30 agosto 2009

Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores

Recebido do Movimento Mundial pelas Florestas Tropicais (WRM):

21 de setembro de 2009: Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores
Declaração Internacional: Parem a expansão das plantações de monoculturas de árvores!

No mundo inteiro, milhões de hectares de terra produtiva estão sendo transformados rapidamente em desertos verdes, apresentados sob o disfarce de “florestas”. As comunidades locais são deslocadas para deixar o caminho livre para intermináveis fileiras de árvores idênticas –eucaliptos, pinus, dendezeiros, seringueiras, jatrofas e outras espécies- que deslocam a maioria de outras formas de vida da área. As terras agricultáveis, que são cruciais para a soberania alimentar das comunidades locais, são transformadas em plantações de monoculturas de árvores que produzem matérias-primas para exportação. Os recursos aquáticos se esgotam e são poluídos pelas plantações enquanto os solos se degradam. As violações aos direitos humanos são numerosas, e vão da perda de meios de vida e deslocamento até a repressão e até casos de tortura e morte. Enquanto as comunidades sofrem em geral, as plantações resultam em impactos diferençados por gênero, onde as mulheres são as mais afetadas.

Apesar de toda a evidência disponível a respeito dos impactos sociais e ambientais negativos dessas monoculturas em países como Brasil, África do Sul, Estados Unidos da América, Indonésia, Malásia, Camboja, Colômbia e Espanha, elas continuam sendo promovidas por uma coalizão de atores que vão da FAO até as agências bilaterais, do Fórum das Nações Unidas sobre as Florestas até governos nacionais, de escritórios de consultoria até bancos privados e de desenvolvimento.

A verdadeira razão por trás das ações desses atores é simples: apossar-se das terras das pessoas para corporações que operam nos setores da celulose e do papel, da madeira, da borracha, do azeite de dendê e recentemente também do biochar (*), para que possam ter acesso a maior quantidade de matéria-prima e matéria-prima mais barata, com o fim de aumentar ainda mais seus lucros. O consumo excessivo e esbanjador dos produtos dessas plantações pelas nações no abastado Norte tem uma importante função no aumento de seu espalhamento.

Em resposta a publicidade adversa relativa aos impactos das plantações de árvores, as corporações têm lançado mão de esquemas de certificação –como por exemplo, FSC, PEFC, SFI, RSPO (**)- que lhes fornecem falsas credenciais “verdes” para poder continuar com suas atividades como sempre.

O problema tem virado mais complexo ainda com a chegada de novos atores corporativos, que visam a obter lucros com a mudança climática, promovendo falsas soluções através do estabelecimento das chamadas plantações como “sumidouros de carbono”, a promoção dos agrocombustíveis –agrodiesel e etanol de madeira- e a introdução de árvores geneticamente modificadas.

No entanto, os planos corporativos estão enfrentando crescente oposição. País trás país, as pessoas estão levantando-se para opor-se à expansão das plantações de árvores, e um movimento mundial tem estando crescendo nestes anos, reunindo as numerosas lutas locais e ajudando a elevar as vozes daqueles que sofrem por causa das plantações.

Neste Dia Internacional Contra as Monoculturas de Árvores em 2009, a mensagem é alta e clara: As plantações não são florestas: parem a expansão das plantações de monoculturas de árvores!

(*) Biochar (biocarvão): carvão que teria estado enterrado no solo, onde supostamente atuaria como adubo e depósito de carbono.
(**) FSC (Conselho de Manejo Florestal), PEFC (Programa para Aprovação de Sistemas de Certificação Florestal), SFI (Iniciativa de Manejo Florestal Sustentável), RSPO (Mesa Redonda para Azeite de Dendê Sustentável)

Leia mais sobre "Desertos Verdes", aqui:
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2008/08/os-desertos-verdes-e-as-injustias.html


Montañas de papel, montañas de injusticia from WRM on Vimeo.

25 agosto 2009

RESISTIR é preciso!

