Peça de publicidade sobre o Dia da Árvore foi instalada no lugar da árvore derrubada em São José do Rio Preto, em São Paulo
Árvore é cortada para dar lugar a propaganda sobre preservação ambiental e gera polêmica
Peça de publicidade sobre o Dia da Árvore foi instalada no lugar da árvore derrubada em São José do Rio Preto, em São Paulo
por Renato Onofre - Jornal O Globo - 29/10/2014
SÃO PAULO — “Uma criança abraça uma árvore com o sorriso no rosto. No fundo verde, uma mensagem exalta a importância da preservação da natureza e lembra do Dia da Árvore”. O que seria um roteiro padrão para uma peça publicitária virou motivo de revolta e indignação em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Isso porque a empresa de outdoor Interdoor derrubou uma árvore centenária em um terreno na Vila Aurora para a instalação de outdoor. Por coincidência, a primeira peça de publicidade instalada no local foi uma propaganda de um plano de saúde exaltando o Dia da Árvore.
A polêmica começou em julho com a derrubada da árvore no terreno localizado na Avenida Alberto Andaló. No local, já havia dois outdoors instalados. E com o corte da árvore, outros três foram instalados. Em uma das propagandas, uma cooperativa de saúde incentivava a preservação das árvores como forma de melhorar a saúde. A história foi parar na internet e ganhou repercussão internacional.
— Fiquei sem palavras diante de tamanha ironia e falta de bom senso — reclamou Carina Crisi Cavalheiro sobre a derrubada da árvore.
Nesta quarta-feira, o GLOBO tentou contato com a empresa responsável pelo outdoor. O atendente da Interdoor, que se identificou como Wagner, disse que só os proprietários poderiam falar sobre o assunto. Ao “Bom Dia Brasil”, da TV Globo, a empresa teria informado que tinha autorização da prefeitura e Polícia Ambiental para cortar a árvore. Sobre a propaganda, a empresa disse que foi “uma infeliz coincidência” já que não sabia o que iria ser anunciado.
Em nota, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), ligada à Secretaria do Meio Ambiente do governo paulista, informou que não há nenhuma autorização em nome da Interdoor para o corte de árvore. Segundo o órgão, em nome dessa empresa, há uma autuação da Polícia Militar Ambiental, por corte de árvore, porém a Cetesb não confirma se é o mesmo endereço.
De acordo com a legislação municipal, a multa, segundo a Polícia Ambiental, varia entre R$ 100 a R$ 1.000 por árvore ou planta. Já a multa da prefeitura por erradicar árvores sem autorização é de R$ 247, 55.
Não é a primeira vez que a população de São José do Rio Preto se revolta com a derrubada de uma árvore. Há cinco meses, um grupo de moradores tentou impedir que um guapuruvu de mais de 80 anos e 30 metros de altura para dar lugar a construção de dois prédios. A mobilização levou o caso à justiça.
Link para a matéria: http://oglobo.globo.com/brasil/arvore-cortada-para-dar-lugar-propaganda-sobre-preservacao-ambiental-gera-polemica-14398152#ixzz3HisMRG00
Primeira rua declarada Patrimônio Ambiental de Porto Alegre
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31 outubro 2014
11 novembro 2012
Derrubada uma árvore na Praça Salvador Allende
SMAM derruba a maior árvore de sombra na Praça Salvador Allende
Dia 8 de novembro, por volta das 9 horas da manhã, uma equipe de seis funcionários da SMAM derrubaram com a ajuda de guindaste, a maior árvore de sombra da praça Salvador Allende, na avenida Loureiro da Silva com rua Avaí, na divisa entre os bairros Cidade Baixa e Centro Histórico.

A praça está mal cuidada apesar de pequeno espaço. Possui poucas árvores, e a imensa seringueira, com mais de dez metros, era uma fonte de sombra e embelezamento para a pobre praça. Era imponente, não aparentava estar doente ou com ameaça de cair.
A praça é muito utilizada pelos moradores das imediações para caminharem com seus cachorros, tomar chimarrão nas tardes. Um dos moradores da rua André da Rocha que passava pelo local, sr. Edilson Silveira Pedroso, comentou: “acho estranho derrubar uma árvore tão forte assim. Trago todos os dias o meu cachorro aqui, e agora sem sombra como vamos ficar no verão? Temos ali um pé de Chorão que está velho e precisando de cuidados. Qual o motivo da SMAM fazer isto?”
Estudantes de fisioterapia batiam fotos pelo celular e também condenavam a ação “Como vai ficar a praça agora com este tronco deste jeito?”
Ao lado da praça está se instalando uma sala de vendas de uma construtora, para a divulgação de um novo hotel com mais de 18 andares. Não queremos acreditar que esta árvore foi derrubada para facilitar a visualização do salão da construtora.
Dia 8 de novembro, por volta das 9 horas da manhã, uma equipe de seis funcionários da SMAM derrubaram com a ajuda de guindaste, a maior árvore de sombra da praça Salvador Allende, na avenida Loureiro da Silva com rua Avaí, na divisa entre os bairros Cidade Baixa e Centro Histórico.

A praça está mal cuidada apesar de pequeno espaço. Possui poucas árvores, e a imensa seringueira, com mais de dez metros, era uma fonte de sombra e embelezamento para a pobre praça. Era imponente, não aparentava estar doente ou com ameaça de cair.
A praça é muito utilizada pelos moradores das imediações para caminharem com seus cachorros, tomar chimarrão nas tardes. Um dos moradores da rua André da Rocha que passava pelo local, sr. Edilson Silveira Pedroso, comentou: “acho estranho derrubar uma árvore tão forte assim. Trago todos os dias o meu cachorro aqui, e agora sem sombra como vamos ficar no verão? Temos ali um pé de Chorão que está velho e precisando de cuidados. Qual o motivo da SMAM fazer isto?”
Estudantes de fisioterapia batiam fotos pelo celular e também condenavam a ação “Como vai ficar a praça agora com este tronco deste jeito?”
Ao lado da praça está se instalando uma sala de vendas de uma construtora, para a divulgação de um novo hotel com mais de 18 andares. Não queremos acreditar que esta árvore foi derrubada para facilitar a visualização do salão da construtora.
As atividades da motosserrra da Secretaria do Meio Ambiente - SMAM
parecerem não parar, já temos reclamações de várias praças sofrendo de
derrubadas: Praça da Matriz (pelo IPHAN), Praça Otavio Rocha, Praça da
Jeronimo de Ornellas, e muitas outras praças devem estar sendo
ameaçadas. Se você ver algum movimento de derrubada, divulgue, denuncie!
