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04 abril 2012

Norman Foster, prêmio Pritzker de Arquitetura, fala sobre as cidades

Sir Norman Foster
Sobre o Prêmio Pritzker
O Pritzker é a principal láurea na área de arquitetura. Alguns ganhadores podem ser contestados, mas é uma parte ínfima deles. Contudo, os grandes arquitetos contemporâneos foram premiados - Johnson, Stirling, Tange, Niemeyer, Ando, Foster, Piano, Rogers, Moneo, Siza, Rossi, Portzamparc e tantos outros. O prêmio também tem feito uma salutar alternância entre arquitetos inovadores e com grande presença na mídia, como Koolhaas, Herzog & De Meuron e Hadid, com arquitetos de inserção regional, caso de Hollein, Mendes da Rocha e Glenn Murcutt, cuja premiação os catapultou para o star system. O prêmio é tão justo que é improvável que Perrault seja esquecido como foi Borges, que faleceu sem ganhar o Nobel da literatura. 

Abílio Guerra, arquiteto e editor do portal Vitruvius
Fonte: Revista aU


Recebido por e-mail:
"Prêmio Nobel" de Arquitetura fala sobre cidades!

Trechos da entrevista do arquiteto inglês Norman Foster, prêmio Pritzker, o Nobel da Arquitetura. (Caderno EU – Valor, 30)

1. Projetos urbanos devem ser holísticos e contemplar, como um todo, os sistemas de transporte e de infraestrutura, o abastecimento de energia, os espaços públicos, a densidade urbana e a inserção adequada dos edifícios nas cidades.

2. Deve existir um planejamento a longo prazo, mesmo porque contratos de curto prazo com a iniciativa privada podem impedir essa visão mais ampla e integrada do processo de desenvolvimento urbano.

3. No Rio, áreas de favelas são predominantemente formadas por prédios baixos e ruas estreitas, com pouco acesso. Para melhorar a qualidade de vida nestes lugares, é preciso valorizar os pontos fortes das comunidades locais, enaltecendo, por exemplo, as escolas de samba e suas tradições carnavalescas. Até porque, projetos que não refletem a forma como as pessoas vivem não têm sucesso no longo prazo.

4. Desenvolvemos um estudo para a favela de Dharavi, em Mumbai, uma das maiores favelas do mundo. Nossa proposta foi melhorar o acesso, o saneamento básico e distribuição de energia. Com isso, conseguimos proporcionar novas linhas de transportes públicos e abrir vias maiores para os pedestres, criando mais parques e áreas para convivência pública.

5. Nossas propostas enfatizaram a importância da regeneração da comunidade de dentro para fora, em vez de simplesmente passar um rolo compressor sobre as favelas.
 

23 fevereiro 2012

Votação do Estudo de Impacto de Vizinhança

Do boletim Econotícias (vereador Beto Moesch):

Estudo de Impacto de Vizinhança será votado

A apreciação do projeto de lei que institui o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) em Porto Alegre deverá ocorrer na próxima segunda-feira (27/2).

O EIV tem a finalidade de avaliar o impacto potencial de empreendimentos e atividades de grande porte e definir medidas de mitigação e compensação de danos. No estudo, serão analisados os aspectos relativos à estrutura urbana, equipamentos públicos, bens ambientais, organização socioeconômica e valorização imobiliária.

Compareça à votação dessa proposta há tanto tempo reivindicada pela comunidade! A sessão plenária inicia-se às 14h, no Plenário Otávio Rocha da Câmara Municipal de Porto Alegre (Av. Loureiro da Silva, 255).  

Acesse o projeto de lei e as emendas apresentadas aqui:
http://projetos.camarapoa.rs.gov.br/projetos/113382#

Seminário realizado pela RP6 em dezembro de 2010

Leia mais sobre o EIV aqui:

20 dezembro 2011

Estudo de Impacto de Vizinhança

Fórum das Entidades na Câmara - Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA
Meio ambiente
Fórum de Entidades propõe emendas ao projeto que trata do EIV
O Fórum de Entidades da Sociedade Civil, da Câmara Municipal de Porto Alegre, reuniu-se nesta terça-feira (20/12) para estudar o Projeto de Lei Complementar Nº 003/11, que institui, no município de Porto Alegre, o Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), nos termos dos artigos 36, 37 e 38 da Lei Federal nº 10.257/2001 – Estatuto da Cidade –, que tramita atualmente na Casa Legislativa. A coordenadora do Fórum e presidente da Câmara, vereadora Sofia Cavedon (PT), está propondo emendas ao projeto.

