Mostrando postagens com marcador Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Meio Ambiente. Mostrar todas as postagens

27 agosto 2015

A quem interessa a extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul?

Audiência Pública na Assembleia Legislativa - Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo
Entidades de defesa do meio ambiente estão mobilizadas pressionam o governo do Rio Grande do Sul a retirar o projeto de extinção da ou garantir que os deputados votem contra a extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB).

Manifestação na chuva em 11/8/2015 - Andréia Carneiro/Apoio à FZB

A proposta de extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, apresentada dia 6 pelo governador José Ivo Sartori, dentro de um pacote de medidas de “ajuste fiscal”, significa um retrocesso inaceitável em termos de conhecimento e defesa da nossa biodiversidade.

Piquenique no Jardim Botânico em 16/8/2015 - Fernando Vargas/Apoio à FZB

O fechamento da Zoobotânica pode afetar a produção de remédios contra veneno de cobras no Brasil. A coleção de serpentes mantida pela equipe no Estado fornece grande parte do material para produção de soro anti-ofídico no Centro do país. A FZB também é responsável por monitorar a lista de espécies com risco de extinção no Rio Grande do Sul e pela manutenção do jardim botânico da Capital, considerado um dos quatro melhores do país.

Protesto no centro de Porto Alegre em 17/8/2015 - Eleara Manfredi/AGAPAN
 
Segundo o projeto do governo, os cerca de 200 servidores da Fundação Zoobotânica acabariam demitidos e o Jardim Zoológico seria concedido a uma empresa privada. A secretária do Meio Ambiente, Ana Pellini, declarou que as pesquisas realizadas no órgão poderiam ser substituídas por parcerias com universidades, porém admitiu mais tarde a ambientalistas que protestaram em frente da Secretaria do Meio Ambiente que o projeto de extinção da Fundação era realmente muito ruim.

Piquenique no Jardim Botânico em 16/8/2015 - Rosana Senna/Apoio à FZB
 
O projeto enviado com pedido de urgência à Assembleia Legislativa do estado motivou protestos de muitas entidades e os atos de contrariedade com esse absurdo de nosso governo estadual, como uma Audiência Pública no Teatro Dante Barone na Assembleia Legislativa, parecem estar fazendo efeito junto aos nossos políticos. Muitos deputados já manifestam intenção de votarem contra a extinção da Fundação e isso fez o governo retirar o pedido de votação com urgência no Legislativo estadual.

Piquenique no Jardim Botânico em 16/8/2015 - Edi Fonseca/AGAPAN

Mas não dá para comemorar, é necessário aumentar a mobilização e pedir ainda mais apoios para que o projeto seja retirado ou derrotado em nossa Assembleia Legislativa.

Audiência Pública com teatro lotado - Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo
 

Audiência Pública em 20/8/2015 - Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo
Audiência Pública em 20/8/2015 - Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo
Texto em inglês produzido pela coordenação do Movimento contra a extinção da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul para divulgação no exterior:
 
The extinction of the Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul – Brazil

Dear colleagues, The Government of Rio Grande do Sul State submited a few days ago to the State Legislative Assembly a bill asking permission to decree the extinction of the Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - FZB - in Brazil .

Since 1972, this foundation has provided important services to the Brazilian society through its three agencies, Museum of Natural Sciences, Botanical Garden and Zoological Park.

FZB projects initiatives often carried out in cooperation with national and international organizations, seek to combine nature conservation with social development. Some examples are zoning and environmental assessments, guidelines for good agricultural practices, projects on sustainable use of biodiversity resources and management plans for protected areas; coordination of extinction risk assessment of the Rio Grande do Sul State’s fauna and flora.


Moreover, the FZB also maintains public spaces for recreative and cultural purposes; promotes environmental education targeted at public schools and the general community; runs museological events and organizes permanent and itinerant exhibitions; develops human resources training by guiding students in research projects; provides training courses for primary and secondary teachers; offers training in animal identification and handling; holds scientific collections of reference on the State’s fossil and recent biodiversity and publishes scientific journals of international impact and several works for science popularization.

Among the many researches developed by the FZB are the description of new species of plants, animals and fossils, biodiversity inventories, management of poisonous animals aiming to the production of antivenom, biomonitoring of air and water quality, plans to recover degraded environments, study of roads’ impact on wildlife, studies on proliferation of toxic algae, effects of parasites and invasive alien species, among many others. We ask for your support so that the FZB can continue to exist.



Prof. Dr. Ludwig Buckup fala da criação da Fundação Zoobotânica do RS na Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa, em 20 de agosto de 2015, para discutir o PL 300 do Governo Sartori, que determina a extinção da FZB. É ela que administra o Museu de Ciências Naturais, o Jardim Botânico e o Parque Zoológico do RS.

No Jornal JÁ:
“Quem ficará responsável por patrimônio e pelas pesquisas”, questiona equipe da FZB

05 junho 2015

5 de junho - 9 anos da vitória das árvores da Rua Gonçalo de Carvalho

Dia Mundial do Meio Ambiente e da preservação das árvores da Rua Gonçalo de Carvalho.

Foi assinado em 5 de junho de 2006 - Dia Mundial do Meio Ambiente - o decreto municipal que preservou o Túnel Verde da Rua Gonçalo de Carvalho. A Gonçalo de Carvalho foi a primeira via urbana declarada Patrimônio Ambiental de uma cidade na América Latina.