Quem perdeu com a vitória da cidadania de Porto Alegre?

Apenas 2% da população foi às urnas para votar na “consulta pública” do Pontal do Estaleiro, mas dos 22 mil votantes 80,7% votaram NÃO para a alteração de regime urbanístico daquela área.
Foi um feito realmente memorável, histórico para a cidadania, não apenas da cidade mas do país.
Nós, cidadãos de Porto Alegre, vencemos os falaciosos discursos de “progresso” feitos apenas de aço e cimento.
Entidades ambientalistas, associações e movimentos de moradores, ativistas sociais, sindicatos, pessoas ligadas à arte e cultura infligiram uma fragorosa derrota ao pensamento retrógrado, atrasado do “progresso” a qualquer custo, que degrada não apenas o Meio Ambiente, mas a cidadania.
Todos sabem que a lucrativa indústria da construção civil manda, faz muito tempo, em nossas cidades. Financiam campanhas de candidatos de praticamente TODOS os partidos políticos, gastam verdadeiras fortunas na grande mídia ofertando suas obras, atualmente devem ser os maiores anunciantes em jornais e televisões e isso tem um preço, procuram calar a voz dos que ousam enfrentá-los. Ficamos praticamente invisíveis...
Por isso, apenas 2% dos votantes compareceram para votar, houve muito pouca divulgação pelos grandes meios de comunicação e raramente nos davam espaços para tentar esclarecer a população da importância do que estava para ocorrer. Imaginem se a população estivesse bem informada do que se iria votar, do que tinha acontecido na Câmara Municipal. A prefeitura não facilitou em nada para os cidadãos encontrarem os locais de votação, pois eram apenas 330 urnas espalhadas pela cidade e o fone 156, que auxiliaria a encontrar os locais de votação, ficou fora do ar depois do meio-dia do sábado, logo na véspera da “consulta”.
Nossa campanha foi feita apenas por conversas, e-mails, apenas poucos blogs na internet, duas centenas de adesivos e panfletos que nós mesmos distribuímos pelas ruas da cidade. E nem eram muitos, foram pouco mais de 10 mil panfletos lembrando que aconteceria a consulta e os nossos motivos para pedir o voto no NÃO.
No início de agosto recebemos um apoio importante da Casa de Cinema de Porto Alegre e eles colaboraram com um vídeo que foi visto 14 mil vezes no YouTube até o dia da votação.
Nossa Câmara de Representantes, em sua grande maioria, esqueceu-se que foi eleita por votos de cidadãos e não simplesmente por polpudas verbas de campanha. Votaram tudo o que favorecia os interesses da indústria da construção civil e faziam ouvidos moucos, até debochando, dos reclamos dos cidadãos que discordavam disso. Nosso executivo municipal lavava as mãos, como Pilatos. A maioria dos vereadores dá apoio ao governo e seu próprio líder rebaixou o referendo proposto pelo prefeito, sr. José Fogaça, para “consulta pública”, voluntária e sem espaços iguais na mídia para que pudéssemos destroçar com argumentação racional as falácias do progresso feito apenas com aço e cimento. Um referendo seria de responsabilidade da Justiça Eleitoral, fiscalizado por ela e com divisão de tempos de publicidade para ambos os lados, isso era muito perigoso... Para a bancada do concreto.
A indústria da construção civil falava em empregos, como se apenas na orla de nosso rio eles pudessem ser criados. Será que na orla os salários são mais elevados? Nem os empregados da construção civil acreditaram nisso...
A grande mídia tentava induzir a população a não votar – e teve um relativo sucesso nisso – quando alguns comunicadores diziam que não serviria para nada a consulta, pois já estavam autorizadas obras comerciais no local. Alguns ingênuos ambientalistas e alguns adversários políticos do governo municipal acreditaram nisso e fizeram até campanha para “Não Votar” na consulta, pois ela era uma “farsa”. Perdemos muitos votos por esse motivo também.
Tivemos endereços de e-mails denunciados como fontes de SPAM, porque eram constantes nossos apelos para informar o que a grande mídia não falava. No dia 23, após a consulta, o Blog Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho foi bloqueado, após um post que tratava da vitória nas urnas, mas antes que o texto sobre a votação, no mesmo post, fosse colocado, Ficou apenas uma frase e uma foto na postagem. Motivo? O Blog seria um Splog, blog de SPAM. Coincidência? Até pode ser, mas é muito estranho. Já no dia 25 ele estava liberado após denunciarmos a possível tentativa de silenciar um Blog que foi decisivo para o tombamento da primeira rua declarada Patrimônio Ambiental de uma cidade na América Latina. No blog nem comentários existem, só textos, vídeos e fotos.
Apesar de todos os dissabores, nós vencemos “eles”. A cidadania e o Meio Ambiente de Porto Alegre disse NÃO a toda essa gente que hoje, depois de algumas reuniões, decidiu usar a estratégia de desqualificar a “consulta” criada por eles mesmos. Com isso tentam minimizar sua fragorosa derrota!
Nós VENCEMOS “eles”!
Foi apenas uma batalha, mas ela é emblemática. Mostra que “Todos Juntos Somos Fortes”, como diz uma faixa na sede da Associação de Moradores da Vila São Judas Tadeu.
A “guerra” está longe de terminar, sabemos bem. Nossos adversários estão reagrupando suas forças para reagirem da “surra” de votos que levaram. Mas eles que tomem tenência, pois aqui em Porto Alegre há resistência!
Aos que se omitiram, aos que acompanharam de longe, por acharem que isso é apenas uma questão local, mas que pensam como nós, um apelo: somem-se a nós, pois não temos o direito de sermos irresponsáveis com as gerações que ainda nem nasceram.

