30 agosto 2011

O veneno está na mesa

Matéria do Brasil de Fato:
O brasileiro come veneno
Cultura
O documentarista Silvio Tendler fala sobre seu filme/denúncia contra os rumos do modelo adotado na agricultura brasileira
01/08/2011
Aline Scarso, da Redação
Silvio Tendler é um especialista em documentar a história brasileira. Já o fez a partir de João Goulart, Juscelino Kubitschek,Carlos Mariguela, Milton Santos, Glauber Rocha e outros nomes importantes. Em seu último documentário, Silvio não define nenhum personagem em particular, mas dá o alerta para uma grave questão que atualmente afeta a vida e a saúde dos brasileiros: o envenenamento a partir dos alimentos.
Em “O veneno está na mesa”, lançado na segunda-feira (25) no Rio de Janeiro, o documentarista mostra que o Brasil está envenenando diariamente sua população a partir do uso abusivo de agrotóxicos nos alimentos. Em um ranking para se envergonhar, o brasileiro é o que mais consome agrotóxico em todo o mundo, sendo 5,2 litros a cada ano por habitante. As consequências, como mostra o documetário, são desastrosas.
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Silvio Tendler diz que o problema está no modelo de desenvolvimento brasileiro. E seu filme, que também é um produto da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, capitaneada por uma dezena de movimentos sociais, nos leva a uma reflexão sobre os rumos desse modelo. Confira.

Brasil de Fato – Você que é um especialista em registrar a história do Brasil, por que resolveu documentar o impacto dos agrotóxicos sobre a agricultura e não um outro tema nacional?
Silvio Tendler – Porque a partir de agora estou querendo discutir o futuro e não mais o passado. Eu tenho todo o respeito pelo passado, adoro os filmes que fiz, adoro minha obra. Aliás, meus filmes não são voltados para o passado, são voltados para uma reflexão que ajuda a construir o presente e, de uma certa forma, o futuro. Mas estou muito preocupado. Na verdade esse filme nasceu de uma conversa minha com [o jornalista e escritor] Eduardo Galeano em Montevidéu [no Uruguai] há uns dois anos atrás, em que discutíamos o mundo, o futuro, a vida. E o Galeano estava muito preocupado porque o Brasil é o país que mais consumia agrotóxico no mundo. O mundo está sendo completamente intoxicado por uma indústria absolutamente desnecessária e gananciosa, cujo único objetivo realmente é ganhar dinheiro. Quer dizer, não tem nenhum sentido para a humanidade que justifique isso que está se fazendo com os seres humanos e a própria terra. A partir daí resolvi trabalhar essa questão. Conversei com o João Pedro Stédile [coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra], e ele disse que estavam preocupados com isso também. Por coincidência, surgiu a Campanha permanente contra os Agrotóxicos, movida por muitas entidades, todas absolutamente muito respeitadas e respeitáveis. Fizemos a parceria e o filme ficou pronto. É um filme que vai ter desdobramentos, porque eu agora quero trabalhar essas questões.
Então seus próximos documentários deverão tratar desse tema?
Pra você ter uma ideia, no contrato inicial desse documentário consta que ele seria feito em 26 minutos, mas é muita coisa pra falar. Então ficou em 50 [minutos]. E as pessoas quando viram o filme, ao invés de me dizerem ‘está muito longo’, disseram ‘está curto, você tem que falar mais’. Quer dizer, tem que discutir outras questões, e aí eu me entusiasmei com essa ideia e estou querendo discutir temas conexos à destruição do planeta por conta de um modelo de desenvolvimento perverso que está sendo adotado. Uma questão para ser discutida de forma urgente, que é conexa a esse filme, é o agronegócio. É o modelo de desenvolvimento brasileiro. Quer dizer, porque colocar os trabalhadores para fora da terra deles para que vivam de forma absolutamente marginal, provocando o inchaço das cidades e a perda de qualidade de vida para todo mundo, já que no espaço onde moravam cinco, vão morar 15? Por que se plantou no Brasil esse modelo que expulsa as pessoas da terra para concentrar a propriedade rural em poucas mãos, esse modelo de desenvolvimento, todo ele mecanizado, industrializado, desempregando mão de obra para que algumas pessoas tenham um lucro absurdo? E tudo está vinculado à exploração predatória da terra. Por que nós temos que desenvolver o mundo, a terra, o Brasil em função do lucro e não dos direitos do homem e da natureza? Essas são as questões que quero discutir.

Você também mostrou que até mesmo os trabalhadores que não foram expulsos do campo estão morrendo por aplicar em agrotóxicos nas plantações. O impacto na saúde desses agricultores é muito grande…
É mais grave que isso. Na verdade, o cara é obrigado a usar o agrotóxico. Se ele não usar o agrotóxico, ele não recebe o crédito do banco. O banco não financia a agricultura sem agrotóxico. Inclusive tem um camponês que fala isso no filme, o Adonai. Ele conta que no dia em que o inspetor do banco vai à plantação verificar se ele comprou os produtos, se você não tiver as notas da semente transgênica, do herbicida, etc, você é obrigado a devolver o dinheiro. Então não é verdade que se dá ao camponês agricultor o direito de dizer ‘não quero plantar transgênico’, ‘não quero trabalhar com herbicidas’, ‘quero trabalhar com agricultura orgânica, natural’. Porque para o banco, a garantia de que a safra vai vingar não é o trabalho do camponês e a sua relação com a terra, são os produtos químicos que são usados para afastar as pestes, afastar pragas. Esse modelo está completamente errado. O camponês não tem nenhum tipo de crédito alternativo, que dê a ele o direito de fazer um outro tipo de agricultura. E aí você deixa as pessoas morrendo como empregadas do agronegócio, como tem o Vanderlei, que é mostrado no filme. Depois de três anos fazendo a tal da mistura dos agrotóxicos, morreu de uma hepatopatia grave. Tem outra senhora de 32 anos que está ficando totalmente paralítica por conta do trabalho dela com agrotóxico na lavoura do fumo.

A impressão que dá é que os brasileiros estão se envenenando sem saber. Você acha que o filme pode contribuir para colocar o assunto em discussão?
Eu acho que a discussão é exatamente essa, a discussão é política. Eu, de uma certa maneira, despolitizei propositadamente o documentário. Eu não queria fazer um discurso em defesa da reforma agrária ou contra o agronegócio para não politizar a questão, para não parecer que, na verdade, a gente não quer comer bem, a gente quer dividir a terra. E são duas coisas que, apesar de conexas, eu não quis abordar. Eu não quis, digamos assustar a classe média. Eu só estou mostrando os malefícios que o agrotóxico provoca na vida da gente para que a classe média se convença que tem que lutar contra os agrotóxicos, que é uma luta que não é individual, é uma luta coletiva e política. Tem muita gente que parte do princípio ‘ah, então já sei, perto da minha casa tem uma feirinha orgânica e eu vou me virar e comer lá’, porque são pessoas que têm maior poder aquisitivo e poderiam comprar. Mas a questão não é essa. A questão é política, porque o agrotóxico está infiltrado no nosso cotidiano, entendeu? Queira você ou não, o agrotóxico chega à sua mesa através do pão, da pizza, do macarrão. O trigo é um trigo transgênico e chega a ser tratado com até oito cargas de pulverizador por ano. Você vai na pizzaria comer uma pizza deliciosa e aquilo ali tem transgênico. O que você está comendo na sua mesa é veneno. Isso independe de você. Hoje nada escapa. Então, ou você vai ser um monge recluso, plantando sua hortinha e sua terrinha, ou se você é uma pessoa que vai ficar exposta a isso e será obrigada a consumir.

Como você avalia o governo Dilma a partir dessa política de isenção fiscal para o uso de agrotóxico no campo brasileiro?
Deixa eu te falar, o governo Dilma está começando agora, não tem nenhum ano, então não dá para responsabilizá-la por essa política. Na verdade esse filme vai servir de alerta para ela também. Muitas das coisas que são ditas no filme, eles [o governo] não têm consciência. Esse filme não é para se vingar de ninguém. É para alertar. Quer dizer, na verdade você mora em Brasília, você está longe do mundo, e alguém diz para você ‘ah, isso é frescura da esquerda, esse problema não existe’, e os relatórios que colocam na sua mesa omitem as pessoas que estão morrendo por lidar diretamente com agrotóxico. [As mortes] vão todas para as vírgulas das estatísticas, entendeu? Acho que está na hora de mostrar que muitas vidas não seriam sacrificadas se a gente partisse para um modelo de agricultura mais humano, mais baseado nos insumos naturais, no manejo da terra, ao invés de intoxicar com veneno os rios, os lagos, os açudes, as pessoas, as crianças que vivem em volta, entendeu? Eu acho que seria ótimo se esse filme chegasse nas mãos da presidenta e ela pudesse tomar consciência desse modelo que nós estamos vivendo e, a partir daí, começasse a mudar as políticas.

No documentário você optou por não falar com as empresas produtoras de agrotóxicos. Essa ideia ficou para um outro documentário?
É porque eu não quis fazer um filme que abrisse uma discussão técnica. Se as empresas reclamarem muito e pedirem para falar, eu ouço. Eu já recebi alguns pedidos e deixei as portas abertas. No Ceará eu filmei um cara que trabalha com gado leiteiro que estava morrendo contaminado por causa de uma empresa vizinha. Eu filmei, a empresa vizinha reclamou e eu deixei a porta aberta, dizendo ‘tudo bem, então vamos trabalhar em breve isso num outro filme’. Se as empresas que manipulam e produzem agrotóxico me chamarem para conversar, eu vou. E vou me basear cientificamente na questão porque eles também são craques em enrolar. Querem comprovar que você está comendo veneno e tudo bem (risos). E eu preciso de subsídios para dizer que não, que aquele veneno não é necessário para a minha vida. Nesse primeiro momento, eu quis botar a discussão na mesa. Algumas pessoas já começaram a me assustar, ‘você vai tomar processo’, mas eu estou na vida para viver. Se o cara quiser me processar por um documentário no qual eu falei a verdade, ele processa pois tem o direito. Agora, eu tenho direito como cineasta, de dizer o que eu penso.

Esse filme será lançado somente no Rio ou em outras capitais também?
Eu estou convidado também para ir para Pernambuco em setembro, mas o filme pode acontecer independente de mim. Esse filme está saindo com o selinho de ‘copie e distribua’. Ele não será vendido. A gente vai fazer algumas cópias e distribuir dentro do sentido de multiplicação, no qual as pessoas recebem as cópias, fazem novas e as distribuem. O ideal é que cada entidade, e são mais de 20 bancando a Campanha, consiga distribuir pelo menos mil unidades. De cara você tem 20 mil cópias para serem distribuídas. E depois nós temos os estudantes, os movimentos sociais e sindicais, os professores. Vai ser uma discussão no Brasil. Temos que levar esse documentário para Brasília, para o Congresso, para a presidenta da República, para o ministro da Agricultura, para o Ibama. Todo mundo tem que ver esse filme.

E a expectativa é boa então?
Sim. Eu sou um otimista. Sempre fui.
Link da matéria original: http://www.brasildefato.com.br/node/6965


24 agosto 2011

Mensagem recebida por e-mail

Ontem fui no Hospital Moinhos de Vento e não pude deixar de passear por esta rua tão especial e fiquei lembrando das nossas manifestações contra a destruição e descaracterização da mesma! Senti orgulho da minha modesta contribuição e respirei fundo o verde que exala de suas árvores e belos jardins recuados! Se alguém encontrar uma placa de "Vende-se", me avise!
Minha rua está coberta de espigões que me tiraram o Sol e a vista da Lua cheia. Os Jacarandás estão tristes e sombrios. Suas flores não serão tão belas como antes. A última casa da minha rua está vazia, pois sua dona faleceu no inicio de Agosto, dizendo a última frase: " Me tiraram todo o Sol!" Lamento muito e espero que isto não ocorra na Gonçalo de Carvalho e nem nas ruas da Zona Sul.
Elisabeth Karam Guimarães - Movimento em defesa da Orla, Petropolis Vive, Porto Alegre Vive, Amigos da Terra - Porto Alegre-RS___________________________________________________________________
Manifestação em frente da Prefeitura por um Plano Diretor
que respeite o cidadão e Meio Ambiente - 2007
A Beth Karam, moradora do bairro Petrópolis, é uma das "Amigas da Gonçalo" desde as primeiras manifestações em defesa da rua. Graças a pessoas como a Beth o Pedro Nuno Teixeira Santos (do Blog "A Sombra Verde") chamou a Gonçalo de A Rua Mais Bonita do Mundo.No dia de hoje, 24 de agosto de 2011, o SBT esteve na Gonçalo de Carvalho gravando matéria que será veiculada em rede nacional* sobre a preservação da "Rua Mais Bonita do Mundo" e como surgiu essa denominação no Blog "A Sombra Verde", de Portugal.
(Cesar Cardia)

Gonçalo de Carvalho será mostrada no Jornal do SBT
*A matéria produzida será mostrada no principal programa de telejornalismo do SBT.Atualização em 25 de agosto:A matéria já foi veiculada no Jornal do SBT:


Do site do SBT Brasil: (http://www.sbt.com.br/jornalismo/sbtbrasil/)"Experimente fazer uma busca na internet pela rua mais bonita do mundo, está ela, a Rua Gonçalo de Carvalho. O dono da ideia foi um professor de biologia que viu fotos pela internet, ele se emocionou tanto que fez uma postagem em seu blog." - Fonte: http://www.sbt.com.br/jornalismo/noticias/?c=9036&t=Rua%20mais%20bonita%20do%20mundo%20fica%20em%20Porto%20Alegre

O professor português Pedro Nuno Teixeira Santos assim a chamou pela beleza de seu "Túnel Verde" e pela luta por sua preservação: http://sombra-verde.blogspot.com/2011/07/eu-sou-de-porto-alegre.html

22 agosto 2011

A grande vitória do NÃO, em 2009

"Amigos da Gonçalo de Carvalho" disseram NÃO
Neste dia 23 de agosto comemora-se a vitória do NÃO na consulta pública sobre as alterações no regime urbanístico da Ponta do Melo, promovidas pela maioria da Câmara Municipal de Porto Alegre.

Com a alteração do regime urbanístico naquele local seria possível a construção de espigões residenciais na área do antigo Estaleiro Só.


Foi mais uma grande vitória da consciência ecológica e da cidadania de Porto Alegre.

Veja mais sobre a vitória do NÃO:
http://poavive.wordpress.com/frente-do-nao/
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2009/08/resistir-e-preciso.html
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2009/08/vencemos.html
http://goncalodecarvalho.blogspot.com/2009/08/resistam-votem-nao-no-dia-de-hoje.html

Programa TeleDomingo, 23 de agosto de 2009, no final da noite da Consulta Pública:


 FRENTE do NÃO
AGAPAN – ASSOCIAÇÃO GAUCHA DE PROTEÇÃO AO AMBIENTE NATURAL
AMA – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES E AMIGOS DA AUXILIADORA DE PORTO ALEGRE
AMBI – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO BAIRRO IPANEMA
ASCOMJIP – ASSOCIAÇÃO COMUNITÁRIA JARDIM ISABEL
AMOVITA – ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DA VILA SÃO JUDAS TADEU
•ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DO CENTRO DE PORTO ALEGRE
CCD – CENTRO COMUNITÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DA TRISTEZA, PEDRA REDONDA, VILA CONCEIÇÃO E ASSUNÇÃO
•NÚCLEO AMIGOS DA TERRA/BRASIL
•ONG SOLIDARIEDADE
SIMPA – Sindicato Municipários de Porto Alegre
SINDIBANCÁRIOS – Sindicato dos Bancários
•SINDICATO DOS SOCIÓLOGOS DO RIO GRANDE DO SUL
•MOVIMENTO EM DEFESA DA ORLA DO RIO GUAÍBA (Integrantes: •AGAPAN – Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural •Amigos da Rua Gonçalo de CarvalhoAMABI – Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência •AMBI – Associação dos Moradores do Bairro Ipanema •ASCOMJIP – Associação Comunitária Jardim Isabel •AMOVITA – Associação dos Moradores da Vila São Judas Tadeu •Associação de Moradores do Centro •Movimento Viva Gasômetro •Associação Moinhos ViveCMVA – Conselho Gestor dos Moradores da Vila Assunção •Associação dos Moradores da Cidade BaixaAMOBELA – Associação dos Moradores da Bela Vista •Conselho Popular do Partenon •Conselho de Usuários do Parque FarroupilhaCCD – Centro Comunitário de Desenvolvimento da Tristeza, Pedra Redonda, Vila Conceição e Assunção •CEUCAB/RS – Conselho Estadual da Umbanda e dos Cultos Afro-Brasileiros do RS •AMSC – Associação dos Moradores do Sétimo Céu •AMATRÊS – Associação dos Moradores do Bairro Três Figueiras •AMA – Associação dos moradores da Auxiliadora •AMACHAP – Associação dos Moradores do Bairro Chácara das Pedras) •NAT/Brasil – Núcleo Amigos da Terra •ONG Solidariedade)
Apoios:
Casa de Cinema de Porto Alegre •NEJ/RS – Núcleo de Ecojornalistas do RS •Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico •IAB/RS – Instituto de Arquitetos do Brasil/Departamento do RS •Grafar – Grafistas Associados do Rio Grande do Sul •Associação Profetas da Ecologia •Devoção Senhora das ÁguasPastoral da Ecologia •Associação Comunitária do Campo da TucaAMFA – Associação de Moradores Fim da Linha do Alameda – Bairro São José •Comissão de Moradores da Rua da Represa – Bairro São José •Associação Clube de Mães Batista Xavier – Bairro Partenon •Associação de Moradores Quinta do Portal – Bairro Lomba do Pinheiro •Associação de Moradores da Vila São Pedro – Bairro Partenon •Associação de Moradores Estrela Cristalina – Bairro Partenon •Associação de Moradores Paulino Azurenha – Bairro Partenon •Pequena Casa da Criança – Vila Maria da Conceição •MEP – Movimento Ecológico Popular

15 agosto 2011

Programa Teledomingo da RBS

A rua Gonçalo de Carvalho é considerada por muitos como a mais bonita do mundo.

Na reportagem com cerca de 5 minutos do programa não ficam bem claro os motivos que levam muitos a considerarem a Gonçalo de Carvalho como a "Rua Mais Bonita do Mundo".

Quem nunca leu nada sobre a luta por sua preservação não entende porque o professor Pedro Nuno Teixeira Santos assim a chamou.

Mas neste Blog - criado especialmente para pedir apoios pela internet, quando foi criado o Movimento dos Amigos e Moradores da Gonçalo de Carvalho - estão as postagens que relatam em ordem cronológica a ameaça, a resistência e apoios de moradores e amigos conquistados em vários países do mundo e, finalmente, a vitória e o reconhecimento inclusive de adversários.

Sobre a importância da Arborização Urbana
http://bioterra.blogspot.com/2009/10/importancia-das-arvores-urbanas.html

1. Melhoram o micro-clima, aumentam o conforto urbano e diminuem os consumos energéticos:
a) reduzem o vento

b) aumentam o ensombramento no Verão

c) diminuem o efeito da "ilha de calor"

d) aumentam a humidade atmosférica no Verão

e) reduzem o albedo (albedo= quantidade de luz refletida/quantidade de luz recebida)


2. reduzem a poluição atmosférica absorvendo vários poluentes em suspensão

3. fixam CO2 e libertam O2

4. criam micro-habitats para a fauna, em especial aves e insetos

5. favorecem a infiltração das águas pluviais, podendo diminuir os caudais de cheia

6. enquadram e valorizam esteticamente as estruturas edificadas

7. dão variações de cor, forma e textura á cidade

8. aumentam a nossa sensação de bem-estar

9. aumentam o valor financeiro dos imóveis próximos

10. ligam-nos à Natureza



12 agosto 2011

Nova Diretoria da AGAPAN


A Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN) tem nova Diretoria para o biênio 2011- 2013. A eleição foi realizada na noite de quarta-feira, 10 de agosto, em Porto Alegre, em Assembleia Geral Ordinária, que reuniu conselheiros e associados.
Para esta nova gestão, o presidente eleito é Francisco Milanez, a vice-presidenta é Sandra Ribeiro, a responsável pela Secretaria Geral é Adriane Bertoglio Rodrigues, e os tesoureiros são Sidnei Bueno e Yamara Menna Barreto. Também foram empossados 20 representantes para o Conselho Superior e três para o Conselho Fiscal.
O relatório de atividades da Diretoria anterior, presidida por Eduardo Finardi Rodrigues e Celso Cospstein Waldemar, também foi aprovado por unanimidade.
Fonte: Blog da AGAPAN

Criação da AGAPAN em 1971
A AGAPAN é considerada a primeira organização não-governamental ambientalista no Brasil. Fundada em 27 de abril de 1971, em Porto Alegre, sua Assembléia Geral de fundação aconteceu no auditório do INSS, na av. Borges de Medeiros. Na ocasião foi eleita sua primeira diretoria encabeçada por José Antônio Lutzenberger que proferiu, na ocasião, sua primeira palestra pública intitulada “Por uma ética ecológica”, publicada no jornal Correio do Povo em 29/8/1971.
Flávio Lewgoy e José Lutzenberger
Fonte: Blog Porto Alegre Resiste

06 agosto 2011

Gravação na Gonçalo de Carvalho

Na sexta-feira, dia 5 de agosto, a RBS TV mandou uma equipe e a apresentadora Regina Lima do programa TeleDomingo para gravar uma matéria sobre a Rua Gonçalo de Carvalho. A matéria deverá ser apresentada no domingo da semana que vem.
"Existe coisa melhor que acordar com o canto dos pássaros?" 
- disse uma antiga moradora da Gonçalo de Carvalho.

O programa  TeleDomingo vai ao ar nos domingos, logo após o programa Fantástico.

Reinaldo Lameira, um dos criadores do Movimento 
e sócio-fundador da AMABI participou da gravação.

O motivo para isso?
O pessoal da RBS descobriu (a própria Regina disse que fez o teste) que se digitar "Ruas bonitas" e "Rua mais bonita do mundo", aparece a Rua Gonçalo de Carvalho daqui de Porto Alegre.
Devem ter descoberto isso pelo próprio blog ZH Moinhos, que fez matéria a respeito da "invasão dos Balcãs"
http://wp.clicrbs.com.br/zhmoinhos/2011/08/03/invasao-dos-balcas-na-goncalo-de-carvalho/?topo=13,1,1,,,13
Moradores da Rua Gonçalo de Carvalho prestaram depoimentos 
sobre a alegria de morar em uma "floresta urbana".


01 agosto 2011

Homenagem de Portugal

Texto do Blog “A Sombra Verde” de Portugal, administrado pelo professor de biologia Pedro Nuno Teixeira Santos:
Link: http://sombra-verde.blogspot.com/2011/07/eu-sou-de-porto-alegre.html

Eu sou de Porto Alegre!

A Gonçalo de Carvalho, em Porto Alegre, no Brasil, não é a rua mais bonita do mundo apenas pelo impressionante efeito visual do seu imenso túnel verde de tipuanas. Ela é a rua mais bonita do mundo por isso, mas, sobretudo, porque essas árvores foram plantadas a acarinhadas pelos seus moradores, ao longo de várias décadas; ou seja, este túnel verde é resultado do amor, do amor às árvores!
E foi a partir desse amor e dessa luta dos moradores da Gonçalo de Carvalho, que o poder político da cidade se viu obrigado a reconhecer a importância deste património cultural, paisagístico e ambiental, classificando-o e protegendo-o com a força da lei. Embora, como se constata pelo vídeo, lá como por cá, nem sempre a lei é, por si só, garante da preservação do património. O poder público tem que saber manter esse património para as gerações futuras.
A Gonçalo de Carvalho é a mais bonita história de amor às árvores que conheço. Como diz o meu amigo César Cardia, ela é uma história de inspiração para todos os que amam as árvores, um pouco por todo o mundo. A isso eu só posso responder da seguinte forma: eu sou de Porto Alegre!
Publicado por Pedro Nuno Teixeira Santos* no Domingo, 31 de Julho, 2011
* Em 04 de março de 2008, Pedro Nuno postou em seu Blog uma matéria com o título “A rua mais bonita do mundo”, após descobrir a Gonçalo de Carvalho no Blog catalão “Amics Arbres – Arbres Amics”. Ele não apenas postou a matéria como enviou um e-mail carregado de emoção e entre tantos elogios à rua Gonçalo de Carvalho, destacamos isso:

Quando pensei no nome de “sombra verde” para um dos meus blogues, foi como se tivesse sonhado com a vossa rua mesmo sem nunca a ter conhecido; não sei se algum dia irei ao Brasil mas, se assim for, farei por ir a Porto Alegre só para conhecer a vossa maravilhosa rua.
Link para o primeiro texto que chama a Rua Gonçalo de Carvalho de “A Mais Bonita Rua do Mundo”:
http://sombra-verde.blogspot.com/2008/03/rua-mais-bonita-do-mundo.html
Hoje muitos sites e Blogs a chamam assim, graças ao Blog A Sombra Verde , sendo que na última semana mais de 25 mil visitantes apenas do leste europeu visitaram o Blog Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho, todos destacando o nome da cidade de Porto Alegre como a “bela e verde cidade brasileira”.