Movimentos Ambientalistas e de Moradores do Centro da cidade mobilizaram-se para mostrar sua contrariedade a isso.
Alegam que o local cedido pelo poder público é uma área verde que deve ser legalmente integrada ao Parque da Harmonia.
Com este objetivo Jair Moraes e os demais integrantes do Movimento Salve o Parque da Harmonia, montaram uma exposição fotográfica itinerante para mostrar para a população da cidade a área que está ameaçada pela construção.
Texto e fotos enviados pelo Movimento Salve o Parque da Harmonia:
Estão mutilando nosso Parque da Harmonia
Histórico
“Situado entre a Ponta da Cadeia e a margem direita do Arroio Dilúvio, o Parque foi inicialmente chamado de Porto dos Casais e depois passou a denominar-se, pela lei n 5066, de 1981, Parque da Harmonia. Em 25 de março de 1987, pela lei municipal nº 5885, passou a chamar-se Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Com 65 hectares, caracteriza-se por reunir diversos aspectos da tradição gaúcha, com churrasqueiras ao ar livre e galpão crioulo, espaços destinados à manutenção e prática da cultura tradicionalista.
Conta com espaços de recreação infantil, futebol na areia, quadras de vôlei, canchas de bocha, local para pesca, aero e nautimodelismo.” Esta infra-estrutura apresentada acima é presente numa área restrita do parque, pois, no restante dele, não temos nada ofertado pela nossa ilustríssima prefeitura.
Entende-se o objetivo do abandono desta área destinada a concessão. Área esta de excelente localização, próxima a Usina do Gasômetro, perfeita para passeios, práticas de atividades físicas, brincar com as crianças, ler, reunir-se com os amigos, e desfrutar os benefícios que o contato com a natureza nos proporciona. Sendo este, um lugar perfeito para quem busca tranquilidade dentro da nossa capital. Acreditamos que estas são as justificativas do nosso prefeito, e dos vereadores para construírem um teatro no local, este que necessita de estacionamento, e vias de acesso para o mesmo, que provavelmente serão construídas no interior do parque. Sabemos que isso representa o uso de uma área maior, do que a concedida para a Fundação, que será utilizada para a construção do teatro.
Ao longo dos anos acompanhamos a construção de vários prédios do poder público, um centro de eventos, que virou restaurante, um galpão construído exclusivamente para a semana farroupilha, que acabou se tornando parte da paisagem, isto tudo na área destinada ao Parque da Harmonia.
Ao testemunhar estes acontecimentos me pergunto:
-O que diferencia um parque, de uma praça, ou de um terreno destinado a construções de grandes prédios?
Não somos contra nenhuma instituição cultural em específico, apenas não concordamos com a concessão de uma área pública, sendo esta área verde, para a construção de um teatro ou qualquer outro empreendimento arquitetônico. Acreditamos que existem outras áreas não aproveitadas para a construção deste teatro.
O Teatro Iberê Camargo e o Cais do Porto são dois exemplos dos 13 locais ofertados para este projeto que não causariam o impacto negativo na área ambiental e sócio-cultural da nossa cidade.
Salientamos que concordamos com a necessidade de uma nova casa para a OSPA, porém a grande área verde do Parque da Harmonia deve ser preservada como parte tradicional da cultura da nossa cidade.
Jair Moraes - Movimento Salve o Parque da Harmonia