O parque Farroupilha virou Ágora* grega no sábado, 19 de julho. Um grupo de 22 pessoas se reuniu para debater os rumos da política brasileira e fazer um gesto de repúdio à atuação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal de Justiça, que permitiu a soltura do banqueiro Daniel Dantas, investigado pela Polícia Federal por formação de quadrilha e desvio de dinheiro público.
A pequena adesão ao movimento não assustou os integrantes. “Prefiro ser parte dessa minoria, a da maioria que assiste calada”, pontua Cesar Cardia, integrante do movimento Amigos da Gonçalo de Carvalho.
Lideranças comunitárias dos bairros Moinhos de Vento e Independência também estiveram no local e prometem dar continuidade ao movimento. Um abaixo assinado virtual, (http://www.petitiononline.com/w267x65/petition.html), lançado junto com a idéia dos protestos nos finais de semana já conta com quase 12 mil participantes.
(Texto e foto: Naira Hofmeister/JÁ)
* Ágora era a praça principal na constituição da pólis, a cidade grega da Antigüidade clássica.
Normalmente era um espaço livre de edificações, configurada pela presença de mercados e feiras livres em seus limites, assim como por edifícios de caráter público. Enquanto elemento de constituição do espaço urbano, a ágora manifesta-se como a expressão máxima da esfera pública na urbanística grega, sendo o espaço público por excelência. É nela que o cidadão grego convive com o outro, onde ocorrem as discussões políticas e os tribunais populares: é, portanto, o espaço da cidadania. Por este motivo, a ágora (juntamente da pnyx, o espaço de realização das assembléias) era considerada um símbolo da democracia direta, e, em especial, da democracia ateniense, na qual todos os cidadãos tinham igual voz e direito a voto. A de Atenas, por este motivo, também é a mais conhecida de todas as ágoras nas polis da antiguidade.
Fonte:Wikipédia
Mais fotos do debate aqui: FORA MENDES 19/07/2008
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