27 abril 2008

No "Bar do Nani"


No "Bar do Nani", segundo o próprio Nani, se come a melhor feijoada da escadaria do Viaduto Otávio Rocha.
Essa brincadeira reflete o bom humor do proprietário, o Ernani, pois é o único bar e restaurante da escadaria.
É um dos restaurantes mais "underground" da cidade, serve almoço simples a preços baixos. Seu "prato do dia" custa R$ 6,00 e seu tradicional "carreteiro" é servido no prato com um pouco de feijão e uma salada verde por apenas R$ 1,99. Nas sextas, tem a afamada feijoada, simples mais saborosa e que custa apenas R$ 8,00, com um copo de refrigerante grátis.
Suas paredes estão cobertas por ilustrações, cartoons e caricaturas (especialmente do bigodudo proprietário) feitas pelos chargistas da cidade que se encontram ali nas noites de terça.
Uma das máximas do Nani está escrita num papel afixado na parede, perto do balcão: "O problema dos outros é fácil de resolver!"
Na realidade é mais que um bar ou restaurante, é uma espécie de "bolicho gaúcho". Lá também se vende queijo da colônia, vinho artesanal e até livros policiais usados.
Outra característica interessante do local é que não tem nenhum empregado. O próprio Ernani faz as compras, é o cozinheiro, atende as mesas, lava as louças, cobra as despesas e limpa o bar. Eventualmente também entrega algum almoço nas proximidades para algum cliente que não pode ir ao bar, neste caso os clientes tomam conta do bar quando ele diz: "vou dar uma saidinha rápida, já tô voltando, cuidem aí..."
A música ambiental do bar é a programação gauchesca da Rádio Liberdade. Mas dizem que de noite, caso insistam, ele arrisca uma música no violão.
Também conhecido como "Gaúcho", o Ernani com sua simpatia e bom humor conquista seus clientes, mesmo quando não acerta a receita e a comida fica um pouco salgada.
Esse é um dos locais de Porto Alegre que a maior parte da população não conhece e fica bem no centro da cidade, pouco mais de uma quadra do Palácio Piratini e Catedral Metropolitana.
Não tem nenhuma identificação externa a não ser uma ou duas placas, na hora do almoço, onde escreve "carreteiro - R$ 1,99".


Mais fotos no Blog Cão Uivador

23 abril 2008

Preservação da Caixa d'Água em Petrópolis

CONVITE
O Movimento Petrópolis Vive convida todos os porto-alegrenses, com especial responsabilidade aos petropolitanos, para um
Encontro pela preservação da Caixa d'Água da Praça Mafalda Veríssimo,
na esquina da Borges do Canto com Felipe de Oliveira.
O DMAE já licitou a demolição desse reservatório, que está inativado, como medida de economia. Porém, como nessa região ocorreram os primórdios da ocupação do Bairro, com as vendas do loteamento da Schilling e Kuss e a Caixa d'Água é uma referência para moradores, passantes e motoristas, a comunidade tem defendido sua preservação.
No próximo dia 29 de abril haverá uma nova audiência na Promotoria da Ordem Urbanística do Ministério Público Estadual, reunindo o DMAE, a Secretaria da Cultura e representantes da comunidade, para tratar da questão.
Venha dar força para a preservação! Traga mais alguém!

DATA: 25 de abril, próxima sexta-feira
HORÁRIO: das 17h às 18h.

16 abril 2008

Lixo espacial

BBC Brasil:
Fotos mostram lixo espacial na órbita da Terra

A Agência Espacial Européia (ESA, na sigla em inglês) divulgou nesta terça-feira imagens do lixo espacial em órbita em volta da Terra.

Segundo a agência, entre o primeiro lançamento, em 1957, e janeiro de 2008, cerca de 6 mil satélites já foram enviados para a órbita terrestre. Destes, apenas 800 estariam ativos e 45% estariam localizados a uma distância de até 32 mil quilômetros da superfície terrestre.

Além dos satélites desativados, as fotos de satélite mostram resíduos espaciais como fragmentos de aeronaves espaciais que se quebraram, explodiram ou foram abandonados. De acordo com a ESA, aproximadamente 50% dos objetos que podem ser rastreados são derivados de explosões ou colisões na órbita terrestre.

O lançamento do Sputnik – o primeiro satélite artificial, lançado em 1957 pelos soviéticos, marcou o início da utilização do espaço para a ciência e a atividade comercial.

Durante a Guerra Fria, o espaço se tornou o principal terreno de competição entre os Estados Unidos e a antiga União Soviética – uma disputa que atingiu seu ápice com a corrida para conquistar a Lua, na década de 60.

Por ocasião das Olimpíadas de Tóquio, em 1964 foi lançado o primeiro satélite de televisão para a órbita terrestre, com o objetivo de transmitir os Jogos Olímpicos.

Mais tarde, os lançamentos russos diminuíram e outros países inauguraram seus programas espaciais.

Uma estimativa da ESA indica que o número de objetos na órbita terrestre cresceu de maneira estável desde o primeiro lançamento. Segundo os dados, cerca de 200 novos objetos são lançados todos os anos.