TODOS JUNTOS SOMOS FORTES! 
Cesar Cardia
Integrante do "Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho"
Associado da AMABI
Participante do "Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba"

23 agosto 2009

VENCEMOS!

80,7% dos votos para o NÃO!

Resistam! VOTEM NÃO no dia de HOJE!!!!!!!


Não no Só,

por Flávio Tavares*
*Jornalista e escritor
Comparecer à consulta popular deste domingo em Porto Alegre é mais importante do que eleger senador, deputado, vereador ou toda a gentalha que nos faz de mortalha. Diferente de quando nos obrigam a escolhê-los, o voto, neste caso, não é obrigatório. Por isso, ir às urnas agora torna-se ato voluntário para dizer “não” à desastrosa orgia que quer transformar a Capital numa sucessão de caixotes verticais de cimento e tijolos, em que a visão do rio desaparece ou se torna privilégio de poucos.

Se o rio é um bem de todos (até daqueles que o chamam de “lago”), por que amuralhar o Guaíba com prédios e prédios no pontal que cresceu como aterro sobre as águas?

Sim, pois o pontal do Cristal era uma raquítica nesga de terra que adentrava o rio apenas alguns metros. Aterrada com entulho e pedra, expandiu-se para dar lugar ao Estaleiro Só, que – de fato – estava sobre o leito do rio. Em sua origem, é área do Estado concedida em aforamento. Quando o estaleiro faliu, a área foi vendida para pagamento de dívidas. Devia ter voltado ao domínio do Estado para ser gramada e arborizada, já que é uma APP, “área de proteção permanente” contígua ao rio e protegida por lei federal.

***
O “chique”, porém, é que as leis existam para serem ultrajadas – não para serem cumpridas – e chegamos ao absurdo de os vereadores decidirem que ali haveria uma minicidade. Em exíguos 60 mil metros quadrados se construiriam dois edifícios comerciais de 12 andares – um, de lojas e escritórios; outro, um hotel com 90 apartamentos, além de prédios residenciais.

Por acaso, a capital gaúcha é uma Holanda, que precisou ganhar espaço ao mar por falta de terra firme? Ou nos sobra espaço para a expansão urbana?

