24 agosto 2008

Sua assinatura é mais importante do que você imagina

Vídeo para estimular a solidariedade, assinando as petições da Anistia Internacional.

18 agosto 2008

Dê valor a seu VOTO!


Em época de eleições sempre aparecem "candidatos" a cargos eletivos dando tapinhas nas costas, nos chamando de amigos, prometendo maravilhas...
Dizem que sempre apoiarão nossas ações, que poderemos contar com eles para o que der e vier.
Cuidado!
Nosso voto tem que ser consciente. Devemos nos informar do passado dos candidatos e também usar a memória, para conferir como eles se comportaram em questões importantes para a cidade.
Por isso é muito oportuno reproduzir aqui o material enviado pela AJURIS:

AJURIS lança a segunda fase da Campanha Eleições Limpas, dia 20


A AJURIS, em parceria com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), lança no próximo dia 20 de agosto, a segunda fase da Campanha Eleições Limpas, que tem por objetivo estreitar os laços entre a Justiça Eleitoral e a sociedade, estimulando um comportamento ético do cidadão ao votar.

O lançamento que reunirá a partir das 14h, juízes eleitorais, representantes de partidos, autoridades dos três Poderes e sociedade em geral, acontecerá no auditório Romildo Bolzan, no Tribunal de Contas do Estado (Rua Sete de Setembro, 388 – Centro - Porto Alegre – RS). Entre os temas a serem abordados estão as alterações vigentes na legislação eleitoral, os avanços da Justiça Eleitoral e condutas vedadas a candidatos.

O presidente da AJURIS, Carlos Cini Marchionatti, lembra que o pleito eleitoral é uma verdadeira festa da cidadania com a escolha de legítimos representantes do povo.

Para o desembargador, tão importante quanto o candidato fazer uma campanha séria e transparente, é a postura do eleitor em não aceitar qualquer tipo de favor daquele que postula algum cargo público. “São os pequenos subornos, como a entrega de cesta básica, um emprego a um familiar desempregado ou uma lata de tinta para a reforma da casa, que desvirtuam as eleições”, adverte Marchionatti.

Para ele, são as pequenas irregularidades que podem se transformar em grave prejuízo aos cofres públicos. “Quando o eleitor perceber que o seu voto é muito mais importante do que a cesta básica e exigir o respeito que as pessoas públicas lhe devem, não haverá mais espaço para esta prática”, assinala.

Com o lançamento da segunda edição da Campanha Eleições Limpas, a expectativa é de que o debate sobre o tema vá se tornando habitual entre todos envolvidos no processo e, que aos poucos, seja aprimorada a consciência da cidadania.


Cartilha do Eleitor*

Como devo escolher meu candidato?

Fique atento às propostas apresentadas na campanha e ao comportamento do candidato. Os bons políticos são líderes autênticos e têm capacidade de reunir pessoas em torno de idéias, não de interesses pessoais. Por isso, existe a propaganda política. Serve para você conhecer os candidatos e suas idéias.

O que é o programa de governo dos candidatos?

Um programa de governo é um projeto do que o candidato pretende executar durante seu mandato, caso seja eleito. Ele deve responder às necessidades da sociedade. Porcure conhecer o programa do seu candidato antes de definir o seu voto.

Vale a pena anular o voto?

O voto nulo (branco) pode representar um protesto do eleitor, mas é um protesto perigoso. Anular o voto significa abdicar do direito de escolher e permitir que outro faça a escolha.

É importante conhecer o passado do candidato?

Procure saber o máximo possível a respeito dos candidatos. Deve-se usar a memória também! É importante lembrar como eles agiram quando estavam no poder. Foram competentes? Foram honestos?

Ao saber de alguma irregularidade ligada as eleições, o que fazer?

Procurar um juiz eleitoral do município em que ocorreu a irregularidade. Ele é um grande aliado da comunidade na luta por eleições limpas.

Como se faz denúncia ao juiz eleitoral?

É preciso dispor de provas ou saber indicar a forma de obtê-las. Diante disso, escreva a denúncia pode ser até a mão) e a entregue no cartório eleitoral da sua cidade. Você precisará assinar a denúncia.. Se isso o fizer se sentir mais seguro, convide outras pessoas a assiná-la junto com você.

*informações da cartilha produzida pela AMB.