Em 2001, os pesquisadores americanos Donald Kessler e Philip Anz-Meador, que estudam o lixo espacial, afirmaram há uma possibilidade de que, em vinte anos, já não seja mais possível realizar operações em órbitas mais próximas da Terra.

15 abril 2008

Moradores querem dormir e som da casa noturna não permite

Na reunião da AMABI para tratar da poluição sonora da casa noturna República de Madras localizada no Shopping Total, realizada ontem à noite, moradores expressaram sua indignação com o que está ocorrendo e com a morosidade das ações dos poderes públicos para solucionar o problema.

Além de representantes de prédios mais afetados pelo barulho da casa noturna, estiveram presentes na reunião a representante da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM), representante do gabinete do vereador Bernardino Vendrúsculo, os jornais JÁ/Moinhos, Floresta e o caderno ZH/Moinhos do jornal Zero Hora.

Foram decididas várias ações que serão oportunamente divulgadas para a comunidade.

Convenhamos, querer dormir e não conseguir por causa de poluição sonora é um verdadeiro inferno...

Que venha logo a solução!

13 abril 2008

Ainda a Poluição Sonora do Madras


Moradores do entorno do Shopping Total continuam a reclamar da poluição sonora da casa noturna República de Madras.
A AMABI (associação de moradores) fará reunião na segunda (dia 14) para analizar a situação.
Será no Restaurante Indiano MANTRA, às 19h.

07 abril 2008

SOS Guaíba - II


Do “Newsletter” do jornalista Felipe Vieira:

Meio Ambiente I: Empresas devem tratar esgoto que lançam no Guaíba
A Comissão de Saúde e Meio Ambiente (Cosmam) da Câmara Municipal de Porto Alegre encaminhará proposta de modificação da Lei Orgânica do Município (LOM) para que as empresas privadas passem a ser responsáveis pelo tratamento do esgoto que produzem e despejam no Lago Guaíba. De acordo com os vereadores, a LOM, atualmente, estabelece o monopólio do Município no tratamento de esgotos. A decisão foi tomada após roteiro de barco ao longo do Lago Guaíba, promovido pela Cosmam neste sábado (5/4) pela manhã. Percorrido por vereadores, ambientalistas e integrantes do Fórum de Entidades - que discute o projeto de reavaliação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental (PDDUA) de Porto Alegre -, entre outros convidados, o roteiro no barco Cisne Branco foi guiado pelo geólogo Israel Barcelos de Abreu, mestre em hidrologia e saneamento e Doutor em Ciência pela Universidade de Barcelona (Espanha).

A viagem teve o objetivo de verificar os níveis de poluição em pontos de captação de água pelo Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae). O especialista e os vereadores também defendem que se examine, mais detalhadamente, os possíveis impactos que os novos empreendimentos imobiliários na Zona Sul, previstos para serem inaugurados nas proximidades da orla do Guaíba nos próximos anos poderão acarretar sobre o meio ambiente. Entre os principais empreendimentos estão o Barra Shopping Cristal, o projeto Gigante para Sempre – do Sport Club Internacional – e o Pontal do Estaleiro Só.

A presidente da Cosmam, vereadora Neuza Canabarro (PDT), ressaltou a importância da realização do roteiro pelo Guaíba no momento em que se discute o projeto de reavaliação do PDDUA. “Esses novos empreendimentos, na orla do Guaíba, devem gerar a circulação diária de 40 mil a 50 mil pessoas. É preciso avaliar o impacto ambiental disso.” Por sugestão do vereador Adeli Sell (PT), a Cosmam também deverá promover uma atividade, neste semestre, para discutir o futuro do Lago Guaíba. Adeli defendeu a idéia de que o Estado promova a concessão do Cais Mauá para a administração de empresas privadas e também manifestou preocupação quanto a possíveis impactos ambientais a serem gerados pelos novos empreendimentos da Zona Sul.

Meio Ambiente II: Deterioração
Israel de Abreu destacou que há uma deterioração crescente do estado das bacias de captação de água no Lago Guaíba. “O Fórum das Entidades reivindica a valorização dos recursos hídricos e defende que a população porto-alegrense passe a ter mais informações sobre o tema, inclusive a respeito das repercussões financeiras dessa degradação ambiental. Ele também defendeu que o Lago seja utilizado como hidrovia, como alternativa de desenvolvimento econômico e de ecoturismo para o Estado, uma vez que o Guaíba é responsável por 73% de todo o transporte fluvial gaúcho. “Toda a economia do Rio Grande do Sul depende dessa hidrovia.”

Segundo ele, ao longo do Arroio Dilúvio existem 37 serviços de saúde responsáveis pelo despejo de esgoto com substâncias tóxicas na água, entre eles quatro dos principais hospitais de Porto Alegre. Abreu também alertou para o fato de que a captação de água do Menino Deus está a menos de 150 metros da foz do Dilúvio, situação semelhante a de outros pontos como o Arroio Cavalhada e a Hidráulica da Tristeza, em que as captações estão próximas aos lançamentos. “Quanto pior a qualidade da água captada, maior será o custo de produção da água tratada”, explicou.

