25 fevereiro 2010

ZH Moinhos: Furto de placa da Gonçalo é mistério

Matéria no caderno ZH Moinhos de hoje:

25 de fevereiro de 2010 | N° 16257

CAPA

Furto de placa da Gonçalo é mistério

Alusão ao tombamento de rua dos bairros Floresta e Independência, objeto que ficava em pedestal na via tem paradeiro desconhecido

A primeira rua a se tornar patrimônio cultural e ecológico da Capital está há mais de um ano sem um pedaço de sua história.

Em março de 2008, a placa de metal instalada em pedestal de concreto, alusiva ao tombamento da Rua Gonçalo de Carvalho, no bairro Independência, foi furtada. Até hoje, o monumento vazio entristece moradores e amigos que lutaram pelo inédito reconhecimento da via, popular por seu túnel verde.

– É difícil passar por ali e não ficar chateado. Lutamos tanto pelo tombamento da Gonçalo, é uma pena que tenha sido vítima desse furto. E nem era um metal valioso. Estamos tentando faz mais de um ano, junto à prefeitura, colocar outra. Quem sabe de acrílico, para não atrair ladrões – diz Cesar Cardia, integrante do grupo Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho.

Foi em junho de 2006 que a rua coberta pelas árvores entrou para a história. No decreto assinado pelo prefeito, ficou estabelecida a manutenção das características locais, como a preservação das dezenas de tipuanas, plantadas em 1937, e do calçamento. Desde então, além de atender à legislação normal, qualquer intervenção na Gonçalo precisa obedecer ao decreto municipal.

O fato repercutiu no Brasil e no mundo. E-mails chegaram de toda a parte parabenizando a conquista. O blog Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho (www.goncalodecarvalho.blogspot.com), criado para funcionar durante a campanha de tombamento, acabou seguindo no ar. A foto principal mostra o ponto onde a placa deveria estar.

“De repente, sumiu a placa do tombamento da Rua Gonçalo de Carvalho, inaugurada com a presença do prefeito José Fogaça, em junho de 2007. Como geralmente ocorre, simplesmente ninguém viu. Era uma placa normal. Será que o autor do furto a levou para casa como troféu? Não é de duvidar, embora ela viesse sofrendo ações de vandalismo.

A diretoria anterior da Associação dos Moradores do Bairro Independência (Amabi) tentou junto à Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) a reposição da placa, mas não obteve reciprocidade. Cansados de esperar uma solução, os moradores da primeira via urbana tombada na América Latina estão se mobilizando para colocarem uma nova placa, em acrílico, impressa em serigrafia, conforme modelo desenhado por Cesar Cardia, um dos líderes do movimento e incentivador de todo o processo.

– Pena que os órgãos competentes não demonstraram interesse. Como a nossa proposta é uma placa de custo baixo, se a roubassem, colocaríamos uma nova – declarou Cardia.

O que você acha? A placa já foi roubada. Vandalismo ou troféu?”

O que diz a prefeitura

Questionada sobre as providências para repor a placa, a prefeitura não encontrou a demanda oficializada no setor competente, a Smam. Ao saber da situação, a responsável pelo Departamento de Monumentos, Cibeli Silva do Carmo, decidiu ir até a Gonçalo e verificar o local onde estava a inscrição. Voltou otimista.

– Conferi o pedestal. Acredito que não seja muito caro para fazer a reposição. O custo de recuperar um monumento, uma estátua, por exemplo, é que se torna alto. Muitas vezes precisamos de patrocinadores. Mas essa placa era pequena – disse Cibeli.

Ela colocou seus telefones à disposição dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho para dar mais informações sobre como proceder. ZH Moinhos encaminhou os contatos para Cesar Cardia.

PAULO RENATO RODRIGUES

Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2818590.xml&template=3898.dwt&edition=14177&section=997 

 

19 fevereiro 2010

Plano Diretor e corrupção... em Brasília.