07 agosto 2008

Audiência Pública - Pontal do Estaleiro


A Audiência Pública realizada na Câmara de Vereadores, na noite do dia 6, teve boa presença de público.
As galerias estavam lotadas e o presidente da Câmara autorizou a colocação de cadeiras para acomodar parte do público que acompanhava os debates em pé, nos corredores e escadas.
Três comentários colocados no Blog Porto Alegre Vive representam bem as opiniões debatidas na Audiência Pública:

1 - Felipe Silva:
Estive hoje na audiencia publica realizada na camara de Poa referente ao Pontal do Estaleiro.
Independentemente da aprovacao ou nao da proposta, foi um belo ato de democracia. Particularmente, gostaria de morar em um pais onde ao inves de termos a iniciativa privada dona de um local e emprendendo a obra que o estado pudesse faze-lo para dai termos uma obras esclusivamente para fins sociais. Infelizmente, nao moro neste pais e o que vi foi uma utopia de esquerda visando derrubar a proposta atraves de um sem numero de exigencias que inviabilizariam o empreendimento ( por este motivo ate hoje a area continua entregue a vandalos ratos e baratas) e por outro lado a empresa investindo mais de cem milhoes e entregando 53% da area que lhe pertence ao publico. Vi de tudo la, e sinceramente cheguei a ficar decepctionado com os chamados representantes do povo….
Tinha quem fosse contra a realizacao da obra porque haveria predios residenciais, mas concluia dizendo que gostaria que fosse aproveitada a area para a construcao de casas populares.!?!?!? Outros justificando veemente o fim da obra porque perderiamos a vista do por do sol do guaiba. Desculpe, moro em POA a 30 anos e nao conheco ninguem que pegue o carro e transite em horario de engarrafamento as margens do guaiba para ver o por do sol durante 3 minutos e que sequer e visivel naquela area.
Gostaria de entender o que tem na cabeca de um infeliz destes que luta por um por do sol que nao ve, tenta derrubar um projeto que so traz beneficio. Enfim, POA esta na UTI necessitando do que pode ser dado a ela e esse projeto arranca um tumor de 30 anos, mas que se depender destes m. vai permanecer ali por mais 30 porque precisam discutir quem vai operar.
Grato

2 - Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho:
Felipe,
Se estivestes presente na Audiência, parece que não escutastes os argumentos dos que se posicionaram contra o projeto.

Os posicionamentos contrários podem ser resumidos assim:

a) Legalidade – referindo-se principalmente à alteração de regime urbanístico e do uso do solo, gravame de Área de Interesse Cultural (Pesquisa SMC/Ritter dos Reis e decreto do executivo correspondente); utilização de recursos públicos para destinação de áreas de uso comum do povo à utilização privada);
b) Formal – relativa ao vício de origem e competência de iniciativa de lei;
c) Estrutural/urbanística – relativa à volumetria e à paisagem urbana, incluindo estudo de diretrizes, considerações à articulação do diversos empreendimentos que interagem, além das recomendações dos especialistas presentes no Fórum Porto Alegre do Futuro;
d) Ambiental – Impacto ao ambiente natural (e cultural), diagnóstico ambiental UFRGS, Legislação Federal, resoluções CONAMA e princípio da isonomia;
e) Mobilidade – abordando aspectos globais e sistêmicos, a contrariedade ao Estatuto da Cidade, além da exigibilidade de agressões ao ambiente natural para a resolução os problemas gerados pelos empreendimentos.

Quanto a achar que é um posicionamento apenas da esquerda, isso contraria a realidade dos fatos. Todos os que estiveram presentes viram pessoas de todas as cores políticas unidas CONTRA o projeto. Lembro que o orador mais vaiado pela ala que é favorável a este nefasto projeto foi o vereador Beto Moesch (ex-secretário municipal do Meio Ambiente do atual governo) é do PP, que não pode ser chamado de esquerda…

Não devemos falsear os fatos. Bastava estar atento para perceber que em todas as ideologias políticas existem pessoas conscientes que querem preservar o meio ambiente, o bom senso e a legalidade!

Cesar

3 - Tania Jamardo Faillace:
Achei extremamente educativa a audiência pública de ontem na Câmara Municipal.

Como delegada da Região 1 de Porto Alegre, estou sabendo do propósito de privatizar toda a orla do Guaíba, para, segundo um dos vereadores contatados anteriormente “evitar as invasões”, isto é, para impedir que os não-abonados procurem os melhores locais para morar, já que são expulsos de seus locais de origem pela especulação imobiliária.

Não temos uma política habitacional neste País. Não temos uma política agrícola e agrária que mantenha no campo os pequenos produtores e os trabalhadores rurais. Não temos um política de pleno emprego, que obrigue as grandes empresas a preencherem suas quotas cumprindo com sua função social e contratando pessoas ao invés de apelarem para o auto-serviço e a parafernália robótica, cujo único objetivo é reduzir os postos de trabalho, e formar populações de excluídos e marginais.

