(Do Blog do Rodrigo)
Na Europa a coisa tá feia: várias estações de esqui nos Alpes italianos estão fechando em pleno janeiro devido à falta de neve, e as temperaturas que deveriam estar abaixo de zero andam rondando os 20°C. Esses dias vi imagens da Bulgária: a temperatura chegou a 17°C, calorão para essa época, a ponto da população ir à praia tomar sol. No sul da Romênia, as temperaturas que têm batido na casa dos 19°C estão afetando os hábitos de corujas. Uma partida de xadrez com peças de gelo jogada simultaneamente em Londres e Moscou foi atrapalhada pelas temperaturas, de 12°C na capital inglesa e, acreditem, 5°C na capital russa, famosa pelo inverno congelante, com temperaturas que chegam a até -30°C. E por falar em Rússia: os seis ursos do zoológico de Rostov-on-Don, no sul do país, começaram a hibernação no último dia 11, quando isto deveria ter ocorrido em novembro. Segundo meteorologistas russos, o atual inverno é o mais quente na parte européia do país desde 1879, quando começaram as medições. Em zoológicos suecos e alemães, os ursos também não conseguem hibernar, devido à falta de frio.
Nos últimos anos, o inverno gaúcho tem tido menos períodos longos de frio, o que vem predominando é o "esquenta-esfria": faz calor, chove, esfria, o tempo seca e começa a esquentar, faz calor, chove, esfria... Fazer alguns dias de calor é normal no inverno do Rio Grande do Sul: nosso clima não é temperado (onde as quatro estações são bem definidas) mas sim subtropical (como diz a palavra, "quase tropical"), ou seja, é um tropical que tem frio. Mas o último inverno de verdade por aqui foi em 2000, quando em julho houve uma seqüência de mais de quinze dias de temperaturas mínimas em torno (ou abaixo) de 0°C. Em 2006, o inverno só começou no fim de julho e terminou em setembro. Ou seja: além de menos frio, está se tornando mais curto.
Conseqüentemente, o verão está se tornando mais quente (o atual está sendo o pior desde 1995) e mais longo: o calorão nos últimos anos tem começado em novembro e se estendido até abril, outono adentro. O tradicional "veranico de maio", período de temperaturas mais altas que antecede o inverno, está condenado à extinção: como o calor tem se estendido por mais tempo, o tempo não esfria em abril e assim não esquenta em maio: simplesmente o calor continua...
E as chuvas? Tem sido cada vez mais fortes e mais freqüentes em algumas regiões, e mais escassas em outras (um bom exemplo é o Pampa Gaúcho: a cidade de Bagé vive racionamento de água desde 1º de dezembro de 2005). Têm acontecido mais furacões onde eles costumam ocorrer, e eles têm andado por outras bandas, como o tal de Catarina, que provocou destruição nos litorais de Rio Grande do Sul e Santa Catarina em 28 de março de 2004.
Tá feia a coisa, né? Pois prepare-se: nada está tão ruim que não possa piorar...
A tendência é que, mantidos os níveis de emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, em breve o monte Kilimanjaro, ponto mais alto da África, famoso pela beleza de suas geleiras, ficará sem elas em menos de dez anos. A capa de gelo do Ártico poderá derreter-se completamente durante o verão em menos de cinqüenta anos, provocando aumento do nível do mar e conseqüente aquecimento das águas, gerando mais calor, mais tempestades, e paradoxalmente, mais secas em determinados pontos: o calor desgraçado provocará a evaporação de toda a umidade do solo. E se o gelo antártico também se derreter totalmente durante o verão, bem... Aí será o caos. Bilhões de pessoas terão de buscar refúgio em áreas mais altas devido à invasão do mar às terras baixas, gerando conflitos em todo o planeta. Países insulares como alguns do Caribe e no Pacífico, e de terras muito baixas como a Holanda, sumirão do mapa.