Denúncia de Vanessa Melgare, conselheira da AGAPAN
27 agosto 2012
“Ironicamente, a troca do plantio de mudas por equipamentos serviu até mesmo para a compra de motosserras”
Texto do jornal METRO/Porto Alegre do dia 23/8/2012:
Prefeitura troca reposição de árvores por equipamentos
Ministério Público apurou que Smam autorizou conversão de R$ 25 milhões em obrigações ambientais privadas na forma de produtos ou serviços públicos. Troca serviu para a compra de facões, caminhonetes e até motosserras
O promotor Carlos Paganella, da Promotoria do Meio Ambiente de Porto Alegre, anunciou ontem que vai recomendar à prefeitura a revogação do decreto que reduziu as compensações vegetais para empreendimentos imobiliários na capital e permitiu a conversão dos plantios em equipamentos ou serviços para a Smam (Secretaria Municipal de Meio Ambiente). O decreto, que vai completar um ano no domingo, é o único instrumento que regulariza a reposição vegetal na cidade.
Segundo Paganella, nos últimos 20 meses foram convertidos R$ 24,9 milhões de plantio de mudas em equipamentos ou serviços para a prefeitura em mais de 80 projetos imobiliários.
“Não sei qual foi o interesse por trás dessa mudança nem a justificativa para isso. O que podemos observar é que há uma devastação generalizada em Porto Alegre”, afirmou.
O promotor informou que os relatórios produzidos pelo inquérito que ele vem realizando ao longo de 2012 mostraram conversão em equipamentos como facões, escadas, caminhonetes, maçaricos e botinas. Também houve troca por serviços de manutenção de praças e jardins que, segundo Paganella, deveriam ser realizados com recursos orçamentários da prefeitura. “Ironicamente, a troca do plantio de mudas por equipamentos serviu até mesmo para a compra de motosserras”, disse.
Nesse período, segundo o relatório do MP (Ministério Público), deixaram de ser plantadas 9 milhões de mudas na cidade. O promotor disse que vai encaminhar os dados ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) para que o órgão inspecione as compensações e verifique a aplicação dos recursos em serviços e equipamentos. Em último caso, Paganella informou que irá ajuizar uma ação civil pública pedindo à Justiça a anulação do decreto.
O presidente da Cosman (Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara), Beto Moesch (PP), criticou a alteração do decreto. “Houve uma redução drástica no plantio compensatório em Porto Alegre nesse período”, disse. Segundo ele, o decreto editado pela prefeitura regulamentando o plantio compensatório “barateou” o corte de árvores em Porto Alegre.
O secretário do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, disse que as mudanças foram feitas porque o decreto antigo “tinha distorções”. O secretário não apontou que distorções seriam essas. Também disse que houve acréscimo na exigência de compensações para algumas espécies. O Metro apurou que o documento reduziu a exigência em 31 de 37 itens, mantendo inalterados outros três. Em alguns casos, a reducão é drástica: espécies nativas com mais de 10 metros, por exemplo, tiveram o plantio de novas mudas alterado de 15 para cinco.
Prefeitura troca reposição de árvores por equipamentos
Ministério Público apurou que Smam autorizou conversão de R$ 25 milhões em obrigações ambientais privadas na forma de produtos ou serviços públicos. Troca serviu para a compra de facões, caminhonetes e até motosserras
O promotor Carlos Paganella, da Promotoria do Meio Ambiente de Porto Alegre, anunciou ontem que vai recomendar à prefeitura a revogação do decreto que reduziu as compensações vegetais para empreendimentos imobiliários na capital e permitiu a conversão dos plantios em equipamentos ou serviços para a Smam (Secretaria Municipal de Meio Ambiente). O decreto, que vai completar um ano no domingo, é o único instrumento que regulariza a reposição vegetal na cidade.
Segundo Paganella, nos últimos 20 meses foram convertidos R$ 24,9 milhões de plantio de mudas em equipamentos ou serviços para a prefeitura em mais de 80 projetos imobiliários.
“Não sei qual foi o interesse por trás dessa mudança nem a justificativa para isso. O que podemos observar é que há uma devastação generalizada em Porto Alegre”, afirmou.
O promotor informou que os relatórios produzidos pelo inquérito que ele vem realizando ao longo de 2012 mostraram conversão em equipamentos como facões, escadas, caminhonetes, maçaricos e botinas. Também houve troca por serviços de manutenção de praças e jardins que, segundo Paganella, deveriam ser realizados com recursos orçamentários da prefeitura. “Ironicamente, a troca do plantio de mudas por equipamentos serviu até mesmo para a compra de motosserras”, disse.
Nesse período, segundo o relatório do MP (Ministério Público), deixaram de ser plantadas 9 milhões de mudas na cidade. O promotor disse que vai encaminhar os dados ao TCE (Tribunal de Contas do Estado) para que o órgão inspecione as compensações e verifique a aplicação dos recursos em serviços e equipamentos. Em último caso, Paganella informou que irá ajuizar uma ação civil pública pedindo à Justiça a anulação do decreto.
O presidente da Cosman (Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara), Beto Moesch (PP), criticou a alteração do decreto. “Houve uma redução drástica no plantio compensatório em Porto Alegre nesse período”, disse. Segundo ele, o decreto editado pela prefeitura regulamentando o plantio compensatório “barateou” o corte de árvores em Porto Alegre.
O secretário do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, disse que as mudanças foram feitas porque o decreto antigo “tinha distorções”. O secretário não apontou que distorções seriam essas. Também disse que houve acréscimo na exigência de compensações para algumas espécies. O Metro apurou que o documento reduziu a exigência em 31 de 37 itens, mantendo inalterados outros três. Em alguns casos, a reducão é drástica: espécies nativas com mais de 10 metros, por exemplo, tiveram o plantio de novas mudas alterado de 15 para cinco.
Flávio Ilha
METRO Porto Alegre
(Fotos: Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho)
METRO Porto Alegre
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09 agosto 2012
Hiroshima e Nagasaki
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Hiroshima, 6 de agosto de 1945. (Fotógrafo japonês desconhecido) |
Em Hiroshima foi jogada a bomba atômica “Little Boy” e, três dias depois, a bomba “Fat Man” em Nagasaki. Até hoje, as duas bombas foram as únicas armas nucleares utilizadas de fato numa guerra. Estima-se que cerca de 140.000 pessoas morreram em Hiroshima e 80.000 em Nagasaki, além das mortes ocorridas posteriormente aos ataques em decorrência da exposição radioativa.
A imensa maioria dos mortos era composta por civis, mulheres, idosos e crianças, pessoas que não estavam combatendo na guerra.
Existe História?
Existe memória?
No documentário abaixo sobre a destruição de Hiroshima e Nagasaki perguntam a jovens japoneses se sabiam o que teria acontecido em 6 de agosto de 1945. Uma garota responde que não sabe, pois não é muito boa em História...
12 março 2012
VERGONHA em José Bonifácio, estado de São Paulo!
Incrível! Prefeitura de José Bonifácio/SP corta árvores da Praça para construir "quiosques de alvenaria" que venderão lanches!
A denúncia chegou até nós por e-mail. No e-mail tem um link para o blog "Aldeia Mundus" que mostra a barbárie que a própria Prefeitura Municipal está cometendo contra o Meio Ambiente naquela cidade paulista.