Paulo Octávio, mídia e a crise no DF

Atualizado e Publicado em 19 de fevereiro de 2010 às 12:25
Comentário para o programa radiofônico do OI, 19/2/2010
em 19/2/2010

MÍDIA E A CRISE NO DF
À sombra do escândalo
por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa  

A crise política produzida pela revelação de um esquema de distribuição de propinas em Brasília ganha novos e interessantes contornos no final desta semana carnavalesca.
O governador interino, Paulo Octávio Alves Pereira, que, segundo destaca o Globo, chegou a ensaiar três cartas de renúncia, anuncia que vai ficar no cargo, esperando para ver se a Justiça ou qualquer outro poder esotérico o arranca da cadeira. Já sem apoio do seu partido, o Democratas, o vice-governador no exercício não tem grandes ambições políticas, ao contrário do que fazem pensar as notícias dos jornais.
Paulo Octávio se mantém no cargo para tentar salvar seus negócios, totalmente vinculados ao governo do Distrito Federal.
O governador interino, que completou 60 anos de idade em plena crise, no dia 13 passado, sábado de carnaval, construiu seu império de empreiteiras e propriedades imobiliárias nas sombras do poder público. Ele representa a figura do capitalista que vive como parasita do Estado. Aparece nos bastidores de escândalos há duas décadas, desde a eleição do ex-presidente Fernando Collor de Mello, de cuja amizade também se beneficiou. Observar seus movimentos ajuda a entender como funciona a política na capital federal.
O mesmo esquema
Os jornais acompanharam as tentativas de Paulo Octávio de obter algum apoio para seguir no cargo, enquanto se acumulam as evidências de que o governador titular, José Roberto Arruda, terá seu mandato cassado. Sua última grande cartada foi a visita ao presidente da República, de onde esperava sair com algum alento.
Sabe-se que o presidente Lula da Silva não quer o ônus de ser o autor de uma intervenção no governo da capital, e o governador interino esperava alguma declaração que o ajudasse a recompor minimamente a governabilidade para seguir no poder. Mas, apesar de a reunião ter sido a portas fechadas, nada fica secreto na corte, e seu fracasso logo virou notícia.
Alguns dos blogueiros mais influentes de Brasília apostaram, no começo da noite de quinta-feira (18/2), que Paulo Octávio não completaria o fim de semana no governo. Um deles chegou a explicar "por que Paulo Octávio renunciou".
Erraram. Porque acharam que se trata apenas de política.
A motivação de Paulo Octávio não é o poder. É o dinheiro. Ele é apontado como o avalista do esquema coordenado por José Roberto Arruda, que já foi também, por mais de dez anos, o mesmo esquema do ex-governador Joaquim Roriz.
Os negócios da política
O Estado de S.Paulo publica na edição de sexta-feira (19) cópia de uma planilha de computador apreendida pela Polícia Federal, na qual está desenhado o esquema de loteamento de 4,5 mil cargos de confiança na administração do Distrito Federal, com os nomes de padrinhos e apadrinhados e os totais de salários dos cargos comissionados. Os principais beneficiários são deputados distritais. Dos 24 deputados de Brasília, 18 estão na lista, o que explica de certa maneira como funciona o esquema.
Mas a distribuição de cargos não era a única forma de pagamento pelo apoio dos parlamentares. Tinha também a farta distribuição de dinheiro vivo, como ficou provado nos vídeos que foram parar na internet.
Mas ainda não é esse o núcleo e objetivo central do esquema escandaloso. O que, afinal, um empresário bem sucedido, sem necessidade de se expor à execração pública, está protegendo ao permanecer no cargo por uns poucos meses?
O que Paulo Octávio Alves Pereira tenta preservar, e que não aparece explicitamente no noticiário, é o Plano Diretor de Ordenamento Territorial do Distrito Federal. Essa informação abre a coluna "Painel" da Folha de S.Paulo de sexta-feira, mas o jornal não se estende em maiores explicações.
A mudança no planejamento urbano de Brasília é um velho sonho dos empreiteiros de Brasília. O projeto aprovado em 1997, no governo de Christovam Buarque, era pouco intervencionista. Por isso, o plano diretor foi reformado num dos quatro mandatos do ex-governador Roriz e, finalmente, no governo de Arruda, ganhou os contornos desejados pelo grupo, sendo aprovado pela Câmara Distrital em março do ano passado. Trata-se, segundo a nota da Folha, de uma verdadeira mina de ouro.
A imprensa poderia contar um pouco mais dessa história e parar de fingir que a crise de Brasília é política. Negócios são sempre negócios.

Fonte:  http://www.viomundo.com.br/voce-escreve/paulo-octavio-midia-e-a-crise-no-df/

02 fevereiro 2010

Calor infernal

Com a previsão de 40° para o final de semana, conforme informação do Correio do Povo, dá uma certa inveja para muita que detesta esse calor infernal ver as fotos do Blog "A Tidewater Gardener", de Norfolk, Virginia, USA.
Certamente o Rodrigo (http://caouivador.wordpress.com/2010/01/31/o-apocalipse-desembarca-no-sul/) vai se imaginar por lá...

Veja aqui: Snowpocalypse 2010

Atualização em 3 de fevereiro: