Mostrando postagens com marcador desmatamento. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador desmatamento. Mostrar todas as postagens

09 outubro 2012

Faleceu a coordenadora da campanha da Amazônia do Greenpeace

De O Eco: 
Tatiana e a despedida do arco-íris
Karina Miotto
08 de Outubro de 2012

Tatiana  em Santarém, no Pará. Foto: Greenpeace
Tatiana de Carvalho, coordenadora da campanha da Amazônia do Greenpeace, faleceu neste domingo (07), após uma queda na cachoeira Poço Azul, nos arredores de Brasília. Tinha apenas 36 anos de vida. 

A seguir, texto da jornalista Karina Miotto, que a conheceu, presta uma homenagem a Tatiana.


Tatiana de Carvalho era uma moça linda, cheia de energia, alegria e entusiasmo. Quando trabalhei no Greenpeace, em Manaus, lembro bem de suas excelentes pontuações nos debates do time. Recordo-me também do encontro no navio Arctic Sunrise, durante o Fórum Social Mundial que aconteceu em 2009, em Belém. Ela sempre a postos, em movimento, atendendo todo mundo. O trabalho em prol da conservação da Amazônia e da dignidade de seu povo marcaram sua história pessoal e profissional.

Começou a carreira no Greenpeace em 2002, como coordenadora da campanha de transgênicos. Na organização, também chegou a liderar a campanha da soja e a apoiar as de clima/energia e pecuária. Entre 2010 e 2011, foi analista sênior de conservação do WWF Brasil. Corajosa, idealista, ao longo dos anos realizou muitas viagens pela Amazônia para conhecê-la melhor e, assim, defendê-la. De volta ao Greenpeace, seu conhecimento da região a levou a assumir a liderança da campanha pela Amazônia. O coordenador de campanha é o representante do Greenpeace naquela determinada ação.

Iglu, como era chamada pelos colegas "ezalquianos" (formados pela EZALQ - USP), encarou os desafios que surjirão no caminho das causas que abraçou e não mediu palavras nem esforços para expor as irregularidades que encontrou.

Ela nos deixa para voar seu voo sem fim. Sua alegria contagiante, seu exemplo de viver intensamente e lutar pelo bem deste planeta ecoarão para sempre no coração de quem fica.

Segue na luz, Tati. Do arco-íris que você agora habita, continue a nos inspirar com seus passos.

Trechos de textos de Tatiana Carvalho

Carvoarias
“O ferro gusa está deixando um rastro de destruição e violência na Amazônia. Desmatamento ilegal, trabalho análogo à escravidão e invasão de territórios indígenas estão na ponta da cadeia desta matéria-prima”

Novo Código Florestal
"O projeto de lei como está escrito vai levar ao aumento do desmatamento, conceder anistia para quem desmatou ilegalmente e ainda abrir brechas para novas concessões"

Terra Indígena Marãiwatsédé
“O que está acontecendo na Terra Indígena Marãiwatsédé não é exceção, é regra na Amazônia. Os Xavantes hoje vivem encurralados em uma área rodeada por devastação, o que tem um impacto direto no seu modo de vida. Os índios precisam da floresta para sobreviver”

Paralisação do porto da Cargill
“A paralisação das atividades do porto da Cargill coroa a luta de muitos anos das comunidades locais de Santarém e daqueles que combatem a expansão da soja na Amazônia. A soja e outros produtos do agronegócio são vetores fundamentais do desmatamento, que ameaça a biodiversidade e provoca mudanças climáticas”
MP 558
"Estamos vendo um retrocesso na política ambiental no Brasil, passando pelo Código Florestal. Vimos também a redução do poder de fiscalização do Ibama e agora a redução de UCs sendo que ainda não foi criada nenhuma Unidade de Conservação nova neste governo. Vemos com grande preocupação os próximos anos. A perspectiva para o futuro é muito ruim. Neste contexto é ainda mais necessário que a sociedade civil esteja informada e mobilizada para dar um custo político a estas decisões"



Tatiana de Carvalho, ativista do Greenpeace falecida neste domingo,
reunida com representantes da AGAPAN no dia 25 de setembro, logo após
a verificação das árvores da Rua Gonçalo de Carvalho.
Cesar Cardia, Sandra Ribeiro e Tatiana - Foto: Miriam Löw/AGAPAN

No dia 25 de setembro passado, Tatiana esteve em Porto Alegre para tratar com diversas entidades ambientalistas da campanha "Desmatamento Zero". Ela ligou para a vice-presidente da AGAPAN, Sandra Ribeiro, quando estávamos fazendo a verificação das árvores da Rua Gonçalo de Carvalho com moradores, técnicos da SMAM e representantes da AGAPAN. Logo após a verificação do estado das árvores na Gonçalo de Carvalho aconteceu uma reunião de ativistas da AGAPAN com a Tatiana.

Link: Verificação das Árvores na Rua Gonçalo de Carvalho

22 maio 2012

22 de maio - Dia da Diversidade Biológica

Papagaios "urbanos" em Porto Alegre - Foto: Cesar Cardia

Mais um excelente texto do engenheiro agronônomo Julio Cesar Rech Anhaia, recebido por e-mail:
PRESERVAR A BIODIVERSIDADE É PROTEGER A VIDA
As atividades humanas são a principal causa da perda de biodiversidade

“Precisamos mudar para um paradigma econômico alternativo que não reduza todo e qualquer valor a preços de mercado e toda atividade humana ao comércio. Do ponto de vista ecológico, essa abordagem implica em reconhecer o valor biodiversidade em si. Todas as formas de vida têm um direito inerente à vida; essa deveria ser a razão primordial para prevenirmos a extinção de espécies.”
SHIVA V., 2001

A ONU adotou o dia 22 de maio como o dia da diversidade biológica como forma de alertar, sensibilizar e aumentar o conhecimento sobre o assunto.

Vivemos em uma época em que tudo acontece de modo acelerado. A deterioração causada ao meio ambiente é decorrente de inúmeras intervenções causadas pelos seres humanos no processo associado ao capitalismo e ao consumo desenfreado, gerando automaticamente poluição e degradação sem precedentes.

A biodiversidade refere-se à “[...] variedade e variabilidade existentes entre organismos vivos e ecossistemas nos quais eles se mantêm. Ela engloba todos os níveis de diversidade que se estendem dos genes à biosfera, passando pelo nível das espécies, dos ecossistemas e das paisagens”.

A biodiversidade é uma preocupação crescente da comunidade internacional, a perda de diferentes espécies de animais, plantas e micro-organismos vem se acelerando. A vida na Terra depende da natureza. Os seres humanos precisam da diversidade biológica para o fornecimento de serviços importantes, como alimentação e recursos hídricos. A natureza também é uma fonte de oportunidades econômicas. A proteção da biodiversidade interessa a todos, pois sua perda tende a provocar: a extinção de espécies; a perda de diversidade genética; a propagação global de plantas e animais comuns; maiores mudanças no modo de funcionamento dos ecossistemas, os quais fornecem serviços essenciais para a vida humana, como produtos farmacêuticos, alimentos, madeira e purificação do ar e da água.

É a base da sustentabilidade dos ecossistemas naturais, dos serviços ambientais, dos recursos florestais e pesqueiros, da agricultura e da indústria da biotecnologia. O Brasil, por seu turno, é o país com a maior biodiversidade do mundo, contando com um número estimado de mais de 20% do número total de espécies do planeta. No entanto, fatores diversos, como a perda de hábitats, a fragmentação de ecossistemas, o problema das espécies invasoras, entre outros, têm causado uma enorme perda dessa diversidade, extinguindo espécies, não só no Brasil como em todo o mundo.

A humanidade é ela própria parte da biodiversidade e a nossa existência seria impossível sem ela. Qualidade de vida, competitividade econômica, emprego e segurança, tudo depende deste capital natural. Biodiversidade é fundamental para os "serviços ecossistêmicos", ou seja, os serviços que a natureza fornece: regulação do clima, da água e do ar, fertilidade dos solos e produção de alimentos, combustível, fibras e medicamentos. A biodiversidade é essencial para manter a viabilidade da agricultura e das pescas, além disso, é à base de muitos processos industriais e da produção de novos medicamentos.

A fragmentação dos habitats, causada pela urbanização e agricultura, e a superexploração dos recursos naturais provocam a diminuição do número de espécies. Como essas são atividades reguladas pelo governo, as Entidades de Fiscalização Superiores podem desempenhar um papel importante ao auditar as ações governamentais. Existem diversas maneiras de proteger a biodiversidade dessas ameaças. Áreas protegidas, como parques nacionais e áreas de conservação, podem ser criadas. Espécies raras e ameaçadas podem ser protegidas por meio de “hotspots” de biodiversidade, áreas com uma alta concentração dessas espécies. A conservação dos componentes da diversidade biológica fora dos seus habitats naturais, como, zoológicos para animais vivos e espécies relacionadas, jardins botânicos para plantas e bancos de genes para a preservação de espécies, pode ser uma ferramenta utilizada para proteger espécies ameaçadas de extinção.

Os esforços de preservação são particularmente importantes nas áreas denominadas "hotspots” da biodiversidade. Essas áreas são os habitats mais ricos e mais ameaçados da Terra. Hotspots são regiões que hospedam uma grande diversidade de espécies endêmicas e, ao mesmo tempo, foram significativamente afetadas e alteradas por atividades humanas. Para ser declarado um hotspot, é preciso que uma região tenha perdido 70% ou mais do seu habitat original. Até o presente momento, a organização Conservation International já identificou 34 hotspots de biodiversidade, nos quais 75% dos mamíferos, aves e anfíbios mais ameaçados do planeta sobrevivem em habitats que cobrem apenas 2,3% da superfície da Terra. Essas áreas precisam ser protegidas contra atividades ilegais, como as queimadas, o cultivo e a caça e pesca clandestina. A conservação deve enfocar habitats críticos, únicos e representativos, que poderão então ser considerados como áreas de proteção prioritárias.

A perda da biodiversidade, o número de espécies de animais, plantas e micro-organismos está em rápida aceleração, num ritmo sem precedentes na história da humanidade, afetando diretamente a estrutura dos nossos ecossistemas, do nosso mundo natural e das nossas vidas. Um dos desafios para sua preservação é a crescente demanda por recursos biológicos, causada pelo crescimento demográfico e pelo aumento do consumo. As pessoas de todo o mundo precisam compreender a importância dos ecossistemas e as vantagens da biodiversidade.

A perda de biodiversidade significa a perda de organismos que tem uma determinada função, sem os quais, outros organismos serão afetados, consequentemente todo o ecossistema de um determinado local será alterado e os serviços ecossistêmicos serão modificados. Além disso, a perda da biodiversidade implica, muitas vezes, na falta de conhecimento científico sobre as espécies que estão em fase de extinção, que poderiam ser importantes em um futuro próximo, quer como princípios ativos para medicamentos ou para fins industriais diversos, por exemplo.

