A AGAPAN, Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural, pioneira na
luta ambiental, revive seus momentos de glória na defesa dos direitos
coletivos para que todos tenhamos uma cidade mais humana e solidária
para se viver.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjCzjl8P1xBm7hCcQs4XFyPeQDiM_qg7Offs8F_u6lAWCzzBR4GSIug8I-o8Vpi-YZptryjes2xtGkF3TcujjLHwON76WI7hOCAei3d92ZZpZnkTMuAvszel2qoCTZfC3FaEZXb/s400/IMG_7134.jpg) |
6 de fevereiro de 2013 - jovens impedem a derrubada de árvores em Porto Alegre |
Nos últimos tempos, foram muitas as manifestações e movimentos que
agitaram as ruas e os bastidores da política municipal, que apreensiva,
insiste em passar por cima dos direitos das pessoas de serem ouvidas e
de terem garantido seu acesso a espaços públicos, como a hoje tão
disputada Orla do Guaíba.
Já vimos esse filme de desrespeito às
leis e às pessoas e hoje as reivindicações despertam em todos nós
sentimentos cívicos de solidariedade, esperança e de autoconfiança.
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Dayrell - fevereiro de 1975 |
Como ambientalistas e defensores da vida, sentimos renovadas nossas
esperanças ao acompanharmos a renovação do gesto exemplar do então
estudante e membro da AGAPAN
Carlos Alberto Dayrell, em 25 de
fevereiro de 1975, que subiu em uma árvore tipuana, na avenida João
Pessoa, impedindo seu corte para dar lugar à construção do Viaduto
Imperatriz Leopoldina, defronte à Faculdade de Direito da Ufrgs. Outro
momento inesquecível na história de Porto Alegre foi em agosto de 1988,
quando militantes da AGAPAN subiram até o topo da chaminé da Usina do
Gasômetro e colocaram uma faixa de 40 metros de comprimento com os
dizeres “
NÃO AO PROJETO PRAIA DO GUAÍBA – AGAPAN”. O objetivo da
manifestação foi conclamar a população a comparecer na Câmara de
Vereadores e impedir a votação do Projeto, cuja aprovação transformaria a
Orla do Guaíba, privatizando o mais valioso patrimônio público de Porto
Alegre, entregando-o à sanha da especulação imobiliária. Mas, como
dizia José Lutzenberger, “nossas derrotas são permanentes e nossas
vitórias, temporárias”. Isso significa que os 72 km de Orla do Guaíba
continuam ameaçados e até hoje não foi privatizada pela permanente
mobilização da sociedade civil.
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Agosto de 1988 - a subida na Chaminé da Usina do Gasômetro |
A luta continua.
A AGAPAN considera que a
dimensão política do movimento ecológico vai além de ideologias
partidárias. As vitórias que obtivemos em quatro décadas não teriam
acontecido sem a participação inteligente, criativa e generosa dos
estudantes e de todos os militantes que fazem parte da AGAPAN. Neste
momento de glória, em que o movimento estudantil e os cidadãos ressurgem
com força e vigor, saudamos e nos colocamos como personagens e
protagonistas de mais essa luta. Ao comemorar 42 anos, a AGAPAN continua
lutando para preservar a Orla do Guaíba como patrimônio publico e
sempre à disposição do bem-estar coletivo da sociedade.
Saudações ecológicas da AGAPAN!
Porto Alegre, abril de 2013.
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O Manifesto que hoje começou a circular por e-mails e redes sociais |