Mostrando postagens com marcador farsa. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador farsa. Mostrar todas as postagens

20 março 2013

Copa VERDE em Porto Alegre?

Acreditamos ser necessário, para não passar por propaganda enganosa da FIFA e Governo do Brasil, que se retire a expressão "Copa Verde" em tudo o que se refere a Copa do Mundo de 2014 no Brasil.

No Sul 21:

Após audiência, prefeitura de Porto Alegre diz que vai retomar derrubada de árvores

Rachel Duarte
Após três horas de debate na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, na noite desta segunda-feira (18), a situação sobre o corte de centenas de árvores nativas para ampliação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva (Beira-Rio) não se resolveu. O Executivo municipal anunciou a retomada dos cortes, assumindo o compromisso de ampliar as medidas compensatórias, devido à nova pressão contrária da sociedade. O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS), que investiga o caso, pediu que fossem aguardados mais alguns dias para a decisão sobre os cortes, o que não teve a concordância do vice-prefeito Sebastião Melo, que representou a prefeitura. Com a decisão, considerada arbitrária por ambientalistas presentes, a promessa é continuar os protestos e impedir o corte nas ruas.
“Existia um acordo de suspendermos o corte até a audiência pública. Isso foi cumprido. Agora a SMOV poderá seguir o trabalho. O Melo disse que a Prefeitura vai continuar”, alegou o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia.
Apesar do vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) ter anunciado a retomada dos cortes, o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP-RS) alega que o diálogo com o poder público segue em aberto. Presente na mesa de debates, a promotora Ana Maria Moreira Marchesan pediu que o município suspendesse o corte das arvores por mais alguns dias. “Tenho certeza de que o Executivo não vai se furtar a discutir este tema com o Ministério Público. Vamos tentar fazer uma mediação, pois o progresso implica opções. Ficou claro que a sociedade está bastante dividida, mas temos uma amarração legal que não pode ser atropelada”, disse.
Os cortes começaram em fevereiro, na Praça Júlio Mesquita, em frente a Usina do Gasômetro, mas foram suspensos após manifestações populares. A pressão resultou em um inquérito no MP-RS e na audiência desta segunda. Na ocasião, os ânimos ficaram alterados devido à grande contrariedade de ambientalistas e outros setores da cidade. Contrapondo os cartazes e palavras de ordem pedindo alternativas para evitar o corte de árvores, um grupo que fazia coro favorável ao projeto da Prefeitura foi acusado de ser constituído de cargos comissionados (CCs) da gestão Fortunati.
Os críticos alegam que a falta de diálogo prévio e deficiências no projeto viário comprometem o desenvolvimento da cidade. O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS), com o qual o prefeito José Fortunati (PDT) se comprometeu durante a eleição em realizar apenas obras de desenvolvimento sustentável, apresentou alternativas simples para evitar o corte. “Ainda falta um bom projeto”, criticou o presidente do IAB-RS, Tiago da Silva. Segundo ele, “é impossível que em pleno Século 21 uma gestão priorize cortar árvores nativas para colocar asfalto na cidade”.
“Não devemos seguir os projetos de empreiteiras”, alertou IAB-RS
Para o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RS), Tiago da Silva, “não devemos seguir os projetos doados por empreiteiras, que são as maiores interessadas na realização das obras. Está claro que o projeto está errado. Técnicos já afirmaram que não há necessidade de uma ampliação da via rápida”. Ainda assim, os secretários presentes na audiência e o vice-prefeito de Porto Alegre seguiram irredutíveis.
“Teve claque. Muitos secretários da prefeitura estavam na audiência. Tudo isso demonstra o peso que tem esta obra para a administração”, criticou a vereadora Fernanda Melchionna. Segundo ela, a postura da Prefeitura na audiência foi de seguir irredutível no planejamento que prevê a derrubada de 101 mudas nativas na Edvaldo Pereira Paiva. “Queríamos mais tempo para discutir. O IAB trouxe contribuições ontem, outras sugestões já haviam surgido nos outros debates, como passarelas de pedestres para evitar os cortes. Mas não houve flexibilidade. Infelizmente, uma audiência de ouvidos mortos não resolve muita coisa”, lamentou.
O presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, cobrou a realização de estudos alternativos. “Se não há comparação, como dizer que esta é a melhor alternativa? A cidade não existe para atender aos automóveis. Nunca haverá vias suficientes para a quantidade de carros que está sendo vendida. A solução é deixar eles fora do Centro, investir em transporte coletivo e mais lazer”.
O texto completo aqui:  
 http://www.sul21.com.br/jornal/2013/03/apos-audiencia-prefeitura-de-porto-alegre-diz-que-vai-retomar-derrubada-de-arvores/

Fotos da Audiência Pública na Câmara Municipal de Porto Alegre em 18 de março de 2013:

Ativistas e líderes comunitários protestaram contra a ação da prefeitura.
Questionando o conceito de "progresso" defendido pelo executivo municipal.
Movimento "Defenda a Orla" também presente na Audiência.
Cortar árvores para colocar mais carros nas ruas? Não!
Momento que foram apresentadas imagens de sites de todo o mundo sobre o
reconhecimento global das árvores da Rua Gonçalo de Carvalho na Audiência Pública.
O prefeito não teve coragem de aparecer na Audiência. Mandou o vice e secretariado.
Vice-prefeito Sebastião Melo enrolou na Audiência
e depois anunciou a retomada dos cortes de árvores.
Já que o prefeito não compareceu, o recado foi para seu vice, Sebastião Melo.
(Fotos: Câmara Municipal de Porto Alegre e Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho)

17 março 2013

Audiência Pública na Câmara Municipal

Segunda-feira, 18 de março - 19h
Audiência Pública para debater a duplicação da Edvaldo Pereira Paiva e alargamento da Av. João Goulart (Centro Histórico) com a retirada de mais de uma centena de árvores adultas.
A SMAM diz que "compensará" esses cortes com o plantio de 410 mudas de árvores.
Isso não é compensação é MITIGAÇÃO*.
Ainda por cima pretendem plantar apenas 14 mudas no Centro Histórico, as demais serão plantadas em outras regiões mais distantes do local onde já cortaram 14 árvores e pretendem cortar mais 101.

Pretendem poluir ainda mais o ar de nossa cidade com o aumento do trânsito na João Goulart e retirar as árvores que sabidamente filtram a poluição gerada pelos carros, além de muitos outros benefícios ao ambiente.

Confira os locais que receberão os plantios "compensatórios"

- Avenida Oswaldo Aranha – 100 mudas
- Rua da República – 08 mudas
- Parque Farroupilha – 80 mudas
- Rua Lopo Gonçalves – 08 mudas
- Avenida Jerônimo de Ornellas – 10 mudas
- Parque Maurício Sirotsky Sobrinho – 60 mudas
- Avenida Independência - 20 mudas
- Rua Washington Luiz – 10 mudas
- Rua Garibaldi – 05 mudas
- Rua Santo Antônio – 60 mudas
- Viaduto Otávio Rocha – 26 mudas
- Centro Histórico – 14 mudas em substituição a espécies secas


 *Mitigação - s.f. Ato, desenvolvimento ou consequência de mitigar e/ou atenuar; aliviamento: mitigação dos efeitos da fome.
Diminuição do mal; alívio; consolação; lenitivo.
pl. mitigações.
(Etm. do latim: mitigatio.onis)
fonte: Dicionário Online de Português 



Atualização em 18/3/2013 - 10h:

Árvores tombadas e clichês em queda livre
(Juremir Machado da Silva - jornal Correio do Povo - em 18 de março de 2013)

– Os ecochatos tentam frear o progresso.

Ainda é comum se ouvir esse clichê na boca de quem imagina combater todos os lugares-comuns deste mundo.

– Por causa de um coruja não se pode tocar uma obra.

Os “progremalas”, xiitas do lucro a qualquer custo, odeiam ser atrapalhados por considerações ecológicas. Continuam a achar que a natureza é um repositório infinito de bens a serem devastados sem qualquer limite.

– A vanguarda do atraso impede o país de crescer.

Essa afirmação é feita em tom solene e, ao mesmo tempo, jocoso por homens que jamais se questionam diante do espelho. É um pessoal que parou no tempo. Uma turma que ainda pratica o capitalismo do século XIX. Se for para crescer economicamente, pode poluir à vontade. Se for para ganhar muito dinheiro, pode desmatar sem constrangimento. Se for para os carros andarem mais rápido, pode derrubar quanto árvores se fizer necessário. A vida desses amantes da motosserra está cada vez mais difícil. O cerco em torno deles não para de se fechar.

Hoje tem audiência pública na Câmara de Vereadores sobre a derrubada das árvores da avenida Edvaldo Pereira Paiva, em Porto Alegre. Por mais algum centímetros de pista para os bólidos dos nossos apressados motoristas, de acordo com o plano de mobilidade para a Copa do Mundo de 2014, mais de cem árvores devem cair. Elas estão marcadas para morrer. Todas assinalada com um “c”. Os comedores de concreto estão dispostos a tudo pelo “progresso”. O que são cem árvores para eles? Árvores, segundo o prefeito, “que ninguém usa”. O importante é ter asfalto novinho para mostrar na próxima visita da Fifa.

– Florestas, bosques, matas, árvores abatidas – diz um personagem, intérprete de “O pato selvagem”, de Ibsen, no clássico “Árvores abatidas” do genial Thomas Bernhard.

Quando os atuais comedores de concreto eram crianças, implicar com os outros, especialmente com os mais fracos, era normal; molestar meninos e meninas era comum e morria no silêncio dos lares com seus segredos letais; não deixar negros entrarem em clubes social fazia parte dos costumes na maioria das nossas cidades; fumar na cara dos outros era charmoso; destruir a natureza era uma obrigação de homens empreendedores, sérios e comprometidos com o futuro. Agora, isso tudo é chamado por seus nomes: bullying, pedofilia, racismo, tabagismo, burrice antiecológica, etc. Há quem sofra terrivelmente com essa nova realidade limitadora dos seus movimentos.

– O politicamente correto nos deixa de mãos amarradas.

Precisamos de mais asfalto ou de mais árvores? Entre mais asfalto e preservação das árvores, o que deve ser prioridade? Um comedor de concreto supostamente com senso de humor, deixando escapar seu racismo, saiu-se com esta:

– Para que tantas árvores se temos poucos macacos.

17 julho 2011

O silêncio do Panda


O Silêncio dos pandas - O que a WWF não está dizendo
A WWF é a maior organização de proteção ambiental do mundo. A confiança em seus projetos verdes é quase ilimitada. Com campanhas ousada, o WWF visa diretamente a consciência de seus doadores - todos devem fazer sua parte para salvar espécies ameaçadas de extinção, o clima e/ou a floresta tropical. A WWF foi fundado há 50 anos, em 11 de setembro de 1961.Hoje é o grupo de lobby mais influente para o meio ambiente no mundo, em grande parte graças à seus excelentes contatos tanto na esfera política e industrial e à sua capacidade de andar numa corda bamba constante entre o compromisso e a venalidade. Este filme, no entanto,  irá dissipar a imagem verde da WWF. Por trás da organização eco-fachada, a descoberta de histórias explosivas em todo o mundo. Este documentário procura revelar os segredos do WWF. É uma viagem ao coração do império verde e pode quebrar a fé pública no Panda, para sempre.

23 outubro 2010

Saramago: "vivemos uma democracia sequestrada pelo poder econômico"


A sensacional participação de José Saramago no Fórum Social Mundial de 2005 em Porto Alegre.

Do Blog Porto Alegre Resiste:
Farsa de Serra e Rede Globo envergonham o Brasil

O dia em que até a Globo vaiou Ali Kamel

Passava das 9 da noite dessa quinta-feira e, como acontece quando o “Jornal Nacional” traz matérias importantes sobre temas políticos, a redação da Globo em São Paulo parou para acompanhar nos monitores a “reportagem” sobre o episódio das “bolinhas” na cabeça de Serra.
A imensa maioria dos jornalistas da Globo-SP (como costuma acontecer em episódios assim) não tinha a menor idéia sobre o teor da reportagem, que tinha sido editada no Rio, com um único objetivo: mostrar que Serra fora, sim, agredido de forma violenta por um grupo de “petistas furiosos” no bairro carioca de Campo Grande.
Na quarta-feira, Globo e Serra tinham sido lançados ao ridículo, porque falaram numa agressão séria – enquanto Record e SBT mostraram que o tucano fora atingido por uma singela bolinha de papel. Aqui, no blog do Azenha. você compara as reportagens das três emissora na quarta-feira. No twitter, Serra virou “Rojas”. Além de Record e SBT, Globo e  Serra tiveram o incômodo de ver o presidente Lula dizer que Serra agira feito o Rojas (goleiro chileno que simulou ferimento durante um jogo no Maracanã).
Ali Kamel não podia levar esse desaforo pra casa. Por isso, na quinta-feira, preparou um “VT especial” – um exemplar típico do jornalismo kameliano. Sete minutos no ar, para “provar” que a bolinha de papel era só parte da história. Teria havido outra “agressão”. Faltou só localizar o Lee Osvald de Campo Grande. O “JN” contorceu-se, estrebuchou para provar a tese de Kamel e Serra. Os editores fizeram todo o possível para cumprir a demanda kameliana. mas o telespectador seguiu sem ver claramente o “outro objeto” que teria atingido o tucano. Serra pode até ter sido atingido 2, 3, 4, 50 vezes. Só que a imagem da Globo de Kamel não permite tirar essa conclusão.
Aliás, vários internautas (como Marcelo Zelic, em ótimo vídeo postado aqui no Escrevinhador) mostraram que a sequência de imagens – quadro a quadro – não evidencia a trajetória do “objeto” rumo à careca lustrosa de Serra.
Mas Ali Kamel precisava comprovar sua tese. E foi buscar um velho conhecido (dele), o perito Ricardo Molina.
Quando o perito apresentou sua “tese” no ar, a imensa redação da Globo de São Paulo – que acompanhava a “reportagem” em silêncio – desmanchou-se num enorme uhhhhhhhhhhh! Mistura de vaia e suspiro coletivo de incredulidade.
Boas fontes – que mantenho na Globo – contam-me que o constrangimento foi tão grande que um dos chefes de redação da sucursal paulista preferiu fechar a persiana do “aquário” (aquelas salas envidraçadas típicas de grandes corporações) de onde acompanhou a reação dos jornalistas. O chefe preferiu não ver.
A vaia dos jornalistas, contam-me, não vinha só de eleitores da Dilma. Há muita gente que vota em Serra na Globo, mas que sentiu vergonha diante do contorcionismo do  “JN”, a serviço de Serra e de Kamel.
Terminado o telejornal, os editores do “JN” em São Paulo recolheram suas coisas, e abandonaram a redação em silêncio – cabisbaixos alguns deles.
Sexta pela manhã, a operação kameliana ainda causava estragos na Globo de São Paulo. Uma jornalista com muitos anos na casa dizia aos colegas: “sinto vergonha de ser jornalista, sinto vergonha de trabalhar aqui”.
Serra e Kamel não sentiram vergonha.

Texto do Blog “Escrevinhador” do Rodrigo Vianna:
Link: http://www.rodrigovianna.com.br/radar-da-midia/o-dia-em-que-ate-a-globo-vaiou-ali-kamel.html