29 novembro 2010

Rio - quando a polícia é suspeita

Com as ruas em paz, moradores denunciam abuso de maus policiais 
Vizinhos afirmam que um policial entrou na casa de pastor e levou dinheiro de FGTS

Rio - O contato inicial de uma população carente — que há anos vive refém de traficantes sanguinários — com a polícia que chega representando o Estado provocou as mais distintas reações na Vila Cruzeiro. A sexta-feira foi de calmaria absoluta nas ruas. Ninguém foi obrigado a ficar dentro de casa rezando para uma bala perdida não atravessar a parede. Crianças jogavam bola e corriam de um lado para o outro. O comércio estava todo reaberto. E sem os criminosos ali, os policiais também caminharam tranquilamente e revistavam tudo o que queriam dentro da favela. Alguns abusos e uma boa dose de descaso, entretanto, geraram protestos dos cidadãos de bem.

Um exemplo absurdo virou registro de furto na 22ªDP (Penha). O representante de vendas e pastor evangélico Ronai de Almeida Lima Braga Júnior, de 32 anos, saiu de sua casa, na Rua 16, por poucos minutos. Foi tempo suficiente para que alguns maus policiais invadissem e destruíssem o local.

“É revoltante! Venham aqui na casa do meu irmão para ver o que fizeram. Era o sonho de comprar uma casa fora daqui e roubaram todo o dinheiro dele”, repetia, revoltada, Silvia Almeida.

Funcionário de uma empresa por dez anos, ele somou o dinheiro que guardou com o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) que recebeu há poucos dias e se preparava para levar os R$ 31 mil à Caixa Econômica Federal na parte da tarde. Não deu tempo. Quando chegou em casa, alertado por vizinhos, Ronai viu seu sonho evaporado.

Para a delegacia, ele levou os comprovantes do pagamento do FGTS. Eram três — nos valores de R$ 5.300, de R$ 10.520 e de R$ 4.729. “Até o momento não fomos notificados de nenhuma apreensão de dinheiro. Então, vamos investigar quem pode ter sido o autor”, explicou a delegada Márcia Beck, titular da 22ª DP (Penha). Vizinhos acusam um policial que usaria farda preta, com o nome de Carlos e o tipo sanguíneo A positivo marcado no colete.

Perto dali, a funcionária de um restaurante Rosinéia Santos, de 28 anos, reclamava de seu computador furtado. Mas nenhum outro registro de ocorrência foi feito. A principal reclamação dos moradores, na verdade, era em relação à Light, que durante horas alegou não ter segurança para entrar e consertar o problema de falta de energia. Foram quase 24 horas sem luz: “Perdi o feijão todo que havia feito. E muitos remédios de criança e comida estão estragando”, dizia uma moradora.

26 novembro 2010

A Guerra do Rio

Escola no Rio de Janeiro - novembro de 2010
Vale muito a pena assistir todo o documentário, mas assista ao menos o trecho a partir dos 3:00 do vídeo abaixo...



Documentário. Kátia Lund e João Moreira Salles retratam o cotidiano dos moradores e traficantes do morro da Dona Marta, no Rio de Janeiro, em "Notícias de uma Guerra Particular".

Resultado de dois anos de entrevistas (entre 1997 e 1998) com personagens que estão de alguma forma envolvidos ou vêem de perto a rotina do tráfico, o documentário contrapõe a todo o momento as falas de traficantes, dos policiais e dos moradores.

(Repassado pelo Rodrigo Cardia/Blog Cão Uivador, via Facebook)
O que a TV mostra e o que não mostra - Latuff

Texto de Roberto Pompeu de Toledo, revista Veja em 03/5/2000:
Notícias de uma guerra particular (2)
Deseja-se uma polícia honesta? Então fica combinado que o que vale para a favela vale para Ipanema 

Eu digo. Não precisa ninguém dizer. Eu afirmo: a polícia é corrupta. 

Com a palavra o delegado Hélio Luz, então chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, num dos trechos de sua marcante participação no documentário Notícias de uma Guerra Particular, de João Moreira Salles e Kátia Lund. Na semana passada já se falou aqui desse documentário, hoje mais famoso do que na época em que foi lançado (1998) por causa da mesada paga por Salles a um chefe de tráfico, que conheceu nas filmagens, para que escrevesse um livro. Notícias de uma Guerra Particular, cujo tema é a guerra entre policiais e traficantes nos morros cariocas, causa aflição, de tão denso e revelador. Volta-se a ele para abordar o que ficou de fora na semana passada – o depoimento de Hélio Luz. 