Como pode alguém em sã consciência cometer um ato assim, ainda mais sendo o próprio executivo municipal?
No Blog "Aldeia Mundus" foi postado um texto do jornalista Hairton Santiago:
Mais informações no Blog Aldeia Mundus: http://aldeia-mundus777.blogspot.com/
A denúncia chegou até nós por e-mail. No e-mail tem um link para o blog "Aldeia Mundus" que mostra a barbárie que a própria Prefeitura Municipal está cometendo contra o Meio Ambiente naquela cidade paulista.
Foto: Blog Aldeia Mundus |
No Blog "Aldeia Mundus" foi postado um texto do jornalista Hairton Santiago:
Praça Sebastião Pereira Lima - José Bonifacio - SP
Estou com o coração sangrando. Operários da Prefeitura de José Bonifácio, equipados com motoserras, acabam de colocar no chão uma frondosa mangueira plantada na Praça Sebastião Pereira Lima, na região central da minha cidade. Fui eu que plantei essa mangueira, em 1996, cuidei dela com muito carinho. Ela dava frutos soborosos - "manga espada" - que deleitavam muita gente. Sua copa frondosa servia como abrigo para os ninhos dos pássaros. Neste tempo de muito calor, sua sombra era abrigo convidativo. No mesmo dia em que plantei essa mangueira, o saudoso Pacheco, dedicado servidor da Prefeitura que trabalhou com dedicação como zelador da praça, também plantou outra ao lado. Foram dezenas de anos, Pacheco e eu, cuidando das nossas arvorezinhas, que sobreviveram na praça. Pacheco se foi, está com Deus.
Mas, por que os "homens da Prefeitura" cortaram essa árvore frutífera? Por que o Prefeito de José Bonifácio autorizou a construção de quiosques em alvenaria na praça pública e que serão ocupados por vendedores de lanches. Entendo que as pessoas precisam trabalhar, ganhar seu pão diário e suprir as necessidades da família. Mas, ocupar espaço público com suas microempresas? Considero isso uma ilegalidade, uma transgressão constitucional. Isso é um abuso, um desrespeito às normas legais. De repente, sem nenhuma lógica, meia duzia de gente - alguns são meus amigos, outros apenas conhecidos - transformam-se em "proprietários de um lote" na Praça Sebastião Pereira Lima.
A mangueira e uma palmeira foram sumariamente cortadas, despedaçadas, seus troncos e galhos triturados, porque "atrapalhavam" a varanda de uma das lanchonetes que estão sendo construídas na Praça Sebastião Pereira Lima. Meu lamento não é apenas porque fui eu quem plantou a mangueira. Meu choro é porque integramos uma campanha mundial inspirada pelo Presidente de Lions Internacional, Dr. Wing-Kun Tam, compromissados com o plantio de um milhão de árvores no planeta. Já plantamos quase sete milhões. E o que os homens públicos estão fazendo aqui em José Bonifácio? Simplesmente ordenando o corte de árvores urbanas.
Nenhuma explicação vinda do Poder Público me convencerá e, de antemão, peço que não ocupem meu precioso tempo com um eventual "esclarecimento". Tenho mais o que fazer, tenho que continuar plantando árvores para que estas sirvam à sanha ilógica de homens públicos, que as desejam no chão, inertes.
Nós, moradores e empresários no entorno da Praça Sebastião Pereira Lima, na região central de José Bonifácio, nunca fomos consultados para externarmos nossa opinião sobre a transformação destre aprazível local de lazer urbano, em "lanchódromo". À sorrela, o Poder Público loteou esta Praça, um acinte à minha parca inteligência. Menosprezo ao povo de José Bonifácio, que paga tributos altíssimos.
E agora? Nada posso fazer, a não ser denunciar o que classifico como abuso, como esbulho ao bem público do povo.
Estou triste sim, inconformado pela morte imposta à árvore que plantei, à palmeira que vivia ao seu lado.
Roupa suja se lava em casa. Neste caso específico, envergonhado, torno público ao mundo, o que o Poder Público está fazendo em José Bonifácio, especificamente na Praça Sebastião Pereira Lima, na principal via pública da cidade.
Quem sabe alguém oriundo da representação dos "Poderes Constituídos da Nação Brasileira", resolva dar uma olhada no que acontece aqui na minha cidade.
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Foto: Hairton Santiago |
Mais informações no Blog Aldeia Mundus: http://aldeia-mundus777.blogspot.com/
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30 janeiro 2012
Com a "desculpa" da Copa do Mundo...
Querem derrubar mais árvores em Porto Alegre
Todos já tinham conhecimento que com a "desculpa" da Copa de 2014 a cidade seria atropelada por mudanças em leis e que muitas árvores poderiam ser retiradas para dar ainda mais espaço aos automóveis.
Quem imaginou isso não se enganou. Agora muitas árvores da rua Anita Garibaldi estão ameaçadas pelos irresponsáveis pelo futuro das gerações que ainda nem nasceram.
Ouviram os moradores da Anita e entorno?
Ouviram os moradores da cidade? Cabe lembrar que as árvores das ruas da cidade não beneficiam apenas os que nela residem, beneficiam a todos nós!
Texto recebido da Associação de Moradores da Bela Vista - AMOBELA:
O TÚNEL DA ANITA GARIBALDI: UMA PROPOSTA EM DEBATE
O projeto da passagem subterrânea no cruzamento da Rua Anita Garibaldi com a Avenida Carlos Gomes é uma das propostas que integram o conjunto de obras consideradas como necessárias pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para a melhoria do tráfego na Terceira Perimetral, tendo em vista a Copa de 2014. O referido conjunto de obras inclui as interseções com a Ceará, Plínio Brasil Milano, Cristóvão Colombo e a Bento Gonçalves. Estas cinco intervenções facilitariam o fluxo de ligação das regiões Norte – Aeroporto – e Sul (Estádio Beira-Rio).
Assim, o projeto da Trincheira da Anita Garibaldi tem, portanto, como justificativa técnica a eliminação do semáforo no cruzamento com a Av. Carlos Gomes, possibilitando que os veículos que seguem pela Anita Garibaldi, no sentido Centro-bairro, sigam livres sob a Carlos Gomes. Da mesma forma, o fluxo de veículos da Carlos Gomes seguirá livre, sem semáforos.
A obra implicará em significativos impactos de vizinhança, tais como: transformações na paisagem urbana, comprometimento dos recuos de jardins e no tratamento paisagístico de lotes; alargamento da Rua Anita Garibaldi, com a redução das calçadas, no trecho entre a Rua Pedro Chaves Barcelos e a Alameda Vicente de Carvalho; desapropriações de imóveis e redução de áreas privativas; eliminação de aproximadamente 60 árvores, sendo que algumas espécies classificadas como imunes ao corte; asfaltamento das alamedas que passarão a funcionar como laços de quadra, com o deslocamento do fluxo de veículos para os quarteirões internos do bairro; consequente aumento da poluição ambiental em todos os seus aspectos (ar, sonora e alteração do micro-clima existente, dado o aumento da emissão de gases veiculares e a eliminação da arborização das vias).