No domingo passado, 31 de maio, foi realizado na Gonçalo de Carvalho o terceiro "Festival da Boa Vizinhança", promovido por La Casa de Pandora. Foi uma bela oportunidade para antecipar o aniversário de preservação do belo Túnel Verde da rua.












11 janeiro 2015

Biocidas “matam vidas”

11 de janeiro -
Dia do Controle da Poluição por Agrotóxicos

Biocidas “matam vidas” 

Precisamos nos certificar se a nossa ação é sustentável, isto é, se não implica demolição dos suportes da Vida no planeta, e se está orientada para a justiça social, se não pisa muita gente. Eu não gostaria de ver a humanidade desaparecer, e dentro da humanidade eu gostaria de ver mais equilíbrio. Eu não posso considerar progresso aquilo que não prevê a manutenção da integridade da Vida e o aumento da soma da felicidade humana. (LUTZENBERGER).

Aquilo que as indústrias transnacionais do setor dos venenos agrícolas e o agronegócio chamam eufemisticamente de “defensivos agrícolas” são nada menos do que armas químicas.

“O Brasil continua sendo o maior consumidor de venenos agrícolas do mundo. Infelizmente, cada habitante consome hoje mais de cinco litros por ano desses produtos. Se fosse consumido em um único dia, estávamos todos mortos”. Cerca de 1 bilhão de litros são utilizados anualmente nas lavouras brasileiras, o que representa mais de cinco litros de venenos agrícolas por habitante ao ano. Muitos destes venenos como herbicidas, fungicidas, inseticidas estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública. O perigo ameaça todos trabalhadores, que manipulam os venenos, bem como todos os cidadãos que consomem os produtos agrícolas.

“No Brasil o consumo de venenos agrícolas não é apenas em excesso, como também existem os proibidos, os desconhecidos, o que pode indicar contrabando”.

“Se já não obedeciam à antiga legislação, imaginem agora. Vivenciamos pulverizações até nos quintais das residências, nos quintais das escolas, nos passeios e vias públicas, nas periferias das cidades”.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que ocorram no mundo cerca de três milhões de intoxicações agudas por agrotóxicos com 220 mil mortes por ano. Dessas, cerca de 70% ocorrem em países do chamado Terceiro Mundo. Além da intoxicação de trabalhadores que tem contato direto ou indireto com esses produtos, a contaminação de alimentos tem levado ao grande número de intoxicações, há mortes dos consumidores mundiais e, muitas vezes, requisitos básicos de segurança para a aplicação, armazenamento e a disposição final dos mesmos não são cumpridos. Diante disso os serviços de informações toxicológicas notificaram ao Ministério da Saúde 193 casos de intoxicação por pesticidas agrícolas, domésticos e raticidas, em 1993.

Constitui-se esse, portanto, um grave problema de saúde pública, demandando intervenção em diversas esferas, inclusive a implantação de um sistema de vigilância da saúde de populações expostas a venenos agrícolas.

Como não dispomos de dados que reflitam a realidade do número de intoxicações e mortes por venenos agrícolas, porém é fácil supor que o tamanho do problema não é pequeno, sendo um dos maiores.

Os biocidas são os principais poluentes do modelo agrícola industrial. Por seu vasto espectro deletério, os venenos organossintéticos não se limitam a um determinado local, apesar de serem aplicados numa área, translocam-se por vários caminhos. A translocação das substâncias tóxicas pode se realizar por meio biológico, pelos processos químicos e físicos, através da atmosfera, do solo, das águas subterrâneas e superficiais.

O uso de venenos agrícolas não pode ser entendido como um problema exclusivamente do meio rural, pois a irradiação desses produtos tóxicos, no meio urbano, é em decorrência do crescente uso nas lavouras, como também, da expansão das áreas de cultivo e áreas urbanas, com sua consequente aproximação de ambas. Por consequência disso, as substâncias chegam muito facilmente à cidade, contidas nos alimentos, nas fontes de água de abastecimento público, ou presentes no ar.

Algumas causas podem ser apontadas para explicar esse alto consumo de biocidas, tais como: imediatismo financeiro, ignorância dos efeitos tóxicos nos animais e no Homem e, mesmo, inconsequência.

Aos agricultores cabe ressaltar o papel de utilizador deste conjunto de produtos e técnicas, muitas vezes sem a real noção do perigo que enfrenta todos os dias. São também vítimas de um modelo que perpetua dependência, no campo financeiro e econômico, pelos financiamentos, pela necessidade de alta produtividade, pelos passivos sociais e ambientais que cabem aos agricultores e a sociedade administrar.

A dimensão têmporo-espacial do uso de biocidas é muito mais complexa do que parece, porque possui diversas interações que se ligam a aspectos políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. Para entender esta detalhada trama é necessários outros trabalhos científicos que possam aprofundar a compreensão num determinado seguimento e encaixá-los no todo.

A contaminação humana e dos recursos naturais, pelo uso indevido e até excessivo de biocidas, constitui grave problema de saúde pública, podendo levar a intoxicações e óbitos dos seres humanos, causados pela falta de conhecimentos, de cuidados preventivos e manejo agrícola inadequado.

A realidade da aplicação indiscriminada dos venenos agrícolas no meio agrícola. Apesar de a demanda por produtos mais saudáveis estar crescendo, a população ainda está pouco informado sobre essas questões, na medida em que o alimento de boa aparência causa impressão de ser mais saudável.