"Sim, a polícia é corrupta", diz o delegado no filme, para em seguida acrescentar que, se a sociedade quer uma polícia honesta, não seria difícil consegui-lo. Conta então uma experiência que viveu num município do norte fluminense. Quando ali chegou, para assumir o posto de delegado, encontrou a população traumatizada. Havia pouco, o carcereiro se apoderara da boca-de-fumo local. Clamava-se pela moralização dos agentes da segurança pública. Luz juntou trinta policiais que, em suas palavras, "não levavam grana" e pôs-se ao trabalho. Aplausos. O delegado era convidado para os jantares do Rotary. Tudo foi bem durante dois meses até que, no terceiro, o segurança do supermercado estapeou um garoto apanhado furtando. Foram autuados os dois. Um por furto, outro por agressão. O dono do supermercado protestou, em favor do segurança: "Mas, doutor, era um ladrão..." O delegado começou a ser visto como bicho estranho. Hélio Luz data daquele momento o fim da lua-de-mel da sociedade local com a moralidade. Os convites para jantar escassearam. Deu-se então que um fazendeiro matou um rapaz que lhe levara o toca-fitas do carro. "Aí pronto", diz Luz. "O que era bom deixou de ser." Não se suportou a incriminação do fazendeiro. Não se agüentava mais tanta moralidade. 

Luz defende que a polícia é corrupta porque convém à sociedade. Deseja-se uma polícia honesta? Então, o que vale para a favela passa a valer para o Posto 9. "Não pode cheirar em Ipanema", diz. "Vai ter pé na porta na Delfim Moreira." Pé na porta, o leitor sabe, é como a polícia invade os barracos nas favelas. Hélio Luz sugere a extensão do método aos prédios chiques do Leblon. E pergunta: "A sociedade vai conseguir segurar isso?" A pergunta fica nos ouvidos. A sociedade segura isso? 

Uma questão não enfatizada com a atenção devida, quando se fala em narcotráfico, é a do contrabando de armas. No documentário de Salles e Lund desfila uma profusão de armas, nas mãos tanto de policiais quanto de traficantes – as melhores, de modelos mais avançados, fuzis e metralhadoras de nomes cabalísticos, para o comum das pessoas, P-90, MD-2, K-47, PT-92, mas pronunciados pelas crianças do morro com a familiaridade com que a dona-de-casa enumera marcas de sabão de pó. Ou, para ficar no filme, com a familiaridade com que, em outra cena, os mesmos meninos enumeram as grifes preferidas: jeans Company, camisetas Toulon, tênis Nike... 

Luz afirma que o negócio das armas é quase tão vultoso quanto o do narcotráfico. Os lucros de um e outro estariam muito próximos. "Por que se fabricam fuzis com 700 tiros por minuto?", pergunta. "Já não caiu o muro?" Tais armas, a comunidade internacional proíbe que se vendam à Líbia ou ao Exército Republicano Irlandês (IRA) – mas dão o ar de sua graça no Rio de Janeiro. Parte delas, os traficantes compram de policiais corruptos. Outra parte lhes chega por canais misteriosos. Como combater o tráfico de armas? Luz tem uma sugestão tão provocadoramente absurda quanto absurdamente lógica: fechar as fábricas. Não é isso o que os Estados Unidos fazem como política de combate ao narcotráfico? Não vão às origens do problema, com o objetivo de desmontar a produção no Peru e na Colômbia? Pois Luz reivindica uma intervenção nas fábricas de armas: "Quero fechar a fábrica da Colt que faz o AR-15, nos Estados Unidos. Quero fechar a fábrica do Sig-Sauer na Suíça". 

