semente contrabandeada a 200 dólares para que o agricultor comprasse pensando que cada um dos trinta ou quarenta colhidos seria vendido pelo mesmo valor pago. Induzido o agricultor multiplicou a semente para ela inocentemente. Nenhuma ação foi tomada e a Monsanto cobrou judicialmente 100 milhões de dólares por sua semente e hoje se exerce a cidadania fazendo abaixo assinado para que a CTNBIO não permita o registro do 2,4-D. Quando o efetivo é denunciar que há nos EUA, Canadá, Argentina e Austrália e RS uma área maior que toda a região Sul do Brasil (600 mil Km2) tomada por inços resistentes ao Roundup, onde não pode ser plantado transgênicos da Monsanto e a Dow quer usar o seu herbicida formador de Dioxinas e Furanos clorados fabricado na China. Isso é terrorismo de corporações com o apoio da ciência e governo dos EUA e UE. Duas coisas interessam sobre os transgênicos e todas essas manipulações e induções feitas pelas indústrias:
- É a primeira vez na história da humanidade que uma tecnologia é lançada através da “Teoria dos Jogos”, pois ela não é mais cara, nem é para o mais rico e privilegiado. O transgênico é feito para os pobres como instrumento de eugenia mercantil. De um lado não podem ser mais baratos. Então temos a manipulação da propaganda da contaminação com agrotóxicos, para que os alimentos naturais e sem venenos fiquem muito caro e sejam procurados pelos ricos, obrigando os pobres a comer o lixo transgênico pagando um preço mais alto e eles ganham nos dois lados. Isto é a transição.


Apesar dos protestos, muitos agradeciam os Programas Sociais do governo
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
- Somente em 1966 a ciência descobriu que ovo do jacaré fêmea ou tartaruga colocado para chocar a 30 graus nasce fêmea e a 29 graus nasce macho. Não houve alteração de genes, apenas variou 1 grau de temperatura, mas alterou o sexo do animal; Nas abelhas sabemos todas as abelhas de uma colméia são filhas da rainha e irmãs gêmeas, mas com alimentação comum as larvas dão origem a operárias estéreis e com geléia real dão origem a rainhas férteis. Sem mudar um gene alteramos todo um ser vivo. Genes é a discussão induzida nos transgênicos que interessa à indústria.

O agricultor foi expropriado de suas sementes herdadas dos antepassados e comunidade adaptadas durante mais de 8.000 anos. Vieram os híbridos industriais que selecionaram genes de interesse com propaganda p/ poder patenteá-los, vendê-los, e também, adubos, agrotóxicos, máquinas e combustíveis. Mas toda a ciência sabe que os agricultores com os genes dos antepassados e as mesmas técnicas antigas na sua terra podem obter as mesmas margens de lucro que com os híbridos sem a necessidade das inversões e endividamento. Mas isso não interessa a Rockefeller, Rothschield e Bill Gates.

A Estratégia da Fundação Rockefeller por trás da Monsanto foi manipular e induzir a discussão sobre genes como forma de recolher informações e subsídios contrários gratuitamente. Até financiou algumas ONGs e pautou o debate sobre os genes. Limitou o avanço social com as sementes nativas já seqüestradas, que eram adaptadas ao cultivo sem fertilizantes químicos e agrotóxicos.

O gene por si tem importância secundaria para o camponês. Muito mais importante é sua expressão no meio ambiente (temperatura, geléia real). O Papa Bento XVI considerou os transgênicos pecado capital, pois ele sabe que não há no mundo duas propriedades rurais idênticas. É nela onde o gene se expressa. Enquanto os biólogos moleculares das universidades trabalham com os genes e o genoma de interesse das corporações. O agricultor trabalha com genes na sua propriedade única o proteoma de interesse da humanidade. A Biologia molecular das universidades e corporações jamais terá capacidade de fazer proteômica, pois não atua localmente, atua globalmente. Hoje a Bayer, Syngenta e Monsanto investem bilhões de dólares no velho Baculovirus. O pesquisador e professor sabem que o Bacullovirus combate o mosquito da Dengue, mas calam cúmplices dos “mercadores da morte”; Elas já produzem Super Magro com B. subtilis e B. polymyxa que vendem a 80,00 dólares o Litro.