Ontem, ficou muito claro que as aspirações público-privadas são tirar de vista as pessoas pobres (houve um episódio em Porto Alegre, nos 60, em que mandaram os mendigos para a Ilha do Presídio), pessoas que não têm para onde ir, nem podem garantir seu sustento de forma honesta e integrada socialmente.

Depois de serem expulsas pela especulação imobiliária para áreas distantes, devido aos grandes vazios urbanos, que já deveriam ter sido expropriados através do imposto territorial progressivo (impoosto que já existe legalmente desde os tempos do regime autoritário) são mandadas para mais e mais longe, e, se estão na beira do Guaíba, provavelmente serão despejadas dentro dele.

É disso que se trata: um desenvolvimento perverso que se aplica em ilhas de pseudo-conforto fechadas como prisões de segurança máxima, e uma maioria de pessoas que absolutamente não têm destino próprio para sua sobrevivência - o que se passa em países que hoje deploramos, como a África Central, etc.

Estamos nos africanizando em mau sentido: pobreza escancarada e medo uns dos outros. O furo é mais em cima (ou em baixo)

Tania Jamardo Faillace - moradora da Auxiliadora, escritora e jornalista aposentada.

Fotos da Audiência Pública: Ramon Nunes/CMPA

Matéria do Jornal JÁ, aqui:

Audiência Pública rechaça Pontal do Estaleiro

Texto do arquiteto Nestor Nadruz, lido pela Sandra da AGAPAN na Audiência Pública da Câmara de Vereadores sobre o projeto Pontal do Estaleiro:

A Polêmica da Orla do Guaíba

04 agosto 2008

Os "Desertos Verdes" e as injustiças sociais

Reduza o consumo de papel
Movimentos ambientalistas denunciam que a região sul do Rio Grande está sob séria ameaça de transformar-se num imenso "deserto verde" com maciça plantação de eucaliptos.
Mas afinal o que significa um "deserto verde"?
Significa transformar grandes propriedades especializadas no cultivo de um único produto, muita mecanização (logo pouquíssima mão-de-obra), uso intenso de agrotóxicos e sementes trangênicas.
O plantio de eucalipto para as indústrias de celulose e papel está sendo apregoado como a salvação da economia do sul do estado, mas omite-se o mal que está sendo escondido da opinião pública.
Pouco se fala, na grande mídia, dos problemas ambientais e sociais que as fazendas de reflorestamento causam. O reflorestamento oferece pouca oferta de empregos e causa perda na biodiversidade da região.
O eucalipto danifica o solo definitivamente, depois de plantado suas raizes penetram nos lençõis freáticos prejudicando o abastecimento de água da região de maneira significativa, pois cada pé de eucalipto consome cerca de 30 litros de água ao dia. Córregos, riachos, arroios e outros mananciais da região poderão secar e a falta d'água não afetará apenas as populações e animais da região, ela impedirá a produção de qualquer tipo de alimento! E com o assoreamento dos rios, causados pela seca dos córregos, isso afetará a produtividade de outras regiões além das plantadas com eucaliptos.
Como o eucalipto é uma planta australiana, não é nativa da América do Sul, causa redução na biodiversidade da nossa flora e fauna. As indústrias de papel também ficam vulneráveis a acidentes ambientais graves, como ocorreu na Fábrica Cataguazes de Papel, em Cataguazes (MG). O rompimento de uma lagoa de tratamento de efluentes provocou o derramamento de cerca de 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos no Córrego Cágados, que logo chegaram aos rios Pomba e Paraíba do Sul. A contaminação atingiu oito municípios e deixou cerca de 600 mil habitantes sem água. Com a morte dos peixes, pescadores e populações ribeirinhas ficaram sem seu principal meio de subsistência.

Mas os defensores dessa atividade econômica dizem que é "uma grande oportunidade" pois o mundo quer mais papel.
O que as pessoas comuns podem fazer, afora protestar e exigir que sejam ouvidos?
Acreditamos que também devem consumir menos papel.
Consumimos muito e desnecessariamente, consumindo menos poderemos fazer com que o "mercado" não seja tão ávido por celulose e papel, como dizem as papeleiras.

E não esqueçam: uma monocultura de árvores exóticas nunca será uma floresta, mas estimulará a derubada das florestas nativas!


Vídeo em espanhol que trata dos problemas causados pelo consumo excessivo de papel.
Do Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales.
Vale a pena ser visto!


Montañas de papel, montañas de injusticia from WRM on Vimeo.