Uma análise superficial desse projeto pontual pode apontar algumas questões importantes, por exemplo: tendo em vista a exiguidade de espaço da intervenção, alguns fluxos direcionais ficarão eliminados, em especial o fluxo de conversão à esquerda da Rua Anita Garibaldi para a Av. Carlos Gomes, exatamente no sentido do Aeroporto. Hoje, esse fluxo é bastante considerável e a sua eliminação vai implicar na busca de outras alternativas viárias que resultarão no aumento da extensão do percurso, no comprometimento de vias de caráter local, internas aos bairros, que passarão a ser alternativas para um fluxo de longa distância.
Outra questão que nos parece incoerente é o fato de que a Rua Anita Garibaldi está contemplada com uma proposta de alargamento somente até o seu encontro com a Alameda Vicente de Carvalho, uma quadra anterior à Av. Eng. Alfredo Corrêa Daudt, ponto atual de congestionamento. Portanto, mesmo com a proposta do túnel sob a Av. Carlos Gomes, o ponto de gargalo desta via não só permanecerá o mesmo, mas deverá ser intensificado. Acrescente-se, ainda, que nesse ponto de estreitamento ocorrerá a redução das quatro pistas, previstas na trincheira, para duas pistas. A inconsistência da proposta pode ser igualmente apreendida ao se constatar que, além do estreitamento da Anita Garibaldi, o fluxo dos veículos desta rua que hoje convertem à esquerda da Av. Carlos Gomes, no sentido do Aeroporto, não podendo mais fazê-lo, entrarão à esquerda na Av. Eng. Alfredo Corrêa Daudt, com o objetivo de acessarem a Cristóvão Colombo e retornarem à Terceira Perimetral. O percurso ao Aeroporto, portanto, vai ser mais dificultado, e a Cristóvão Colombo deverá receber mais um acréscimo de veículos, aumentando o seu já crônico congestionamento.
Ainda, a região como um todo aguarda, já há algum tempo, alternativa viária ao maior complexo de shoppings do Estado, com projetos de expansão já aprovados. Da mesma forma, não há definição sobre as alternativas viárias de acesso ao empreendimento Jardim Europa, em franco processo de consolidação e expansão, tendo a Av. Nilo Peçanha - já saturada - como única alternativa viária. Por outro lado, a possibilidade de uma intervenção na área do Country Club não nos parece pertinente, tendo em vista tratar-se de um espaço já consolidado como patrimônio ambiental da cidade, constituindo-se num equipamento de expressão nacional e internacional, importante para o circuito econômico da cidade.
Outro aspecto que deve ser considerado, em relação à implementação dessa proposta, diz respeito ao risco que a mesma pode representar de agravamento do processo de deterioração e degradação que ocorre atualmente com o espaço da Praça Japão e suas Alamedas. Esse espaço público, reconhecido como um dos mais expressivos da cidade, sob o ponto de vista urbanístico, ambiental e morfológico, vem sofrendo impactos, desde a implantação da Terceira Perimetral, quando passou a ser uma área alternativa para estacionamento dos veículos que dela se utilizam. Qualificado como Área Especial de Ambiência Cultural, a Praça Japão e as suas Alamedas constituem uma referência histórica para os bairros da região, assim como para a cidade como um todo. Certamente, espaços similares a este em outras cidades – no país e no mundo – costumam ser objeto de investimentos do poder público, em manutenção, requalificação e estímulos para a sua proteção.
A preservação de cenários urbanos preexistentes é uma das diretrizes conceituais propostas pelo atual Plano Diretor da cidade e, certamente, deverá nortear as ações daqueles que dispõe dos recursos públicos destinados à preparação da cidade para a Copa de 2014. Esperamos que, em nome deste evento, não se firam as legislações de planejamento urbano e proteção ambiental, assim como não se desconsidere a participação do conjunto da população nas decisões que já estão sendo tomadas.
A propósito, a indiferença do poder público em relação à esse espaço público contrasta com a matéria com a matéria divulgada em um jornal da capital, ao ressaltar a preocupação do Sr. Prefeito com a orla: mudar sem mexer. As comunidades residentes nas proximidades da Praça Japão e no conjunto das suas Alamedas agradeceriam a mesma deferência.
A concepção urbanística da Terceira Perimetral é fruto da utopia racionalista que, décadas atrás, caracterizou o planejamento da cidade, e teve como objetivo definir uma via-expressa, que viabilizasse um percurso rápido de ligação entre as zonas sul, leste e norte da cidade, definindo o sistema de macrozonas que hoje estrutura espacialmente a cidade. Na sua concepção original, a Terceira Perimetral deveria funcionar como um divisor de águas, limitando fisicamente o espaço da cidade que se convencionou chamar Cidade Radiocêntrica – área mais estruturada e composta pelo conjunto de bairros mais consolidados da cidade -, separando-a da Cidade Xadrez - espaço urbano ainda em processo de estruturação, que deveria receber estímulos de ocupação, de consolidação da sua macroestrutura, e de novas atividades urbanas. Como integrantes dessa intensão urbanística, definiam-se os corredores de centralidade (Sertório-Assis Brasil; Anita Garibaldi-Nilo Peçanha; Ipiranga-Bento Goncalves), como marcos estruturadores do espaço urbano de Porto Alegre.
Acontece que a cidade é dinâmica, e a sua transformação é contínua e historicamente sensível às novas circunstâncias sócio-econômicas e ambientais. A Terceira Perimetral hoje, não pode ser apreendida na sua função original, porque os trechos das vias que a integram se encontram inscritos em diferenciados contextos sócio-espaciais, não homogêneos, e que apresentam diferenciados padrões de uso e ocupação do solo urbano. E isto é próprio da diversidade urbana, aqui e em qualquer lugar do mundo.
Assim, pretender impor a característica de via-expressa em uma artéria como a Av. Carlos Gomes, por exemplo - que hoje se apresenta como um pólo miscigenado em ambas as suas laterais -, é um contrassenso urbanístico e um completo desconhecimento dos princípios de sustentabilidade urbano ambiental. Revela, ainda, uma completa divergência com a diretrizes propostas pelas sete estratégias definidas no próprio PDDUA, para o desenvolvimento de Porto Alegre. Especialmente, em relação às estratégias de Estruturação Urbana, de Mobilidade Urbana e de Qualificação Ambiental.
