17 março 2011

O "consumismo" e seus prazos de validade

Do Blog Cão Uivador:

A obsolescência programada

Quando teu avô ou tua avó disser que “antigamente as coisas duravam mais”, leva-os a sério. Não penses que é “papo de velho”.

Afinal, qual o produto mais antigo na tua casa? Quantos tem mais de dez anos? Provavelmente dá para contar nos dedos.

Isso se chama “obsolescência programada”. Ou seja: as coisas são feitas para estragar. Quando poderiam durar muito mais – e serem consertadas quando pifassem. Mas hoje em dia, quando a tua impressora ou o teu celular param de funcionar, dificilmente vale a pena arrumar. O conserto sai tão caro que é mais barato comprar um aparelho novo.

Só que a obsolescência programada vai muito além de produtos serem feitos para estragarem logo e não poderem ser consertados. A publicidade seduz as pessoas a comprarem coisas “novas” e jogarem fora as “velhas” mesmo quando elas ainda estão boas. Para isso, mudam um pequeno detalhe num carro, ou numa camisa de time, ou num celular, e os vendem como se fossem “novidades”.

Assim, desta forma, se mantém girando a roda do consumismo…

É disso que trata o documentário abaixo. Vale muito a pena assistir.


11 março 2011

04 março 2011

Novamente o Shopping Total...

Shopping Total pretende alterar o Estudo de Viabilidade Urbanística (EVU) do empreendimento
Na planta "sumiu" a área onde seria construído o complexo OSPA em 2005
Na reunião extraordinária do Fórum da RGP1 (Região Geral de Planejamento 1) foi apresentado um projeto de alteração de EVU do Shopping Total que tramita no CMDUA. Nesse projeto o shopping pretende unificar o EVU das áreas e também regularizar áreas que estão irregulares, além da construção de uma grande garagem (mais de 600 vagas) no prédio 5 do shopping.
Arquitetos (em pé) explicando o projeto
Chamou a atenção dos delegados e convidados residentes na região o fato que o empreendedor pretende que a saída dos carros da nova garagem será pela Rua Tiradentes, que todos sabem ser uma pequena rua com trânsito já saturado.
A pequena e saturada Rua Tiradentes
Cadê a área onde seria o complexo OSPA (à direita da planta)?
Também não aparece na planta, apresentada pelos arquitetos contratados para fazer o estudo de EVU pelo Shopping Total, a área do atual estacionamento do shopping onde seria construído o Teatro da OSPA e o famigerado edifício-garagem que motivou o surgimento do Movimento dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho e a criação da AMABI - Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Independência.. Era como se aquela área não fizesse parte do shopping. Curioso, não?
Foi lembrado por vários delegados que o Shopping Total sempre descumpriu o que havia acertado com a comunidade, inclusive medidas compensatórias e mitigatórias acertadas no CMDUA quando solicitou EVU anteriormente. Alterar seu EVU seria "apagar" o que havia sido acertado anteriormente.
Delegados fizeram muitos questionamentos
Perguntados sobre a área do atual estacionamento, os arquitetos disseram desconhecer se alguma obra estava sendo planejada para o local - o que parece óbvio pois pretendem deslocar as vagas deste estacionamento para o novo edifício-garagem - também desconheciam que o projeto do shopping previa área arborizada e com pavimento permeável e isso não havia sido cumprido. O estacionamento é puro asfalto e depois de muito tempo é que plantaram algumas árvores.
Muitas perguntas ficaram sem respostas
Para bom entendedor, meia palavra basta. Os moradores do entorno da região do shopping terão que retornar as mobilizações pois parece que vem mais incomodação do Shopping Total e, como sempre, com muito apoio de setores políticos e da administração municipal.
Lideranças comunitárias da região também estiveram presentes

Conselheiro Ibirá e o processo do Shopping Total

Cuidado: Qualidade de Vida não se compra em shopping!