Mas ainda há tempo de impedir que a catástrofe aconteça. O que fazer? Em primeiro lugar, não esperar que o governo faça alguma coisa, e sim, nós mesmos fazermos. Precisamos mudar nossos hábitos. Caso contrário, do jeito que as coisas andam, é capaz do desastre não acontecer em 2050, e sim, daqui a pouco tempo: as profecias maias prevêem o fim do mundo para 2012...
Nos últimos anos, o inverno gaúcho tem tido menos períodos longos de frio, o que vem predominando é o "esquenta-esfria": faz calor, chove, esfria, o tempo seca e começa a esquentar, faz calor, chove, esfria... Fazer alguns dias de calor é normal no inverno do Rio Grande do Sul: nosso clima não é temperado (onde as quatro estações são bem definidas) mas sim subtropical (como diz a palavra, "quase tropical"), ou seja, é um tropical que tem frio. Mas o último inverno de verdade por aqui foi em 2000, quando em julho houve uma seqüência de mais de quinze dias de temperaturas mínimas em torno (ou abaixo) de 0°C. Em 2006, o inverno só começou no fim de julho e terminou em setembro. Ou seja: além de menos frio, está se tornando mais curto.
Conseqüentemente, o verão está se tornando mais quente (o atual está sendo o pior desde 1995) e mais longo: o calorão nos últimos anos tem começado em novembro e se estendido até abril, outono adentro. O tradicional "veranico de maio", período de temperaturas mais altas que antecede o inverno, está condenado à extinção: como o calor tem se estendido por mais tempo, o tempo não esfria em abril e assim não esquenta em maio: simplesmente o calor continua...
E as chuvas? Tem sido cada vez mais fortes e mais freqüentes em algumas regiões, e mais escassas em outras (um bom exemplo é o Pampa Gaúcho: a cidade de Bagé vive racionamento de água desde 1º de dezembro de 2005). Têm acontecido mais furacões onde eles costumam ocorrer, e eles têm andado por outras bandas, como o tal de Catarina, que provocou destruição nos litorais de Rio Grande do Sul e Santa Catarina em 28 de março de 2004.
Tá feia a coisa, né? Pois prepare-se: nada está tão ruim que não possa piorar...
A tendência é que, mantidos os níveis de emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, em breve o monte Kilimanjaro, ponto mais alto da África, famoso pela beleza de suas geleiras, ficará sem elas em menos de dez anos. A capa de gelo do Ártico poderá derreter-se completamente durante o verão em menos de cinqüenta anos, provocando aumento do nível do mar e conseqüente aquecimento das águas, gerando mais calor, mais tempestades, e paradoxalmente, mais secas em determinados pontos: o calor desgraçado provocará a evaporação de toda a umidade do solo. E se o gelo antártico também se derreter totalmente durante o verão, bem... Aí será o caos. Bilhões de pessoas terão de buscar refúgio em áreas mais altas devido à invasão do mar às terras baixas, gerando conflitos em todo o planeta. Países insulares como alguns do Caribe e no Pacífico, e de terras muito baixas como a Holanda, sumirão do mapa.
Mas ainda há tempo de impedir que a catástrofe aconteça. O que fazer? Em primeiro lugar, não esperar que o governo faça alguma coisa, e sim, nós mesmos fazermos. Precisamos mudar nossos hábitos. Caso contrário, do jeito que as coisas andam, é capaz do desastre não acontecer em 2050, e sim, daqui a pouco tempo: as profecias maias prevêem o fim do mundo para 2012...