Será por isso que, das galerias da Câmara Municipal, choveram moedas sobre os vereadores, na sessão em que 20 deles votaram a favor da minicidade, dois se abstiveram e 14 disseram “não”?

***
Porto Alegre é demais! – reza uma das belas composições musicais do meu amigo José Fogaça, cantarolada com orgulho pelo Rio Grande inteiro. Mas o prefeito Fogaça não soube ou não quis (ou não pôde) articular a maioria de que dispõe entre os vereadores para dar ao pontal do Estaleiro Só uma solução que não fosse guiada pela hipocrisia.

Sim, pois que outra coisa será quando todos nós defendemos o rio com palavras mas, na prática, o escondemos, transformando o panorama das águas em beleza perceptível apenas a quem paga?

O Guaíba vem sendo ferido há dezenas de anos. Degradamos suas águas com fezes e detritos químicos, sem educar sobre o uso dos resíduos domésticos ou industriais. Os aterros encolheram o rio. O Centro Administrativo e os tribunais estão sobre o que era água, tal qual o estádio Beira-Rio e centenas de prédios residenciais, além do prolongamento da Avenida Borges de Medeiros. Os parques Marinha e Maurício Sirotsky, aterrados para serem pontos de convívio com a natureza, cada dia diminuem suas áreas verdes, perdidas para edificações de vários tipos e seus pátios de estacionamento.

***
A consulta popular sobre o pontal do Estaleiro Só não é assunto exclusivo da Capital, mas interessa ao Estado e ao país. Aqueles 60 mil metros quadrados têm em si um simbolismo profundo. Que tipo de cidade queremos? Aquela em que nos integramos com a natureza e a vida do planeta como um todo, em que água e terra se entrelaçam com ar e pássaros? Ou a cidade dura, em que asfalto e cimento são reis e os edifícios verticais ocultam morros, limitam espaços ou nos fazem cegos para as águas do rio?

Não, não é essa a cidade que queremos.




Fonte: ZH Dominical, 23 de agosto de 2009.

21 agosto 2009

...verás que um filho teu não foge à luta!