É necessário que se reconsidere a idéia de que a Terceira Perimetral deva ser uma via-expressa, de fluxo rápido. Essa intensão não tem mais sentido porque a cidade cresceu, e a Terceira Perimetral hoje está dentro da cidade. Ela divide bairros em processo de densificação, com intensa atividade residencial e comercial, mesclada com atividades empresariais e de serviços. Essas atividades se relacionam entre si, e cada vez mais a Terceira Perimetral necessitará de interrupções que garantam a travessia de pedestres, com faixas de segurança e acessos ao corredor central de transporte coletivo. Nada poderá impedir a territorialização das relações das diversas atividades humanas, que já estão consolidadas ao longo da via.
As pessoas residem, trabalham e se mobilizam transversalmente à Terceira Perimetral, e é com isto que o poder público deveria se preocupar: dando melhores condições de segurança; implantando um mobiliário urbano qualificado; tratando da acessibilidade universal; implantando um sistema de transporte coletivo que facilite a mobilidade urbana para o curto e o médio percurso, ao longo da via. Implantando melhoria na iluminação pública, qualificando o passeio, tratando da manutenção da arborização existente, implantando programas de qualificação da paisagem urbana, etc. Em síntese, trata-se de uma outra concepção de cidade, voltada para o fluxo do pedestre – e não só do automóvel -, com a humanização e qualificação dos espaços públicos.
A nossa sugestão é que se interrompa o processo de licitação para as obras da Trincheira da Anita Garibaldi, e que se viabilize uma discussão mais ampla, com os moradores e com as instituições que estão instaladas na região. Uma discussão técnica para evitar que se comprometam recursos públicos que poderiam ser aplicados em outras obras mais prioritárias para a região, tal como a interseção da Av.Carlos Gomes com a Av. Plínio Brasil Milano.
Essas sugestões para um debate crítico sobre a proposta em pauta, partem do entendimento de que o planejamento da cidade deve ser tal como é concebido no atual Plano Diretor: um processo dinâmico, retroalimentado e aberto, a ser continuamente reavaliado e readequado às novas realidades que surgem.
Todos já tinham conhecimento que com a "desculpa" da Copa de 2014 a cidade seria atropelada por mudanças em leis e que muitas árvores poderiam ser retiradas para dar ainda mais espaço aos automóveis.
Quem imaginou isso não se enganou. Agora muitas árvores da rua Anita Garibaldi estão ameaçadas pelos irresponsáveis pelo futuro das gerações que ainda nem nasceram.
Ouviram os moradores da Anita e entorno?
Ouviram os moradores da cidade? Cabe lembrar que as árvores das ruas da cidade não beneficiam apenas os que nela residem, beneficiam a todos nós!
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Protesto da AMOBELA - Foto: Vanessa Melgare |
Texto recebido da Associação de Moradores da Bela Vista - AMOBELA:
O TÚNEL DA ANITA GARIBALDI: UMA PROPOSTA EM DEBATE
O projeto da passagem subterrânea no cruzamento da Rua Anita Garibaldi com a Avenida Carlos Gomes é uma das propostas que integram o conjunto de obras consideradas como necessárias pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre, para a melhoria do tráfego na Terceira Perimetral, tendo em vista a Copa de 2014. O referido conjunto de obras inclui as interseções com a Ceará, Plínio Brasil Milano, Cristóvão Colombo e a Bento Gonçalves. Estas cinco intervenções facilitariam o fluxo de ligação das regiões Norte – Aeroporto – e Sul (Estádio Beira-Rio).
Assim, o projeto da Trincheira da Anita Garibaldi tem, portanto, como justificativa técnica a eliminação do semáforo no cruzamento com a Av. Carlos Gomes, possibilitando que os veículos que seguem pela Anita Garibaldi, no sentido Centro-bairro, sigam livres sob a Carlos Gomes. Da mesma forma, o fluxo de veículos da Carlos Gomes seguirá livre, sem semáforos.
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Foto: Vanessa Melgare/AGAPAN |
A obra implicará em significativos impactos de vizinhança, tais como: transformações na paisagem urbana, comprometimento dos recuos de jardins e no tratamento paisagístico de lotes; alargamento da Rua Anita Garibaldi, com a redução das calçadas, no trecho entre a Rua Pedro Chaves Barcelos e a Alameda Vicente de Carvalho; desapropriações de imóveis e redução de áreas privativas; eliminação de aproximadamente 60 árvores, sendo que algumas espécies classificadas como imunes ao corte; asfaltamento das alamedas que passarão a funcionar como laços de quadra, com o deslocamento do fluxo de veículos para os quarteirões internos do bairro; consequente aumento da poluição ambiental em todos os seus aspectos (ar, sonora e alteração do micro-clima existente, dado o aumento da emissão de gases veiculares e a eliminação da arborização das vias).
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Foto: Vanessa Melgare/AGAPAN |
Uma análise superficial desse projeto pontual pode apontar algumas questões importantes, por exemplo: tendo em vista a exiguidade de espaço da intervenção, alguns fluxos direcionais ficarão eliminados, em especial o fluxo de conversão à esquerda da Rua Anita Garibaldi para a Av. Carlos Gomes, exatamente no sentido do Aeroporto. Hoje, esse fluxo é bastante considerável e a sua eliminação vai implicar na busca de outras alternativas viárias que resultarão no aumento da extensão do percurso, no comprometimento de vias de caráter local, internas aos bairros, que passarão a ser alternativas para um fluxo de longa distância.
Outra questão que nos parece incoerente é o fato de que a Rua Anita Garibaldi está contemplada com uma proposta de alargamento somente até o seu encontro com a Alameda Vicente de Carvalho, uma quadra anterior à Av. Eng. Alfredo Corrêa Daudt, ponto atual de congestionamento. Portanto, mesmo com a proposta do túnel sob a Av. Carlos Gomes, o ponto de gargalo desta via não só permanecerá o mesmo, mas deverá ser intensificado. Acrescente-se, ainda, que nesse ponto de estreitamento ocorrerá a redução das quatro pistas, previstas na trincheira, para duas pistas. A inconsistência da proposta pode ser igualmente apreendida ao se constatar que, além do estreitamento da Anita Garibaldi, o fluxo dos veículos desta rua que hoje convertem à esquerda da Av. Carlos Gomes, no sentido do Aeroporto, não podendo mais fazê-lo, entrarão à esquerda na Av. Eng. Alfredo Corrêa Daudt, com o objetivo de acessarem a Cristóvão Colombo e retornarem à Terceira Perimetral. O percurso ao Aeroporto, portanto, vai ser mais dificultado, e a Cristóvão Colombo deverá receber mais um acréscimo de veículos, aumentando o seu já crônico congestionamento.
Ainda, a região como um todo aguarda, já há algum tempo, alternativa viária ao maior complexo de shoppings do Estado, com projetos de expansão já aprovados. Da mesma forma, não há definição sobre as alternativas viárias de acesso ao empreendimento Jardim Europa, em franco processo de consolidação e expansão, tendo a Av. Nilo Peçanha - já saturada - como única alternativa viária. Por outro lado, a possibilidade de uma intervenção na área do Country Club não nos parece pertinente, tendo em vista tratar-se de um espaço já consolidado como patrimônio ambiental da cidade, constituindo-se num equipamento de expressão nacional e internacional, importante para o circuito econômico da cidade.
