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21 setembro 2012

Dia Internacional de Luta contra os Monocultivos de Árvores


Nota à imprensa
Dia Internacional de Luta contra os Monocultivos de Árvores: Chamado contra a financeirização
Organizações e ativistas de 45 países do mundo alertam hoje, Dia Internacional de Luta contra os Monocultivos de Árvores, numa carta aberta (veja abaixo) por um fenômeno novo: a expansão das monoculturas é cada vez mais estimulada pelo capital financeiro.
Isso faz parte de um processo maior pelo qual, segundo a carta: “os mercados financeiros especulativos têm adquirido cada vez mais poder sobre o resto da economia e da vida.” A carta também constata que: “Surge a Economia Verde, estimulada pela ONU e racionalizada pela alegação de que a única forma de garantir que a natureza seja preservada é lhe atribuir um preço.”
E continua: “Preservar a natureza se torna um negócio, restringindo o acesso de comunidades locais a zonas e bens que são essenciais à sua sobrevivência. Os projetos de REDD e proto-REDD são um exemplo claro”.
Acrescentando que “Em muitos casos, os mesmos atores estão especulando com o ‘negócio da natureza’ e enriquecendo com sua destruição. Ao mesmo tempo em que explora ‘serviços ambientais’, o capital financeiro também continua expandindo seus interesses em atividades destrutivas. Por exemplo, é cada vez mais comum que fundos de pensão ou de investimento de países do Norte invistam e especulem em grandes plantações monocultoras de árvores nos países do Sul.”
Segundo Winnie Overbeek, coordenador internacional do Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM): “Hoje em dia as plantações de monocultivos de árvores que principalmente nos países do Sul têm causado graves problemas sociais e ambientais para populações locais, encontram um novo estimulo com esses investimentos do capital financeiro, especulativo, cujo único interesse é um lucro rápido e fácil. Isso está agravando a concentração de terras e ameaçando a soberania alimentar de populações e regiões inteiras”.
Neste dia, em vários países, esta carta será enviada aos governos nacionais, isso às vésperas da Décima-Primeira Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, que será realizada na Índia, de 1º a 19 de outubro.
As organizações e ativistas exigem que os governos interrompam a expansão das plantações de árvores nos territórios e assumam uma postura firme na Convenção, contra a crescente financeirização da natureza.
O que os povos indígenas costumam chamar de “o sagrado” não pode ter preço; deve ser defendido!
Contato:
Secretariado Internacional del WRM
+598 2413 2989 – wrm@wrm.org.uy

17 julho 2011

O silêncio do Panda


O Silêncio dos pandas - O que a WWF não está dizendo
A WWF é a maior organização de proteção ambiental do mundo. A confiança em seus projetos verdes é quase ilimitada. Com campanhas ousada, o WWF visa diretamente a consciência de seus doadores - todos devem fazer sua parte para salvar espécies ameaçadas de extinção, o clima e/ou a floresta tropical. A WWF foi fundado há 50 anos, em 11 de setembro de 1961.Hoje é o grupo de lobby mais influente para o meio ambiente no mundo, em grande parte graças à seus excelentes contatos tanto na esfera política e industrial e à sua capacidade de andar numa corda bamba constante entre o compromisso e a venalidade. Este filme, no entanto,  irá dissipar a imagem verde da WWF. Por trás da organização eco-fachada, a descoberta de histórias explosivas em todo o mundo. Este documentário procura revelar os segredos do WWF. É uma viagem ao coração do império verde e pode quebrar a fé pública no Panda, para sempre.

02 julho 2011

Agrotóxicos, Desmatamentos, Queimadas, Desertificação e Eucaliptos

Defenda o Código Florestal Brasileiro
Neste trecho do documentário HOME, dirigido pelo fotógrafo Yann Arthus-Bertrand, percebem-se alguns motivos para defender o Código Florestal Brasileiro, ameaçado pelo relatório de Aldo Rebelo (PCdoB/SP) que foi aprovado na Câmara dos Deputados.

O filme tem como objetivo conscientizar sobre problemas ambientais e encorajar o maior numero possível de pessoas a agir.
A humanidade vive há cerca de 200 mil anos no planeta Terra e neste tempo causou distúrbios no equilíbrio construído durante cerca de  4 bilhões de anos. A humanidade tem cerca de 10 anos para tentar reverter o cenário;  tornar-se consciente da extensão da destruição das riquezas da Terra e mudar seus padrões de consumo.

30 agosto 2009

Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores

Recebido do Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM):

21 de setembro de 2009: Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores
Declaração Internacional: Parem a expansão das plantações de monoculturas de árvores!

No mundo inteiro, milhões de hectares de terra produtiva estão sendo transformados rapidamente em desertos verdes, apresentados sob o disfarce de “florestas”. As comunidades locais são deslocadas para deixar o caminho livre para intermináveis fileiras de árvores idênticas –eucaliptos, pinus, dendezeiros, seringueiras, jatrofas e outras espécies- que deslocam a maioria de outras formas de vida da área. As terras agricultáveis, que são cruciais para a soberania alimentar das comunidades locais, são transformadas em plantações de monoculturas de árvores que produzem matérias-primas para exportação. Os recursos aquáticos se esgotam e são poluídos pelas plantações enquanto os solos se degradam. As violações aos direitos humanos são numerosas, e vão da perda de meios de vida e deslocamento até a repressão e até casos de tortura e morte. Enquanto as comunidades sofrem em geral, as plantações resultam em impactos diferençados por gênero, onde as mulheres são as mais afetadas.

Apesar de toda a evidência disponível a respeito dos impactos sociais e ambientais negativos dessas monoculturas em países como Brasil, África do Sul, Estados Unidos da América, Indonésia, Malásia, Camboja, Colômbia e Espanha, elas continuam sendo promovidas por uma coalizão de atores que vão da FAO até as agências bilaterais, do Fórum das Nações Unidas sobre as Florestas até governos nacionais, de escritórios de consultoria até bancos privados e de desenvolvimento.

A verdadeira razão por trás das ações desses atores é simples: apossar-se das terras das pessoas para corporações que operam nos setores da celulose e do papel, da madeira, da borracha, do azeite de dendê e recentemente também do biochar (*), para que possam ter acesso a maior quantidade de matéria-prima e matéria-prima mais barata, com o fim de aumentar ainda mais seus lucros. O consumo excessivo e esbanjador dos produtos dessas plantações pelas nações no abastado Norte tem uma importante função no aumento de seu espalhamento.

Em resposta a publicidade adversa relativa aos impactos das plantações de árvores, as corporações têm lançado mão de esquemas de certificação –como por exemplo, FSC, PEFC, SFI, RSPO (**)- que lhes fornecem falsas credenciais “verdes” para poder continuar com suas atividades como sempre.

O problema tem virado mais complexo ainda com a chegada de novos atores corporativos, que visam a obter lucros com a mudança climática, promovendo falsas soluções através do estabelecimento das chamadas plantações como “sumidouros de carbono”, a promoção dos agrocombustíveis –agrodiesel e etanol de madeira- e a introdução de árvores geneticamente modificadas.

No entanto, os planos corporativos estão enfrentando crescente oposição. País trás país, as pessoas estão levantando-se para opor-se à expansão das plantações de árvores, e um movimento mundial tem estando crescendo nestes anos, reunindo as numerosas lutas locais e ajudando a elevar as vozes daqueles que sofrem por causa das plantações.

Neste Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores em 2009, a mensagem é alta e clara: As plantações não são florestas: parem a expansão das plantações de monoculturas de árvores!

(*) Biochar (biocarvão): carvão que teria estado enterrado no solo, onde supostamente atuaria como adubo e depósito de carbono.
(**) FSC (Conselho de Manejo Florestal), PEFC (Programa para Aprovação de Sistemas de Certificação Florestal), SFI (Iniciativa de Manejo Florestal Sustentável), RSPO (Mesa Redonda para Azeite de Dendê Sustentável)

Leia mais sobre "Desertos Verdes", aqui:
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2008/08/os-desertos-verdes-e-as-injustias.html


Montañas de papel, montañas de injusticia from WRM on Vimeo.