23 dezembro 2010

Mensagem do Comitê de Planejamento da Orla do Guaíba

Caros colegas, amigos e parceiros,

Em nome do Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba agradeço a todos que participaram das reflexões e das ações de nossos grupos de trabalho contribuindo com suas experiências profissionais para conhecermos e nos aprofundarmos mais nos complexos problemas de nossa orla.

Na trajetória deste nosso primeiro ano significativas parcerias de instituições e pessoas foram sendo construídas a partir de propostas e projetos como a do Museu das Águas de Porto Alegre.

Partilhamos trabalho, saberes e esperamos que em 2011 possamos continuar criando soluções para uma vida mais saudável e feliz tendo por base a inclusão social, o respeito e a preservação da natureza.

Esperamos que cada um de nós consigamos trazer mais pessoas dispostas a colaborar na construção de uma Porto Alegre melhor.

Um grande abraço a todos

Zoravia Bettiol

Coordenadora do Comitê de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba


15 dezembro 2010

Sofia Cavedon presidirá a Câmara

A vereadora Sofia Cavedon, única integrante do legislativo municipal que apoiou a defesa da Rua Gonçalo de Carvalho contra a obra que desfiguraria seu Túnel Verde em 2005, foi eleita presidenta da Câmara Municipal de Porto Alegre para 2011.
Sofia Cavedon, Lilia Mora, Haine Ficht e Ney Ferreira em outubro de 2005.
Sofia Cavedon presidirá a Câmara Municipal em 2011
A vereadora Sofia Cavedon (PT) foi eleita, nesta quarta-feira (15/12), para presidir a Câmara Municipal de Porto Alegre em 2011. A eleição ocorreu em Sessão Extraordinária no Plenário Otávio Rocha e recebeu voto dos 36 vereadores em pleito que teve a inscrição de chapa única. Sofia será a terceira mulher a presidir o Legislativo Porto-alegrense. Margarete Moraes, em 2004, e Maria Celeste, em 2007, ambas do PT, também já exerceram essa função. A posse da nova Mesa Diretora será realizada no dia 3 de janeiro, às 14 horas.

Ainda na votação desta tarde, foram indicados os nomes dos líderes partidários e a composição das seis comissões permanentes da Casa, com a eleição de presidente e vice-presidentes, para 2011. Também foram escolhidos os 19 parlamentares que farão parte das reuniões da Comissão Representativa que se reunirá durante o recesso parlamentar a partir de 4 de janeiro, sempre às quartas e quintas-feiras pela manhã.

Mesa Diretora 2011
Presidente – Sofia Cavedon (PT)
1º vice-presidente – DJ Cassiá (PTB)
2º vice-presidente – Mário Manfro (PSDB)
1º secretário – Toni Proença (PPS)
2º secretário – Waldir Canal (PRB)
3º secretário – Adeli Sell (PT)


Sofia comemora com sua bancada a eleição para a presidência da Câmara - Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA
Presidente
Sofia Cavedon é pós-graduada em Educação Física Pré-Escolar e Escolar pela Ufrgs, tendo sido professora de séries iniciais nas redes privada e pública de Porto Alegre. Na área sindical, atuou na Associação dos Trabalhadores em Educação do Município de Porto Alegre (Atempa) e foi vice-presidente do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).
Na Administração Popular foi Secretária-adjunta de Educação de 1997 a 2000 e titular do cargo em 2003/2004. Eleita vereadora em 2000, está em seu terceiro mandato. Em 2001 e 2008 exerceu a presidência da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (CECE) da Câmara de Vereadores e em 2010 foi vice-presidente. Também foi vice-líder e líder da Bancada do Partido dos Trabalhadores.

Leonardo Oliveira (reg. prof. 12552)

Página da Câmara Municipal de Porto Alegre:
http://www2.camarapoa.rs.gov.br/default.php?reg=13493&p_secao=56&di=2010-12-15

14 dezembro 2010

Poluir era sinônimo de progresso

Reno, Sinos e Gravataí
Toda vez que alguém fala em "ecochatos", eu penso: eis um conservador querendo justificar os crimes ambientais ou ganhar dinheiro sem limites. O crítico dos "ecochatos" acha que denuncia os lugares-comuns dos ambientalistas. Nada mais faz do que disseminar um clichê. Faz pouco, um deputado, que eu tinha por esclarecido, me disse que os ecologistas são contra o progresso e querem, no fundo, o imobilismo. Risquei-o do meu caderninho de admirações. O rio Reno atravessa seis países europeus. Mais de 60 milhões de pessoas vivem às suas margens. O Reno já foi uma cloaca. Era vítima da bandidagem industrial, cuja justificativa chantagista era criar empregos e produzir riquezas. Viana Moog escreveu um livro famoso: "Um Rio Imita o Reno". Era o Sinos. Não imita mais. O Reno, por pressão dos ecologistas, está bem mais limpo. O Sinos virou uma cloaca. O Gravataí morreu.

Poluir rios nos anos 1960 era sinônimo de progresso. Poluir rios em 2010 é coisa de gente inculta, desinformada ou gananciosa. De 32 cidades poluidoras do Sinos, parece que apenas uma tomou providências reais para poupar o rio. A bandidagem continua poluindo por ter certeza da impunidade. Seria preciso mandar o Bope, os blindados da Marinha e o Exército caçar esses matadores de peixes inocentes. Jogou resíduo no rio, cadeia. Jogou esgoto sem tratamento, cana. Direto para o presídio central. A tecnologia existente permite tratar todos os dejetos e evitar a poluição. Mas tem muita gente que não quer gastar. Alguns adoram chorar quando o dólar está baixo. Pedem ajuda. Nem sempre fazem a parte deles. Claro, claro, bem entendido, como se viu, não são todos.

Quem comete crime é bandido. Matar um rio é crime ambiental hediondo. Os sinos dobram pelo Sinos. As empresas fazem autocontrole. Enviam amostras para a Fepam. O lobo cuida do cordeiro. Um especialista me diz que resíduos de empresas chegam ao rio pelo esgoto cloacal. Por que não temos um Greenpeace gaudério? Quando vejo a mortandade de peixes, canto: "Que sirvam nossas façanhas de modelo a toda Terra". A limpeza do Morro do Alemão esta aí. Quando começará a limpeza do Sinos? Os obstáculos são os mesmos: politicagem astuta, "apoios mútuos", ausência do Estado, hipocrisia, controle de parte do território nacional por interesses privados poderosos e fora da lei e moradores que defecam e andam para a natureza. Afinal, tudo vai desaparecer no rio.

Sempre ouvi dizer que a população do Vale dos Sinos era uma das mais informadas e preparadas do Rio Grande do Sul. É para ver como as estatísticas podem enganar. Alfabetização não garante consciência social. Educação formal mais longa não é sinônimo de ética. A bandidagem ambiental pode ser formada por anônimos ou por CEOs. Sabem o que é? A nova maneira de designar o patrão. Ou o capataz. Não se pode dar mole para político que não trata esgoto, cidadão que polui e industrial assassino de rio. É cana! E multa pesada. Pau neles. A bandidagem só entende a linguagem da força. Nada de cela especial. Nem de direitos humanos. Tudo pelo direito dos peixes. O Sinos só tem um atenuante. O Gravataí é muito pior. Uau!

JUREMIR MACHADO DA SILVA | juremir@correiodopovo.com.br

http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=116&Numero=70&Caderno=0&Editoria=120&Noticia=232248

10 dezembro 2010

Outro 10 de dezembro

Do Blog "Outros Cadernos de Saramago":

10 de Dezembro de 1998
Por Fundação José Saramago

Discurso pronunciado no Banquete Nobel, em 10 de Dezembro de 1998

Cumpriram-se hoje exactamente cinquenta anos sobre a assinatura da Declaração Universal de Direitos Humanos. Não têm faltado, felizmente, comemorações à efeméride. Sabendo-se, porém, com que rapidez a atenção se fatiga quando as circunstâncias lhe impõem que se aplique ao exame de questões sérias, não é arriscado prever que o interesse público por esta comece a diminuir a partir de amanhã. Claro que nada tenho contra actos comemorativos, eu próprio contribuí para eles, modestamente, com algumas palavras. E uma vez que a data o pede e a ocasião não o desaconselha, permita-se-me que pronuncie aqui umas quantas palavras mais.

Como declaração de princípios que é, a Declaração Universal de Direitos Humanos não cria obrigações legais aos Estados, salvo se as respectivas Constituições estabelecem que os direitos fundamentais e as liberdades nelas reconhecidos serão interpretados de acordo com a Declaração. Todos sabemos, porém, que esse reconhecimento formal pode acabar por ser desvirtuado ou mesmo denegado na acção política, na gestão económica e na realidade social. A Declaração Universal é geralmente considerada pelos poderes económicos e pelos poderes políticos, mesmo quando presumem de democráticos, como um documento cuja importância não vai muito além do grau de boa consciência que lhes proporcione.

Nestes cinquenta anos não parece que os Governos tenham feito pelos direitos humanos tudo aquilo a que, moralmente, quando não por força da lei, estavam obrigados. As injustiças multiplicam-se no mundo, as desigualdades agravam-se, a ignorância cresce, a miséria alastra. A mesma esquizofrénica humanidade que é capaz de enviar instrumentos a um planeta para estudar a composição das suas rochas, assiste indiferente à morte de milhões de pessoas pela fome. Chega-se mais facilmente a Marte neste tempo do que ao nosso próprio semelhante.

Alguém não anda a cumprir o seu dever. Não andam a cumpri-lo os Governos, seja porque não sabem, seja porque não podem, seja porque não querem. Ou porque não lho permitem os que efectivamente governam, as empresas multinacionais e pluricontinentais cujo poder, absolutamente não democrático, reduziu a uma casca sem conteúdo o que ainda restava de ideal de democracia. Mas também não estão a cumprir o seu dever os cidadãos que somos. Foi-nos proposta uma Declaração Universal de Direitos Humanos, e com isso julgámos ter tudo, sem repararmos que nenhuns direitos poderão subsistir sem a simetria dos deveres que lhes correspondem, o primeiro dos quais será exigir que esses direitos sejam não só reconhecidos, mas também respeitados e satisfeitos. Não é de esperar que os Governos façam nos próximos cinquenta anos o que não fizeram nestes que comemoramos. Tomemos então, nós, cidadãos comuns, a palavra e a iniciativa. Com a mesma veemência e a mesma força com que reivindicarmos os nossos direitos, reivindiquemos também o dever dos nossos deveres. Talvez o mundo possa começar a tornar-se um pouco melhor.

Não estão esquecidos os agradecimentos. Em Frankfurt, onde estava no dia 8 de Outubro, as primeiras palavras que disse foram para agradecer à Academia Sueca a atribuição do Prémio Nobel de Literatura. Agradeci igualmente aos meus editores, aos meus tradutores e aos meus leitores. A todos volto a agradecer. E agora quero também agradecer aos escritores portugueses e de língua portuguesa, aos do passado e aos de agora: é por eles que as nossas literaturas existem, eu sou apenas mais um que a eles se veio juntar. Disse naquele dia que não nasci para isto, mas isto foi-me dado. Bem hajam, portanto.

http://caderno.josesaramago.org/2010/12/10/10-de-dezembro-de-1998/

03 dezembro 2010

Comunidades criticam demora na implantação do EIV

Jornal do Comércio de hoje:

Líderes comunitários criticam demora no EIV
Regulamentação do Estudo de Impacto de Vizinhança ainda não saiu

Fernanda Bastos

Cerca de três dezenas de lideranças comunitárias se reuniram na quarta-feira à noite para discutir a importância da implantação do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) em Porto Alegre. O instrumento, incluído na revisão do Plano Diretor, serve para avaliar e minimizar impactos de empreendimentos à cidade e à população.

Em seminário organizado pelo Fórum Regional de Planejamento Centro-Sul e Sul do Conselho do Plano Diretor, os moradores da Capital reclamaram ao secretário do Planejamento Municipal, Márcio Bins Ely, a demora da prefeitura em regulamentar o instrumento.

Em entrevista ao Jornal do Comércio na terça-feira, Bins Ely projetou que o texto do EIV só deve chegar à Câmara no próximo ano, o que incomoda líderes comunitários que discutem o mecanismo desde 2008, quando participaram de diversos seminários sobre o tema.

A arquiteta Denise Bonat Pegoraro, que é mestre em Planejamento Urbano, fez um relato sobre a importância do EIV para a interação da sociedade com o Executivo. A especialista indica que o estudo deve servir como ferramenta de informação para o cidadão saber previamente as mudanças urbanísticas na cidade.

Bins Ely tentou minimizar as críticas à demora na regulamentação do EIV, sustentando que a prefeitura já utiliza mecanismos de projeção de impacto dos empreendimentos, através do Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) e do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) ou Relatório de Impacto Ambiental (RIA) - EIA e RIA são embasados na legislação ambiental.

O ex-conselheiro da Temática de Circulação e Transporte do Orçamento Participativo (OP) José Benedito de Oliveira criticou a justificativa de Bins Ely, lembrando que, na palestra anterior, Denise já havia dito que a execução do EIA não se equivale a do EIV. “A arquiteta que o procedeu disse que são diferentes”, observou.

Bins Ely também defendeu a proposta de EIV apresentada neste ano no conselho, que deixa nas mãos do prefeito a escolha sobre os projetos que deverão passar pelo estudo e fixa que somente os empreendimentos que estão na classificação por tamanho como projetos de grau 2 e 3 sejam submetidos ao processo.

O representante do Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais no Conselho do Plano Diretor, Jaime Rodrigues, defendeu que todos os projetos de impacto sejam submetidos a audiências públicas. “A decisão do prefeito sobre qualquer projeto de planejamento tem que ser discutida”, indicou.

O engenheiro Vinicius Galeazzi chamou a atenção para o número de empreendimentos que estão sendo construídos e não tiveram de passar pelo EIV. “Fico incomodado ao ver um grupo de seis torres, exemplares na questão do impacto de vizinhança. São 3 mil apartamentos. Imagine o sombreamento, os carros que sairão dali. Isso para mim mereceria um EIV”, analisou.