A Convenção sobre Diversidade Biológica reconhece cinco principais ameaças à biodiversidade: alterações no habitat, perda e fragmentação; espécies exóticas invasoras (bioinvasão); exploração excessiva de recursos naturais; poluição e sobrecarga de nutrientes; mudanças climáticas e aquecimento global. Outras ameaças incluem a biotecnologia, os métodos agrícolas, a desertificação, a biopirataria e o comércio ilegal de espécies.

Desastres naturais recentes mostraram que vidas humanas poderiam ter sido salvas e danos reduzidos se os ecossistemas tivessem sido melhor administrados. Por exemplo, nas regiões fora da zona de intensidade máxima do tsunami asiático de 2004, em que as florestas de manguezais haviam sido preservadas, o efeito foi bem menos severo do que nas áreas que haviam sido desmatadas para o cultivo de camarões ou para construção de estâncias para turistas. De forma semelhante, o desvio do Rio Mississipi por meio de um sistema de canais e barragens mudou o seu padrão de sedimentação e erodiu as áreas úmidas. Com essa proteção natural ausente, o furacão Katrina devastou a costa da Louisiana, EUA, em 2005.

Os campos naturais foram alterados drasticamente pelas práticas agrícolas em geral. A expansão da agricultura a partir da década de 70 levou ao cultivo de áreas marginais e à destruição de importantes habitats naturais, como florestas e áreas úmidas.

O Guaíba e suas aves - Foto: Cesar Cardia
Os habitats de água doce, inclusive lagos, rios, açudes, córregos, lençóis freáticos, nascentes, águas de caverna, várzeas, brejos, charcos e pântanos, são uma fonte importante de alimentos, renda e subsistência, particularmente nas áreas rurais de países em desenvolvimento.

Esses ecossistemas também fornecem água, energia, transporte, lazer e turismo, equilíbrio hidrológico, retenção de sedimentos e nutrientes e habitats para fauna e flora.

Os ecossistemas de água doce, que muitas vezes são alterados drasticamente pelos seres humanos, estão entre os ecossistemas mais ameaçados devido aos seguintes fatores: alterações físicas; perda e degradação de habitats; drenagem; exploração excessiva; poluição; introdução de espécies exóticas invasoras.

As áreas úmidas onde a água é o fator primário de controle do meio ambiente e na superfície da terra ou próximo dela ou onde a terra é coberta por águas rasas. As áreas úmidas, que cobrem de 4% a 6% do planeta e são um dos principais sistemas de apoio à vida na Terra, proporcionam habitats críticos para muitas espécies de fauna e flora. Elas desempenham papel importante na filtragem e fornecimento de água, retêm sedimentos e nutrientes, estabilizam a linha costeira e mitigam enchentes. Constituem um dos mais produtivos ecossistemas do mundo e é um importante depósito de material genético de plantas, como o arroz.

A sobrevivência das áreas úmidas depende da sua preservação e da conservação de suas funções ecológicas. Historicamente, elas têm sido ameaçadas por invasões, drenagem, aterros, poluição e usos competitivos, como a agricultura e o desenvolvimento urbano.

Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil os Campos Sulinos ou Pampa é o bioma que menor tem representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação, representando apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A Convenção sobre Diversidade Biológica, da qual o Brasil é signatário, em suas metas para 2020, prevê a proteção de pelo menos 17% de áreas terrestres representativas da heterogeneidade de cada bioma.

As “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na identificação de 105 áreas do bioma Pampa, destas 41, do total de 34.292 km² foram consideradas de importância biológica extremamente alta.

Estes números contrastam com apenas 3,3% de proteção em unidades de conservação, 2,4% de uso sustentável e 0,9% de proteção integral, com grande lacuna de representação das principais fisionomias de vegetação nativa e de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da flora. A criação de unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a conservação, juntamente com a fiscalização e educação ambiental.

Nos Campos Sulinos entre as áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade está a Reserva Biológica do São Donato e seu entorno, Unidade de Conservação Estadual, criada pelo Decreto nº 23.798, de 12 de março de 1975, abrangendo parte do território dos atuais municípios de Itaqui e Maçambará, no oeste do Estado, incluída nos limites da Bacia Hidrográfica U-40, no baixo curso do rio Butuí, afluente do rio Uruguai.

A fauna e a flora do São Donato apresentam grande singularidade devido à ocorrência de espécies de distribuição geográfica bastante restrita no âmbito regional. Além disso, a área abriga animais considerados ameaçados de extinção em escala mundial, nacional e regional. Levantamentos biológicos efetuados na área comprovam sua importância para a conservação da biodiversidade do Estado.

As formas vegetais estão representadas por banhado, florestas e campos. O banhado caracteriza-se por um mosaico de comunidades vegetais herbáceas altas e densas com predomínio de distintas espécies, refletindo condições diferenciadas de habitat. Também estão presentes macrófitas flutuantes e fixas, flutuantes e livres e submersas nos locais com maior profundidade da lâmina d’água. A formação florestal estacional presente na área mostra diluição de elementos da floresta do Alto Uruguai, apresentando espécies em comum com a flora Argentina. O mato é uma mancha bastante representativa das florestas da região, sendo também importantes os remanescentes de matas que apontam o limite natural do banhado, especialmente àquelas localizadas ao sul deste. Os campos limpos são raros, sendo os campos com espinilho mais comuns na região.

O São Donato abriga aproximadamente duzentas espécies de plantas vasculares, protegidas pela legislação estadual, dentre as quais se destacam as leguminosas arbóreas grápia, açucará, cabriúva; de distribuição muito restrita a araticum, outras espécies, com poucos registros, restritos às áreas úmidas da fronteira oeste do RS.

A avifauna contabiliza mais de cento e cinquenta espécies registradas, apresentando grande singularidade regional. É a única área do RS, onde ocorre o carretão, pássaro típico dos banhados de vegetação aquática densa e ameaçado de extinção no Estado. Entre as espécies ameaçadas, destacam-se ainda os caboclinhos, o pato-de-crista, vindo provavelmente da Argentina. Diversas espécies de aves aquáticas utilizam o São Donato como sítio de reprodução, como é o caso do gavião-caramujeiro; destaca-se ainda a primeira observação no Brasil do caboclinho-de-colar-branco, pássaro que se encontra em situação crítica e apresenta uma população mundial estimada em menos de duzentos e cinquenta indivíduos.

A fauna de peixes inclui espécies ameaçadas de extinção que habitam ambientes de água parada em alagados marginais ao banhado, caso dos peixes anuais, amostragens de campo comprovam a importante função do Banhado do São Donato como criatório de peixes, contribuindo para a reposição das populações de várias espécies.

Com relação aos mamíferos, destaca-se a existência de populações numerosas do bugio-preto, de cervídeos florestais, espécies que integram a lista da fauna em extinção no RS, além da população local de lontras, também são significativas.

A situação atual do São Donato é de abandono, todavia não é irreversível. Reduzindo o ritmo de perdas da biodiversidade, uma meta na qual a realização revela-se árdua, difícil de mensurar no estado em que a biodiversidade, não só do Bioma Campos Sulinos, se encontra atualmente, há de se colocar em prática as medidas e as práticas propícias à verdadeira preservação da biodiversidade. Certamente as gerações presentes e futuras, ainda entenderão o porquê da nossa luta pela preservação, conservação e recuperação desta Unidade de Conservação de fundamental importância para a qualidade de vida e a sobrevivência da humanidade.

Os países precisarão reavaliar a maneira como gerenciam seus recursos, revendo a administração dos rios, as regras para a silvicultura, as áreas de pesca e as práticas agrícolas.

Os governos devem levar a biodiversidade em consideração ao tomar decisões que afetam o uso da terra e a exploração de recursos naturais.

Os governos dispõem de uma ampla variedade de ferramentas de políticas públicas para apoiar as medidas de proteção. Dentre essas ferramentas, as principais são os acordos internacionais e regionais de meio ambiente, a legislação e os programas públicos.

Outra maneira de proteger e preservar a biodiversidade é aumentar a conscientização pública sobre questões relacionadas à biodiversidade e ao meio ambiente. A educação da população é um requisito frequente nos acordos internacionais.

A meta acordada pelos governos do mundo em 2002, “atingir até 2010 uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional como uma contribuição para a diminuição da pobreza e para o benefício de toda a vida na Terra” não foi alcançada.

A pesquisa e o monitoramento são essenciais para proteger a biodiversidade. É necessário aumentar o conhecimento e a compreensão sobre a biodiversidade, seu valor e as ameaças que enfrenta. A avaliação do estado da biodiversidade, genes, espécies e ecossistemas é um desafio importante. É preciso que haja mais informações disponíveis sobre as vantagens e desvantagens de diferentes variedades de culturas e as mudanças de situação das espécies, ameaçadas ou não, para preservar o equilíbrio biológico. A situação dos habitats, ecossistemas e ameaças deve ser incluída na agenda principal das reuniões ecológicas realizadas hoje para que os esforços de recuperação e restauração produzam resultados.

“As atividades humanas estão sobrecarregando de tal modo às funções naturais da Terra que a capacidade dos ecossistemas do planeta de sustentar as gerações futuras já não é mais uma certeza.”

Julio Cesar Rech Anhaia - Eng.º Agrº - 22 de maio de 2012

03 maio 2012

Morre uma pioneira do Movimento Ambientalista

Hilda Zimmermann na Feira Ecológica da Redenção, em 11/6/2011,
quando ocorreu um protesto contra a destruição da sede da AGAPAN.  - Foto: Cesar Cardia
Hilda Zimmermann

Faleceu hoje, aos 89 anos, Hilda Emma Wrasse Zimmenrmann.

Fundadora da Agapan, da Ação Democrática Feminina Gaúcha (ADFG) e da Associação Nacional de Apoio ao Índio, Hilda Zimmermann tem no seu currículo uma infinidade de campanhas pela natureza. Destacam-se a defesa dos índios, a Operação Hermenegildo e a luta contra os agrotóxicos. Esta última, ocorrida na década de 70, deflagrou-se a partir das denúncias de José Lutzenberger.

À época, Lutzenberger trabalhava na Bayer e testemunhou plantações contaminadas em todas as partes do mundo. O resultado da campanha foi a Lei dos Agrotóxicos, aprovada pela Assembléia Legislativa proibindo a utilização dos produtos mais perigosos. Hilda Zimmermann também participou de diversas atividades de educação ambiental. Principalmente da defesa de árvores e parques, como o Parcão de Porto Alegre.

Com quatro décadas de atividades em prol do meio ambiente, Hilda relembra outro episódio que mostra seu perfil de lutadora e amante da natureza: “Certa vez, com a ADFG, fomos ver as pedreiras de Itapuã, que na época eram exploradas por um ministro. Quando chegamos, junto com a imprensa, os homens estavam martelando. Eu, então, botei a mão na cintura e disse: "Parem de martelar!" O homem ficou estático… saiu na primeira página do jornal uma foto, em que o homem está com cara de apavorado e eu com a mão na cintura : "Quando os ecologistas botam a mão na cintura, pára tudo".
Fonte: Movimento Roessler para Defesa Ambiental

07 abril 2012

Os impactos das alterações no Código Florestal Brasileiro


Terça Ecológica debate impactos do Código Florestal nas cidades
Evento será realizado na Fabico da UFRGS na terça-feira, às 19h, tendo o vereador Beto Moesh como debatedor.
Promovida mensalmente pelo Núcleo de Ecojornalistas do RS (NEJ/RS), a primeira edição da Terça Ecológica neste ano, no dia 10 de abril, às 19 horas, tratará do tema “As mudanças no Código Florestal Brasileiro e os impactos nas cidades”. O convidado para debater o tema, no auditório 1 da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação (Fabico) da UFRGS, em Porto Alegre, será o advogado e ambientalista Beto Moesch, que também é vereador na capital gaúcha. Ele abordará as alterações propostas ao Código Florestal e os impactos ambientais decorrentes delas. Alterações estas que já estão sendo postas em prática, como é o caso dos plantios de monoculturas em topos de morros no Estado. O evento é aberto ao público. 

Vereador Beto Moesch no "AGAPAN Debate" de setembro de 2009 - Foto: Cesar Cardia/Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho

Mesmo com o texto do novo Código Florestal em tramitação no Congresso Nacional e sob a ameaça de ter a votação adiada para depois da Rio+20 – a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável -, em junho, o Legislativo ainda busca um consenso sobre a matéria. Um item da proposta, por exemplo, prevê que o produtor possa tirar 20 metros cúbicos [de madeira] por hectare ao ano para seu consumo. Em algumas regiões do Rio Grande do Sul, que vêm sofrendo constantemente com a estiagem, os produtores retêm a água dos rios próximos.

Também tramita na Câmara o Projeto de Lei 3371/12, de autoria do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), que estabelece que, a partir da sanção da nova lei, ela poderá ser revista a cada cinco anos. O relator do projeto de novo Código Florestal (PL 1876/99) na Câmara Federal, deputado Paulo Piau (PMDB-MG), afirmou que vai acatar quase integralmente a versão aprovada no Senado. No entanto, o texto não inclui os dois pontos que permanecem polêmicos – recuperação de área de preservação permanente (APP) de margem de rios e a previsão de áreas verdes urbanas. O substitutivo promove 28 alterações no texto, a maioria pontuais.

Recomposição de APPs

Embora ressalte que as negociações sobre os pontos discordantes continuam, Piau se diz favorável à redação do Senado para a reconstituição de APPs de margens de rios. Pelo texto da Casa revisora, para cursos d’água de até dez metros de largura, deve ser recomposta uma faixa de 15 metros de vegetação. Para rios maiores, a área deverá ter entre 30 e 100 metros. A versão da Câmara prevê apenas que para rios de até 10 metros de leito a recomposição deverá ser de 15 metros. Rios maiores teriam as faixas definidas nos planos de regularização ambiental, a serem criados pela União e pelos estados. Os representantes dos produtores rurais defendem a manutenção deste texto.

Nenhuma das versões, entretanto, agrada a ambientalistas e a cientistas. Em carta aberta da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), representantes de instituições acadêmicas e de pesquisa afirmaram que “todas as APPs de margens de cursos d’água devem ser preservadas e, quando degradadas, restauradas integralmente”.

As determinações valeriam para as áreas ocupadas irregularmente até 22 de julho de 2008. Para novos desmatamentos, as regras continuariam as mesmas para APPs de cursos d’água – entre 30 e 500 metros. As duas versões aprovadas, no entanto, permitem aos proprietários rurais somar as APPs no cômputo da reserva legal – que permanece em 80% da propriedade na Amazônia, 35% no cerrado, e 20% nos demais biomas. Os especialistas afirmam que a medida, além de reduzir a vegetação protegida, vai comprometer principalmente a função da reserva legal, de conservar a vegetação nativa e formar corredores ecológicos – locais de trânsito de animais.

Os dois substitutivos também alteraram o local de início da medição das APPs de margens de rios, que deverá começar no leito regular. Hoje inicia-se a contagem pelo nível mais alto da água, nas cheias. Segundo a pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) Maria Tereza Piedade, esta alteração deixará “as florestas alagáveis desprotegidas, o que representa 1,5 milhão de km2”.

No substitutivo do Senado também foi incluída a previsão de área verde nas expansões urbanas, que deverão reservar 20 metros de vegetação para cada habitante. Ambientalistas e cientistas também consideram a medida questionável, pois não define a localização das áreas verdes. Para eles, o mais importante é proteger margens de cursos d’água e encostas com risco de desabamento.Confira as principais alterações no texto aprovado pelo Senado.

Fonte: EcoAgência, com informações da Agência Câmara de Notícias

16 março 2012

A última árvore

Imagem da internet, sem autoria conhecida
El último árbol. 
Štĕpán Zavřel, escritor. Cuento sobre el cuidado de los bosques.

En las afueras de la ciudad vivían un chico y una chica. El guardabosque iba a verlos frecuentemente y siempre les llevaba algo del bosque. A veces, los dos niños acompañaban al guardabosque. Recogían las hojas de árboles, agujas de pino y piñas. Luego las dibujaban y colgaban las hojas sobre las paredes del cuarto de estar de su casa.
El viejo guardabosque les contaba muchas historias. Así aprendieron los niños que los abetos crecían en tierras más secas, que los pinos podían vivir en la arena, y que el plátano sufría con los fríos del invierno. Y que el abedul crecía mucho más al norte, en las tierras frías, mientras que el cedro necesitaba las temperaturas templadas de las costas.
—El roble puede vivir cien años —les decía el guardabosque mientras caminaba por el bosque
—. Para los pueblos antiguos era un árbol sagrado. Y el cedro aún puede vivir más años. El rey Salomón construyó su templo con cedros. La madera de estos árboles es muy resistente.
Los niños observaron un cedro gigantesco. Su copa sobresalía por encima de los demás árboles.
—Quizá se deba a la resina —continuó el guardabosque
— La resina hace a la madera más duradera. Nuestros antepasados frotaban los pergaminos con resina de cedro para que lo escrito en ellos se conservase durante muchísimos años.
Se detuvo un momento.
—Antes, los cedros crecían junto al Mediterráneo. En Arabia y en el norte de África había bosques de cedros. Pero los hombres acabaron con ellos. Un día, el alcalde fue a visitar a los niños y vio todos los dibujos que habían hecho. En todas las paredes había dibujos.
—Es la mejor manera de conocer el bosque —dijo satisfecho. Luego, se dirigió al guardabosque:
—En la ciudad hay que construir un nuevo puente. ¿Cómo andas de madera?
El guardabosque sacudió la cabeza.
—Los retoños aún son muy jóvenes y un puente necesita mucha madera. Tendremos que esperar. El alcalde estuvo de acuerdo. Luego, dijo a los niños:
—El bosque nos ayuda a vivir. Por mucho que utilicemos su madera, el bosque no se acaba. ¿Sabéis por qué? Los niños no lo sabían. El alcalde sonrió.
—Porque quien tala un árbol tiene que plantar otro nuevo. Así lo hemos hecho durante muchos años.
El viejo guardabosque asintió.
—Sí, aunque no siempre fue así —dijo.
Y rellenó su pipa, la encendió con una rama fina y comenzó a contar:
«Hace muchos, muchos años, en las afueras de la ciudad vivían dos niños. La niña se llamaba Lea y el niño, Said. Se parecían mucho a vosotros. Vivían en una cabaña y recorrían juntos el bosque. Con el tiempo llegaron a reconocer las diversas especies de árboles. Aprendieron que las agujas de los pinos son más claras que las de los abetos y que cuelgan de las ramas de dos en dos.
Descubrieron que las agujas de los abetos no duran eternamente, sino que se caen a los pocos años, pero vuelven a crecer otras nuevas. Y que las agujas de los cedros, verde oscuras como las de los abetos, no se caen nunca. Said y Lea estaban asombrados. ¡Qué distintos eran unos árboles de otros! Y entonces empezaron ellos mismos a plantar árboles.
Todos los días iban al bosque. Arrancaban con cuidado los pequeños árboles que crecían salvajes entre los grandes troncos y los plantaban en su jardín. Estaban contentos. Se sentían como profesores de una escuela de árboles. Y cuidaban de que sus alumnos no crecieran torcidos.
Por las tardes, cuando el sol rozaba el horizonte, llenaban unas grandes regaderas y daban agua a sus protegidos. Un día, al atardecer, los niños vieron que tres hombres cruzaban el puente. Los tres forasteros fueron a la plaza del mercado y dejaron sus sacos. Dentro había pesados collares de oro y adornos brillantes. Rodaron por todas partes pulseras con ámbar incrustado, perlas, corales y nácar. La gente sintió curiosidad.
¿Qué querrían los comerciantes a cambio de aquellos tesoros?
—Nada de particular, sólo madera —dijeron los extranjeros—. Pero mucha, toda la que podáis conseguir. Si traéis mucha, os daremos aún más joyas. Y también hemos pensado en los niños —añadieron sonrientes—.
Tenemos peladillas, chocolate, caramelos y azúcar cande. La gente miraba aquellos adornos tan caros y todos estaban como hechizados. Brindaron con los extranjeros y bailaron y cantaron sin parar durante toda la noche.
Al día siguiente empezaron a trabajar. Los árboles, unos tras otros, fueron cayendo al suelo. Los golpes de las hachas retumbaban por el bosque. Los tres forasteros estaban contentos. Repartían el oro y la plata y se llevaban la madera.
Así pasó una semana y otra. En el bosque empezaron a aparecer claros y algunas colinas ya se veían peladas. Pero nadie se daba cuenta. Ni nadie tenía tiempo para plantar nuevos retoños. La tierra se volvió áspera y seca. Los arroyos llevaban poca agua y sólo llovía de vez en cuando.
A medida que el bosque clareaba, las arcas de la gente se llenaban de oro, plata, piedras preciosas y alhajas. Los cuellos de las mujeres se doblaban bajo el peso de los collares. Los dientes de los niños ya estaban amarillos, azules, verdes y negros de tantas golosinas. Hacía ya mucho tiempo que Said y Lea habían tirado sus caramelos.
Todas las noches recogían el rocío en unos grandes pañuelos que extendían sobre el suelo. Con el rocío y la poca agua que aún salía de la fuente regaban con cuidado los jóvenes arbolitos de su jardín.
En el lugar en donde antes crecía el bosque, ahora el suelo estaba árido. Y si alguna vez llovía, el agua se evaporaba enseguida. Los pájaros no encontraban sombra alguna y caían extenuados al suelo. Pero la gente seguía cortando madera… Un día, todos se encontraron alrededor de un gran árbol. Iban a empezar con sus sierras y sus hachas, cuando se dieron cuenta de que se trataba del viejo cedro.
El bosque que antes lo rodeaba había desaparecido por completo. El gran cedro era el último árbol que les quedaba. Las colinas se erguían peladas. Detrás se divisaba el desierto.
La gente se asustó.
— ¡Hemos acabado con nuestro bosque! —gritaron—. ¿Qué vamos a hacer ahora?
Pero nadie sabía la respuesta. La tierra se había secado y estaba cuarteada. Un suave vientecillo trajo granos de arena. Las arenas se acercaban cada vez más. Se extendían por todos los alrededores. Se apilaban al pie del cedro.
Amenazaban con invadir la ciudad. Las gentes se arrancaron los collares de perlas de sus cuellos: ¡eran bolas de cristal! Abrieron los cofres: ¡el oro se había convertido en metal corriente; la plata, en mica! Todos estaban rabiosos.
Esperaron a que volvieran los extranjeros, pero éstos no regresaron. A lo lejos, los mercaderes contemplaban lo que quedaba del bosque. Se reían. Tenían la madera y con ella podrían construir muchos barcos. No les importaba que la ciudad se hundiera en la arena. Volvieron la espalda y empezaron a huir. Pero eso no fue fácil: había arena por todas partes.
De repente empezaron a hundirse en una duna. Cada vez se hundían más. Y pronto no quedó de ellos más que un sombrero.
— ¿Qué debemos hacer? —preguntó la gente, ansiosa.
— ¿Cómo podríamos salvarnos del desierto? Entonces Said y Lea les dijeron:
—Tenéis que plantar de nuevo. En nuestro jardín crecen árboles de todas las especies. Podemos trasplantarlos. Empezaremos con los pinos y los cedros, pues la arena no les impide crecer. Y cuando la tierra se haya asentado, traeremos los demás árboles y los plantaremos junto a ellos. Luego recogeremos sus semillas y las enterraremos en el suelo. Con el tiempo tendremos un pequeño bosque. Y volverán a caer el rocío y la lluvia. Pero para eso aún falta mucho tiempo. Primero tenemos que regar los árboles pequeños por la noche, mientras haya agua en la fuente.
La gente admiró a los niños. E hicieron lo que Said y Lea les habían aconsejado. Trabajaron día y noche. Y por fin volvió a llover. Y después de muchos meses lograron tener un pequeño bosque.
Los vecinos respiraron. ¡La ciudad estaba salvada! ¡El bosque crecía! Un día, las gentes llegaron a la cabaña de madera situada al extremo de la ciudad. Despertaron a Said y a Lea y los llevaron al bosque. Allí les dieron las gracias y prometieron cuidar el bosque con cariño. Todos comieron, bebieron y bailaron alrededor del cedro.
Y han cumplido su promesa hasta el día de hoy.»
El viejo guardabosque vació su pipa. El alcalde miró pensativo el fuego. Los dos niños callaban. Luego, preguntaron al guardabosque con curiosidad:
— ¿Quiénes fueron Said y Lea? ¿Los conociste?
El guardabosque sonrió.
—Sí, claro, fueron mis abuelos.

Fin
Štĕpán Zavřel
El último árbol
Madrid, Ediciones SM, 1988

Fonte: http://www.encuentos.com/cuentos-de-arboles/el-ultimo-arbol/

01 janeiro 2012

O Homem que Plantava Árvores (L'Homme qui plantait des Arbres)

O Homem que Plantava Árvores, vencedor do Oscar de melhor curta de animação em 1988, é um desses contos genuínos e cativantes.
Dirigido por Frédéric Back e baseado na obra homônima de Jean Giono, o curta é sobre Elzéard Bouffier, um homem muito peculiar que, além de cuidar de ovelhas, decidiu corajosamente reflorestar sozinho uma região inóspita e árida da França. O esforço solitário e paciente do pastor foi capaz de erguer uma floresta inteira com ecossistema rico e estável.
O trabalho de Back é primoroso: cada quadro desenhado à mão é uma combinação de detalhes e movimentos surpreendentes e expressivos. A animação tem 30 minutos e é narrada por Christopher Plummer.

17 julho 2011

O silêncio do Panda


O Silêncio dos pandas - O que a WWF não está dizendo
A WWF é a maior organização de proteção ambiental do mundo. A confiança em seus projetos verdes é quase ilimitada. Com campanhas ousada, o WWF visa diretamente a consciência de seus doadores - todos devem fazer sua parte para salvar espécies ameaçadas de extinção, o clima e/ou a floresta tropical. A WWF foi fundado há 50 anos, em 11 de setembro de 1961.Hoje é o grupo de lobby mais influente para o meio ambiente no mundo, em grande parte graças à seus excelentes contatos tanto na esfera política e industrial e à sua capacidade de andar numa corda bamba constante entre o compromisso e a venalidade. Este filme, no entanto,  irá dissipar a imagem verde da WWF. Por trás da organização eco-fachada, a descoberta de histórias explosivas em todo o mundo. Este documentário procura revelar os segredos do WWF. É uma viagem ao coração do império verde e pode quebrar a fé pública no Panda, para sempre.

02 julho 2011

Agrotóxicos, Desmatamentos, Queimadas, Desertificação e Eucaliptos

Defenda o Código Florestal Brasileiro
Neste trecho do documentário HOME, dirigido pelo fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, percebem-se alguns motivos para defender o Código Florestal Brasileiro, ameaçado pelo relatório de Aldo Rebelo (PCdoB/SP) que foi aprovado na Câmara dos Deputados.

O filme tem como objetivo conscientizar sobre problemas ambientais e encorajar o maior numero possível de pessoas a agir.
A humanidade vive há cerca de 200 mil anos no planeta Terra e neste tempo causou distúrbios no equilíbrio construído durante cerca de  4 bilhões de anos. A humanidade tem cerca de 10 anos para tentar reverter o cenário;  tornar-se consciente da extensão da destruição das riquezas da Terra e mudar seus padrões de consumo.

30 junho 2011

"Planet Master" - o jogo destruidor

Descoberto no Blog Diário Gauche:


Planet Master from Juan Falque on Vimeo.
"Los líderes políticos de los países capitalistas toman sus decisiones como si se tratara de un juego sin consecuencias."

- - - - - - - - - - - - - - - -

Cortometraje realizado por Juan Falque con la colaboración de varios alumnos de Detrás de la cámara (www.detrasdelacamara.com). Protagonizado por Miriam Cabeza, Olatz Esteban, Mikel Garciarena y Paula Sánchez.

24 junho 2011

Assista HOME e participe do debate sobre o filme

HOME – Um filme de Yann Arthus-Bertrand*

*Yann Arthus-Bertrand é presidente do GoodPlanet Fundation
Home é um filme excelente e muito instrutivo sobre os problemas ambientais que estamos enfrentando.
O filme é perfeito no sentido de explicar de forma fácil e compreensível, todos os problemas que nosso planeta vem sofrendo.
Além de imagens espetaculares o filme traz dados extremamente alarmantes com relação ao nosso planeta.
Uma obra de arte com uma mensagem importante.
É incrível como nós esquecemos onde vivemos, e como é importante estarmos conscientes de que o planeta é só um e que não há mais tempo para guerras, nem fronteiras, é necessário que todos deixem suas diferenças, que se ajudem em tornar o mundo um lugar realmente melhor.
Temos tecnologia e capacidade para mudarmos o mundo, e só falta na verdade uma concientização mais ampla dos verdadeiros problemas que estamos enfrentando. É necessário buscar na simplicidade as soluções e com gestos pequenos, modificar nosso comportamento. Existem tantas maneiras de ajudar, é importante que todos realmente colaborem da melhor forma possível a começar de já!

19 horas: Filme "Home" de Yann Arthus-Bertrand.
21 horas: Debate sobre o filme com Udo Silvio Mohr (arquiteto, professor na Uniritter, conselheiro da Agapan) e Celso Waldemar ( engenheiro agrônomo, vice-presidente da Agapan)

Dia: 28 de junho - Terça-feira - 19 horas
LOCAL: TEATRO GLÊNIO PERES
CÂMARA MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE - Av. Loureiro da Silva, 255 - 2° andar
ENTRADA FRANCA - ESTACIONAMENTO FECHADO E GRATUITO

Realização:
Câmara Municipal de Porto Alegre - Teatro Glênio Peres
AGAPAN

04 maio 2011

Meio Ambiente em perigo!

Novo Código Florestal pode aumentar desmatamentos e prejudicar agricultura, alerta cientista
04/05/2011 - 8h54
Meio Ambiente
Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

 Rio de Janeiro - O novo Código Florestal, que deve ir à votação hoje (4) na Câmara dos Deputados, poderá favorecer a derrubada de mais florestas e acabar prejudicando a própria agricultura. O alerta é do cientista José Galizia Tundisi, especialista em recursos hídricos do Instituto Internacional de Ecologia e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Ele acredita que a matéria ainda não está “madura” e seriam necessários mais debates para aperfeiçoar o projeto.

 “Nós ainda temos muitos assuntos para esclarecer. Um deles é a necessidade de se discutir mais a importância das florestas para a quantidade e a qualidade da água. O fato de que a agricultura possa sofrer uma expansão à custa do desmatamento vai prejudicar o suprimento de água no país e contribuir para prejudicar a própria agricultura. Isso é um contrassenso.”

 O principal ponto de divergência entre a opinião do cientista e a proposta do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) é a falta de garantia na preservação da chamada reserva legal, porção de mata nativa que os agricultores têm obrigação de manter. O novo texto torna possível para o produtor rural abrir mão da área verde em sua propriedade, podendo manter parcela proporcional em outra região ou até em outro estado, desde que no mesmo bioma.


 “Essa reserva legal é necessária na propriedade. Nós temos que proteger os mosaicos de vegetação, as florestas remanescentes, para garantir a qualidade da água e a recarga dos aquíferos, que beneficiam a agricultura e a quantidade de alimentos. Quem trabalha com água e recursos florestais sabe perfeitamente que a diminuição de qualquer quantidade de vegetação pode prejudicar o ciclo da água e consequentemente a produção agrícola. Cerca de 30% da água que estão presentes na atmosfera são repostas pelas florestas.”

 Para o cientista, é preciso melhorar a produtividade, em vez de simplesmente aumentar as áreas de plantio. “Não se pode aumentar as áreas agrícolas à custa do desmatamento. Porque isso vai prejudicar a biodiversidade e inviabilizar a produção de alimentos. Vai faltar água para a agricultura.”

Edição: Lílian Beraldo