Ambientalistas se manifestam contra o Milho Transgênico
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

O mais corrupto é que a empresa coloca um gene no milho que tem um total de 33.000 genes e fica dona de todo milho. Quando com muita condescendência poderia participar em apenas de 1/33.000avos do valor desse milho. O agricultor é espoliado. O papa Francisco tem um estudo radiográfico do que ocorreu com os agricultores argentinos nestes últimos vinte anos, breve teremos novidades.
A Fundação Rockefeller por trás das empresas de alimentos não queria rotulação dos transgênicos, pois eles seriam mais baratos que os alimentos normais e expulsos do mercado. Manipularam e induziram a polarização entre consumidores e Indústria de Alimentos para que o governo pendesse em seu favor postergando o rótulo. Foram derrotadas? Com o rótulo a decisão fica com a consciência da mãe, pai, consumidor e quantidade de dinheiro que dispõe. Então está claro que a consciência se subordina ao dinheiro: Isso não é democrático. Em uma sociedade onde o rico pode pagar caro o produto sem rótulo e o pobre é obrigado a comer o rotulado com o T é uma sociedade violenta, fascista, desigual. Vamos derrotá-los novamente em suas estratégias sociais.

Foi ocupada a área de estacionamento do Ministério da Fazenda, em Porto Alegre
Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
 No México a luta do povo não permite o plantio de milho transgênico para preservar o berço do milho criado pela mulher camponesa mapuche, aimará, guarani, inca, maia, azteca, navajo. Em breve, a exemplo do tomate transgênico, batatinha transgênica, trigo e arroz transgênicos, todos retirados do mercado, não teremos mais polenta, canjica ou fubá com o rótulo Transgênico em nossos supermercados. É uma questão de tempo, pois todos quererão o milho natural em igualdade de cidadania. A mídia esconde por cúmplice. Ela também esconde que, em muitos países já é proibido os agricultores comercializarem seus produtos, direto aos consumidores e isso não tem nada a ver com higiene e inocuidade. É a mudança de um conceito milenar, agora os camponeses não produzem mais alimentos, produzem apenas matérias primas e as indústrias as transformam em alimentos e vendem serviços, embalagens, certificações, propaganda, que faz os alimentos serem seis vezes mais caros.

Para terminar: Há na Amazônia a “Terra Preta Indígena” criada pela mão humana. Hoje Bill Gates, Grupo Rockefeller, Banca Rothschield têm mais de 2500 biólogos moleculares, antropólogos e agrônomo transformando esse patrimônio da humanidade em insumo biotecnológico para a Revolução Verde na África e Agronegócios no Mundo. É o campo de enfrentamento para o nosso alimento de amanhã. Cantemos e dancemos o kuarup com alegria, a luta pelo renascimento já começou, quando depois da aula sobre Transgênicos no curso de “Agricultura com Vida” uma camponesa gritou: “Viva nosso Cristo Biotecnológico”. Ao que adiciono: ... e Proteômico.
Fonte do pronunciamento de Sebastião Pinheiro: EcoAgência Solidária de Notícias
 

Blog Action Day
# bad2013 
#humanrights




10 outubro 2013

Uma verdadeira aula de ativismo ecológico!

ECOLOGIA É POLÍTICA.
Ótimo vídeo produzido pela jornalista Clarinha Glock sobre um dos fundadores da AGAPAN, o admirável Augusto Cesar Carneiro.

01 outubro 2013

Casas da rua Luciana de Abreu - Quem DECIDE é o prefeito

Protesto do dia 29 de setembro - Adultos e crianças confraternizam
pedindo a preservação das casas
Cidadãos fazem atos de protesto, Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural se omite e MP entra com recurso junto ao Tribunal de Justiça

Nos dias 25 e 29 de setembro aconteceram atos de protesto de pessoas contrárias à decisão judicial que permite a demolição das casas na rua Luciana de Abreu. No protesto desse domingo, 29 de setembro, centenas de pessoas protestaram no ato chamado "Pare na Luciana" que contou com música, projeção de filmes, exposição de fotos de época, brechós, atividades para crianças e participação de chefs de culinária.

Protesto no dia 25 de setembro
 
Raul Agostini, presidente do Moinhos Vive, no protesto do dia 29.

Dirigentes da Associação Moinhos Vive, que luta contra a derrubada das casas desde 2002, explicaram aos presentes o significado dessa luta para a qualidade de vida do bairro e da cidade.

Protesto no dia 29 - da esquerda para a direita:
Beto Moesch (ex-vereador e ex-secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre),
Paulo Vencato (diretor do Moinhos Vive) e
Caio Lustosa (ex-vereador e ex-secretário municipal do Meio Ambiente)

No Jornal do Comércio de hoje, 01/10/2013:
MP propõe acordo entre Goldsztein e prefeitura 
Reunião do Compahc termina sem definição sobre inclusão ou não do casario da Luciana de Abreu no inventário do patrimônio histórico
Cláudia Rodrigues Barbosa

Crianças também protestam contra a derrubada das casas, em 29/9/2013
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) irá propor um acordo com a incorporadora Goldsztein para resolver o impasse que envolve os casarões localizados na rua Luciana de Abreu, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Segundo o procurador de Justiça José Túlio Barbosa, a ideia é sugerir que a construtora preserve o casario e use o espaço para alojar sua sede ou seu setor de arquitetura, além de criar um memorial das obras de arquitetos alemães que fizeram história na Capital. Em contrapartida, a prefeitura poderia conceder índices construtivos adicionais em outros lugares como permuta.