O conselheiro da Região de Planejamento Lomba do Pinheiro e Partenon, Eduíno de Mattos, fez críticas à minuta do projeto apresentado pela SPM neste ano. Ele sustentou que “o EIV não deve ser regulado por decreto”. Também avalia que empreendimentos menores, que são classificados como de grau 1, devem ser submetidos à análise. “Também tem que passar pelo EIV. Aqui na zona Sul, por exemplo, trarão grande impacto. Não podemos cair nessa restrição”, orientou. Eduíno sugeriu que as audiências públicas são inefi cazes para impedir a realização de um empreendimento que traga impactos negativos.

O conselheiro suplente da Região de Planejamento do Conselho do Plano Diretor, Arno Trapp, observou que existem duas cidades que já aplicam o EIV, Torres, no Estado, e Goiânia, em Goiás. “É uma questão de vontade política, de política de governo”, interpretou, indignado com o adiamento por mais um ano da tramitação.

Debate sobre EIV promovido pela RP6 - Foto: Blog da vereadora Sofia Cavedon
Tema é discutido em conselho municipal há dois anos

O EIV é examinado no Conselho do Plano Diretor há pelo menos dois anos, porém, em 2003, a instituição do mecanismo já havia sido destacada como prioridade durante a Conferência de Avaliação do Plano Diretor. Em 2007, a Secretaria do Planejamento Municipal (SPM) criou um grupo de trabalho para produzir a proposta. Em maio do ano passado, o titular da SPM, Márcio Bins Ely, que preside o Conselho, pediu vistas ao processo. Ele argumentou que o tema voltaria à pauta do fórum quando a revisão do Plano Diretor fosse sancionada.

Em julho deste ano, após a sanção da revisão do Plano Diretor, o prefeito José Fortunati (PDT) afi rmou que o EIV chegaria ao Legislativo no início do segundo semestre. A minuta do projeto voltou à pauta do Conselho em duas reuniões, mas, como os representantes da comunidade indicaram que o texto não era o mesmo construído pela prefeitura com a população em 2008, a relatora do projeto, arquiteta e assessora técnica do Executivo Rosane Zottis, devolveu a minuta à SPM, para ajustes. A minuta tem que ser aprovada pelo fórum de discussões, para ser homologada pela prefeitura e enviada como projeto de lei à Câmara Municipal.

29 novembro 2010

Rio - quando a polícia é suspeita

Com as ruas em paz, moradores denunciam abuso de maus policiais 
Vizinhos afirmam que um policial entrou na casa de pastor e levou dinheiro de FGTS

Rio - O contato inicial de uma população carente — que há anos vive refém de traficantes sanguinários — com a polícia que chega representando o Estado provocou as mais distintas reações na Vila Cruzeiro. A sexta-feira foi de calmaria absoluta nas ruas. Ninguém foi obrigado a ficar dentro de casa rezando para uma bala perdida não atravessar a parede. Crianças jogavam bola e corriam de um lado para o outro. O comércio estava todo reaberto. E sem os criminosos ali, os policiais também caminharam tranquilamente e revistavam tudo o que queriam dentro da favela. Alguns abusos e uma boa dose de descaso, entretanto, geraram protestos dos cidadãos de bem.

Um exemplo absurdo virou registro de furto na 22ªDP (Penha). O representante de vendas e pastor evangélico Ronai de Almeida Lima Braga Júnior, de 32 anos, saiu de sua casa, na Rua 16, por poucos minutos. Foi tempo suficiente para que alguns maus policiais invadissem e destruíssem o local.

“É revoltante! Venham aqui na casa do meu irmão para ver o que fizeram. Era o sonho de comprar uma casa fora daqui e roubaram todo o dinheiro dele”, repetia, revoltada, Silvia Almeida.

Funcionário de uma empresa por dez anos, ele somou o dinheiro que guardou com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que recebeu há poucos dias e se preparava para levar os R$ 31 mil à Caixa Econômica Federal na parte da tarde. Não deu tempo. Quando chegou em casa, alertado por vizinhos, Ronai viu seu sonho evaporado.

Para a delegacia, ele levou os comprovantes do pagamento do FGTS. Eram três — nos valores de R$ 5.300, de R$ 10.520 e de R$ 4.729. “Até o momento não fomos notificados de nenhuma apreensão de dinheiro. Então, vamos investigar quem pode ter sido o autor”, explicou a delegada Márcia Beck, titular da 22ª DP (Penha). Vizinhos acusam um policial que usaria farda preta, com o nome de Carlos e o tipo sanguíneo A positivo marcado no colete.

Perto dali, a funcionária de um restaurante Rosinéia Santos, de 28 anos, reclamava de seu computador furtado. Mas nenhum outro registro de ocorrência foi feito. A principal reclamação dos moradores, na verdade, era em relação à Light, que durante horas alegou não ter segurança para entrar e consertar o problema de falta de energia. Foram quase 24 horas sem luz: “Perdi o feijão todo que havia feito. E muitos remédios de criança e comida estão estragando”, dizia uma moradora.

26 novembro 2010

A Guerra do Rio

Escola no Rio de Janeiro - novembro de 2010
Vale muito a pena assistir todo o documentário, mas assista ao menos o trecho a partir dos 3:00 do vídeo abaixo...



Documentário. Kátia Lund e João Moreira Salles retratam o cotidiano dos moradores e traficantes do morro da Dona Marta, no Rio de Janeiro, em "Notícias de uma Guerra Particular".

Resultado de dois anos de entrevistas (entre 1997 e 1998) com personagens que estão de alguma forma envolvidos ou vêem de perto a rotina do tráfico, o documentário contrapõe a todo o momento as falas de traficantes, dos policiais e dos moradores.

(Repassado pelo Rodrigo Cardia/Blog Cão Uivador, via Facebook)
O que a TV mostra e o que não mostra - Latuff

Texto de Roberto Pompeu de Toledo, revista Veja em 03/5/2000:
Notícias de uma guerra particular (2)
Deseja-se uma polícia honesta? Então fica combinado que o que vale para a favela vale para Ipanema 

Eu digo. Não precisa ninguém dizer. Eu afirmo: a polícia é corrupta. 

Com a palavra o delegado Hélio Luz, então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, num dos trechos de sua marcante participação no documentário Notícias de uma Guerra Particular, de João Moreira Salles e Kátia Lund. Na semana passada já se falou aqui desse documentário, hoje mais famoso do que na época em que foi lançado (1998) por causa da mesada paga por Salles a um chefe de tráfico, que conheceu nas filmagens, para que escrevesse um livro. Notícias de uma Guerra Particular, cujo tema é a guerra entre policiais e traficantes nos morros cariocas, causa aflição, de tão denso e revelador. Volta-se a ele para abordar o que ficou de fora na semana passada – o depoimento de Hélio Luz. 

"Sim, a polícia é corrupta", diz o delegado no filme, para em seguida acrescentar que, se a sociedade quer uma polícia honesta, não seria difícil consegui-lo. Conta então uma experiência que viveu num município do norte fluminense. Quando ali chegou, para assumir o posto de delegado, encontrou a população traumatizada. Havia pouco, o carcereiro se apoderara da boca-de-fumo local. Clamava-se pela moralização dos agentes da segurança pública. Luz juntou trinta policiais que, em suas palavras, "não levavam grana" e pôs-se ao trabalho. Aplausos. O delegado era convidado para os jantares do Rotary. Tudo foi bem durante dois meses até que, no terceiro, o segurança do supermercado estapeou um garoto apanhado furtando. Foram autuados os dois. Um por furto, outro por agressão. O dono do supermercado protestou, em favor do segurança: "Mas, doutor, era um ladrão..." O delegado começou a ser visto como bicho estranho. Hélio Luz data daquele momento o fim da lua-de-mel da sociedade local com a moralidade. Os convites para jantar escassearam. Deu-se então que um fazendeiro matou um rapaz que lhe levara o toca-fitas do carro. "Aí pronto", diz Luz. "O que era bom deixou de ser." Não se suportou a incriminação do fazendeiro. Não se agüentava mais tanta moralidade. 

Luz defende que a polícia é corrupta porque convém à sociedade. Deseja-se uma polícia honesta? Então, o que vale para a favela passa a valer para o Posto 9. "Não pode cheirar em Ipanema", diz. "Vai ter pé na porta na Delfim Moreira." Pé na porta, o leitor sabe, é como a polícia invade os barracos nas favelas. Hélio Luz sugere a extensão do método aos prédios chiques do Leblon. E pergunta: "A sociedade vai conseguir segurar isso?" A pergunta fica nos ouvidos. A sociedade segura isso? 

Uma questão não enfatizada com a atenção devida, quando se fala em narcotráfico, é a do contrabando de armas. No documentário de Salles e Lund desfila uma profusão de armas, nas mãos tanto de policiais quanto de traficantes – as melhores, de modelos mais avançados, fuzis e metralhadoras de nomes cabalísticos, para o comum das pessoas, P-90, MD-2, K-47, PT-92, mas pronunciados pelas crianças do morro com a familiaridade com que a dona-de-casa enumera marcas de sabão de pó. Ou, para ficar no filme, com a familiaridade com que, em outra cena, os mesmos meninos enumeram as grifes preferidas: jeans Company, camisetas Toulon, tênis Nike... 

Luz afirma que o negócio das armas é quase tão vultoso quanto o do narcotráfico. Os lucros de um e outro estariam muito próximos. "Por que se fabricam fuzis com 700 tiros por minuto?", pergunta. "Já não caiu o muro?" Tais armas, a comunidade internacional proíbe que se vendam à Líbia ou ao Exército Republicano Irlandês (IRA) – mas dão o ar de sua graça no Rio de Janeiro. Parte delas, os traficantes compram de policiais corruptos. Outra parte lhes chega por canais misteriosos. Como combater o tráfico de armas? Luz tem uma sugestão tão provocadoramente absurda quanto absurdamente lógica: fechar as fábricas. Não é isso o que os Estados Unidos fazem como política de combate ao narcotráfico? Não vão às origens do problema, com o objetivo de desmontar a produção no Peru e na Colômbia? Pois Luz reivindica uma intervenção nas fábricas de armas: "Quero fechar a fábrica da Colt que faz o AR-15, nos Estados Unidos. Quero fechar a fábrica do Sig-Sauer na Suíça". 

Vai-se encerrar esta página informando, à moda dos filmes, o que aconteceu depois com os personagens. Hélio Luz deixou a polícia e é hoje deputado estadual pelo PT no Rio de Janeiro. O traficante ajudado com a mesada de Salles, o hoje famoso Marcinho VP, foi finalmente preso na semana passada, depois de anos de busca, num morro do bairro carioca de Santa Teresa. João Salles foi indiciado pelas relações com Marcinho VP e mergulhou num inferno particular. Não mudou a vida nos morros. Os moradores do bairro da Tijuca viveram na semana passada mais uma das habituais noites de terror, com o tiroteio cerrado entre traficantes. Os meninos da favela continuam tão craques no nome das armas quanto no das grifes, confundindo ambas, acarinhando e embalando-as ambas no mesmo programa de vida – tênis Nike e HK 962, camiseta Toulon e PT-92.

Traficantes enfrentam a polícia - Rio - novembro de 2010

24 novembro 2010

Estudo de Impacto de Vizinhança!

Participe!
Seminário sobre Estudo de Impacto de Vizinhança
Dia 01 de dezembro - 19h30
Escola Estadual Padre Reus
Rua Otto Niemayer, 650

O EIV como ferramenta da cidadania


23 novembro 2010

Blogueiros entrevistam o presidente Lula

Nessa quarta-feira, 24 de novembro, o presidente Lula dará a primeira entrevista de nossa história à blogosfera.
Será às 9h da manhã no Palácio do Planalto. Estão confirmadas a presença dos seguintes blogueiros: Altamiro Borges (Blog do Miro), Altino Machado (Blog do Altino), Conceição Lemes (Vi o Mundo), William Barros (Cloaca News), Eduardo Guimarães (Cidadania), Leandro Fortes (Brasília, Eu Vi), Pierre Lucena (Acerto de Contas), Renato Rovai (Blog do Rovai), Rodrigo Vianna (Escrevinhador) e Túlio Vianna (Blog do Túlio Vianna).

9h, ao vivo, no Blog do Planalto ou aqui.
O público também poderá participar enviando suas perguntas pelo chat.
Entrevista - Blog do Planalto

Atualizado - 18h:
Como foi o encontro

Atenção: o início do vídeo não tem som mesmo. O som foi ligado depois que o Lula senta e bate no microfone.
Leia aqui:
Os "sujos" sobem a rampa do Planalto
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Esse mesmo grupo foi chamado por Serra, no auge da baixaria da campanha eleitoral, de representantes de “blogs sujos”, uma referência nervosa a um tipo de mídia que pegou o tucano, uma criatura artificialmente sustentada pela velha mídia corporativa, no contrapé. Nem Serra, nem ninguém na velha direita brasileira estavam preparados para o poder de reação, análise e crítica da blogosfera e das redes sociais. Matérias falsas, reportagens falaciosas, discursos hipócritas, obscurantismo religioso e a farsa da bolinha de papel, tudo, tudo foi desmontado em poucas horas dentro da internet. Chamar-nos de “sujos” nem de longe nos alcançou como ofensa, pelo contrário. Nós, os “sujos” fizemos a história dessa eleição. Serra e seus brucutus terceirizados sumiram no ralo virtual.
...

20 novembro 2010

Zoravia Bettiol e o Museu das Águas de Porto Alegre

A artista plástica Zoravia Bettiol foi entrevistada no programa "Estilo Zen" da TV Com, dia 12 de novembro, para falar de seu envolvimento com a proposta do Museu das Águas de Porto Alegre. Zoravia é a coordenadora do Grupo de Trabalho do Museu" no Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba



A ideia de um Museu das Águas surgiu em 2004, no Ano Estadual das Águas, que comemorou os 10 anos da Lei 10350/94, Lei Estadual da Água, proposta pela Câmara Técnica dos Recursos Hídricos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, e apoiada por diversas entidades da sociedade civil e órgãos públicos, entre eles a Ari (Associação Riograndense de Imprensa), que realizou, também em 2004, o II Fórum Internacional da Água.

No dia 25 de novembro de 2009, integrantes do Movimento em Defesa da Orla do Guaíba realizaram a primeira reunião de uma equipe multidisciplinar, denominada Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba,  para discutir e projetar espaços de uso público e ambiental para aquela área. O Movimento em Defesa da Orla do Guaíba teve papel fundamental em 2009, quando do polêmico projeto Pontal do Estaleiro, levado à consulta pública e com vitória do NÃO por mais de 80% dos votos.

A partir do Comitê Multidisciplinar, foi criado o Grupo de Trabalho do Museu das Águas, cujas primeiras ações foram elaborar uma proposta de instituição desse espaço de valorização da água e do ambiente da Orla do Guaíba. A proposta do Museu já foi apresentada a conceituadas entidades e os apoios, institucionais e técnicos, como a Associação Riograndense de Imprensa (Ari), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RS), Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), UFRGS, Abes-RS, UniRitter, Corsan e Metroplan. 
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Mais sobre o Museu das Águas:
Museu das Águas de Porto Alegre é tema na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia


Jean-Michel Cousteau conhece a proposta “Museu das Águas de Porto Alegre”

15 novembro 2010

Convenção sobre Mudanças Climáticas

Carta pública a Cancún
Compartilhamos a seguinte carta pública (ver infra), endereçada aos/às representantes de governos perante a Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança Climática, a ser realizada em Cancún, México, entre os dias 29 de novembro e 10 de dezembro.
Em caso de concordar com seu conteúdo, convidamos-lhes a assiná-la aqui. Ao mesmo tempo, instamos vocês para que a divulguem o mais amplamente possível entre seus contatos (e-mail, página web, etc.), incluindo tanto organizações da sociedade civil quanto funcionários governamentais, representantes de partidos políticos e mídia em geral. Em definitiva, que a adotem e a utilizem da forma que considerarem melhor.




Conferência das Partes - Convenção sobre Mudança Climática
Senhoras e Senhores representantes de governos:
Como vocês bem sabem, a mudança climática está ocorrendo e suas conseqüências já estão sendo sofridas por milhões de pessoas –particularmente as mais vulneráveis- e todo indica que o problema está agravando-se a passos largos. As causas do aquecimento global são perfeitamente conhecidas, bem como as medidas necessárias para evitar que se aprofunde e acabe afetando a humanidade toda. No entanto, tanto vocês quanto nós sabemos que os governos que representam continuam negando-se a fazer o que é sua obrigação para enfrentar seriamente o problema.
É bom lembrar que em 1992, todos os governos do mundo se comprometeram, em uma convenção internacional, a adotar medidas para evitar o desastre climático. Surgiu assim a Convenção sobre Mudança Climática, que quase todos os governos assinaram e ratificaram. Desde a época transcorreram 18 anos, durante os quais os governos têm feito pouco e nada para enfrentar o problema. Isto é, durante quase duas décadas o espírito da Convenção, que visava a evitar que a mudança climática ocorresse, tem estado sendo violado. Considerando suas possíveis conseqüências para a sobrevivência da humanidade, essa violação pode ser tachada de crime de lesa humanidade.
Logicamente que estamos conscientes de que os governos não atuam sozinhos e que a seu amparo operam grandes empresas –estatais e privadas- que obtêm lucros da exploração e venda de combustíveis fósseis, que todos sabemos que são a principal causa da mudança climática. Também estamos conscientes do poder dessas empresas sobre muitos dos governos que vocês representam. No entanto, isso não isenta seus governos da responsabilidade –assumida no momento de assinar esta Convenção- de proteger esse bem comum da humanidade que é o clima do planeta.
Por décima sexta vez, vocês vão participar na Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança Climática.  As últimas reuniões deste processo não foram além de negociar –sem muito sucesso- sobre aspectos secundários, sem decidir-se a enfrentar o miolo do problema: a eliminação total das emissões de combustíveis fósseis no menor prazo de tempo possível. Todo parece indicar que a próxima reunião em Cancún seguirá os mesmos passos.
No entanto, o mundo ainda tem a esperança de que os governos adotem as decisões necessárias para evitar o desastre climático e está disposto a apoiá-los. Para que essa esperança possa concitar esse apoio, são precisos sinais claros de uma mudança total de atitude. Nesse sentido, o principal sinal deveria ser o de colocar os combustíveis fósseis no centro do debate, pôr de lado a discussão das falsas soluções às que se tornaram tão adeptos (“sumidouros de carbono”, “desmatamento evitado-REDD”, “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, “compensação de emissões de carbono”, etc.) e focalizar-se no verdadeiro problema: como sair rapidamente da época dos combustíveis fósseis.
Como forma de começar a recuperar a credibilidade perdida, seus governos deveriam começar por comprometer-se em Cancún a um cesse imediato e permanente da busca de novas jazidas de combustíveis fósseis em seus territórios. Ao mesmo tempo, deveriam dedicar-se à busca de mecanismos compensatórios para garantir a não exploração de jazidas já identificadas, mas ainda não exploradas. Finalmente, que estabeleçam datas concretas para a total erradicação desses combustíveis.
Estamos conscientes de que o que antecede é um enorme desafio, mas é muito pedir quando o que está em jogo é nada menos que a sobrevivência da vida na Terra?
WRM - Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales



12 novembro 2010

A Sociedade do Automóvel

11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. No lugar da praça, o shopping center; no lugar da calçada, a avenida; no lugar do parque, o estacionamento; em vez de vozes, motores e buzinas.
Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é público é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar. Vidros escuros e fechados evitam o contato humano. Tédio, raiva angústia e solidão na cidade que não pode parar, mas não consegue sair do lugar.
Ano: 2005
Duração: 39′
Filme de Branca Nunes e Thiago Benicchio

02 novembro 2010

Espigões no Cais Mauá

E-mail recebido do engenheiro Henrique Wittler:

Prezados

A ação que a ANTAQ move contra o Estado do Rio Grande do Sul referente a anulação do EDITAL de Licitação da Governadora Yeda Crusius para Revitalização do Cais da Mauá foi acatada pela justiça e as Partes intimadas.
O assunto é de total importância e confirma o que tenho dito há mais de dois anos, que sem Autorização da ANTAQ não poderia ser feita licitação pelo Estado. O Estado, por meio de assessores e da Governadora sabiam de tal determinação da ANTAQ e sabiam também que recentemente a ANTAQ deu início a aprovação da Norma que atende o assunto pleiteado e que ainda levara mais de ano para que tal norma passe a vigorar.
O que a Governadora e seus seguidores tentaram foi coagir a ANTAQ e fizeram o Edital da Licitação "na marra" e que inclusive não atende Leis que rezam sobre o assunto.
Portanto o assunto dos edifícios de 100m dentro da área do Cais do Porto vai percorrer outro longo caminho e felizmente até lá a Governadora YEDA já éra e teremos o Dr. Tarso Genro, com outro olhar sobre a nossa orla.

Abraço

Henrique Wittler

AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº 5016114-68.2010.404.7100 (Processo Eletrônico - RS)
Data de autuação: 05/08/2010 16:15:35
Tutela: Requerida
Juiz: GABRIEL MENNA BARRETO VON GEHLEN
Órgão Julgador: JUÍZO SUBS. DA 05A VF DE PORTO ALEGRE
Localizador: P28
Situação: MOVIMENTO
Justiça gratuita: Não Requerida
Valor da causa: 10000.00
Intervenção MP: Sim
Maior de 60 anos: Não
Assuntos:
 1. Edital

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PARTES
AUTOR: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQ

RÉU: SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS

RÉU: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

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ADVOGADOS
Nome: PRF4 - LÚCIA SAMPAIO ALHO (AUTOR)
Nome: MILENA BORTONCELLO SCARTON (RÉU)
Nome: PAULO MOURA JARDIM (RÉU)
Nome: MILENA BORTONCELLO SCARTON (RÉU)
Nome: PAULO MOURA JARDIM (RÉU)

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FASES
28/10/2010 Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada  (RÉU - SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS)  Prazo: 30 dias
28/10/2010 Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada  (RÉU - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL)  Prazo: 30 dias
28/10/2010 Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada  (MPF - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL)  Prazo: 30 dias

Apresentação do projeto no governo do estado - Foto: página do Governo do Rio Grande do Sul

31 outubro 2010

A mídia perdeu novamente

Final do tradicional JN da rede Globo:

Não adiantou tentar influenciar o público que "ele" seria o candidato mais "sincero".
ELA venceu!


A população elegeu Dilma Roussef, a primeira mulher Presidente do Brasil!

Serra, definitivamente, virou PIADA

Partido Alto - Bolinha de Papel em versão estúdio:

28 outubro 2010

Até quando?

Este blog apoia Dilma Rousseff para Presidenta do Brasil

Essa campanha eleitoral será inesquecível para muita gente.
Inesquecível, porque nunca se viu uma campanha eleitoral tão rasteira, de tão baixo nível, como o que tem sido protagonizada pelos apoiadores do candidato oposicionista Serra e não apenas no horário eleitoral. Denúncias, acusações infundadas, difamação, argumentos ridículos e falaciosos pipocam no horário eleitoral, panfletos, telemarketing injurioso e ainda inundam nossas caixas de e-mails com mentiras e mais mentiras. E, se não bastasse, ainda muito dessa baixaria tem apoio ou origem na grande mídia.
Por que o desespero dessa mídia em ver o candidato que apoiam, mesmo sem abrirem o voto, eleito presidente do Brasil?
O que eles realmente ganharão com isso? O que eles tanto temem com a derrota de seu candidato? Que interesses estarão sendo ameaçados?
A grande mídia, salvo honrosas exceções, tem se comportado de maneira deplorável, tentando manipular o resultado eleitoral de maneira grosseira e ridícula. Isso culminou com a frustrada tentativa da Rede Globo "bombar" uma suposta "agressão" sofrida pelo candidato Serra no Rio de Janeiro, logo desmascarada por uma reportagem do SBT. Mesmo assim a Globo tentou criar uma explicação que não convenceu quase ninguém, inclusive seus constrangidos funcionários. A Rede Globo já tem um triste histórico no tema, basta lembrar o caso Proconsult (contra Brizola), a edição do debate entre Collor e Lula em 89 e a tentativa de influir no resultado eleitoral em 2006, que foi frustrado pelo lamentável acidente de avião. Aqui no Rio Grande a RBS (afiliada da Rede Globo) tem posição conhecida contra o PT e  sempre tentar influir nas eleições. Em 1988, na eleição para prefeito de Porto Alegre, seu jornal Zero Hora imprimiu duas pesquisas eleitorais no mesmo dia. Na ocasião a mais recente pesquisa mostrava que Olívio Dutra havia ultrapassado e o jornal estava sendo impresso com essa pesquisa, por interferência de um executivo da empresa os exemplares já impressos foram enviados para municípios bem distantes de Porto Alegre e foi montada nova edição com a pesquisa anterior, que mostrava Britto na frente de Olívio, para tentar dar uma "ajudinha" a seu candidato (e ex-funcionário) preferido. No programa eleitoral na televisão o candidato Olívio esbravejava segurando as duas edições do jornal, mas sem som nenhum. A geração do horário eleitoral pela TV era da RBS e a desculpa apresentada posteriormente foi "o PT tinha gravado o som em canal errado"...
A Globo, RBS, Veja e muitos outros órgãos de imprensa tem excelentes jornalistas e todos sabem que essas decisões de tentarem influenciar a opinião pública de modo fraudulento não é culpa da grande maioria de seus funcionários. Eles são apenas empregados que precisam de seus empregos, a culpa disso é de quem manda fazer! A responsabilidade é de quem exige que seja "fabricada" a farsa.
Mas e na campanha eleitoral? Dá para dizer que o candidato não sabe o que se trama? O candidato que supostamente estaria sendo beneficiado com a baixaria não tem nenhuma ingerência nisso?
Claro que tem. Não dá para imaginar que o candidato não saiba o que está sendo feito, ele não assiste nada do programa eleitoral? Alguém acredita nisso? As acusações repetidas nas entrevistas e debates são apenas "decorebas", lavaram o cérebro dele ou ele é manipulado pelo marketing de sua campanha?
Um candidato que não consegue controlar a linha de sua campanha eleitoral terá condições de controlar sua equipe de governo?
Percebe-se nitidamente que o candidato Serra sabe muito bem o que é feito e obviamente concorda com esse tipo asqueroso de campanha. Nesse caso, ele tem condições de ser um governante decente? Seu ministério será constituído por pessoas de atuação tão condenável e que ele aparenta ter tanta afinidade, pois continuam participando de sua campanha?
Nós temos posições políticas, mas evitamos posicionamentos partidários aqui. Temos nossos motivos, participamos de Associações, Movimentos de Moradores, Entidades Ambientalistas e outras que lutam pelos direitos da cidadania que tem participantes de quase todos os principais partidos políticos com representação no estado. Alguns de nossos vereadores e deputados - de vários partidos - são merecedores  de nosso respeito e grande admiração por defenderem as causas da cidadania. Só para citar alguns vereadores (apenas citando um por partido): Beto Moesch/PP, Sofia Cavedon/PT, Neuza Canabarro/PDT, Claudio Sebenello/PSDB, Dr. Raul/PMDB, Airto Ferronato/PSB, Toni Proença/PPS e Fernanda Melchionna/PSOL são políticos muito dignos e que honram nossa cidade. Outros, que discordam de nossas opiniões, não deixam de ser respeitáveis e decentes apenas por discordarem de nós.

Decência não é questão de partido político, é questão de caráter!

Vale a pena ler no Blog do Emanuel Mattos:
Fomos enganados, mais uma vez, pela Globo. Até quando?