Urge a necessidade de quebrarmos esse paradigma da aparência do alimento, sob pena de o preço por esse consumo desenfreado e insustentável ser altamente prejudicial para as atuais e futuras gerações.

Os custos ambientais gerados pela utilização indiscriminada de veneos agrícolas, ou seja, pela “política de alimento barato” ou “política do alimento em massa”, podem ser caracterizados pela contaminação dos corpos de água, do solo e do ar, pela perda da biodiversidade e de solos agricultáveis por salinização, acidificação ou erosão e pela redução da qualidade de vida da população.

Estudos muito bem fundamentados continuam comprovando o avanço dos casos de câncer nas mais diversas faixas etárias, resultado do uso de agroquímicos. Os números crescem, sobretudo entre agricultores e populações rurais em localidades onde há um alto índice de aplicação dos venenos.

No dia 21 de março de 2011, pesquisa denunciou a contaminação do leite materno por agrotóxicos usados em plantações no município de Lucas do Rio Verde, a 350 km de Cuiabá (MT). As amostras foram colhidas de 62 mulheres atendidas pelo programa de saúde da família do município. Em 100% das amostras foi encontrado pelo menos um tipo de veneno agrícola e em 85% dos casos foram encontrados entre dois e seis tipos. A substância com maior incidência é conhecida como DDE, um derivado de outro veneno agrícola, DDT, proibido pelo Governo Federal em 1998 por provocar infertilidade no homem e abortos espontâneos nas mulheres.

Sabemos que ao nos alimentarmos estamos nutrindo não apenas o nosso corpo, mas também os sentidos, o espírito, a mente, a nossa alma. Ao prepararmos nossa alimentação, com certeza são necessários vários ingredientes, como história, cultura, poesia, amor, sentimento, que vão muito além do sal e da pimenta.

A alimentação natural e ecológica faz parte da nova visão de mundo, estabelecendo novas relações, dando à vida o seu significado verdadeiro, que é a própria natureza e a alimentação.

Vivemos a cultura de supermercado, onde tudo está a nossa disposição. Consumimos alimentos industrializados e frutas que não são da época, produzidas de maneira forçada, com grande quantidade de insumos químicos e venenos agrícolas.

Hipócrates, dizia “somos o que comemos”. Nosso corpo não deixa de ser uma máquina, muito delicada por sinal, e para funcionar precisa de um bom combustível. Que tipo de alimento está consumindo? Quais as doenças que estamos desenvolvendo?
A ética como tônica no combate aos venenos agrícolas

Mas comida sustentável, além da saúde, estamos tratando de outros diversos temas relacionados à cozinha, como o cuidado com o meio ambiente, o compromisso com a produção local e regional, a consciência ecológica, o consumo de hortaliças e frutas da época e ecológicos. Assim o sistema alimentar ideal seria semelhante ao de nossos avós e bisavós, quanto mais natural melhor, o nosso cardápio diário deveria ser composto de pelo menos 60% de alimentos crus e 40% de alimentos cozidos.

Que tipo de influência e impacto tem sobre o ambiente em que vivemos o alimento que nós consumimos? Como ele é preparado? Como ele é produzido? Internamente, no corpo, o alimento tem uma influência direta nas células vivas, que vivem em perfeita harmonia, quando permitimos; externamente é a nossa casa, o bairro, a cidade, o planeta. Por isso qualquer mudança alimentar que seja feita, dando a devida atenção no que estamos ingerindo, irá trazer muitos benefícios, assim ao cuidar de você, da sua alimentação, automaticamente, estará cuidando do planeta.

Independente de sermos consumidores ou agricultores, todos precisamos de sistemas produtivos sustentáveis, valorizando a sabedoria e as culturas locais, em especial os hábitos alimentares, garantindo a segurança alimentar, gerando renda e um novo olhar sobre o sistema de produção e a vida.

O agronegócio, as transnacionais, as monoculturas, a degradação ambiental em função da busca incessante pelo lucro e pelo acúmulo de riquezas, a prioridade dada às exportações em detrimento da alimentação do povo brasileiro, os transgênicos e o latifúndio, todas essas ameaças e fatores têm avançado bastante na sociedade brasileira nos últimos anos.

Leonardo Boff, na sua sabedoria, nos adverte: “ocorre que a Terra não aguenta mais este tipo de guerra total contra ela. Ela precisa de um ano e meio para repor o que lhe arrancamos durante um ano. O aquecimento global é a febre que denuncia estar doente e gravemente doente”.

São evidentes os sinais da insustentabilidade ecológica do modelo civilizacional pautado no domínio da natureza pelo homem, e sejam adotadas diversas medidas de ordem política e jurídica no intuito de promover uma adequação do exercício das liberdades humanas aos limites da natureza sem prejudicar a continuidade do processo vital, os resultados têm sido pífios.

A insustentabilidade está posta, traduz-se na monocultura da mente que a humanidade vem eficientemente estabelecendo nos últimos séculos. Trata-se do limite intransponível do que se compreende por humano.

A ética acompanha o homem desde os primórdios da civilização, e vem moldando-se com a história da humanidade. Conceber, racional e emocionalmente, finalidades para o agir humanas, a partir de um quadro de incerteza e de uma crise ambiental sem precedentes, que expõe as fragilidades do conhecimento humano e de sua capacidade de interagir ecologicamente, é um desafio que compete à economia, à sociologia, ao direito, mas, sobretudo, à ética.