03 março 2011

Cycling Friendly Cities engels


This video presents a vision on the quality of cities through cycling and walking inclusive planning. The scenario for Cycling Friendly Cities came from Enrique Peñalosa, former mayor of Bogota, who used the Dutch and Danish policies for urban transport planning as a model to create a social model for his city . The video has been produced in the framework of the Locomotives program managed by I-CE Interface for Cycling Expertise
A I-CE é uma ONG internacional para a mobilidade de baixo custo e planejamento integrado do ciclismo.




A Guerra do Trânsito – Paulo Timm , especial para Vale 
Pedalando por um mundo mais respirável.(www.massacritica.com.br)
 Nós [os ciclistas] não atrapalhamos o trânsito: nós SOMOS (sic) o trânsito. (…) Chega da ditadura do automóvel. (Depoimento de um ciclista presente à Sul21.com)
***
O incidente no qual 15 ciclistas do Movimento Massa Crítica, foram atropelados pelo motorista de um Gol preto na última sexta feira, dia 25, à noite, na boêmia Cidade Baixa, em Porto Alegre, teve repercussões nacionais. O motorista do Gol, Ricardo Neiss, 45 anos, servidor do Banco Central, que fugiu do local, apresentou-se à Polícia ontem e justificou-se. Teria sido agredido pelos manifestantes e, temeroso, perdeu o controle e investiu sobre os ciclistas. Uma testemunha, também motorista, que estava no local, logo atrás do carro agressor, confirmou o relato. Outras, porém, o desautorizam, com afirmações de que ele vinha pressionando os ciclistas, cortando com impaciência a fila dos carros, numa atitude ousada, afinal consumada no atropelamento.

A opinião pública nacional foi unânime em condenar o agressor e, em diversas cidades, já ocorreram manifestações em solidariedade aos ciclistas gaúchos.

Em Porto Alegre, porém, os ânimos estão divididos. Isto porque já há uma divisão da opinião pública sobre o bairro, considerado excessivamente permissivo para os conservadores hábitos gaúchos. Ali se reúnem jovens de todas as tribos, intelectuais de esquerda, GLSs, transformando a área num verdadeiro território livre. Conservadores se incomodam com isto e, não raro, ultrapassam o limite do tolerável e despencam para a grosseria e para o preconceito. A esquerda, pelo contrário, convive com esse que foi durante muitos anos seu próprio meio de reprodução: o underground...A Cidade Baixa reedita, enfim, com algumas décadas de atraso o Greenvich Village, de New York, dando à nossa capital madrugadas menos provincianas. Aí o inevitável: Onde há grande cidade, há cidadania; onde há cidadão, há senso crítico; onde há senso crítico se abre o espaço para o espanto, que tudo questiona .