Por isso, pedimos que pensem bem e votem na candidata Dilma no dia 31.


Brizola já alertava:


Vote 13 no dia 31!

23 outubro 2010

Saramago: "vivemos uma democracia sequestrada pelo poder econômico"


A sensacional participação de José Saramago no Fórum Social Mundial de 2005 em Porto Alegre.

Do Blog Porto Alegre Resiste:
Farsa de Serra e Rede Globo envergonham o Brasil

O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel

Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e  Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.
Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o perito Ricardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do  “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
Serra e Kamel não sentiram vergonha.

Texto do Blog “Escrevinhador” do Rodrigo Vianna:
Link: http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/o-dia-em-que-ate-a-globo-vaiou-ali-kamel.html

21 outubro 2010

Bandeira de Mello: "é um orgulho votar numa mulher como Dilma"

Professor Celso Antônio Bandeira de Mello pede voto para Dilma Roussef



Celso Antônio Bandeira de Mello é um professor universitário brasileiro, titular de Direito Administrativo da Faculdade Paulista de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) desde 1974, onde foi também vice-reitor para assuntos acadêmicos (1973-1976), lecionando cursos de graduação e pós-graduação. Celso Antonio "sem favor algum, é reconhecido no mundo jurídico como o mais destacado expoente do Direito Administrativo no Brasil."

Fonte: Wikipédia

19 outubro 2010

Verdade factual: "tucanato" faz mal ao Brasil

Foto do "tucano" José Serra via Diário Gauche
Mino Carta e as verdades factuais
A cerimônia de entrega do prêmio As Empresas Mais Admiradas no Brasil 2010 realizada nesta segunda-feira 18, em São Paulo, foi o maior sucesso. Mais de 700 empresários e executivos lotaram os salões do Rosa Rosarum para prestigiar o tradicional evento. Anualmente, a partir de pesquisa realizada pela Officina Sophia, de Paulo Secches, ele premia as empresas que mais se destacaram em 48 segmentos do mercado.
Presentes, entre as autoridades, o próprio presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros Guido Mantega, da Fazenda, Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Orlando Silva, do Esporte e Carlos Eduardo Gabas da Previdência Social. Também prestigiaram a cerimônia, o ex-governador do Paraná e senador eleito Roberto Requião, o senador Eduardo Suplicy e os deputados Brizola Neto, Carlos Zarattini e André Vargas.
Na abertura do evento, discursou o diretor de Redação de CartaCapital, jornalista Mino Carta, que destacou os avanços obtidos no País nos últimos anos e comparou a gestão do presidente Lula com a de seu antecessor Fernando Henrique Cardoso. Mino reiterou o apoio da revista à candidata Dilma Rousseff, justificado pela necessidade de dar continuidade ao processo de desenvolvimento do País e de erradicação da miséria.

Fonte: revista Carta Capital 

Mino Carta - parte 1



Mino Carta - parte 2



E agora, José?

17 outubro 2010

Domingo na Redenção

Marcha em defesa da democracia e apoio à candidatura de Dilma Rousseff, na manhã deste domingo, no Brique da Redenção.




Texto do "Diário Gauche":
Em 31 de outubro, derrote a direita, derrote o velho obscurantismo de roupa nova, a mídia das oligarquias e a ameaça regressista no Brasil. 
Vote 13 
Vote Dilma!

15 outubro 2010

Museu das Águas de Porto Alegre na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia - Blog Action Day

Museu das Águas de Porto Alegre é tema na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

Conscientização sobre escassez, desperdício, poluição, usos e direitos da água como bem público serão principais alertas desse espaço, com arte.

O aumento dos usos e a escassa qualidade da água, provocada pela poluição e o desperdício, ameaçam a vida e o desenvolvimento social. Para fazer frente a esse problema ambiental, social e econômico, é necessária uma gestão pública com a participação da sociedade, conscientizada e mobilizada. É aí que entra a proposta do Museu das Águas de Porto Alegre, apresentada a representantes de diversas instituições e universidades. Implantado na Orla do Guaíba, o Museu será um ícone a ser apropriado pela população e visitantes, e proporcionará oportunidades para que a criatividade na produção artística seja desenvolvida através das artes visuais, literatura, vídeo e teatro, entre outras possibilidades, tendo a água como tema, material ou suporte.

Na próxima semana, em Porto Alegre, a proposta do Museu das Águas será apresentada durante a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2010, que acontece de 18 a 24 deste mês. A coordenadora do Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba, Zoravia Bettiol, palestra sobre "Museu das Águas - a proposta", nos dias 20 e 21 de outubro, com ilustrações elaboradas por componentes do GT Museu, do Comitê.

Data: 20 de outubro de 2010
Horário: 20h
Evento no Centro Cultural CEEE Érico Veríssimo - Sala de Pesquisa
Rua dos Andradas, 1223/2º andar - Porto Alegre/RS

Data: 21 de outubro de 2010
Horário: 16h
Evento no Anfiteatro 200, 2° andar do Prédio Nova Escola de Engenharia da Ufrgs
Av. Osvaldo Aranha, 99 - Porto Alegre/RS

Eixos orientam proposta do Museu

Educação, história e arte são os eixos que permeiam a instalação do Museu das Águas de Porto Alegre. No eixo educativo, a água será apresentada em seus diversos aspectos, sob forma de maquetes, jogos, instrumentos audiovisuais. No eixo histórico, a preservação terá ênfase com exposição de artefatos e documentos históricos da água e de seus usos. Já no eixo artístico, haverá um espaço para exposição de obras produzidas por artistas nos mais variados formatos, suportes, propostas e concepções, enfocando a água em seus diferentes aspectos, através de concursos, cursos e oficinas.

A ideia de um Museu das Águas surgiu em 2004, no Ano Estadual das Águas, que comemorou os 10 anos da Lei 10350/94, Lei Estadual da Água, proposta pela Câmara Técnica dos Recursos Hídricos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, e apoiada por diversas entidades da sociedade civil e órgãos públicos, entre eles a Ari (Associação Riograndense de Imprensa), que realizou, também em 2004, o II Fórum Internacional da Água.

No dia 25 de novembro de 2009, integrantes do Movimento em Defesa da Orla do Guaíba realizaram a primeira reunião de uma equipe multidisciplinar para discutir e projetar espaços de uso público e ambiental para aquela área. O Movimento em Defesa da Orla do Guaíba teve papel fundamental em 2009, quando do polêmico projeto Pontal do Estaleiro, levado à consulta pública e com vitória do NÃO por mais de 80% dos votos.

A partir do Comitê Multidisciplinar, foi criado o Grupo de Trabalho do Museu das Águas, cujas primeiras ações foram elaborar uma proposta de instituição desse espaço de valorização da água e do ambiente da Orla do Guaíba. A proposta do Museu já foi apresentada a conceituadas entidades e os apoios, institucionais e técnicos, como a Associação Riograndense de Imprensa (Ari), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RS), Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Ufrgs, Abes-RS, UniRitter e Corsan.

Informações com
Jornalista Adriane Bertoglio Rodrigues

14 outubro 2010

Oportunismo político

Serra é AMBIENTALISTA?
Serra o "ambientalista" - cartum de Edgar Vasques
Do Blog Porto Alegre Resiste:
Serra mostra-se um “oportunista convicto”.

Com sua ida ao segundo turno das eleições presidenciais o candidato “tucano” José Serra adotou um discurso ambientalista, de olho nos 19 milhões de votos de Marina Silva. Nesta segunda, dia 11, a rádio Gaúcha entrevistou o presidente do PSDB e coordenador da campanha de Serra e não pode faltar uma pergunta que todos fazem: como se apresentar como “ambientalista” sendo apoiado pelos que querem enfraquecer a legislação ambiental? Sérgio Guerra, enrolou e fugiu da pergunta feita pela jornalista Carolina Bahia.
(Áudio no Blog Porto Alegre Resiste)


MotoSERRA - Cartum de Vecente - via GRAFAR
Em Vitória da Conquista, Bahia, Serra disse que abraçará projetos do PV caso seja eleito. Em suas primeiras manifestações em São Paulo, logo após a apuração do primeiro turno eleitoral, o “tucano” declarou-se “ambientalista convicto” e não apenas na teoria, disse que também na prática. Em Santa Catarina, onde derrotou a candidata Dilma Rousseff no primeiro turno, em entrevista a uma rádio de Chapecó voltou a declarar-se “ambientalista”, mas se atrapalhou ao falar em bioma:
“Eu sou ambientalista, eu defendo muito o patrimônio florestal. Serra defendeu ainda uma “flexibilização” no projeto do Código Florestal Brasileiro, de forma a respeitar as características de cada região do país.
- Sem dúvida, o problema da Amazônia é diferente do de Santa Catarina, que é de pequenas e médias propriedades e que já estão ocupadas há muitas décadas, para não dizer séculos. A questão do código florestal tem de permitir algum peso às condições regionais – afirmou ele.
Sobre Santa Catarina ter feito um código ambiental próprio: a constitucionalidade dessa lei, que reduz a proteção vegetal nas margens de rios e encostas, está sendo questionada no Supremo Tribunal Federal. Para ele, a votação do projeto que está tramitando no Congresso não deveria coincidir com a disputa eleitoral.
- O projeto não pode ser votado agora, ano de eleição. Nós vamos pegar isso no ano que vem e discutir com todo mundo. E ter em mente a necessidade de presevar e de ter incentivos econômicos para o desenvolvimento do país. Acho perfeitamente possível compatibilizar. O projeto que está no Congresso tem de ser modificado e dá para chegar a um entendimento.”

O curioso é que o “ambientalista convictona teoria e na prática, segundo ele mesmo, atrapalhou-se na hora de tratar dos biomas:
“Tem que levar em conta as biodiversidades regionais. Como é que eles chamam? Bio…?“, soletrou, tendo de recorrer a um assessor que acompanhava e até tentou ajudar. “Hein?”, voltou a perguntar o tucano, no que o assessor respondeu novamente. “O bioma de cada local”, completou Serra, graças ao socorro do assessor.

Claro que após tratar de assuntos ambientais ele voltou a seu surrado discurso com ataques e provocações ao partido adversário, em especial a candidata Dilma Rousseff.
Aqui no Rio Grande já estamos acostumados com esse tipo de discurso. Até pouco tempo atrás tivemos um secretário de Meio Ambiente que era um “convicto defensor de plantações de eucaliptos”.
Quantas pessoas, com o apoio da “mídia amiga”, esse discurso oportunista e falso enganará”?
A atual governadora gaúcha, apoiadora de Serra, também tinha o mesmo discurso de “flexibilização” do código ambiental gaúcho (PL 154). Assim como Serra, a governadora do Rio Grande – derrotada nas urnas no dia 3 – também seria uma “ambientalista convicta“?

Manifestação em Porto Alegre contra as alterações no Código Florestal - 2010
Serra é um político experiente e tem uma certa desenvoltura frente às câmeras, mas isso não basta para dar credibilidade a suas poucas propostas (?) e tentativas de desqualificar seus opositores. Com o baixo nível de sua campanha ele nem se apresenta como um candidato genérico, mais parece um candidato oportunista, um remédio falsificado para tratar dos problemas da nação. O que realmente faria, se eleito, um candidato que promove uma campanha de tão baixo nível e que mente descaradamente ao declarar-se “ambientalista”, tendo entre seus principais aliados os maiores adversários do ambientalismo?

"Dia da árvore" - Cartum de Guazelli, via GRAFAR

09 outubro 2010

World Builder


A strange man builds a world using holographic tools for the woman he loves.

This award winning short was created by filmmaker Bruce Branit, widely known as the co-creator of '405'. World Builder was shot in a single day followed by about 2 years of post production. Branit is the owner of Branit VFX based in Kansas City.

More info, background and info on future releases can be at http://www.facebook.com/pages/World-Builder/73936485659 Become a fan and keep in touch.

06 outubro 2010

Ato público pelo direito à informação e 25 anos do Jornal JÁ

Comitê Resistência JÁ

Convite
Ato público pelo direito à informação e 25 anos do Jornal JÁ

Cerca de 50 pessoas reunidas na sede da Associação Riograndense de Imprensa, no dia 11 de setembro de 2010, decidiram criar um “comitê de resistência” para impedir a liquidação do Jornal JÁ, cuja sobrevivência está ameaçada por um processo judicial com nítidas componentes políticas.

Este movimento de resistência vai além de iniciativas para a recuperação financeira do jornal JÁ. Pretende sobretudo defender o direito à informação, assegurado pelo inciso XIV do artigo 5º da Constituição Federal: “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.

6a-feira, 8 de outubro de 2010, 19 horas
Teatro Dante Barone, Assembléia Legislativa do RS

* Exposição de material histórico do jornal
* Exposição de charges de Santiago, Edgar Vasques, Eugênio Neves, Kaiser, Bier, Halls, Eduardo Simch, Rafael Correa e outros

Apoio: ARI, AJURIS, IAB, OAB, AGAPAN, Amigos da Gonçalo de Carvalho, ACJM/RS, Movimento Defenda a Orla, SINDJORS, FENAJ, SindBancários, CUT/RS, Força Sindical, Federação das Mulheres Gaúchas, Sindicato dos Servidores Públicos Federais - Sindiserf/RS, Grafar.

· Para ler o artigo do jornalista Luiz Cláudio Cunha, publicado no Observatório de Imprensa,que chamou a atenção para o caso em todo o Brasil: http://www.jornalja.com.br/2010/08/31/7287/
· Para ler a entrevista do editor do JÁ, Elmar Bones, publicada por Paulo Henrique Amorim no seu blog Conversa Afiada: http://migre.me/1tIJ3

Data: dia 8 de outubro, às 19 horas
Local: Vestíbulo do Teatro Dante Barone da Assembleia Legislativa do RS


Exposição sobre os 25 anos do JORNAL JÁ, relançamento do JORNAL JÁ e palestra com o jornalista e diretor do JÁ, Elmar Bones.

FAÇA PARTE DESTA HISTÓRIA!
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Jornal JÁ
Comitê Resistência JÁ