18 julho 2006

Apoiamos o MMM

Em São Paulo a comunidade também está mobilizada.
66 mil metros quadrados de área verde do Colégio Nossa Senhora do Morumbi estão ameaçados por um mega projeto imobiliário idealizado pela maior responsável pela urbanização da cidade de São Paulo, a Companhia City. Como sempre acontece, a comunidade não sabia de nada.
A comunidade organizou-se e, como aqui em Porto Alegre, conseguiu ter acesso ao projeto que já estava na Secretaria de Habitação de São Paulo. Planejavam construir sete torres de apartamentos com 22 andares, salas de apartamentos, ginásio e muito comércio.
E tudo isso, sem a ampliação da malha viária.
Os empreendedores aparentemente desconhecem que existe um decreto de 1989 que com o objetivo de preservar os poucos resquícios de mata atlântica existentes na cidade, preserva aquela área entre outras mais.
Eles estão organizados e pretendem lutar pela preservação da área e pelo direito de serem ouvidos e respeitados.
Os Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho apóiam essa luta do Movimento Morumbi Melhor - MMM.
O e-mail deles é: morumbimelhor@hotmail.com
Visite a página do MMM
Boa Luta e Sucesso aos amigos de São Paulo!

14 julho 2006

A Vitória - repercussão na imprensa

Ospa desiste de teatro no Total


Foram 11 meses de debates acalorados. Há tempos não se via um tema apaixonar tanto moradores e freqüentadores dos bairros Floresta e Independência. De um lado, quem defendia a instalação do novo teatro da Ospa no estacionamento do Shopping Total. Do outro, quem temia pela preservação da Rua Gonçalo de Carvalho, caso a construção fosse erguida.

No dia 9 de junho, finalmente veio o desfecho. Por meio de um ofício endereçado à Procuradora da República Suzete Bragagnolo, a Fundação Pablo Kómlos, responsável pela captação de verbas para a construção do novo teatro, comunicou a desistência do projeto.

A notícia foi comemorada por moradores da Rua Gonçalo de Carvalho, que consideram a vitória um marco na luta por manter a via livre da poluição e da expansão imobiliária na região. Mas, acima de tudo, os meses de manifestações contra a construção do teatro da Ospa e de seu edifício-garagem no bairro mostram o poder de mobilização dos moradores.

- É uma prova de que o caminho da vizinhança é a melhor maneira de encaminhar reivindicações. Outro ponto importante é que trata-se de um resultado independente da ação dos políticos. Muitos de nós julgávamos impossível esta conquista - afirma Marcelo Ruas, presidente da Associação dos Moradores e Amigos do bairro Independência (Amabi).

Conquista para uns, perda para outros. Entidades comerciais lamentaram não mais contar com um empreendimento que poderia tornar a região um pólo cultural.

- A decepção é grande. Estávamos vislumbrando mais empregos e oportunidades para a região enquanto defendíamos esse projeto. Mas já estamos avaliando a possibilidade de novos empreendimentos se instalarem no bairro - diz o presidente da Associação da Cristóvão Colombo, Beto Rigotti.

O atraso na liberação da Licença de Instalação pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente foi o motivo alegado pelo presidente da Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, Ivo Nesralla, para a desistência do projeto.

- Perdi o tempo hábil para captação de verbas junto Ministério da Cultura - justifica Nesralla.

Segundo a assessoria de imprensa da Ospa, no entanto, outros dois motivos foram preponderantes na decisão: a oposição constante dos moradores da Rua Gonçalo de Carvalho - que recorreram ao Ministério Público - e questões relativas à origem privada do terreno. O segundo item comprova a tese defendida pelos moradores e pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil desde o início. O emprego de dinheiro público em um terreno que não pertence ao Estado dificultaria a captação de verbas por meio da Lei Rouanet.

Após a primeira vitória, a recém-criada Amabi pretende continuar lutando por melhorias para o bairro. Uma delas já foi obtida: a colocação da câmera da vigilância na esquina da Santo Antônio com a Cristóvão Colombo, ponto considerado rota de fuga de assaltantes. Quanto ao novo teatro da Ospa, deverá ser construído na orla do Guaíba, como previa o projeto inicial. Para a Gonçalo de Carvalho, um futuro com menos turbulências está guardado. A rua agora é reconhecida como patrimônio histórico, cultural, ambiental e ecológico da cidade. Se daqui a alguns anos, o túnel verde da via ainda encobrir a caminhada dos filhos e netos do bairro, estes 11 meses certamente serão lembrados.


Onze meses por uma causa
- Setembro de 2005 - Depois de saber dos planos da construção de um edifício-garagem com saída de carros pela rua, o grupo Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho começa suas reuniões
- Novembro de 2005 - É fundada a Associação dos Amigos e Moradores do Bairro Independência, para apoiar a causa
- Dezembro de 2005 - Uma audiência pública para debater o tema reúne centenas de moradores no salão paroquial da Igreja Batista
- Janeiro de 2006 - Morre o cirurgião-dentista Haeni Ficht, fundador da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência e principal líder do movimento
- Janeiro de 2006 - Com alterações no projeto, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente emite a licença de instalação para o início das obras, mas o Ministério Público afirma que analisará a validade da licença
- Junho de 2006 - Fundação Pablo Kómlos confirma a desistência da instalação do teatro junto ao Shopping Total

Gabriel Brust - jornal Zero Hora (14/7/2006)

04 julho 2006

Agora, é OFICIAL

A Fundação Pablo Komlós (OSPA) desiste de construir seu teatro e o respectivo EDIFÍCIO-GARAGEM no estacionamento do Shopping Total.
A Rua Gonçalo de Carvalho seus vizinhos e amigos, liderados pela AMABI - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência venceram esta batalha!!!