Em uma das emendas, o Fórum sugere acrescentar novo artigo 14, com a seguinte redação: a proposta de atividade ou de empreendimento somente será examinada se o EIV indicar a ausência de impactos negativos na vizinhança. Consideram-se impactos negativos: a constatação de adensamento populacional incompatível com a estrutura e/ou a infraestrutura do entorno e da vizinhança; a necessidade de complementação de equipamentos urbanos e comunitários; a necessidade de complementação na infraestrutura urbana; o prejuízo à ventilação e à iluminação nos imóveis do entorno; a descaracterização da paisagem urbana, considerando a morfologia urbana e a tipologia edilícia, os bens naturais e o prejuízo à amplitude visual do entorno; a descaracterização ou o prejuízo à visibilidade e ao uso público do patrimônio ambiental, natural e cultural.

Outra emenda propõe dar publicidade ao relatório do EIV e demais instrumentos que o acompanham – simulações, mapas e maquetes eletrônicas, por exemplo  – inclusive por meio de divulgação na página da Secretaria do Planejamento Municipal na internet, os quais ficarão à disposição da sociedade e dos cidadãos interessados para consulta junto ao órgão responsável da administração municipal pelo prazo de 30 dias. 

Conforme Sofia, a proposta visa a garantir o acesso público ao EIV, viabilizando o conhecimento e a compreensão de seu conteúdo, promovendo a participação da sociedade organizada e da população em geral no processo de planejamento, como previsto na Constituição Federal, na Constituição Estadual, na Lei Orgânica de Porto Alegre e no Estatuto da Cidade.

Representantes das entidades integrantes do Fórum e Presidenta da Câmara
Foto: Elson Sempé Pedroso/CMPA
O Fórum, que congrega 93 entidades, foi instituído em 2007 com o objetivo de participar das discussões sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental de Porto Alegre (PDDUA) e foi reativado em novembro deste ano.

Segundo Sofia, o EIV é um instrumento fundamental para o exercício da cidadania e garantia de direitos e se contrapõe à especulação imobiliária predatória. “Por não regulamentar o EIV, determinado pelo Estatuto das Cidades, Porto Alegre tem vivido conflitos constantes entre a aplicação do previsto no Plano Diretor, a intenção dos empreendedores e os direitos e as expectativas da vizinhança. Muitas vezes, os próprios órgãos municipais se manifestam impedidos de mediar esses interesses pela ausência da regulamentação do EIV", destacou Sofia.

Ela lembrou que o EIV é um instrumento de suporte à decisão administrativa no exame e na aprovação de projetos e empreendimentos e de monitoramento da aplicação das normas gerais do regime urbanístico previstas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA).

Darlene Silveira (reg. prof. 6478)
Assessoria de Imprensa da Presidência

04 março 2011

Novamente o Shopping Total...

Shopping Total pretende alterar o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) do empreendimento
Na planta "sumiu" a área onde seria construído o complexo OSPA em 2005
Na reunião extraordinária do Fórum da RGP1 (Região Geral de Planejamento 1) foi apresentado um projeto de alteração de EVU do Shopping Total que tramita no CMDUA. Nesse projeto o shopping pretende unificar o EVU das áreas e também regularizar áreas que estão irregulares, além da construção de uma grande garagem (mais de 600 vagas) no prédio 5 do shopping.
Arquitetos (em pé) explicando o projeto
Chamou a atenção dos delegados e convidados residentes na região o fato que o empreendedor pretende que a saída dos carros da nova garagem será pela Rua Tiradentes, que todos sabem ser uma pequena rua com trânsito já saturado.
A pequena e saturada Rua Tiradentes
Cadê a área onde seria o complexo OSPA (à direita da planta)?
Também não aparece na planta, apresentada pelos arquitetos contratados para fazer o estudo de EVU pelo Shopping Total, a área do atual estacionamento do shopping onde seria construído o Teatro da OSPA e o famigerado edifício-garagem que motivou o surgimento do Movimento dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho e a criação da AMABI - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência.. Era como se aquela área não fizesse parte do shopping. Curioso, não?
Foi lembrado por vários delegados que o Shopping Total sempre descumpriu o que havia acertado com a comunidade, inclusive medidas compensatórias e mitigatórias acertadas no CMDUA quando solicitou EVU anteriormente. Alterar seu EVU seria "apagar" o que havia sido acertado anteriormente.
Delegados fizeram muitos questionamentos
Perguntados sobre a área do atual estacionamento, os arquitetos disseram desconhecer se alguma obra estava sendo planejada para o local - o que parece óbvio pois pretendem deslocar as vagas deste estacionamento para o novo edifício-garagem - também desconheciam que o projeto do shopping previa área arborizada e com pavimento permeável e isso não havia sido cumprido. O estacionamento é puro asfalto e depois de muito tempo é que plantaram algumas árvores.
Muitas perguntas ficaram sem respostas
Para bom entendedor, meia palavra basta. Os moradores do entorno da região do shopping terão que retornar as mobilizações pois parece que vem mais incomodação do Shopping Total e, como sempre, com muito apoio de setores políticos e da administração municipal.
Lideranças comunitárias da região também estiveram presentes

Conselheiro Ibirá e o processo do Shopping Total

Cuidado: Qualidade de Vida não se compra em shopping!