29 março 2012

Ambientalista recebe homenagem

Ludwig Buckup recebe “Medalha Cidade de Porto Alegre”

Parabéns ao ilustre professor Ludwig Buckup pela justa homenagem de Porto Alegre a um de seus mais ilustres ambientalistas!
No dia de hoje, 29 de março de 2012, receberá a Medalha Cidade de Porto Alegre às 20h no Cais Mauá, entre os Armazéns A3 e A4.
Essa condecoração que foi instituída pelo decreto 6.202, de 25 de novembro de 1977, é uma forma da Prefeitura Municipal de Porto Alegre homenagear pessoas e entidades que, por seu trabalho, ajudaram a construir a história da cidade.

 
Professor Buckup e sua esposa Georgina - Foto: AGAPAN

O Biólogo e Professor Dr. Ludwig Buckup viveu sua infância em um ambiente familiar que privilegiava o contato com a natureza. No sítio da família, na margem da Represa Guarapiranga, em São Paulo, plantavam-se árvores nativas brasileiras e a proteção dos animais era assunto de alta prioridade. Na escola, teve professores com visões modernas sobre o ensino das ciências, que realizavam excursões com seus alunos para a observação de plantas e animais nas matas que naquele tempo ainda cercavam a capital paulista. Consolidou-se, desta forma, a forte inclinação de Buckup para a Biologia, resultando em sua decisão de graduar-se pelo Curso de História Natural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, cidade que adotou para viver. Como bolsista do DAAD na Alemanha, obteve o doutorado em Zoologia. Nesse País conheceu de perto os resultados da implementação de políticas voltadas para uma efetiva proteção ambiental nos paises europeus. Durante seus cinqüenta e dois anos de docência na UFRGS, desde 1959, preocupou-se fortemente com uma formação universitária que fosse muito além da simples transferência de saberes acadêmicos, procurando preparar os futuros biólogos para uma postura pessoal e profissional voltados para a conservação da biodiversidade e para a educação ambiental para todos os segmentos da sociedade. Ainda na UFRGS criou o primeiro curso de bacharelado em Ecologia do país e foi o primeiro Coordenador do Curso de Pós-graduação em Ecologia. Entre os numerosos biólogos que Buckup orientou em suas pesquisas a nível de graduação, mestrado e doutorado, surgiram profissionais que hoje ocupam posição de destaque nos diversos sistemas administrativos públicos regionais e nacionais ligados ao meio ambiente. No inicio da década de 50 começou a acompanhar os trabalhos de pesquisa e de ambientalismo do Padre Balduino Rambo S.J., inclusive acompanhando-o em muitas jornadas de campo. Foi convidado por Rambo como seu assistente na recém criada Divisão de Cultura do Governo do Rio Grande do Sul, onde Buckup obteve êxito em sua proposta de criação de um Museu de Ciências Naturais, órgão que chegou a dirigir anos mais tarde. A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul é uma instituição resultante daquela decisão inicial que hoje continua voltada para o inventariamento da biota e dos ambientes naturais sulriograndenses.
Desde a sua vinda ao Rio Grande do Sul, em 1951, Buckup testemunhou de perto as profundas transformações que as paisagens gaúchas vinham sofrendo com a continua ampliação dos espaços urbanos e a expansão das atividades agrícolas e industriais. No entanto, sempre negou-se a permanecer como mero expectador das mudanças, preferindo agir como manifestante, relator para a imprensa, crítico público e conselheiro técnico-científico para a implementação de políticas públicas voltadas para o meio ambiente. Convidado por José Lutzenberger, participou da criação da AGAPAN, empenhando-se nas fortes campanhas públicas preocupadas com a deterioração da qualidade do ar e das águas no espaço metropolitano da capital gaúcha. Mais recentemente, integrou o grupo que criou a Organização Não Governamental IGRÉ, da natureza sócio-ambiental, juntamente com sua esposa, profa. Dra. Georgina Buckup, onde encontrou espaço privilegiado para numerosas campanhas públicas ligas ao movimento ambientalista. Foi pioneiro nas manifestações relacionadas com a expansão desordenada de plantios de árvores exóticas na silvicultura, em especial no nosso estado. Ampliando sua integração na vida social e cultural do Rio Grande do Sul, Buckup teve a oportunidade de presidir a Fundação Orquestra Sinfônica do Rio Grande o Sul durante um período de grande efervescência musical do Brasil meridional.
Destaca-se, ainda, a sua atuação exitosa durante os quatro anos em que colaborou com a administração superior da UFRGS, na condição de Pró-Reitor de Extensão Universitária, criando espaços à participação da comunidade universitária na vida cultural da cidade.
Fontes: AGAPAN e APEDEMA/RS

26 março 2012

Aniversário de Porto Alegre

240 anos de Porto Alegre
Mapa de Porto Alegre - 1839

Porto Alegre é a capital do estado mais meridional do Brasil, o Rio Grande do Sul. Com uma área de quase 500 km², possui uma geografia diversificada, com morros, baixadas e um grande curso d'água, o Guaíba, que desde a criação da cidade é considerado um rio, mas atualmente é considerado lago por alguns estudiosos desde a publicação do Atlas Ambiental de Porto Alegre.  A polêmica se o Guaíba é rio ou lago está longe de acabar, com acadêmicos usando fortes argumentos para defenderem tanto a tese de lago como a de rio. Essa é uma boa amostra de como os assuntos são polarizados nessa cidade. Muitas entidades ambientalistas e defensoras da cidadania entendem que o fato do Guaíba ser considerado lago é uma boa "desculpa" para a indústria da construção civil obter maiores lucros, pois nossa legislação atual protege áreas maiores nas orlas de rios que de lagos!
A cidade constituiu-se a partir da chegada de casais açorianos em meados do século XVIII. No século XIX contou com o influxo de muitos imigrantes alemães e italianos, recebendo também espanhóis, africanos, poloneses e libaneses. Desenvolveu-se com rapidez, e hoje abriga mais de 1,4 milhões de habitantes. A cidade enfrenta muitos desafios, entre eles a grande população ainda vivendo em condições de pobreza e sub-habitação, um dos maiores custos de vida no Brasil, deficiências sérias no tratamento de esgotos, muita poluição e degradação de ecossistemas originais, índices de crime elevados (embora indicando uma tendência de queda e crescentes problemas de trânsito. Por outro lado, ostenta mais de 80 prêmios e títulos que a distinguem como uma das melhores capitais brasileiras para morar, trabalhar, fazer negócios, estudar e se divertir. Foi destacada em anos recentes também pela ONU como a Metrópole nº1 em qualidade de vida do Brasil por três vezes; como possuindo um dos 40 melhores modelos de gestão pública democrática pelo seu pioneiro Orçamento Participativo, e por ter o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) entre as metrópoles nacionais. Dados do IBGE a apontaram em 2009 como a capital brasileira com a menor taxa de desemprego, a empresa de consultoria britânica Jones Lang LaSalle a inclui em 2004 entre as 24 cidades com maior potencial para atrair investimentos no mundo e figura na lista da Pricewaterhouse Coopers entre as cem cidades mais ricas do mundo. Porto Alegre é uma cidade influente no cenário global, recebendo a classificação de cidade global "gama -", por parte do Globalization and World Cities Study Group & Network (GaWC). Além disso Porto Alegre é uma das cidades mais arborizadas e alfabetizadas do Brasil, é um polo regional de atração de migrantes em busca de melhores condições de vida, trabalho e estudo, e tem uma infraestrutura em vários aspectos superior à das demais capitais do Brasil. Foi manchete internacional quando sediou as primeiras edições do Fórum Social Mundial e foi escolhida recentemente como uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol em 2014. Também tem uma cultura qualificada e diversificada, com intensa atividade em praticamente todas as áreas das artes e das ciências, muitas vezes com projeção internacional, além de possuir ricas tradições folclóricas e um significativo patrimônio histórico em edificações centenárias e vários museus. No esporte Porto Alegre também tem grande destaque, como seus dois maiores clubes de futebol, Grêmio e Internacional, detendores de inúmeros títulos nacionais e internacionais, sendo inclusive campeões mundiais de clubes.
Greve geral em 1917 - Rua da Praia