Chegam mais apoios ao NÃO!
- Bibiana Graeff Chagas Pinto – Mestre em Direito Ambiental pela Sorbonne, Doutora em Direito pela Sorbonne e pela UFRGS, Professora Substituta da Faculdade de Direito da UFRGS:
Pela defesa de uma PORTO ALEGRE exemplar em matéria de urbanismo e meio ambiente, assuntos tão sensíveis e ESSENCIAIS nesse início de século XXI, é que venho me manifestar, em apoio ao NÃO a construções residenciais na área do “PONTAL DO ESTALEIRO”. Erros do passado não justificam erros do presente. TEMOS a chance de fazer algo melhor, temos ainda a OPORTUNIDADE DE LUTAR pela ORLA DO GUAÍBA. Por isso, essa votação, esse debate sobre o pontal, são HISTÓRICOS, e vão marcar o destino da cidade de Porto Alegre, como sendo uma CIDADE DIFERENTE, PRA FRENTE, CONSCIENTE DO QUE HOJE NESSE MUNDO TEM MAIS VALOR, ou de uma cidade ATRASADA… cometendo erros que foram cometidos por outras cidades, há trinta, vinte, ou dez anos atrás…
- Rualdo Menegat – Professor da UFRGS, Doutor em Ecologia de Paisagem, Coordenador do Atlas Ambiental de Porto Alegre:
Desfigurar o cenário paisagístico da margem do Guaíba é um delito impensável que acabará por descaracterizar nosso amálgama cultural e dificultar a gestão ambiental desse corpo d’água imprescindível para os habitantes de Porto Alegre. Privatizar a paisagem do Guaíba é retirar da cidade seu direito de dispor do seu mais importante bem ambiental e dos laços que a unem, por meio dessa paisagem, a todo o seu passado.
- Professor Garcia – secretário do Meio Ambiente de Porto Alegre:
Hotel não tem mercado para toda orla, edifícios residenciais tem mercado para toda orla. Edifício é o grande filé , e o meio empresarial fica de olho…
Estou incentivando o “Não”. E vou aproveitar este espaço para votar “não”. Não se desmobilizem, cada voto é importante. Seu voto é decisivo para esse processo! (em entrevista ao programa “Cidadania Ambiental”  na Rádio Ipanema Comunitária)
- Carlos Urbim – jornalista e escritor:
Cravaram antes um muro da vergonha no coração da cidade. Mataram, para quem passa por ali, a visão da água. Depois estreitaram o caminho fluvial para plantar asfalto e concreto administrativo. Deixaram, ao menos, um rastro de verde no Parque Marinha. Agora, por absoluta ganância, querem invadir a ponta do  estaleiro. Porto Alegre não merece tanta agressão. O Guaíba, estrangulado, precisa respirar. E todos os moradores querem aproveitar - sem muros, barreiras e espigões - a beleza única do nosso estuário.
- Luiz Antonio de Assis Brasil – escritor:
O Guaíba não nos pertence; ele percence à História e pertence ao Futuro. Temos de honrar esse compromisso de um espaço do qual somos mero detentores. Votar pelo NÃO é ter consciência de que a Natureza, como bem comum, não pode estar sujeita aos transitórios equívocos de nossas fraquezas.
- Mirna Spritzer – atriz de cinema e teatro:
Votar Não é dizer sim ao Guaíba, ao por do sol, às pessoas e a Porto Alegre.
- Círio Simon – professor e ex-diretor do Instituto de Artes:
Aos doze anos tomei banho no GUAIBA na PRAIA de BELAS em frente ao PÂO dos POBRES. Não me fez mal, pois cheguei  – lúcido e satisfeito- aos 73 anos. A poluição não atingia as águas do rio. Havia o trem para a Tristeza que levava a poluição bem longe e para lugar seguro.
Por que não se pode fazer isto por meios mais modernos do que uma velha Maria FUMAÇA?
Em vez de projetos adequados e coerentes para esta solução dentro dos parãmetros contemporâneos … joga-se para a população se dividir …  projeto de ocupar  o lugar do ESTALEIRO SÒ – que era um templo de trabalho e bem comum – Este lugar NÃO PODERÁ se transformar em um instrumento para exercício de avareza  para alguns privilegiados  e a desgraça de toda população da capital e do estado.
- Néstor Monasterio – ator e diretor teatral:
Desde que eu cheguei por estas terras (1977) assisto (e as vezes participo) de lutas por derrubar o muro da Mauá que separa o Porto do Alegre,  que afasta o porto-alegrense do seu rio, que impede que desfrutemos o pôr-do-sol… luta antiga. Vejamos se eu entendi bem: no dia 23 de agosto terá um plebiscito sobre si queremos quer esse muro seja aumentado? Que mais muros (sejam da forma que for) nos separem do Guaíba? E depois virá mais o quê? Um super-mercado na praia de Ipanema? Uma revenda de carros na Vila Assunção? O progresso tem que ser para os seres humanos e não para as empresas. Construir cidadania e não muros. Defender a natureza e não o lucro que jamais voltará em nosso benefício. Vou votar não.

19 agosto 2009

Ué? Não pode EXPLICAR os motivos do NÃO no programa de rádio?

No programa Polêmica, na rádio Gaúcha, "polêmica" mesmo foi a condução do mediador do programa...

polêmica condução....

Mais apoios para o NÃO ao Pontal do Estaleiro!

Movimentos populares não se omitem: votam NÃO ao Pontal!