Há 40 ou 50 anos este clima ficava restrito ao Centro Acadêmico Franklin Delano Roosevelt, da Faculdade de Filosofia, onde pontificávamos do alto da nossa iconoclastia , eu, o desengonçado J.Pingo, hoje ator e diretor de Teatro, assessorado pelo Joacyr Tadeu Nascimento Medeiros, da Física, o “Baixo”, o Benício Schimdt, a Mercedes Loguercio, o Flavio Koutzii, o infante Che Pontão, e outros recém chegados como Sérgius Gonzaga e tantos que não me lembro o nome, todos misturados aos conchavos dos dois principais grupos que dominavam a política estudantil (canalha canônica- AP x patifes materialistas-Partidão) disputando quem (?) deveria ser o candidato ao Diretório Estadual de Estudantes: Clóvis Grivot, do Direito, Paulo Bicca, da Arquitetura, André Foster, das C.Sociais, Gilberto Bossle, do Direito.Hoje, felizmente, a subversão de idéias e costumes, estendeu-se à cidade toda e tem na Cidade Baixa um ponto de referência. Pois foi exatamente neste ambiente polivalente e etéreo, carregado de maneirismos e péssimas intenções , que o Massa Crítica se concentrou para sua manifestação. Onde deveria ser? No Iguatemi...? Deveria ter tirado Licença Prévia? Talvez...? Deveria ser mais complacentes com o motoristas que por ali passavam? Talvez...? Mas nada justifica a atitude do Senhor Ricardo Neiss, a não ser sua falta de coragem para enfrentar eventuais dissabores, até ameaças. Se tivesse uma arma, teria atirado e talvez morto um ou dois ciclistas. Porque é um assassino? Certamente não. Tem emprego fixo, um curso superior, a pele branca, o gênero dominante, é atlético, tudo enfim, que o credencia à prepotência social. Mas é um covarde. Preferiu, covardemente, usar o carro como arma, defendendo-se na carenagem como armadura. Um templário destemperado numa noite abafada de verão, sem nenhuma compreensão do seu tempo. Certamente, nunca leu o Código de Trânsito. Aí descobriria que bicicleta é tão veículo quanto qualquer automóvel. O que aliás, impõe aos ciclistas e ao Massa Crítica - e tantos outros movimentos de defesa do ciclismo- que não só reprovem o covarde ato, mas que o tomem como uma reflexão interna. É uma oportunidade para fazerem com que todo o menino e menina que ganham a primeira bicicleta, tomem o fato, não só no seu sentido lúdico, mas como um ritual de passagem de pedestre para condutor, acompanhado do Código de Trânsito. Como um ato revestido de grande senso de responsabilidade. Pois não só tenho conhecimento de inúmeras vitimas de bicicletas em calçadas, como eu mesmo, já deixei de frequentar vários parques de medo dos velocípedes serpenteando entre idosos e crianças a velocidades incríveis.

Valha o bom senso, para todos. E o peso da Justiça sobre o Senhor Ricardo Neiss.

02 março 2011

Protestavam e gritavam: NÃO FOI ACIDENTE.

Protesto contra o atropelamento coletivo de ciclistas e contra a violência no trânsito em Porto Alegre.



Nessa terça-feira aconteceu um grande ato de protesto em Porto Alegre com mais de 2 mil participantes.
Iniciou no Largo Zumbi dos Palmares (Largo da Epatur), circulou por ruas do bairro Cidade Baixa (onde aconteceu a tentativa de homicídio de dezenas de ciclista na sexta passada) e encerrou no Paço Municipal onde, depois de muito insistirem, foram recebidos por um secretário do governo municipal.
O ato aconteceu em bom momento, pois já se escutavam pessoas tentando "justificar" a reação do indivíduo que arremessou seu carro de 1 tonelada contra um grupo de ciclistas. Afinal, escutou-se em emissoras de rádios, os ciclistas estariam "atrapalhando o trânsito", bicicletas "andam devagar", as pessoas (motoristas) tem "pressa" para circularem... O pior é que, mesmo dizendo que isso não justificaria a tentativa de agressão, alguns comunicadores não parecem entender que as bicicletas tem o direito de também circularem na cidade.

Nada pode justificar a barbárie ocorrida na sexta-feira passada!

As cidades existem para as pessoas que nelas vivem, não para privilegiar as conduções de algumas pessoas, especialmente as de maior poder econômico.


O problema da violência no trânsito não é causado pelas bicicletas e pelos ciclistas do Massa Crítica. Voltemos um pouco no tempo, quando o carro não era o "Rei da cidade", as pessoas não tinham medo de atravessar as ruas, como hoje ocorre. As ruas eram de todos, não apenas dos carros. Mas os carros estão entupindo as cidades, ocupam todos os espaços, a quantidade de carros em Porto Alegre cresce anualmente mais que a população. E quando eles perdem a preferência nas ruas, perdem poder. Seus motoristas sentindo-se impotentes, ficam com raiva e atacam com mais ferocidade.  O carro é o grande PREDADOR das nossas cidades, mesmo as menores.


Está na hora de muita gente parar para pensar um pouco...


Veja mais no Porto Alegre RESISTE: Grande protesto em Porto Alegre
Mais informações sobre o Massa Crítica: http://massacriticapoa.wordpress.com/