Outro aspecto que deve ser considerado, em relação à implementação dessa proposta, diz respeito ao risco que a mesma pode representar de agravamento do processo de deterioração e degradação que ocorre atualmente com o espaço da Praça Japão e suas Alamedas. Esse espaço público, reconhecido como um dos mais expressivos da cidade, sob o ponto de vista urbanístico, ambiental e morfológico, vem sofrendo impactos, desde a implantação da Terceira Perimetral, quando passou a ser uma área alternativa para estacionamento dos veículos que dela se utilizam. Qualificado como Área Especial de Ambiência Cultural, a Praça Japão e as suas Alamedas constituem uma referência histórica para os bairros da região, assim como para a cidade como um todo. Certamente, espaços similares a este em outras cidades – no país e no mundo – costumam ser objeto de investimentos do poder público, em manutenção, requalificação e estímulos para a sua proteção.
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Foto: Vanessa Melgare/AGAPAN |
A preservação de cenários urbanos preexistentes é uma das diretrizes conceituais propostas pelo atual Plano Diretor da cidade e, certamente, deverá nortear as ações daqueles que dispõe dos recursos públicos destinados à preparação da cidade para a Copa de 2014. Esperamos que, em nome deste evento, não se firam as legislações de planejamento urbano e proteção ambiental, assim como não se desconsidere a participação do conjunto da população nas decisões que já estão sendo tomadas.
A propósito, a indiferença do poder público em relação à esse espaço público contrasta com a matéria com a matéria divulgada em um jornal da capital, ao ressaltar a preocupação do Sr. Prefeito com a orla: mudar sem mexer. As comunidades residentes nas proximidades da Praça Japão e no conjunto das suas Alamedas agradeceriam a mesma deferência.
A concepção urbanística da Terceira Perimetral é fruto da utopia racionalista que, décadas atrás, caracterizou o planejamento da cidade, e teve como objetivo definir uma via-expressa, que viabilizasse um percurso rápido de ligação entre as zonas sul, leste e norte da cidade, definindo o sistema de macrozonas que hoje estrutura espacialmente a cidade. Na sua concepção original, a Terceira Perimetral deveria funcionar como um divisor de águas, limitando fisicamente o espaço da cidade que se convencionou chamar Cidade Radiocêntrica – área mais estruturada e composta pelo conjunto de bairros mais consolidados da cidade -, separando-a da Cidade Xadrez - espaço urbano ainda em processo de estruturação, que deveria receber estímulos de ocupação, de consolidação da sua macroestrutura, e de novas atividades urbanas. Como integrantes dessa intensão urbanística, definiam-se os corredores de centralidade (Sertório-Assis Brasil; Anita Garibaldi-Nilo Peçanha; Ipiranga-Bento Goncalves), como marcos estruturadores do espaço urbano de Porto Alegre.
Acontece que a cidade é dinâmica, e a sua transformação é contínua e historicamente sensível às novas circunstâncias sócio-econômicas e ambientais. A Terceira Perimetral hoje, não pode ser apreendida na sua função original, porque os trechos das vias que a integram se encontram inscritos em diferenciados contextos sócio-espaciais, não homogêneos, e que apresentam diferenciados padrões de uso e ocupação do solo urbano. E isto é próprio da diversidade urbana, aqui e em qualquer lugar do mundo.
Assim, pretender impor a característica de via-expressa em uma artéria como a Av. Carlos Gomes, por exemplo - que hoje se apresenta como um pólo miscigenado em ambas as suas laterais -, é um contrassenso urbanístico e um completo desconhecimento dos princípios de sustentabilidade urbano ambiental. Revela, ainda, uma completa divergência com a diretrizes propostas pelas sete estratégias definidas no próprio PDDUA, para o desenvolvimento de Porto Alegre. Especialmente, em relação às estratégias de Estruturação Urbana, de Mobilidade Urbana e de Qualificação Ambiental.
É necessário que se reconsidere a idéia de que a Terceira Perimetral deva ser uma via-expressa, de fluxo rápido. Essa intensão não tem mais sentido porque a cidade cresceu, e a Terceira Perimetral hoje está dentro da cidade. Ela divide bairros em processo de densificação, com intensa atividade residencial e comercial, mesclada com atividades empresariais e de serviços. Essas atividades se relacionam entre si, e cada vez mais a Terceira Perimetral necessitará de interrupções que garantam a travessia de pedestres, com faixas de segurança e acessos ao corredor central de transporte coletivo. Nada poderá impedir a territorialização das relações das diversas atividades humanas, que já estão consolidadas ao longo da via.
As pessoas residem, trabalham e se mobilizam transversalmente à Terceira Perimetral, e é com isto que o poder público deveria se preocupar: dando melhores condições de segurança; implantando um mobiliário urbano qualificado; tratando da acessibilidade universal; implantando um sistema de transporte coletivo que facilite a mobilidade urbana para o curto e o médio percurso, ao longo da via. Implantando melhoria na iluminação pública, qualificando o passeio, tratando da manutenção da arborização existente, implantando programas de qualificação da paisagem urbana, etc. Em síntese, trata-se de uma outra concepção de cidade, voltada para o fluxo do pedestre – e não só do automóvel -, com a humanização e qualificação dos espaços públicos.
A nossa sugestão é que se interrompa o processo de licitação para as obras da Trincheira da Anita Garibaldi, e que se viabilize uma discussão mais ampla, com os moradores e com as instituições que estão instaladas na região. Uma discussão técnica para evitar que se comprometam recursos públicos que poderiam ser aplicados em outras obras mais prioritárias para a região, tal como a interseção da Av.Carlos Gomes com a Av. Plínio Brasil Milano.
Essas sugestões para um debate crítico sobre a proposta em pauta, partem do entendimento de que o planejamento da cidade deve ser tal como é concebido no atual Plano Diretor: um processo dinâmico, retroalimentado e aberto, a ser continuamente reavaliado e readequado às novas realidades que surgem.
Osorio Queiroz Jr.
Arquiteto Urbanista
Presidente da AMOBELA
Já foi criado um Blog contra as obras na Rua Anita Garibaldi: Anita Mais Verde
14 novembro 2011
Alô Loulé! FAO pede proteção para a arborização urbana
La FAO demanda protección para los bosques urbanos
3 Octubre 2011 – 5:34am — EFE
Sirven para proteger a los edificios del fuerte viento y las inundaciones y ayudan a ahorrar energía al actuar como barrera, indica la organización en el marco del Día Mundial del Hábitat.
Roma • Proteger y gestionar los árboles y bosques situados dentro y
alrededor de las ciudades requiere políticas e inversiones orientadas a
fortalecer los medios de subsistencia y mejorar el medio ambiente en un
mundo cada vez más urbanizado, afirmó hoy la FAO en un comunicado.
Este es el mensaje lanzado con motivo del Día Mundial del Hábitat por la Asociación de Colaboración en materia de Bosques (CPF, por sus siglas en inglés) de la que la Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO) es miembro.
Con un porcentaje cada vez mayor de la población mundial que vive actualmente en las ciudades y sus alrededores, el CPF ha pedido a los países que presten más atención a la gestión y protección adecuada de los bosques urbanos.
Además de mejorar la calidad de los ambientes urbanos, los bosques en las ciudades también pueden mitigar los impactos de eventos meteorológicos graves.
Sirven para proteger a los edificios del fuerte viento y las inundaciones y ayudan a ahorrar energía al actuar como barrera frente al tiempo caluroso, asegura la nota.
“La aceleración del nivel de las perturbaciones de la naturaleza que afectan a las ciudades, como tormentas, sequías, inundaciones o corrimientos de tierras, nos recuerdan que es de extrema importancia tener capacidad de resistencia ante los desastres y que los árboles desempeñan un papel importante para proteger el ambiente de las ciudades”, señaló el director adjunto de la FAO para Bosques, Eduardo Rojas-Briales.
“Las buenas prácticas en la silvicultura urbana y periurbana pueden contribuir a ciudades con resiliencia en el sentido de la mitigación y adaptación a los efectos del cambio climático”, añadió.
Los bosques urbanos también mejoran el bienestar y las condiciones de salud de los ciudadanos ya que refrescan el ambiente, particularmente en las zonas áridas, según la FAO.
“Los árboles y bosques en las ciudades ofrecen a los residentes urbanos valores de recreo y ecológicos muy necesarios, y durante el Año Internacional de los Bosques hemos visto muchos ejemplos de actividades comunitarias en las ciudades, desde la plantación de árboles a excursiones en la naturaleza”, explicó Jan McAlpine, Directora de la Secretaría del Foro de las Naciones Unidas sobre los Bosques.
“Estos cinturones verdes son también un hábitat importante para aves y animales pequeños y crean un oasis de diversidad biológica en un ambiente urbano”, añadió McAlpine.
Además, los árboles urbanos proporcionan servicios de ecosistemas vitales, como la retención y almacenamiento de carbono, y pueden suponer una fuente alternativa de energía, agregó.
Los bosques urbanos también pueden servir de laboratorio vivo para la educación ambiental en las ciudades, ayudando a reducir la brecha entre la población urbana y los bosques, según la nota.
La FAO está ayudando a desarrollar directrices para los responsables de las políticas y la toma de decisiones sobre silvicultura urbana y periurbana, con el objetivo de promover políticas sólidas y destacar las buenas prácticas.
Em poucos municípios portugueses se terão cortado tantas árvores, nos últimos anos, como em Loulé. Em certos casos com razão, noutros, provavelmente a larga maioria, sem qualquer fundamento técnico. E sempre, ou quase sempre, sem uma explicação para os munícipes, como se cortar árvores fosse sinal de progresso e não tivesse que ser devidamente justificado.
É que mesmo nos casos em que há razão para cortar uma árvore, há sempre, ainda que involuntariamente, uma admissão de culpa. Porque se uma árvore tem que ser cortada por uma degeneração precoce, é porque alguém, a mesma entidade que decide o seu abate, não soube cuidar dela e evitar esse desfecho.
Mais importante do que plantar novas árvores é saber cuidar das que herdámos dos nossos avós: "Os países, como Portugal, preocupados em plantar muitas árvores mas sem a mínima noção de como se cuida delas, são como aqueles pais que têm muitos filhos mas depois não os educam." Blog de Cheiros
P.S. - A denúncia, como sempre, ou quase sempre, é do João Martins. Fazem falta mais pessoas como o João, pessoas que não se calam, pessoas que chateiam quem não gosta de ser incomodado!
3 Octubre 2011 – 5:34am — EFE
Sirven para proteger a los edificios del fuerte viento y las inundaciones y ayudan a ahorrar energía al actuar como barrera, indica la organización en el marco del Día Mundial del Hábitat.
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Foto de João Martins, em Loulé, Portugal |
Este es el mensaje lanzado con motivo del Día Mundial del Hábitat por la Asociación de Colaboración en materia de Bosques (CPF, por sus siglas en inglés) de la que la Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO) es miembro.
Con un porcentaje cada vez mayor de la población mundial que vive actualmente en las ciudades y sus alrededores, el CPF ha pedido a los países que presten más atención a la gestión y protección adecuada de los bosques urbanos.
Además de mejorar la calidad de los ambientes urbanos, los bosques en las ciudades también pueden mitigar los impactos de eventos meteorológicos graves.
Sirven para proteger a los edificios del fuerte viento y las inundaciones y ayudan a ahorrar energía al actuar como barrera frente al tiempo caluroso, asegura la nota.
“La aceleración del nivel de las perturbaciones de la naturaleza que afectan a las ciudades, como tormentas, sequías, inundaciones o corrimientos de tierras, nos recuerdan que es de extrema importancia tener capacidad de resistencia ante los desastres y que los árboles desempeñan un papel importante para proteger el ambiente de las ciudades”, señaló el director adjunto de la FAO para Bosques, Eduardo Rojas-Briales.
“Las buenas prácticas en la silvicultura urbana y periurbana pueden contribuir a ciudades con resiliencia en el sentido de la mitigación y adaptación a los efectos del cambio climático”, añadió.
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"Arboricídio" em Loulé - Foto: Blog MAC Loulé |
Los bosques urbanos también mejoran el bienestar y las condiciones de salud de los ciudadanos ya que refrescan el ambiente, particularmente en las zonas áridas, según la FAO.
“Los árboles y bosques en las ciudades ofrecen a los residentes urbanos valores de recreo y ecológicos muy necesarios, y durante el Año Internacional de los Bosques hemos visto muchos ejemplos de actividades comunitarias en las ciudades, desde la plantación de árboles a excursiones en la naturaleza”, explicó Jan McAlpine, Directora de la Secretaría del Foro de las Naciones Unidas sobre los Bosques.
“Estos cinturones verdes son también un hábitat importante para aves y animales pequeños y crean un oasis de diversidad biológica en un ambiente urbano”, añadió McAlpine.
Además, los árboles urbanos proporcionan servicios de ecosistemas vitales, como la retención y almacenamiento de carbono, y pueden suponer una fuente alternativa de energía, agregó.
Los bosques urbanos también pueden servir de laboratorio vivo para la educación ambiental en las ciudades, ayudando a reducir la brecha entre la población urbana y los bosques, según la nota.
La FAO está ayudando a desarrollar directrices para los responsables de las políticas y la toma de decisiones sobre silvicultura urbana y periurbana, con el objetivo de promover políticas sólidas y destacar las buenas prácticas.