Novos apoios ao Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba que prega o VOTE NÃO na "consulta pública do dia 23 de agosto:
  • Associação Comunitária do Campo da Tuca,
  • AMFA: Associação de Moradores Fim da Linha do Alameda - Bairro São José
  • Comissão de Moradores da Rua da Represa - Bairro São José
  • Associação Clube de Mães Batista Xavier - Bairro Partenon
  • Associação de Moradores Quinta do Portal - Bairro Lomba do Pinheiro
  • Associação de Moradores da Vila São Pedro - Bairro Partenon
  • Associação de Moradores Estrela Cristalina - Bairro Partenon
  • Associação de Moradores Paulino Azurenha - Bairro Partenon
  • Pequena Casa da Criança - Vila Maria da Conceição
Essas entidades populares também estão esclarecendo as pessoas de suas regiões sobre a ameaça que representa esse projeto imobiliário para o Meio Ambiente e para a cidadania de Porto Alegre!

Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa acompanhará a votação

SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Comissão vai acompanhar consulta popular sobre o Pontal do Estaleiro
Daniela Bordinhão - MTB 8245 | Agência de Notícias 14:22 - 19/08/2009
Edição: Letícia Rodrigues - MTB 9373

Encontro abordou o impacto das invervenções na orla do Guaíba
A Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa vai acompanhar o processo da Consulta Popular, no próximo domingo (23), sobre a inclusão de prédios residenciais na área do Pontal do Estaleiro Só, em Porto Alegre. A decisão foi tomada na audiência pública desta quarta-feira (19) que tratou dos impactos sobre o meio ambiente das intervenções programadas para a orla do Guaíba. O encontro, coordenado pelo deputado Miki Breier (PSB), abordou o tema a partir de matérias aprovadas pela Câmara de Vereadores da capital que tratam de construções no Pontal do Estaleiro Só, e as repercussões com relação à legislação estadual que dispõe sobre a proteção das margens dos rios navegáveis.

No final da audiência, Breier sugeriu uma discussão mais ampla na Comissão sobre o desenvolvimento urbano e ambiental de Porto Alegre. “A orla do Guaíba interessa a todos os gaúchos, por isso vamos sugerir um debate mais generalizado sobre o assunto”, afirmou o deputado. Com relação ao plebiscito, Breier considera importante a participação dos porto-alegrenses nesse processo. “Os moradores da capital terão a oportunidade de manifestarem-se sobre o que querem para o seu rio e sua cidade”, disse.

Debate
O secretário municipal de Planejamento de Porto Alegre, Márcio Bins Ely, explicou que foi aprovado o Projeto de Lei Complementar (PLC) nº 006/2008, do vereador Alceu Brasinha (PTB) e mais 15 parlamentares, alterando a Lei 470/2002, que define o regime urbanístico na área do antigo Estaleiro Só. O PLC do vereador previa a construção de prédios residenciais no Pontal do Estaleiro. Depois disso, acrescentou o secretário, a pedido de organizações da sociedade o projeto foi vetado pelo prefeito José Fogaça. “Mas, para não desautorizar uma iniciativa da Câmara de Vereadores, o governo municipal encaminhou um novo projeto com o mesmo teor e estabeleceu a consulta popular a respeito do tema”, disse Bins Ely.

Questionado sobre a consulta popular, o secretário declarou que a posição do governo não é estar à favor ou contra ao Projeto do Pontal do Estaleiro. “O Poder Executivo municipal é a favor do que a população decidir sobre àquela área. Vamos cumprir o que a maioria decidir”, garantiu Márcio Bins Ely.

A vice-presidente da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Sandra Ribeiro, chamou a atenção dos perigos ambientais que a construção de prédios podem provocar no local. “Vamos dizer não a construção de residências na área. Defendemos projetos que qualifiquem, democratizem a Orla para uso público e paisagístico de lazer, esporte e cultura”, frisou Sandra.

O representante do Movimento em Defesa da Orla do Guaíba, Paulo Guarnieri, lembrou que a Constituição do Rio Grande do Sul atribui ao Estado a guarda dos rios navegáveis. Além disso, o Código Estadual do Meio Ambiente estabelece que as orlas devem ser protegidas. “Queremos lembrar aos parlamentares da Assembleia gaúcha que as alterações urbanísticas, autorizadas pelo legislativo municipal, extrapolam o interesse local e mexem com a vida dos moradores da Região Metropolitana”, comentou Guarnieri.