Aí vão algumas dicas:
Substitua lâmpadas incandescentes por fluorescentes: estas consomem 60% a menos de energia;
Limpe ou substitua regularmente o filtro de seu ar condicionado: isto diminui a emissão de CO2;
Compre aparelhos de ar condicionado com termostato programável;
Diminua em 2 graus o termostato no inverno e aumente em 2 graus no verão: creio que sejam graus Fahrenheit, mas ninguém morrerá de calor se aumentar a temperatura de 20 para 22 graus Celsius, e nem de frio se diminuir de 19 para 17 graus;
Compre aparelhos elétricos eficientes, que desperdicem menos energia;
Use menos água quente: aproveite os dias escaldantes de verão para tomar banhos frios, além de economizar energia (eletricidade ou gás), é uma beleza;
Não use secador elétrico: deixe as roupas secarem naturalmente, e para secar os cabelos use a boa e velha toalha;
Desligue aparelhos elétricos da tomada quando não estiverem em uso, muitos deles consomem energia mesmo que "desligados";
Use máquinas de lavar (roupas ou louças) apenas quando puder enchê-las: se poucas peças de roupas estiverem sujas, deixe de ser preguiçoso e lave-as você mesmo;
Estimule a reciclagem do lixo: boa parte do que jogamos fora pode ser reutilizado inúmeras vezes;
Plante árvores: além de proporcionarem sombra nos verões cada vez mais quentes, elas absorvem CO2 e podem ajudar a diminuir o calorão infernal;
Utilize fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica;
Compre alimentos produzidos na sua região: além de movimentar a economia local, o que é produzido longe tem de ser transportado desde longe por caminhões, o que aumenta a poluição do ar e a emissão de CO2;
Compre alimentos frescos ao invés de congelados: assim você pode desligar seu freezer e economizar energia;
Compre alimentos orgânicos: solos orgânicos absorvem mais CO2, removendo-o da atmosfera;
Evite produtos bastante empacotados, que geram mais lixo;
Se for a um local próximo, troque o carro pela bicicleta ou pela caminhada: além de não poluírem o ar, são ótimos exercícios;
Use ônibus ou trem para se deslocar ao trabalho ou à faculdade e deixe o carro para os finais de semana e feriados: além da menor emissão de CO2, diminui o caos no trânsito;
Se realmente precisar de um carro, compre um que consuma menos combustível, de maneira a emitir menos CO2.
Substitua lâmpadas incandescentes por fluorescentes: estas consomem 60% a menos de energia;
Limpe ou substitua regularmente o filtro de seu ar condicionado: isto diminui a emissão de CO2;
Compre aparelhos de ar condicionado com termostato programável;
Diminua em 2 graus o termostato no inverno e aumente em 2 graus no verão: creio que sejam graus Fahrenheit, mas ninguém morrerá de calor se aumentar a temperatura de 20 para 22 graus Celsius, e nem de frio se diminuir de 19 para 17 graus;
Compre aparelhos elétricos eficientes, que desperdicem menos energia;
Use menos água quente: aproveite os dias escaldantes de verão para tomar banhos frios, além de economizar energia (eletricidade ou gás), é uma beleza;
Não use secador elétrico: deixe as roupas secarem naturalmente, e para secar os cabelos use a boa e velha toalha;
Desligue aparelhos elétricos da tomada quando não estiverem em uso, muitos deles consomem energia mesmo que "desligados";
Use máquinas de lavar (roupas ou louças) apenas quando puder enchê-las: se poucas peças de roupas estiverem sujas, deixe de ser preguiçoso e lave-as você mesmo;
Estimule a reciclagem do lixo: boa parte do que jogamos fora pode ser reutilizado inúmeras vezes;
Plante árvores: além de proporcionarem sombra nos verões cada vez mais quentes, elas absorvem CO2 e podem ajudar a diminuir o calorão infernal;
Utilize fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica;
Compre alimentos produzidos na sua região: além de movimentar a economia local, o que é produzido longe tem de ser transportado desde longe por caminhões, o que aumenta a poluição do ar e a emissão de CO2;
Compre alimentos frescos ao invés de congelados: assim você pode desligar seu freezer e economizar energia;
Compre alimentos orgânicos: solos orgânicos absorvem mais CO2, removendo-o da atmosfera;
Evite produtos bastante empacotados, que geram mais lixo;
Se for a um local próximo, troque o carro pela bicicleta ou pela caminhada: além de não poluírem o ar, são ótimos exercícios;
Use ônibus ou trem para se deslocar ao trabalho ou à faculdade e deixe o carro para os finais de semana e feriados: além da menor emissão de CO2, diminui o caos no trânsito;
Se realmente precisar de um carro, compre um que consuma menos combustível, de maneira a emitir menos CO2.