Fonte: MILENIO
Enquanto isso, em Loulé - Portugal:
Leia e veja mais denúncias do incansável João Martins sobre o Abate de Árvores no Concelho de Loulé:
O Blog "A Sombra Verde" também escreve sobre essa barbárie:
Um caso de divã
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Abate de árvores em Loulé - Fotografia de João Martins |
Em poucos municípios portugueses se terão cortado tantas árvores, nos últimos anos, como em Loulé. Em certos casos com razão, noutros, provavelmente a larga maioria, sem qualquer fundamento técnico. E sempre, ou quase sempre, sem uma explicação para os munícipes, como se cortar árvores fosse sinal de progresso e não tivesse que ser devidamente justificado.
É que mesmo nos casos em que há razão para cortar uma árvore, há sempre, ainda que involuntariamente, uma admissão de culpa. Porque se uma árvore tem que ser cortada por uma degeneração precoce, é porque alguém, a mesma entidade que decide o seu abate, não soube cuidar dela e evitar esse desfecho.
Mais importante do que plantar novas árvores é saber cuidar das que herdámos dos nossos avós: "Os países, como Portugal, preocupados em plantar muitas árvores mas sem a mínima noção de como se cuida delas, são como aqueles pais que têm muitos filhos mas depois não os educam." Blog de Cheiros
P.S. - A denúncia, como sempre, ou quase sempre, é do João Martins. Fazem falta mais pessoas como o João, pessoas que não se calam, pessoas que chateiam quem não gosta de ser incomodado!
Link para o "post" no "A Sombra Verde": http://sombra-verde.blogspot.com/2011/11/um-caso-de-diva.html
25 maio 2011
VERGONHA!!!
O Congresso Nacional aprovou o relatório de Aldo Rebelo (PCdoB) que altera substancialmente o Código Florestal Brasileiro.
Da bancada gaúcha (28 deputados) apenas estes CINCO deputados votaram contra esse absurdo:
FERNANDO MARRONI - PT
HENRIQUE FONTANA - PT
MARCON - PT
PAULO PIMENTA - PT
VIEIRA DA CUNHA - PDT
Afora o deputado Marco Maia, que presiiu a sessão da Câmara e não votou, os demais votaram favoráveis ao "relatório Aldo" que prejudica o Meio Ambiente e envergonha o Brasil:
Da bancada gaúcha (28 deputados) apenas estes CINCO deputados votaram contra esse absurdo:
FERNANDO MARRONI - PT
HENRIQUE FONTANA - PT
MARCON - PT
PAULO PIMENTA - PT
VIEIRA DA CUNHA - PDT
Afora o deputado Marco Maia, que presiiu a sessão da Câmara e não votou, os demais votaram favoráveis ao "relatório Aldo" que prejudica o Meio Ambiente e envergonha o Brasil:
Afonso Hamm/PP – Sim
Alceu Moreira/PMDB – Sim
Assis Melo/PCdoB – Sim
Bohn Gass/PT – Sim
Danrlei De Deus Hinterholz/PTB – Sim
Darcísio Perondi/PMDB – Sim
Enio Bacci/PDT – Sim
Fernando Marroni/PT – Não
Giovani Cherini/PDT – Sim
Henrique Fontana/PT – Não
Jeronimo Goergen/PP – Sim
José Otávio Germano/PP – Sim
José Stédile/PSB – Sim
Luis Carlos Heinze/PP – Sim
Luiz Noé/PSB – Sim
Manuela D`ávila/PCdoB – Sim
Marco Maia PT – Presidiu a sessão – Art. 17
Marcon/PT – Não
Mendes Ribeiro Filho/PMDB – Sim
Nelson Marchezan Junior/PSDB – Sim
Osmar Terra/PMDB – Sim
Paulo Pimenta/PT – Não
Renato Molling/PP – Sim
Ronaldo Nogueira/PTB – Sim
Ronaldo Zulke/PT – Sim
Sérgio Moraes/PTB – Sim
Vieira da Cunha/PDT – Não
Vilson Covatti/PP – Sim
11 maio 2011
"Esses" políticos são os nossos representantes?
Osmar Terra reúne assessores em hotel com dinheiro público
(Por Fábio Schaffner - Diários de Brasília)Com a finalidade de discutir sua atuação parlamentar, o deputado gaúcho Osmar Terra (PMDB) gastou R$ 18,9 mil em dinheiro público para hospedar 20 funcionários de seu gabinete em um hotel Durante três dias, os servidores ficaram hospedados no hotel Capo Zorial, um hotel com spa, piscinas, sauna, salão de beleza e quadras esportivas em São João do Polêsine, na região central do Estado.
As despesas foram pagas com recursos da Cota para Exercício da Atividade Parlamentar, uma espécie de bônus pago pela Câmara para que os deputados cubram despesas do mandato. Conforme consta no site Transparência da Câmara, Terra apresentou 15 notas fiscais, em série, no valor unitário de R$ 1.260 cada e teve os gastos reembolsados no mês passado.
O encontro do deputado com os servidores ocorreu de 14 a 16 de abril – de quinta-feira a sábado. Terra chegou a divulgar o evento em seu próprio site, informando que a reunião serviu para definir metas para o seu mandato e a “atuação futura dentro do PMDB visando às eleições municipais de 2012”.
Situado a 35 quilômetros de Santa Maria, o Capo Zorial não recebe hóspedes individuais – apenas grupos acima de 15 pessoas.
Terra diz que local escolhido apresentou menor custo
O uso da cota foi regulamentado pelo ato nº 43, de 2009, e prevê que os recursos devem ser destinados a “custear gastos exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar”.
Cada deputado gaúcho tem direito ao reembolso mensal de R$ 30.671,69, livres de Imposto de Renda. Além disso, eles recebem salário de R$ 26,7 mil.
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, José Carlos Araújo (PDT-BA), não quis se manifestar sobre o episódio de Terra. Disse que estaria prejulgando o deputado gaúcho e, se porventura o caso for encaminhado ao conselho, estaria impedido de arbitrar um eventual julgamento. A opção pelo hotel em São João do Polêsine, segundo Terra, foi a mais econômica.
– Fizemos um levantamento de preços com vários hotéis, inclusive de Brasília e da serra gaúcha, e lá foi o que apresentou o menor custo, já com as refeições incluídas.
Ele explica ainda que todos os participantes do encontro são vinculados ao gabinete.
- Foi uma reunião de trabalho com a equipe. Reuni o pessoal que trabalha em Brasília, Porto Alegre, Santa Maria, Erechim, Santa Rosa e Santo Ângelo. Escolhi fazer lá porque seria difícil levar todo mundo a Brasília – afirma.
Para Terra, o encontro foi importante para discutir assuntos estratégicos da atuação parlamentar.
Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/diariosdebrasilia/2011/05/11/osmar-terra-reune-assessores-em-hotel-com-dinheiro-publico/?topo=13,1,1,,,77
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Osmar Terra foi secretário da Saúde do Rio Grande do Sul |
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