Também participaram da audiência pública o presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal, vereador Carlos Todeschini (PT), e demais entidades e associações interessadas no tema.
Da página da Assembléia: http://www.al.rs.gov.br/ag/NOTICIAS.ASP?txtIDMATERIA=232430&txtIdTipoMateria=4#

Ministério Público será acionado pelo Movimento em Defesa da Orla para votação do dia 23
Por Adriane Bertoglio Rodrigues, especial para o EcoAgência de Notícias
O Movimento Defenda a Orla vai entrar com pedido de fiscalização junto ao Ministério Público Estadual, para a Consulta Popular do projeto Pontal do Estaleiro, que será realizada em Porto Alegre, no próximo domingo, dia 23. Entre as 9h e 17h, a votação acontece em 330 urnas espalhadas em 89 pontos da cidade. A solicitação ao MP é uma das definições do Movimento na campanha Voto Não ao Projeto Pontal do Estaleiro, integrada por dezenas de entidades e organizações, entre ambientalistas, associações de moradores, sindicatos, artistas e músicos. A campanha tem ainda o apoio da Pastoral da Ecologia e da Casa de Cinema de Porto Alegre, que produziu um vídeo em Defesa da Orla do Guaíba, disponível no site http://www.youtube.com/watch?v=6ES79OfSKsw.

“Apesar da votação não ser obrigatória e da boca de urna estar autorizada, o momento que estamos vivendo e construindo é histórico. Por isso, queremos garantir a vigilância da consulta, para evitar os abusos que acompanhamos na última votação do conselho tutelar, que foi impugnada por coerção e transporte ilegal de eleitores”, afirma Paulo Guarnieri, 1o secretário do Fórum de Entidades, representante da Associação dos Moradores do Centro, e integrante do Movimento em Defesa da Orla, durante coletiva à imprensa, realizada na tarde desta terça-feira, 18, na sede do Sindicato dos Bancários do RS, em Porto Alegre.

...
Leia a matéria completa aqui, na página da EcoAgência:
http://www.ecoagencia.com.br/?open=noticias&id===AUUJlVW5mTXJFbZpXTWJVU

No Blog Porto Alegre RESISTE:

Pastoral da Ecologia: “não vamos pecar nem por atos nem por omissão”

(Manifesto da Pastoral da Ecologia sobre o projeto do Pontal do Estaleiro e a Consulta Pública do dia 23 de agosto de 2009, em Porto Alegre.)

13 agosto 2009

Esse é o "progresso" que querem para Porto Alegre?



Pealo de Sangue

Compositor: Raul Ellwanger

Que mistérios trago no peito
Que tristezas guardo comigo
Se meu sangue é colono, é gaúcho
Lá no campo é que tenho abrigo
O cheirinho da chuva na mata
Me peala, me puxa pra lá

Quero só um pedaço de terra
Um ranchinho de santa fé
Milho verde, feijão, laranjeira
Lambari cutucando no pé
Noite alta o luzeiro alumiando
Um gaúcho sonhando de pé

Quando será
Este meu sonho
Sei que um dia será novo dia
Porém não cairá lá do céu
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão

Velho Rio Grande
Velho Guaíba
Sei que um dia será novo dia
Brotando em teu coração
Quem viver saberá que é possível
Quem lutar ganhará seu quinhão

02 agosto 2009

Maneiras de dizer Não

No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei!Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO! No! Jo! Nein! He! Ne! Nej! Ei! Non! Nee! Nem! Nē! Le! Nei! Nie! Nu! Нет! 否! όχι! לֹא! नहीं Nej! ไฮ้ Hayır! Ні! Không! Em português é: NÃO!


Em Porto Alegre se diz NÃO AO PONTAL DO ESTALEIRO!!!


Imagens da gravação de depoimentos pelo voto NÃO ao Pontal do Estaleiro.
Sábado, 1º de agosto de 2009, ao lado da Usina do Gasômetro.