A ética promove uma reflexão sobre a escolha dos valores da sociedade. É a partir dos valores exsurgentes com a crise ecológica que vive a sociedade de risco, que os danos próprios dessa sociedade, como os danos ambientais, podem vir a serem evitados. Valores como dignidade, justiça, democracia, são valores cujos fundamentos a nova ética deve conformar. Que justiça é pertinente à sociedade pós-moderna, ela implica pensar no futuro? Que compromisso essa compreensão de justiça coloca para os homens do nosso tempo? Reflexões dessa ordem servirão para nortear o futuro da humanidade e, eventualmente, afastá-la das contundentes ameaças que a acompanham neste século. A ética ecológica é, sobretudo, e independentemente das concepções antropocêntricas ou biocêntricas, a ética que tem por finalidade a preservação da Vida.


A ética se relaciona com os venenos agrícolas na medida em que o uso destes gera uma série de implicações nos seres humanos e na natureza. Os venenos agrícolas liberados no ambiente podem causar uma larga escala de efeitos ecológicos e na saúde humana. Vários são carcinógenos comprovados ou suspeitos e podem ter efeitos tóxicos em seres humanos e em espécies aquáticas. Os efeitos na saúde provocados pela exposição crônica, em longo prazo ou a nível baixo de concentrações traço dos agrotóxicos são desconhecidos. Outros interesses incluem efeitos sinergísticos de agrotóxicos múltiplos e também os processos de bioacumulação, bioconcentração e biomagnificação que envolvem a acumulação de substâncias químicas por organismos através da cadeia alimentar.

A responsabilidade ética para com as gerações presentes e futuras, com a qualidade de vida que só se concretiza com a preservação do equilíbrio ecológico, é o cerne da ética. A ética da responsabilidade compreende a cumulatividade das ações humanas e tem a preocupação em resguardar a humanidade dos efeitos cumulativos da tecnologia. Sua proposta requer ação coletiva e tem um apelo a uma cidadania planetária, na medida em que deve estar presente na prática cotidiana de cada indivíduo e nas políticas públicas promovidas pelo Estado, bem como na das organizações supranacionais.

Toda essa mudança de paradigma permite que a humanidade deixe de ser compreendida como portadora de uma condição especialmente deslocada e superior à natureza. Ao contrário, passa a integrá-la e a tornar-se responsável por mantê-la viva, porque dessa nova ótica é possível entender que o homem está irmanado a ela e que a sua própria existência e a de seus descendentes são interdependentes.

É por meio do conhecimento ecologicamente pertinente, da ética consequente e da recuperação do político, que em meio à aparente desconstrução, podem surgir novos sentidos, que não se confundem com as antigas verdades, mas estimulam a solidariedade e a responsabilidade pela Vida.

Infelizmente não há meio termo nesse setor. É impossível garantir a qualidade, a segurança e o volume da produção de alimentos dentro desse modelo degradante. Não há como incentivar o uso correto de venenos agrícolas. Isso não é viável em um país tropical como o Brasil, em que o calor faz roupas e equipamentos de segurança, necessários para as aplicações, virarem uma tortura para os trabalhadores.

A ética ecológica ou ambiental está longe de ser estéril, perdida nas nuvens, metafísico; pelo contrário, ela destina-se a tirar conclusões práticas como a criação de políticas de proteção ao meio ambiente, de solução do conflito entre o homem e a natureza; não é fácil que o homem aceite que a natureza também tem valor intrínseco e que esse já não é um privilégio a ele reservado.

Há que buscar solução na transição agroecológica, ou seja, na gradual e crescente mudança do sistema atual para um novo modelo baseado no cultivo orgânico, mantendo o equilíbrio do solo e a biodiversidade, redistribuindo a terra em propriedades menores.

Assim facilita a rotatividade e o consórcio de culturas, o controle natural às pragas e o resgate das relações entre os seres humanos e a natureza, valorizando o clima e as espécies locais.

Existem muitas experiências bem sucedidas no mundo e no Brasil, que comprovam a viabilidade desse modelo. Até em assentamentos da reforma agrária há exemplos de como promover a qualidade de vida, a justiça social e o desenvolvimento sustentável.

“A agroecologia não é apenas um sistema de produção agrícola, mas também um ato político contra a agricultura predatória e contra as condições de trabalho injustas para o agricultor. Além disso, ajuda na melhoria da qualidade de vida, permitindo tanto ao agricultor quanto ao consumidor não terem contato com agroquímicos. Enfim, mais que uma série de práticas, a agroecologia é uma filosofia de vida”.

A lógica de combater às pragas, insetos, ervas daninhas, pestes implica no principio de que se há de matar o inimigo e, por isso, inseticidas, herbicidas, pesticidas, praguicidas entre outros venenos agrícolas matam, não só o inimigo, mas, também, pessoas, plantas, peixes e outros animais.

A educação agroambiental deve ser uma forma de “regenerar” a mão de obra do campo, tanto no que diz respeito aos efeitos negativos da escravidão, quanto ao desejo de autonomia gerado pela imensa fronteira agrícola. Por isso mesmo, à medida que a campanha abolicionista avança, vão surgindo propostas de ensino agrícola.

A questão é a maneira de viver daqui em diante sobre o planeta, no contexto da aceleração das mutações técnico-científicas e do considerável crescimento demográfico. Em função do contínuo desenvolvimento do trabalho maquínico, redobrado pela revolução informática, as forças produtivas vão tornar disponível uma quantidade cada vez maior do tempo de atividade humana potencial. Mas com que finalidade? A do desemprego, da marginalidade opressiva, da solidão, da ociosidade, da angústia, da neurose, ou da cultura, da criação, da pesquisa, da reinvenção do meio ambiente, do enriquecimento dos modos de vida e de sensibilidade?

Finalmente, devemos lembrar que, antigamente, a Agroecologia era uma prática sagrada. Era ligada ao culto da natureza, vista como divina. Hoje, redescobrimos na Terra, na Água e em todo ser vivo, um sinal da presença do mistério amoroso que envolve o universo. O amor que faz do universo uma comunidade de vida. Que se denomine Deus ou não, esta energia amorosa nos chama a cada um de nós a sermos nós mesmos sementes e mudas fecundas desta amorização do planeta. Cada vez mais as pessoas que seguem algum caminho religioso sabem que a religião só vale a pena se ajudar a humanidade a viver este processo de amorização.

“O grande problema do setor é realmente o déficit de informações, as quais precisam chegar à população, principalmente a quem manipula esses venenos agrícolas”.

Assim não podemos continuar a envenenar cada vez mais o nosso belo Planeta e a nós mesmos. Devemos repudiar a flexibilização no sistema de saúde e meio ambiente no processo de avaliação e autorização de venenos agrícolas.


Texto recebido de Julio Cesar Rech Anhaia - Engº Agrº - Alegrete – RS  - 11/01/2014

22 dezembro 2014

26 anos do assassinato de Chico Mendes



70 ANOS DO CHICO - 26 ANOS DE SEU ASSASSINATO
 
Chico Mendes completaria, no dia 15 de dezembro, 70 anos. Impossível não se lembrar desta data com saudades do Chico, mas também com gratidão por tudo que o Chico deixou para todos nós e para a floresta que ele tanto defendeu.



Hoje, dia 22 de dezembro, há 26 anos atrás, na boca da noite, um tiro no peito tirou a vida de Chico Mendes, líder seringueiro que mostrou ao mundo inteiro o drama que se desenrolava na floresta.

Mas, seu sacrifício não foi em vão. Sua obra, seus ideais e seu legado estão vivos em todos que lutam em defesa da floresta e de seus povos tradicionais.

Como homenagem a essa data tão importante compartilhamos o depoimento de Raimundo Barros, primo e companheiro de luta de Chico, gravado no projeto “Um dia em que a terra parou”, do Silvio Margarido.

É um depoimento breve mas emocionante. Vale a pena assistir e refletir sobre a luta desse homem extraordinário para o Acre, o Brasil e o mundo.

 
Obrigado Chico Mendes!


(do perfil de Jorge Viana - senador do Acre - no Facebook)



Leia mais sobre Chico Mendes:
23 anos sem Chico Mendes

25 anos do assassinato de Chico Mendes 

20 anos da morte de Chico Mendes

22 de dezembro de 1988 - o assassinato de Chico Mendes

31 outubro 2014

Árvore é cortada para dar lugar a propaganda sobre preservação ambiental?

Peça de publicidade sobre o Dia da Árvore foi instalada no lugar da árvore derrubada em São José do Rio Preto, em São Paulo

Árvore é cortada para dar lugar a propaganda sobre preservação ambiental e gera polêmica
Peça de publicidade sobre o Dia da Árvore foi instalada no lugar da árvore derrubada em São José do Rio Preto, em São Paulo
por Renato Onofre - Jornal O Globo - 29/10/2014

SÃO PAULO — “Uma criança abraça uma árvore com o sorriso no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação da natureza e lembra do Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitária virou motivo de revolta e indignação em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Isso porque a empresa de outdoor Interdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno na Vila Aurora para a instalação de outdoor. Por coincidência, a primeira peça de publicidade instalada no local foi uma propaganda de um plano de saúde exaltando o Dia da Árvore.

A polêmica começou em julho com a derrubada da árvore no terreno localizado na Avenida Alberto Andaló. No local, já havia dois outdoors instalados. E com o corte da árvore, outros três foram instalados. Em uma das propagandas, uma cooperativa de saúde incentivava a preservação das árvores como forma de melhorar a saúde. A história foi parar na internet e ganhou repercussão internacional.

— Fiquei sem palavras diante de tamanha ironia e falta de bom senso — reclamou Carina Crisi Cavalheiro sobre a derrubada da árvore.

Nesta quarta-feira, o GLOBO tentou contato com a empresa responsável pelo outdoor. O atendente da Interdoor, que se identificou como Wagner, disse que só os proprietários poderiam falar sobre o assunto. Ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a empresa teria informado que tinha autorização da prefeitura e Polícia Ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coincidência” já que não sabia o que iria ser anunciado.

Em nota, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma autorização em nome da Interdoor para o corte de árvore. Segundo o órgão, em nome dessa empresa, há uma autuação da Polícia Militar Ambiental, por corte de árvore, porém a Cetesb não confirma se é o mesmo endereço.

De acordo com a legislação municipal, a multa, segundo a Polícia Ambiental, varia entre R$ 100 a R$ 1.000 por árvore ou planta. Já a multa da prefeitura por erradicar árvores sem autorização é de R$ 247, 55.

Não é a primeira vez que a população de São José do Rio Preto se revolta com a derrubada de uma árvore. Há cinco meses, um grupo de moradores tentou impedir que um guapuruvu de mais de 80 anos e 30 metros de altura para dar lugar a construção de dois prédios. A mobilização levou o caso à justiça.

Link para a matéria: http://oglobo.globo.com/brasil/arvore-cortada-para-dar-lugar-propaganda-sobre-preservacao-ambiental-gera-polemica-14398152#ixzz3HisMRG00


29 outubro 2014

Ainda sobre o polêmico assunto "Pontal do Estaleiro"

Recebemos no dia 21 de outubro de 2014 um e-mail do Sr. Rui Pizzato, diretor da BM PAR Empreendimentos. No e-mail o Sr. Pizatto  afirma que no texto publicado pelo Blog em 29 de janeiro de 2009 o jornalista Najar Tubino cita inverdades.
No texto "A Fraude do Pontal do Estaleiro" foi colocado que o Sr. Blairo Maggi e/ou o Grupo Maggi como se tivessem participado do Leilão da área do antigo Estaleiro Só - na Ponta do Melo - e que o Grupo Maggi participaria da empresa BM PAR Empreendimentos Ltda. Na mensagem do Sr. Pizzato ele também diz que é inverdade que o Sr. Fischel Báril seja ou tenha sido diretor do Grupo Maggi.
Essa matéria foi publicada originalmente no site da EcoAgência e postado aqui no Blog Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho. Tentamos um contato com o jornalista Najar Tubino, mas não obtivemos resposta.
Como sempre julgamos fundamental a busca da verdade e o direito ao contraditório achamos que o Sr. Pizzato e a BM Par tem o direito de questionar a matéria escrita pelo jornalista Najar Tubino.

Eis a mensagem do Sr. Rui Carlos Pizzato na íntegra:

Prezados senhores

Segue abaixo e-mail enviado ao Sr. Najar Tubino.
Solicitamos que o blog Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho retire este artigo pelas razões expostas.
Aguardamos seu pronto retorno.

Atenciosamente,

Rui Calos Pizzato
BM Par Empreendimentos

Sr. Najar Tubino.
Mais uma vez dirigimo-nos ao senhor para que, atenta sua inequívoca responsabilidade,  adote providências objetivando erradicar um problema que ainda persiste, decorrente da publicação em vários blogs de um artigo de sua autoria veiculando uma série de inverdades sobre a arrematação da área antes pertencente ao Estaleiro Só S/A.
E isso ocorre porque, pela pesquisa de hoje, foi possível constatar que dito artigo ainda permanece vivo nas páginas dos blogs dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho, do Movimento Ambientalista Os Verdes dos Tapes e Porto Alegre Resiste.
Assim, pedimos que o senhor determine aos três blogs acima mencionados (bem como a outros que não conseguimos identificar) a imediata retirada do seu artigo por conter (como já afirmamos e o senhor sabe) uma série de inverdades. Pedimos também que o senhor não mais autorize a divulgação desse seu artigo em quaisquer outros blogs, sob pena de se sujeitar às conseqüências legais pertinentes.
E, novamente esclarecendo os fatos, abaixo reiteramos as razões principais que lhe impõem fazer com que cessem as inverídicas declarações veiculadas no seu censurável artigo.
·                    O terreno situado na Rua Padre Cacique nº 2.893, nesta Capital, foi arrematado por SVB Participações e Empreendimentos Ltda. em leilão promovido pelo Juizado da Vara de Falências e Concordatas, portanto depois de passar pelos crivos do Síndico da Massa Falida, do Ministério Público Estadual e do Judiciário, que concluiram pela inegável correção do certame licitatório por estarem atendidas todas as exigências legais, o que permite afirmar e assegurar que o negócio é totalmente legítimo.
·                    Considerando a plena observância dos requisitos legais, não houve oposição dos credores da Falida, das várias classes, nem dos trabalhadores credores da Massa, muitos dos quais presenciaram ao ato judicial do leilão e aplaudiram o lance vencedor, como forma de mitigar as suas agruras. E foi proferida decisão, hoje coberta pelos efeitos da coisa julgada, conferindo a carta de arrematação em favor de SVB Participações e Empreendimentos Ltda. que, no exercício regular de direito, transferiu o imóvel à BM-Par Empreendimentos Ltda.
·                    O Sr. Blairo Maggi e/ou o Grupo Maggi não teve qualquer participação, direta ou indireta, no leilão e não integra a sociedade BM-Par Empreendimentos Ltda. Tampouco o Sr. Fischel Báril é ou foi diretor do Grupo Maggi, cabendo, ainda, frisar que o tema relativo à edificação de prédios residenciais já está superado, inclusive tendo sido manifestado há bastante tempo nosso desinteresse de construir prédios residenciais no terreno.
·                    Concluindo, a condição de proprietária do terreno da BM-Par Empreendimentos Ltda. é inconteste e seus estatutos estão regularmente registrados na Junta Comercial, onde, antes de se lançar à aventura de produzir e veicular o artigo em tela, contendo afirmações inverídicas, o senhor poderia e deveria ter pesquisado e obtido cópia para evitar o desencadeamento de prejuízos.
Em vista do exposto e contando com seu retorno ao exercício do bom senso, reiteramos o pedido que lhe fizemos para que adote imediatas providências visando vedar e impedir a divulgação do deturpado e inverídico artigo de sua autoria.
Atenciosamente,
Rui Carlos Pizzato
BM Par Empreendimentos

29 setembro 2014

Não jogue fora seu voto! (5)

Que "desenvolvimento" os candidatos defendem?
Muitos candidatos pregam o "desenvolvimento" com a promessa de obras, como se o desenvolvimento fosse feito apenas com concreto, aço e vidros fumê.
O verdadeiro desenvolvimento passa pela Educação, Cultura e respeito ao Meio Ambiente!



27 setembro 2014

Não jogue fora seu voto! (4)

Não vote em quem coloca ainda MAIS VENENO em nossa comida!

O brasileiro é quem mais consome veneno na alimentação.
Quase SEIS LITROS ao ano!

Não vote em políticos que aprovaram a liberação de Transgênicos, quando votaram a Medida Provisória em 2006.
Independente dos problemas à saúde que os transgênicos podem apresentar, tem mais uma coisa de fundamental importância a ser considerada: o Brasil é o campeão mundial em consumo de venenos agrícolas - agrotóxicos - e os transgênicos usam ainda mais venenos!

Transgênicos usam mais venenos!
Quem aprovou os transgênicos e colocou ainda MAIS venenos em nossos pratos?

Veja quem votou SIM na MP dos Transgênicos na Câmara dos Deputados (2006), o relator foi o deputado Paulo Pimenta do RS:
Como votaram os deputados do Rio Grande do Sul na Câmara dos Deputados

24 setembro 2014

Não jogue fora seu voto! (3)

Muitos deputados que votaram pela destruição de nosso antigo Código Florestal agora tentam conseguir votos, alguns até dizendo que AGORA irão defender o Meio Ambiente. Lembram como eles votaram em 2011?
VEJA QUEM VOTOU CONTRA O CÓDIGO FLORESTAL (relatório Aldo Rebelo):
http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/921040-veja-quem-votou-contra-e-a-favor-de-codigo-florestal-de-relator.shtml

Como votaram os deputados gaúchos:
(Sim é pela revogação do antigo Código Florestal e aprovar um novo Código menos restritivo e protetor ao Meio Ambiente. Não significa manter o antigo Código, mais restritivo, e contra o relatório que "flexibilizava" a proteção ambiental. Desde o início pedimos o voto no NÃO)


18 setembro 2014

Não jogue fora seu voto! (2)

A maior irresponsabilidade que VOCÊ pode fazer com o futuro é votar em políticos irresponsáveis com a qualidade de vida das gerações que ainda nem nasceram. 
Pense bem antes de votar!

Prefeitura derruba 74 árvores para carros "fluírem" melhor
Veja a matéria no Blog Vá de Bici!
http://vadebici.wordpress.com/2014/09/17/prefeitura-derruba-74-arvores-para-carros-fluirem-melhor/



17 setembro 2014

Não jogue fora seu voto!

A maior irresponsabilidade que VOCÊ pode fazer com o futuro é votar em políticos vigaristas. 
Pense bem antes de votar!

15 setembro 2014

Obrigado Nestor Nadruz!

Hoje, 15 de setembro, é aniversário do arquiteto, urbanista e grande defensor da cidadania de Porto Alegre: Nestor Ibrahim Nadruz.
Um grande abraço do Movimento que ele apoiou desde o início em 2005, até sua grande vitória com a preservação do Túnel Verde da Rua Gonçalo de Carvalho.

Nadruz defendendo a Gonçalo em outubro de 2005.

Na nova Audiência Pública o arquiteto Nadruz foi vaiado pelos defensores do edifício
garagem quando se pronunciou. Quando cortaram o som do microfone, antes
de terminar sua fala, os defensores da Gonçalo - que eram minoria na Audiência -
protestaram tanto que permitiram que o velho arquiteto pudesse concluir seu
pronunciamento, com calorosos aplausos dos defensores da Gonçalo
e um silêncio constrangedor dos que queriam a obra.

07 agosto 2014

Que Rio Grande queremos?



Não se omita!
Participe do Agapan Debate no dia 11 de agosto às 19h, no auditório da Faculdade de Arquitetura da UFRGS.

Debatedores:
Alfredo Gui Ferreira – .Biólogo, mestre em Botânica na UFRGS, doutor em Ciências na USP, pós-doutorado nos Estados Unidos. Professor e pesquisador aposentado da UFRGS. Tem perto de cem publicações científicas, foi orientador de mestres e doutores na UFRGS, UnB e UFSCar. Sócio fundador da Agapan e atual presidente da entidade.

Nilvo Luiz Alves da Silva – Diretor Presidente da Fepam

Paulo Brack – Biólogo, mestre em Botânica e doutor em Ecologia. Professor do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da UFRGS. Pesquisador da flora do RS e envolvido em temas de políticas públicas em biodiversidade, com representações em conselhos de meio ambiente, pelo Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (InGá), onde é um dos coordenadores.

Evento no Facebook: https://www.facebook.com/events/736180523104955/

02 julho 2014

Para nossa prefeitura LER antes de pensar em CORTAR mais árvores em nossa cidade

Como salvar muitas vidas com parques urbanos
As áreas com árvores reduzem a quantidade de perigosas partículas de poeiras de 2,5 mícron.
Todas as árvores urbanas contribuem para um ar mais limpo e ambiente mais saudável.(usar o tradutor do Google, o artigo está em húngaro):

http://365.postr.hu/eletet-ment-a-varosi-park-szallopor-szennyezes-legtisztitas




No artigo tem link para o documento do IOP Science: "Global premature mortality due to anthropogenic outdoor air pollution and the contribution of past climate change "

http://iopscience.iop.org/1748-9326/8/3/034005/

12 junho 2014

Por que carros são mais importantes que árvores nas ruas?

Quantas COPAS de ÁRVORES por uma copa de futebol?
Essa pergunta continua sem uma única resposta razoável...


05 maio 2014

Prefeito sanciona os limites do Parque do Gasômetro. Comemorar o que?

Prefeito sanciona os limites do Parque do Gasômetro no dia 2 de maio:
Jornal Zero Hora - Prefeitura criará parque sem saber o que fazer com ele
Jornal do Comércio - Grupo discute uso e atividades do Parque do Gasômetro
Rádio Guaíba - Fortunati sanciona lei do Corredor Parque Gasômetro e afirma que não está no plano rebaixamento da Av. João Goulart


Você quer o VERDADEIRO PARQUE DO GASÔMETRO ou o FALSO?

Desde 2007 foi pedido um PARQUE no Gasômetro que unisse as duas Praças já existentes com a Orla.
A Av. João Goulart tem tráfego muito pesado e de alta velocidade, com apenas um semáforo em frente da Usina do Gasômetro.
Crianças, idosos e deficientes correm sérios riscos ao tentarem atravessar essa avenida, agora já alargada pela prefeitura com o corte de dezenas de árvores.

Por incrível que pareça tem pessoas que estão comemorando essa grande derrota para a cidadania de toda a cidade, não apenas para moradores do entorno.

Como podem verificar nos links abaixo, a ideia original veio da RP1 e foi abraçada pelo então existente Movimento Viva Gasômetro - que integrei do início de 2007 até meados de 2008 - que o incluiu entre suas reivindicações para a Revisão do Plano Diretor de Porto Alegre.
A proposta foi apoiada pelo Fórum de Entidades que discutiu a Revisão do PDDUA e para ter maiores chances de aprovação - a quase totalidade das emendas do Fórum de Entidades, cerca de 200, foi rejeitada pelos vereadores - um vereador (Comassetto/PT) a apresentou como sua emenda e nela constava a premissa fundamental: rebaixamento da Av. João Goulart.

Praticamente todos os integrantes do Viva Gasômetro saíram, como eu, ou foram saídos do Movimento, ficando uma única pessoa que agora apoia esse absurdo: um Parque que não será Parque.

A prefeitura criará um Grupo de Trabalho que certamente não contará com o Instituto de Arquitetos do Brasil/RS nem com a Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural - AGAPAN - pois essas entidades já se manifestaram contrárias ao que a prefeitura pretende. Os integrantes do GT deverão ser entidades e pessoas "mais amigas" da prefeitura, que entoarão loas ao que for apresentado a eles e depois será dito que o resto do mundo tem muito que aprender com a nossa "democracia".

Pobre Porto Alegre...

Reunião na Câmara Municipal de Porto Alegre em 05/4/2013. O presidente da Câmara, vereador Thiago Duarte, e o vice-prefeito Sebastião Melo não gostaram de ouvir que criar um PARQUE com uma via de alta velocidade cortando esse Parque seria uma "insanidade". Tempos depois apresentaram a proposta de apenas trocar os nomes de duas praças, já existentes, com o pomposo nome de "Parque do Gasômetro":

A Agapan defendeu um Parque de verdade... (Francielle Caetano/CMPA)
...não a simples troca de nome das praças já existentes. (Francielle Caetano/CMPA)
Vice-prefeito disse ser "inviável" rebaixar a Av. João Goulart.
(Francielle Caetano/CMPA)
Inês Chagas, moradora do Centro Histórico, defende um Parque
que dê livre acesso à Orla. (Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo de Carvalho)
Arquiteta Mara Gazola (ao fundo) fez a pergunta que deixa nossos políticos
atrapalhados: "que cidade queremos, uma cidade para as todas as pessoas ou
para os veículos de algumas pessoas?" (Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo de Carvalho)
O vice-prefeito e o presidente da Câmara (com a mão no rosto) já mostrando
irritação com os questionamentos feitos. (Cesar Cardia/Amigos da Gonçalo de Carvalho)



Av. João Goulart atualmente – imagem do projeto da RP1/arquiteto Rogério Dal Molin
Isso é coisa de meia dúzia?
http://poavive.wordpress.com/2013/02/17/isso-e-coisa-de-meia-duzia/



Charge de Edgar Vasques quando dos polêmicos cortes de árvores no Gasômetro
Felizmente, Porto Alegre resiste! 
 http://poavive.wordpress.com/2013/12/21/felizmente-porto-alegre-resiste/


A Copa do Mundo é nossa? Charge do Kayser
Quantas COPAS (de árvores) por uma copa (de futebol)? 
http://poavive.wordpress.com/2013/08/15/quantas-copas-de-arvores-por-uma-copa-de-futebol/

Cesar Cardia
Integrantes do Movimento Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho
Sócio benemérito da AMABI - Assoc. dos Moradores e Amigos do bairro Independência
Associado da AGAPAN
Ex-integrante do original Movimento Viva Gasômetro