Vai-se encerrar esta página informando, à moda dos filmes, o que aconteceu depois com os personagens. Hélio Luz deixou a polícia e é hoje deputado estadual pelo PT no Rio de Janeiro. O traficante ajudado com a mesada de Salles, o hoje famoso Marcinho VP, foi finalmente preso na semana passada, depois de anos de busca, num morro do bairro carioca de Santa Teresa. João Salles foi indiciado pelas relações com Marcinho VP e mergulhou num inferno particular. Não mudou a vida nos morros. Os moradores do bairro da Tijuca viveram na semana passada mais uma das habituais noites de terror, com o tiroteio cerrado entre traficantes. Os meninos da favela continuam tão craques no nome das armas quanto no das grifes, confundindo ambas, acarinhando e embalando-as ambas no mesmo programa de vida – tênis Nike e HK 962, camiseta Toulon e PT-92.

Traficantes enfrentam a polícia - Rio - novembro de 2010

24 novembro 2010

Estudo de Impacto de Vizinhança!

Participe!
Seminário sobre Estudo de Impacto de Vizinhança
Dia 01 de dezembro - 19h30
Escola Estadual Padre Reus
Rua Otto Niemayer, 650

O EIV como ferramenta da cidadania


23 novembro 2010

Blogueiros entrevistam o presidente Lula

Nessa quarta-feira, 24 de novembro, o presidente Lula dará a primeira entrevista de nossa história à blogosfera.
Será às 9h da manhã no Palácio do Planalto. Estão confirmadas a presença dos seguintes blogueiros: Altamiro Borges (Blog do Miro), Altino Machado (Blog do Altino), Conceição Lemes (Vi o Mundo), William Barros (Cloaca News), Eduardo Guimarães (Cidadania), Leandro Fortes (Brasília, Eu Vi), Pierre Lucena (Acerto de Contas), Renato Rovai (Blog do Rovai), Rodrigo Vianna (Escrevinhador) e Túlio Vianna (Blog do Túlio Vianna).

9h, ao vivo, no Blog do Planalto ou aqui.
O público também poderá participar enviando suas perguntas pelo chat.
Entrevista - Blog do Planalto

Atualizado - 18h:
Como foi o encontro

Atenção: o início do vídeo não tem som mesmo. O som foi ligado depois que o Lula senta e bate no microfone.
Leia aqui:
Os "sujos" sobem a rampa do Planalto
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Esse mesmo grupo foi chamado por Serra, no auge da baixaria da campanha eleitoral, de representantes de “blogs sujos”, uma referência nervosa a um tipo de mídia que pegou o tucano, uma criatura artificialmente sustentada pela velha mídia corporativa, no contrapé. Nem Serra, nem ninguém na velha direita brasileira estavam preparados para o poder de reação, análise e crítica da blogosfera e das redes sociais. Matérias falsas, reportagens falaciosas, discursos hipócritas, obscurantismo religioso e a farsa da bolinha de papel, tudo, tudo foi desmontado em poucas horas dentro da internet. Chamar-nos de “sujos” nem de longe nos alcançou como ofensa, pelo contrário. Nós, os “sujos” fizemos a história dessa eleição. Serra e seus brucutus terceirizados sumiram no ralo virtual.
...

20 novembro 2010

Zoravia Bettiol e o Museu das Águas de Porto Alegre

A artista plástica Zoravia Bettiol foi entrevistada no programa "Estilo Zen" da TV Com, dia 12 de novembro, para falar de seu envolvimento com a proposta do Museu das Águas de Porto Alegre. Zoravia é a coordenadora do Grupo de Trabalho do Museu" no Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba



A ideia de um Museu das Águas surgiu em 2004, no Ano Estadual das Águas, que comemorou os 10 anos da Lei 10350/94, Lei Estadual da Água, proposta pela Câmara Técnica dos Recursos Hídricos da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, e apoiada por diversas entidades da sociedade civil e órgãos públicos, entre eles a Ari (Associação Riograndense de Imprensa), que realizou, também em 2004, o II Fórum Internacional da Água.

No dia 25 de novembro de 2009, integrantes do Movimento em Defesa da Orla do Guaíba realizaram a primeira reunião de uma equipe multidisciplinar, denominada Comitê Multidisciplinar de Planejamento Urbanístico da Orla do Guaíba,  para discutir e projetar espaços de uso público e ambiental para aquela área. O Movimento em Defesa da Orla do Guaíba teve papel fundamental em 2009, quando do polêmico projeto Pontal do Estaleiro, levado à consulta pública e com vitória do NÃO por mais de 80% dos votos.

A partir do Comitê Multidisciplinar, foi criado o Grupo de Trabalho do Museu das Águas, cujas primeiras ações foram elaborar uma proposta de instituição desse espaço de valorização da água e do ambiente da Orla do Guaíba. A proposta do Museu já foi apresentada a conceituadas entidades e os apoios, institucionais e técnicos, como a Associação Riograndense de Imprensa (Ari), Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB/RS), Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), UFRGS, Abes-RS, UniRitter, Corsan e Metroplan. 
zz
Mais sobre o Museu das Águas:
Museu das Águas de Porto Alegre é tema na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia


Jean-Michel Cousteau conhece a proposta “Museu das Águas de Porto Alegre”

15 novembro 2010

Convenção sobre Mudanças Climáticas

Carta pública a Cancún
Compartilhamos a seguinte carta pública (ver infra), endereçada aos/às representantes de governos perante a Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança Climática, a ser realizada em Cancún, México, entre os dias 29 de novembro e 10 de dezembro.
Em caso de concordar com seu conteúdo, convidamos-lhes a assiná-la aqui. Ao mesmo tempo, instamos vocês para que a divulguem o mais amplamente possível entre seus contatos (e-mail, página web, etc.), incluindo tanto organizações da sociedade civil quanto funcionários governamentais, representantes de partidos políticos e mídia em geral. Em definitiva, que a adotem e a utilizem da forma que considerarem melhor.




Conferência das Partes - Convenção sobre Mudança Climática
Senhoras e Senhores representantes de governos:
Como vocês bem sabem, a mudança climática está ocorrendo e suas conseqüências já estão sendo sofridas por milhões de pessoas –particularmente as mais vulneráveis- e todo indica que o problema está agravando-se a passos largos. As causas do aquecimento global são perfeitamente conhecidas, bem como as medidas necessárias para evitar que se aprofunde e acabe afetando a humanidade toda. No entanto, tanto vocês quanto nós sabemos que os governos que representam continuam negando-se a fazer o que é sua obrigação para enfrentar seriamente o problema.
É bom lembrar que em 1992, todos os governos do mundo se comprometeram, em uma convenção internacional, a adotar medidas para evitar o desastre climático. Surgiu assim a Convenção sobre Mudança Climática, que quase todos os governos assinaram e ratificaram. Desde a época transcorreram 18 anos, durante os quais os governos têm feito pouco e nada para enfrentar o problema. Isto é, durante quase duas décadas o espírito da Convenção, que visava a evitar que a mudança climática ocorresse, tem estado sendo violado. Considerando suas possíveis conseqüências para a sobrevivência da humanidade, essa violação pode ser tachada de crime de lesa humanidade.
Logicamente que estamos conscientes de que os governos não atuam sozinhos e que a seu amparo operam grandes empresas –estatais e privadas- que obtêm lucros da exploração e venda de combustíveis fósseis, que todos sabemos que são a principal causa da mudança climática. Também estamos conscientes do poder dessas empresas sobre muitos dos governos que vocês representam. No entanto, isso não isenta seus governos da responsabilidade –assumida no momento de assinar esta Convenção- de proteger esse bem comum da humanidade que é o clima do planeta.
Por décima sexta vez, vocês vão participar na Conferência das Partes da Convenção sobre Mudança Climática.  As últimas reuniões deste processo não foram além de negociar –sem muito sucesso- sobre aspectos secundários, sem decidir-se a enfrentar o miolo do problema: a eliminação total das emissões de combustíveis fósseis no menor prazo de tempo possível. Todo parece indicar que a próxima reunião em Cancún seguirá os mesmos passos.
No entanto, o mundo ainda tem a esperança de que os governos adotem as decisões necessárias para evitar o desastre climático e está disposto a apoiá-los. Para que essa esperança possa concitar esse apoio, são precisos sinais claros de uma mudança total de atitude. Nesse sentido, o principal sinal deveria ser o de colocar os combustíveis fósseis no centro do debate, pôr de lado a discussão das falsas soluções às que se tornaram tão adeptos (“sumidouros de carbono”, “desmatamento evitado-REDD”, “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, “compensação de emissões de carbono”, etc.) e focalizar-se no verdadeiro problema: como sair rapidamente da época dos combustíveis fósseis.
Como forma de começar a recuperar a credibilidade perdida, seus governos deveriam começar por comprometer-se em Cancún a um cesse imediato e permanente da busca de novas jazidas de combustíveis fósseis em seus territórios. Ao mesmo tempo, deveriam dedicar-se à busca de mecanismos compensatórios para garantir a não exploração de jazidas já identificadas, mas ainda não exploradas. Finalmente, que estabeleçam datas concretas para a total erradicação desses combustíveis.
Estamos conscientes de que o que antecede é um enorme desafio, mas é muito pedir quando o que está em jogo é nada menos que a sobrevivência da vida na Terra?
WRM - Movimiento Mundial por los Bosques Tropicales



12 novembro 2010

A Sociedade do Automóvel

11 milhões de pessoas, quase 6 milhões de automóveis; um acidente a cada 3 minutos; uma pessoa morta a cada 6 horas; 8 vítimas fatais da poluição por dia. No lugar da praça, o shopping center; no lugar da calçada, a avenida; no lugar do parque, o estacionamento; em vez de vozes, motores e buzinas.
Trabalhar para dirigir, dirigir para trabalhar: compre um carro, liberte-se do transporte público ruim. Aquilo que é público é de ninguém, ou daqueles que não podem pagar. Vidros escuros e fechados evitam o contato humano. Tédio, raiva angústia e solidão na cidade que não pode parar, mas não consegue sair do lugar.
Ano: 2005
Duração: 39′
Filme de Branca Nunes e Thiago Benicchio

02 novembro 2010

Espigões no Cais Mauá

E-mail recebido do engenheiro Henrique Wittler:

Prezados

A ação que a ANTAQ move contra o Estado do Rio Grande do Sul referente a anulação do EDITAL de Licitação da Governadora Yeda Crusius para Revitalização do Cais da Mauá foi acatada pela justiça e as Partes intimadas.
O assunto é de total importância e confirma o que tenho dito há mais de dois anos, que sem Autorização da ANTAQ não poderia ser feita licitação pelo Estado. O Estado, por meio de assessores e da Governadora sabiam de tal determinação da ANTAQ e sabiam também que recentemente a ANTAQ deu início a aprovação da Norma que atende o assunto pleiteado e que ainda levara mais de ano para que tal norma passe a vigorar.
O que a Governadora e seus seguidores tentaram foi coagir a ANTAQ e fizeram o Edital da Licitação "na marra" e que inclusive não atende Leis que rezam sobre o assunto.
Portanto o assunto dos edifícios de 100m dentro da área do Cais do Porto vai percorrer outro longo caminho e felizmente até lá a Governadora YEDA já éra e teremos o Dr. Tarso Genro, com outro olhar sobre a nossa orla.

Abraço

Henrique Wittler

AÇÃO ORDINÁRIA (PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO) Nº 5016114-68.2010.404.7100 (Processo Eletrônico - RS)
Data de autuação: 05/08/2010 16:15:35
Tutela: Requerida
Juiz: GABRIEL MENNA BARRETO VON GEHLEN
Órgão Julgador: JUÍZO SUBS. DA 05A VF DE PORTO ALEGRE
Localizador: P28
Situação: MOVIMENTO
Justiça gratuita: Não Requerida
Valor da causa: 10000.00
Intervenção MP: Sim
Maior de 60 anos: Não
Assuntos:
 1. Edital

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PARTES
AUTOR: AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS - ANTAQ

RÉU: SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS

RÉU: ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

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ADVOGADOS
Nome: PRF4 - LÚCIA SAMPAIO ALHO (AUTOR)
Nome: MILENA BORTONCELLO SCARTON (RÉU)
Nome: PAULO MOURA JARDIM (RÉU)
Nome: MILENA BORTONCELLO SCARTON (RÉU)
Nome: PAULO MOURA JARDIM (RÉU)

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FASES
28/10/2010 Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada  (RÉU - SUPERINTENDÊNCIA DE PORTOS E HIDROVIAS)  Prazo: 30 dias
28/10/2010 Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada  (RÉU - ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL)  Prazo: 30 dias
28/10/2010 Intimação Eletrônica - Expedida/Certificada  (MPF - MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL)  Prazo: 30 dias

Apresentação do projeto no governo do estado - Foto: página do Governo do Rio Grande do Sul