Ontem, o MP protocolou recurso contra a decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que possibilitou a derrubada dos prédios. No ofício estão os embargos de declaração solicitando que o tribunal explique sete pontos com omissões no acórdão. O recurso tem como base a apresentação de plantas arquitetônicas que apontam que as casas foram projetadas pelo arquiteto alemão Theo Wiederspahn. Segundo Barbosa, se os embargos não forem aceitos, o MP recorrerá ao Superior Tribunal de Justiça. A resposta do TJRS pode levar um mês.

O especialista em História da Arquitetura Günter Weimer (à esquerda):
"os casarões foram construídos pelo arquiteto Theodor Wiedersphan – alemão que veio
ao Brasil no início do século XX e consolidou sua carreira no Rio Grande do Sul."

O MP já havia tentado acrescentar ao processo as plantas arquitetônicas, encontradas em setembro por Cláudio Aydos, herdeiro de Alberto Aydos, parceiro de Theo Wiederspahn na obra. O tribunal não aceitou as provas por não ser admitida no sistema processual civil a inclusão de documentos ao processo nesta fase do julgamento.

Manifestação em 25 de setembro.
Já a terceira reunião do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural (Compahc) terminou ontem sem definição a respeito da inclusão ou não do casario no inventário do patrimônio histórico da Capital. O parecer do conselho não determina a inclusão, apenas sugere. A decisão final cabe ao prefeito.

“Tivemos um encontro muito esclarecedor. O Moinhos Vive nos trouxe documentos provando que o projeto das casas é do arquiteto Wiederspahn. A planta com o carimbo dele mostra isso”, afirma o conselheiro representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), Nestor Torelly. Para ele, a preservação ou não das casas pelo fato de terem ou não sido feitas pelo referido arquiteto não é o mais importante. “Considero relevante preservar pelo espírito do lugar, a paisagem urbana e a relação afetiva que o conjunto edificado tem com os moradores do bairro.”

Centenas de pessoas foram protestar contra a derrubada das antigas casas
para a construção de um "espigão" de 16 andares no Moinhos de Vento.

Para Goldsztein, plantas não representam novidade
Milton Terra Machado, advogado da incorporadora Goldsztein, diz que recorrer é do jogo e da “dialética processual”. “Essas plantas consideradas novas pelo MP já estão no processo há anos e não representam qualquer novidade”, argumenta. Ainda conforme ele, nas plantas consta o carimbo do escritório de Wiederspahn, mas não há a assinatura do arquiteto alemão, e sim de Franz Filsinger, que trabalhava no mesmo local de Wiederspahn. “Uma coisa é preservar as obras de Oscar Niemeyer, outra é querer resguardar tudo o que foi projetado pelos arquitetos que trabalharam com ele”, argumenta Machado.

A escritora Carol Bensimon (ao centro) promoveu o evento "Pare na Luciana"
no dia 29 de setembro.
No entanto, o procurador de Justiça José Túlio Barbosa garante que não são as mesmas plantas. “O MP está com plantas autenticadas em cartório que comprovariam, no mínimo, a associação entre Filsinger e Wiederspahn no projeto das casas.” Machado questiona o que será feito do casario caso não saia o edifício. Ele informa que cinco das seis casas não possuem condições de habitação e que o valor para recuperá-las é altíssimo.

“A Goldsztein tem procurado o diálogo para preservar o interesse de todos. A maioria dos envolvidos quer um consenso. Manter parte das edificações pode ser um consenso, mas é preciso avaliar bem esta questão. A prefeitura tem que ter a preocupação de respeitar decisões judiciais e, ao mesmo tempo, atender às expectativas da comunidade”, avalia o advogado da incorporadora.

A exposição "Memórias de Porto Alegre" no protesto do dia 29 de setembro.

A Goldsztein pretende construir no local um prédio de 16 andares. Desde 2003, uma liminar favorável ao MP impedia que a empresa desse prosseguimento a seu projeto. No dia 12 de setembro, de forma unânime, o TJRS confirmou a sentença de primeiro grau, a qual diz que as casas não possuem valor excepcional que justifique a inclusão no rol do patrimônio histórico. Desde a semana passada, organizações que defendem os casarões fazem protestos para preservar as casas.

As crianças brincaram e participaram do protesto também.

Vários "Amigos da Gonçalo de Carvalho" levaram seu apoio para a preservação
das casas. Haroldo Hugo, Ney Ferreira e seu filho Pedrinho, mostram uma antiga
camiseta usada no início da mobilização pela preservação das árvores
da rua Gonçalo de Carvalho. Em 29/9/2013

Todas as fotos dessa postagem: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho