Protestos marcam audiência pública de revisão do Plano Diretor
De 454 sugestões, 107 foram votadas, e as demais serão avaliadas no próximo sábado
O dia foi de confusão e protestos na audiência pública de revisão do plano diretor de Porto Alegre, que aconteceu no salão de atos da UFRGS. A reunião começou com mais de duas horas de atraso e muita gente ficou de fora. De 454 sugestões, 107 foram votadas. As demais serão avaliadas no próximo sábado.
Empresários do setor da construção civil eram contrários à redução da altura de prédios. Moradores e ambientalistas temiam e degradação da cidade. A dispensa de estudos de impacto para a construção de prédios com altura maior do que o permitido recebeu o sim da maioria.
Associações de bairros, unidos pelo Movimento Porto Alegre Vive, encaminharam moção de repúdio à prefeitura e ao Ministério Publico Estadual. O grupo é contra a forma de discussão das propostas.
Ambientalistas reclamaram que a audiência foi comprada, já que muitos admitiram que não sabiam o porquê estavam no local, aumentando a suspeita de que poderiam ter sido recrutados.
O Secretário Municipal do Planejamento, José Fortunati, discorda das reclamações e afirma que as sugestões foram bem apresentadas. Segundo ele, é normal a organização de associações e sindicatos levarem "moradores que sequer sabem o que é o Plano Diretor". Ele chegou a comparar a situação à rotina da Câmara dos Deputados.
Após a votação de todas as sugestões, um ante-projeto com as propostas será encaminhado ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano Ambiental. Depois, o prefeito José Fogaça elabora um projeto de lei e repassa à Câmara de Vereadores para votação até o final de julho.
Do ClicRBS/RÁDIO GAÚCHA
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(Foto: Ivo Gonçalves/PMPA)