Logo no começo do roteiro de barco, o hidrólogo apontou os dejetos visíveis no Lago, nas proximidades dos armazéns do cais do porto, já que o esgoto cloacal e pluvial são lançados a montante da captação de água do Dmae. A água de melhor qualidade, afirmou, está no Delta do Jacuí. “Urge elaborar um projeto que permita, futuramente, fazer essas captações no Jacuí.” A Hidráulica São João, explicou, é responsável pela captação de 40% da água que os porto-alegrenses bebem. Para ele, grande parte da degradação do Lago está diretamente relacionada à ação do homem. “É necessário haver conscientização.”

Meio Ambiente III: Passivos ambientais
Para o vereador Beto Moesch (PP), ex-secretário municipal do Meio Ambiente, há passivos ambientais que precisam ser resolvidos desde a década de 1930, quando começaram as atividades do cais do porto. Ele destacou a necessidade de haver regulamentação das atividades das empresas areeiras e acrescentou que os agrotóxicos são um dos maiores fatores de poluição da Bacia Hidrográfica do Guaíba. “A orla do Guaíba está sendo privatizada por residências e empreendimentos”, lamentou. “É preciso exigir que as empresas privadas tratem do esgoto que elas produzem.”

Abreu também alertou que obras de grande porte como as do Conduto Forçado Álvaro Chaves, inaugurado pela Prefeitura neste ano, e do Barra Shopping Cristal – com inauguração prevista para este ano - precisam levar em conta os efeitos que acarretam sobre as bacias de captação. Segundo ele, o Conduto desembocará água sem tratamento prévio diretamente no Guaíba, enquanto o novo shopping acarretará a circulação de cerca de 15 mil pessoas pelo local, muito próximo à orla, gerando grande quantidade de dejetos a serem despejados no Lago. Da mesma forma, o transporte de areia da orla, atualmente feito sem nenhuma base em estudos, causa poluição, destruição das margens dos rios e desassoreamento.

Durante o roteiro de barco, o hidrólogo chamou a atenção também para os quatro navios da Petrobras que fazem, semanalmente, o transporte de gás pelo Guaíba. “Uma descarga de fosfatos e hiperfosfatos feita de maneira imprópria, no porto, inviabiliza qualquer captação de água no Guaíba”, exemplificou Abreu. Também estavam presentes ao roteiro os vereadores Carlos Comassetto (PT), Alceu Brasinha (PTB) e Dr. Raul (PMDB), além do ex-governador e deputado federal Alceu Collares.

Fotos: Amigos da Rua Gonçalo

05 abril 2008

SOS Guaíba


Neste dia 5 de abril ocorreu um passeio no barco Cisne Branco para verificar a poluição no estuário do Guaíba.

Participaram o Fórum de Entidades para o acompanhamento da Revisão do Plano Diretor na Câmara de Vereadores de Porto Alegre, vereadores, imprensa e convidados.

A poluição é muito grande e ainda estamos perplexos com o que vimos.

A discussão prioritária não deve ser a que estamos ouvindo atualmente, se o Guaíba é rio, estuário ou lago. A prioridade deve ser salvar o Guaíba dessa morte lenta! Por sinal, não tão lenta assim...

Devemos cobrar ações rápidas e firmes de nossas autoridades e fazer a nossa parte, como cidadãos.

A irresponsabilidade foi longe demais!


O texto abaixo, foi tirado daqui:
Blog Cão Uivador

A imundície do Guaíba
Hoje pela manhã, aconteceu um passeio no Cisne Branco, patrocinado pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara Municipal de Porto Alegre, para verificação dos problemas ambientais no Guaíba. Além de vereadores, participaram também representantes de associações de moradores e movimentos populares. Junto com o meu pai, fui um dos representantes dos Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho. O barco não fez seu tradicional roteiro turístico, mas sim, passou pelos pontos mais poluídos do Guaíba. E o que vimos é simplesmente estarrecedor.

O local onde é feita a captação da água que chega às casas da maioria da população de Porto Alegre é também onde é despejado o esgoto dos bairros da Zona Norte, que é justamente onde vive a maior parte dos porto-alegrenses. Isto não é motivo para deixar de usar água da torneira para consumo, já que ela é tratada, mas vejam: quanto mais poluída a água, mais dispendioso é o seu tratamento.

Chegamos a navegar um pouco pelo Rio Gravataí, que marca o limite norte do município de Porto Alegre, onde não existe água propriamente dita, e sim um “caldo”, sem vida alguma. Muito fedor e muito lixo: sapatos, garrafas plásticas, caixas… Algo que, sim, sabemos que acontece mas quase não vemos, já que viramos as costas e fazemos de conta que não é problema nosso.
Em outros pontos do Guaíba o cheiro não era tão forte, mas também havia muito lixo, tanto boiando quanto acumulado nas margens. E, incrível: chegamos a ver uma tartaruga nadando naquelas águas, era literalmente a vida desafiando a morte.



Mais fotos aqui:







A poluição do Guaíba