A cidade é muito conhecida por suas politização e polarização extremada. Já em 26 de abril de 1821 eclodiu uma primeira grande manifestação pública de contestação política na cidade, quando a Câmara, desobedecendo a determinações da Constituição Portuguesa que havia sido jurada pelo Príncipe Regente Dom Pedro, elegeu uma junta ministerial, que governou de 22 de fevereiro até 8 de março de 1822.
Uma das características principais de Porto Alegre é que para ser considerado portoalegrense não é necessário ser nascido em Porto Alegre, inúmeras pessoas são consideradas símbolos de Porto Alegre sem terem nascido na cidade. Isso faz parte da cultura gaúcha, estado que recebeu grandes contingentes de migrantes de outros países e também do Brasil. Na época da Revolução Farroupilha, também conhecida como Guerra dos Farrapos, que por dez anos (1835 - 1845) tornou o Rio Grande um país independente do Império do Brasil, chamado República Rio-Grandense. Naquela ocasião muitos dos principais líderes da República Rio-Grandense não eram gaúchos, como o mineiro Domingos José de Almeida, os cariocas José Mariano de Matos, Padre Chagas e João Manuel de Lima e Silva, o paulista Bento Manuel Ribeiro, os italianos Giuseppe Garibaldi e Tito Livio Zambeccari, o alemão Otto Heise, a catarinense Anita Garibaldi, o baiano Daniel Gomes de Freitas (ex-ministro da Guerra da "Sabinada" baiana, Gomes de Freitas é um dos signatários do tratado de paz que deu fim aos dez anos de lutas). O próprio Hino da República Rio-Grandense, hoje Hino do Estado do Rio Grande do Sul, foi uma composição do maestro Joaquim José de Mendanha, nascido em Minas Gerais.
Em 1975 o mineiro Carlos Alberto Dayrell, ativista da AGAPAN, evita o corte de uma árvore ao subir nela. Por volta das 14 horas, cerca de 500 pessoas já estavam em torno da árvore.

Porto Alegre também tem grande importância na área da ecologia e ambientalismo, o portoalegrense José Lutzenberger foi um agrônomo e ecologista reconhecido internacionalmente que juntamente com outros ecologistas locais fundou a AGAPAN em 1971, a pioneira entidade latino-americana em defesa do Ambiente Natural. Também foi pioneira ao criar a primeira Secretaria Municipal de Meio Ambiente no Brasil e a primeira reserva biológica municipal brasileira: a Reserva Biológica do Lami.
Mensagem do escritor e acadêmico Moacyr Scliar no vídeo "Não ao Pontal do Estaleiro"
A Rua Gonçalo de Carvalho foi a primeira via urbana declarada Patrimônio Ambiental em uma cidade latino-americana, em 5 de junho de 2006. Por ocasião da polêmica aprovação pela Câmara Municipal da lei que alterava o regime urbanístico na Ponta do Melo (projeto Pontal do Estaleiro) para beneficiar um projeto imobiliário na orla do Guaíba, a pressão popular levou o então prefeito José Fogaça a atender o pedido do Movimento em Defesa da Orla do Rio Guaíba a chamar uma Consulta Pública para aprovar ou derrubar a lei municipal. O resultado, em 23 de agosto de 2009, foi que mais de 80% dos eleitores votaram NÃO. A permissão votada pela Câmara para uso residencial na Ponta do Melo foi derrubada e não mais poderão construir espigões na área!



(Com Wikipédia e fontes diversas)

21 março 2012

Dia Mundial da Água - 22 de março





Museu das Águas: proposta de criação será assinada quinta

No Dia Mundial da Água, 22 de março, diversas entidades lideradas pelo governo do Estado e Prefeitura de Porto Alegre assinarão um protocolo de intenções que formaliza o apoio à criação do Museu das Águas de Porto Alegre (Musa). A cerimônia ocorrerá em pleno Guaíba, no barco Cisne Branco, às 10h30, com a presença do governador Tarso Genro e do prefeito José Fortunati.

Também participam dirigentes das entidades que serão representadas oficialmente na Comissão Pró-Museu das Águas: Companhia Rio-grandense de Saneamento (Corsan), Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), Associação Rio-grandense de Imprensa (ARI), Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Associação Rio-grandense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e Lions Club (Distrito LD-3). Estarão apoiando a Comissão, igualmente, as Secretarias Estaduais da Cultura, do Meio Ambiente, de Obras, Irrigação e Desenvolvimento Urbano e de Habitação e Saneamento.

A criação do Museu das Águas vem sendo preparada desde 2009 por um grupo de trabalho coordenado pela artista plástica Zoravia Bettiol, a partir de proposta do engenheiro Luiz Antonio Timm Grassi. O Musa deve ser construído às margens do Guaíba, e suas atividades serão desenvolvidas em torno de três eixos: histórico (como museu de memória das atividades giram em torno da água), educativo (como instrumento de conscientização sobre a gestão dos recursos hídricos) e artístico (como espaço de criação e exposição de manifestações artísticas tendo a água como tema, material ou suporte). Deverá constituir-se em um ícone da orla do Guaíba e um centro de referência local, estadual e nacional da gestão das águas.


Texto de: Maria de Lourdes Wolff
Edição de: Vanessa Oppelt Conte
Autorizada a reprodução dos textos, desde que a fonte seja citada.

Fonte: DMAE 

Atualização em 22/3/2012:

Assinado o Protocolo de Intenções para a criação do Museu das Águas de Porto Alegre
Milanez, presidente da AGAPAN, assina o Protocolo

No final da manhã de hoje, Dia Mundial da Água, foi assinado em pleno Guaíba o Protocolo de Intenções pela criação do Museu das Águas de Porto Alegre pelas entidades apoiadoras.  Integram a Comissão Pró-Museu das Águas as seguintes instituições: Prefeitura Municipal de Porto Alegre, Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae), Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano (Metroplan), secretarias estaduais da Cultura, do Meio Ambiente, de Obras, de Irrigação e Desenvolvimento Urbano e de Habitação e Saneamento, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes-RS), Associação Riograndense de Imprensa (ARI), Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN), Associação Riograndense de Artes Plásticas Francisco Lisboa, Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e Lions Club (Distrito LD-3). 
O evento aconteceu no barco Cisne Branco

Além dessas instituições diversas entidades formais e informais da cidadania de Porto Alegre e ambientalistas também estão apoiando essa proposta desde 2009. Entre as entidades não formais estão o Movimento em Defesa da Orla e o "Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho", que participa desde que a idéia foi apresentada pelo engenheiro Luis Antônio Grassi e pela artista plástica e ambientalista Zoravia Bettiol. O "Amigos da Gonçalo" é o responsável pela arte do folder da proposta.  

O projeto técnico já está sendo trabalhado e breve deverá ser aberto um concurso público internacional para a escolha do projeto arquitetônico, assim que for definida a localização do Museu.


Justiça suspende Audiência Pública sobre Hidrelétrica de Pai-Querê

Foto: site da APEDEMA
Justiça Federal determina que IBAMA disponibilize documentos sobre a UHE Pai-Querê antes das Audiências Públicas

Na tarde desta terça-feira (20/03) a Vara Federal Ambiental Agrária e Residual da Justiça Federal de Porto Alegre deferiu liminar requerida pelo Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais – InGá em ação cautelar movida contra o IBAMA, e suspendeu as audiências públicas do Projeto UHE Pai- Querê até que o IBAMA atenda a requerimento de informações da entidade ambientalista.

Em 1/02/2012, o InGá encaminhou ofício ao IBAMA solicitando a apresentação da motivação de mérito quanto aos itens considerados atendidos nas complementações ao EIA/RIMA, bem como a indicação da equipe responsável pelo aceite do estudo ambiental, e a disponibilização do restante do processo administrativo (parte não disponível na internet) em meio digital ou físico. Além disso, o InGá solicitou a realização de audiência pública em Porto Alegre, o que foi atendido pelo órgão. No entanto, passados 45 (quarenta e cinco) dias, as solicitações de documentos não foram respondidas, e nenhum dos documentos solicitados foi disponibilizado, ensejando o ajuizamento de ação cautelar com a finalidade de assegurar o acesso às informações antes da realização das audiências públicas.

Não foi a primeira vez que o InGá precisou acionar o Poder Judiciário para obter o processo de licenciamento ambiental do Projeto UHE Pai Querê. Em 23/06/2010 a Justiça Federal já havia julgado procedente ação similar ajuizada pelo InGá. À época, o IBAMA forneceu o processo e chegou a disponibilizá-lo em sua página na internet, mas de lá para cá o processo teve novos andamentos que não foram publicizados pela autarquia, nem mesmo após o requerimento apresentado.
O InGá vem acompanhando rigorosamente o licenciamento da UHE Pai Querê mediante a análise integral do processo de licenciamento ambiental. Esse acompanhamento já se mostrou relevante, por exemplo, em 2010, quando o aceite do EIA/RIMA havia sido proferido por técnicos que não compunham a equipe técnica original. Na oportunidade, o InGá prontamente encaminhou o ofício questionando este fato. Os posteriores procedimentos adotados pelo IBAMA confirmaram que o aceite do EIA/RIMA publicado no DOU em 30/06/2010 havia sido um ato precipitado que suplantou uma etapa indispensável do licenciamento ambiental, qual seja, a análise técnica de adequação do EIA/RIMA ao Termo de Referência e à legislação vigente. Tanto é verdade que o próprio IBAMA, reconhecendo a falha, tornou sem efeito o anterior edital e, além disso, promoveu o retorno do processo à análise das complementações necessárias ao EIA/RIMA.

Área que seria alagada pela barragem de Pai Querê - Foto: SOS Rio Pelotas


Neste momento, novamente o IBAMA não disponibilizou o acesso à íntegra do processo. “Tais condições inviabilizam que a sociedade civil organizada exerça sua cidadania de forma plena. O processo de licenciamento é público, e é mais que dever de uma associação ambientalista manifestar-se a partir dos elementos concretos que constam no processo administrativo”, alertam os advogados do InGá Emiliano Maldonado e Marcelo Pretto Mosmann. “A Constituição Federal que garante o amplo exercício da cidadania pela população, a Lei 10.650/03 também dispõe sobre o acesso público aos dados e informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama. O Código Estadual do Meio Ambiente, por sua vez, assegura ao cidadão o acesso às informações sobre os impactos ambientais de projetos e atividades potencialmente prejudiciais à saúde e à estabilidade do meio ambiente. A legislação não sustenta a atitude do órgão ambiental de não tornar público os documentos”, enfatizam os advogados.

A ação cautelar foi ajuizada nesta segunda (19/03) tendo como objetivo assegurar a disponibilização das informações antes da realização das audiências públicas, em especial a apresentação da motivação de mérito quanto aos itens considerados atendidos nas complementações do EIA/RIMA, o que a entidade solicitou ainda em 1/02/2012. Por essas razões, a Justiça Federal deferiu parcialmente a liminar requerida para: “(a) determinar que o IBAMA, no prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito) horas, exiba aos presentes autos judiciais os documentos solicitados no Ofício 04/2012 quais sejam ‘cópia da análise técnica do IBAMA quanto aos novos estudos apresentados contendo motivação de mérito quanto aos itens considerados atendidos, bem como a indicação da equipe responsável pela elaboração do Parecer 127/11′ e ‘o restante do processo administrativo (a partir da fl. 1437 ao final) em meio digital ou físico’; (b) determinar que o IBAMA suspenda a realização das audiências públicas até que sejam disponibilizados os documentos requeridos no item ‘a’ acima”.

Na noite desta terça-feira o IBAMA ingressou com recurso de agravo de instrumento no Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no qual argumenta que “não há obrigação legal alguma em se disponibilizar cópia integral de todo o processo de licenciamento”, argumento que já não se sustenta em um regime democrático que preza pela transparência e publicidade das informações públicas, sobretudo em procedimentos administrativos cujos efeitos afetam negativamente o meio ambiente e toda a sociedade. A audiência pública que ocorreria hoje em São Joaquim/SC restou suspensa, haja vista que o IBAMA não forneceu até o momento as informações requisitadas na determinação judicial.

Fonte: InGá Estudos Ambientais
Saiba mais sobre a UHE Pai-Querê no site S.O.S. Rio Pelotas: http://sosriopelotas.wordpress.com/paiquere/

16 março 2012

A última árvore

Imagem da internet, sem autoria conhecida
El último árbol. 
Štĕpán Zavřel, escritor. Cuento sobre el cuidado de los bosques.

En las afueras de la ciudad vivían un chico y una chica. El guardabosque iba a verlos frecuentemente y siempre les llevaba algo del bosque. A veces, los dos niños acompañaban al guardabosque. Recogían las hojas de árboles, agujas de pino y piñas. Luego las dibujaban y colgaban las hojas sobre las paredes del cuarto de estar de su casa.
El viejo guardabosque les contaba muchas historias. Así aprendieron los niños que los abetos crecían en tierras más secas, que los pinos podían vivir en la arena, y que el plátano sufría con los fríos del invierno. Y que el abedul crecía mucho más al norte, en las tierras frías, mientras que el cedro necesitaba las temperaturas templadas de las costas.
—El roble puede vivir cien años —les decía el guardabosque mientras caminaba por el bosque
—. Para los pueblos antiguos era un árbol sagrado. Y el cedro aún puede vivir más años. El rey Salomón construyó su templo con cedros. La madera de estos árboles es muy resistente.
Los niños observaron un cedro gigantesco. Su copa sobresalía por encima de los demás árboles.
—Quizá se deba a la resina —continuó el guardabosque
— La resina hace a la madera más duradera. Nuestros antepasados frotaban los pergaminos con resina de cedro para que lo escrito en ellos se conservase durante muchísimos años.
Se detuvo un momento.
—Antes, los cedros crecían junto al Mediterráneo. En Arabia y en el norte de África había bosques de cedros. Pero los hombres acabaron con ellos. Un día, el alcalde fue a visitar a los niños y vio todos los dibujos que habían hecho. En todas las paredes había dibujos.
—Es la mejor manera de conocer el bosque —dijo satisfecho. Luego, se dirigió al guardabosque:
—En la ciudad hay que construir un nuevo puente. ¿Cómo andas de madera?
El guardabosque sacudió la cabeza.
—Los retoños aún son muy jóvenes y un puente necesita mucha madera. Tendremos que esperar. El alcalde estuvo de acuerdo. Luego, dijo a los niños:
—El bosque nos ayuda a vivir. Por mucho que utilicemos su madera, el bosque no se acaba. ¿Sabéis por qué? Los niños no lo sabían. El alcalde sonrió.
—Porque quien tala un árbol tiene que plantar otro nuevo. Así lo hemos hecho durante muchos años.
El viejo guardabosque asintió.
—Sí, aunque no siempre fue así —dijo.
Y rellenó su pipa, la encendió con una rama fina y comenzó a contar:
«Hace muchos, muchos años, en las afueras de la ciudad vivían dos niños. La niña se llamaba Lea y el niño, Said. Se parecían mucho a vosotros. Vivían en una cabaña y recorrían juntos el bosque. Con el tiempo llegaron a reconocer las diversas especies de árboles. Aprendieron que las agujas de los pinos son más claras que las de los abetos y que cuelgan de las ramas de dos en dos.
Descubrieron que las agujas de los abetos no duran eternamente, sino que se caen a los pocos años, pero vuelven a crecer otras nuevas. Y que las agujas de los cedros, verde oscuras como las de los abetos, no se caen nunca. Said y Lea estaban asombrados. ¡Qué distintos eran unos árboles de otros! Y entonces empezaron ellos mismos a plantar árboles.
Todos los días iban al bosque. Arrancaban con cuidado los pequeños árboles que crecían salvajes entre los grandes troncos y los plantaban en su jardín. Estaban contentos. Se sentían como profesores de una escuela de árboles. Y cuidaban de que sus alumnos no crecieran torcidos.
Por las tardes, cuando el sol rozaba el horizonte, llenaban unas grandes regaderas y daban agua a sus protegidos. Un día, al atardecer, los niños vieron que tres hombres cruzaban el puente. Los tres forasteros fueron a la plaza del mercado y dejaron sus sacos. Dentro había pesados collares de oro y adornos brillantes. Rodaron por todas partes pulseras con ámbar incrustado, perlas, corales y nácar. La gente sintió curiosidad.
¿Qué querrían los comerciantes a cambio de aquellos tesoros?
—Nada de particular, sólo madera —dijeron los extranjeros—. Pero mucha, toda la que podáis conseguir. Si traéis mucha, os daremos aún más joyas. Y también hemos pensado en los niños —añadieron sonrientes—.
Tenemos peladillas, chocolate, caramelos y azúcar cande. La gente miraba aquellos adornos tan caros y todos estaban como hechizados. Brindaron con los extranjeros y bailaron y cantaron sin parar durante toda la noche.
Al día siguiente empezaron a trabajar. Los árboles, unos tras otros, fueron cayendo al suelo. Los golpes de las hachas retumbaban por el bosque. Los tres forasteros estaban contentos. Repartían el oro y la plata y se llevaban la madera.
Así pasó una semana y otra. En el bosque empezaron a aparecer claros y algunas colinas ya se veían peladas. Pero nadie se daba cuenta. Ni nadie tenía tiempo para plantar nuevos retoños. La tierra se volvió áspera y seca. Los arroyos llevaban poca agua y sólo llovía de vez en cuando.
A medida que el bosque clareaba, las arcas de la gente se llenaban de oro, plata, piedras preciosas y alhajas. Los cuellos de las mujeres se doblaban bajo el peso de los collares. Los dientes de los niños ya estaban amarillos, azules, verdes y negros de tantas golosinas. Hacía ya mucho tiempo que Said y Lea habían tirado sus caramelos.
Todas las noches recogían el rocío en unos grandes pañuelos que extendían sobre el suelo. Con el rocío y la poca agua que aún salía de la fuente regaban con cuidado los jóvenes arbolitos de su jardín.
En el lugar en donde antes crecía el bosque, ahora el suelo estaba árido. Y si alguna vez llovía, el agua se evaporaba enseguida. Los pájaros no encontraban sombra alguna y caían extenuados al suelo. Pero la gente seguía cortando madera… Un día, todos se encontraron alrededor de un gran árbol. Iban a empezar con sus sierras y sus hachas, cuando se dieron cuenta de que se trataba del viejo cedro.
El bosque que antes lo rodeaba había desaparecido por completo. El gran cedro era el último árbol que les quedaba. Las colinas se erguían peladas. Detrás se divisaba el desierto.
La gente se asustó.
— ¡Hemos acabado con nuestro bosque! —gritaron—. ¿Qué vamos a hacer ahora?
Pero nadie sabía la respuesta. La tierra se había secado y estaba cuarteada. Un suave vientecillo trajo granos de arena. Las arenas se acercaban cada vez más. Se extendían por todos los alrededores. Se apilaban al pie del cedro.
Amenazaban con invadir la ciudad. Las gentes se arrancaron los collares de perlas de sus cuellos: ¡eran bolas de cristal! Abrieron los cofres: ¡el oro se había convertido en metal corriente; la plata, en mica! Todos estaban rabiosos.
Esperaron a que volvieran los extranjeros, pero éstos no regresaron. A lo lejos, los mercaderes contemplaban lo que quedaba del bosque. Se reían. Tenían la madera y con ella podrían construir muchos barcos. No les importaba que la ciudad se hundiera en la arena. Volvieron la espalda y empezaron a huir. Pero eso no fue fácil: había arena por todas partes.
De repente empezaron a hundirse en una duna. Cada vez se hundían más. Y pronto no quedó de ellos más que un sombrero.
— ¿Qué debemos hacer? —preguntó la gente, ansiosa.
— ¿Cómo podríamos salvarnos del desierto? Entonces Said y Lea les dijeron:
—Tenéis que plantar de nuevo. En nuestro jardín crecen árboles de todas las especies. Podemos trasplantarlos. Empezaremos con los pinos y los cedros, pues la arena no les impide crecer. Y cuando la tierra se haya asentado, traeremos los demás árboles y los plantaremos junto a ellos. Luego recogeremos sus semillas y las enterraremos en el suelo. Con el tiempo tendremos un pequeño bosque. Y volverán a caer el rocío y la lluvia. Pero para eso aún falta mucho tiempo. Primero tenemos que regar los árboles pequeños por la noche, mientras haya agua en la fuente.
La gente admiró a los niños. E hicieron lo que Said y Lea les habían aconsejado. Trabajaron día y noche. Y por fin volvió a llover. Y después de muchos meses lograron tener un pequeño bosque.
Los vecinos respiraron. ¡La ciudad estaba salvada! ¡El bosque crecía! Un día, las gentes llegaron a la cabaña de madera situada al extremo de la ciudad. Despertaron a Said y a Lea y los llevaron al bosque. Allí les dieron las gracias y prometieron cuidar el bosque con cariño. Todos comieron, bebieron y bailaron alrededor del cedro.
Y han cumplido su promesa hasta el día de hoy.»
El viejo guardabosque vació su pipa. El alcalde miró pensativo el fuego. Los dos niños callaban. Luego, preguntaron al guardabosque con curiosidad:
— ¿Quiénes fueron Said y Lea? ¿Los conociste?
El guardabosque sonrió.
—Sí, claro, fueron mis abuelos.

Fin
Štĕpán Zavřel
El último árbol
Madrid, Ediciones SM, 1988

Fonte: http://www.encuentos.com/cuentos-de-arboles/el-ultimo-arbol/

12 março 2012

VERGONHA em José Bonifácio, estado de São Paulo!

Incrível! Prefeitura de José Bonifácio/SP corta árvores da Praça para construir "quiosques de alvenaria" que venderão lanches!
A denúncia chegou até nós por e-mail. No e-mail tem um link para o blog "Aldeia Mundus" que mostra a barbárie que a própria Prefeitura Municipal está cometendo contra o Meio Ambiente naquela cidade paulista.
Foto: Blog Aldeia Mundus
Como pode alguém em sã consciência cometer um ato assim, ainda mais sendo o próprio executivo municipal?
No Blog "Aldeia Mundus" foi postado um texto do jornalista Hairton Santiago:

Praça Sebastião Pereira Lima - José Bonifacio - SP

Estou com o coração sangrando. Operários da Prefeitura de José Bonifácio, equipados com motoserras, acabam de colocar no chão uma frondosa mangueira plantada na Praça Sebastião Pereira Lima, na região central da minha cidade. Fui eu que plantei essa mangueira, em 1996, cuidei dela com muito carinho. Ela dava frutos soborosos - "manga espada" - que deleitavam muita gente. Sua copa frondosa servia como abrigo para os ninhos dos pássaros. Neste tempo de muito calor, sua sombra era abrigo convidativo. No mesmo dia em que plantei essa mangueira, o saudoso Pacheco, dedicado servidor da Prefeitura que trabalhou com dedicação como zelador da praça, também plantou outra ao lado. Foram dezenas de anos, Pacheco e eu, cuidando das nossas arvorezinhas, que sobreviveram na praça. Pacheco se foi, está com Deus.


Mas, por que os "homens da Prefeitura" cortaram essa árvore frutífera? Por que o Prefeito de José Bonifácio autorizou a construção de quiosques em alvenaria na praça pública e que serão ocupados por vendedores de lanches. Entendo que as pessoas precisam trabalhar, ganhar seu pão diário e suprir as necessidades da família. Mas, ocupar espaço público com suas microempresas? Considero isso uma ilegalidade, uma transgressão constitucional. Isso é um abuso, um desrespeito às normas legais. De repente, sem nenhuma lógica, meia duzia de gente - alguns são meus amigos, outros apenas conhecidos - transformam-se em "proprietários de um lote" na Praça Sebastião Pereira Lima.

A mangueira e uma palmeira foram sumariamente cortadas, despedaçadas, seus troncos e galhos triturados, porque "atrapalhavam" a varanda de uma das lanchonetes que estão sendo construídas na Praça Sebastião Pereira Lima. Meu lamento não é apenas porque fui eu quem plantou a mangueira. Meu choro é porque integramos uma campanha mundial inspirada pelo Presidente de Lions Internacional, Dr. Wing-Kun Tam, compromissados com o plantio de um milhão de árvores no planeta. Já plantamos quase sete milhões. E o que os homens públicos estão fazendo aqui em José Bonifácio? Simplesmente ordenando o corte de árvores urbanas.

Nenhuma explicação vinda do Poder Público me convencerá e, de antemão, peço que não ocupem meu precioso tempo com um eventual "esclarecimento". Tenho mais o que fazer, tenho que continuar plantando árvores para que estas sirvam à sanha ilógica de homens públicos, que as desejam no chão, inertes.

Nós, moradores e empresários no entorno da Praça Sebastião Pereira Lima, na região central de José Bonifácio, nunca fomos consultados para externarmos nossa opinião sobre a transformação destre aprazível local de lazer urbano, em "lanchódromo". À sorrela, o Poder Público loteou esta Praça, um acinte à minha parca inteligência. Menosprezo ao povo de José Bonifácio, que paga tributos altíssimos.

E agora? Nada posso fazer, a não ser denunciar o que classifico como abuso, como esbulho ao bem público do povo.

Estou triste sim, inconformado pela morte imposta à árvore que plantei, à palmeira que vivia ao seu lado.

Roupa suja se lava em casa. Neste caso específico, envergonhado, torno público ao mundo, o que o Poder Público está fazendo em José Bonifácio, especificamente na Praça Sebastião Pereira Lima, na principal via pública da cidade.

Quem sabe alguém oriundo da representação dos "Poderes Constituídos da Nação Brasileira", resolva dar uma olhada no que acontece aqui na minha cidade.
Foto: Hairton Santiago


Mais informações no Blog Aldeia Mundus: http://aldeia-mundus777.blogspot.com/

08 março 2012

Inimigos das árvores atacam no Rio de Janeiro!

Via facebook da AMAGÁVEA (Associação de Moradores e Amigos da Gávea) - 7 de março de 2012:

Ipê Amarelo em setembro do ano passado - foto: AMAGÁVEA
Prezado Morador e amigo da Gávea,

Fomos informados a partir de um telefone de uma moradora da rua Vice Governador Rubens Berardo sobre o corte de árvores na esquina com Marques de São Vicente hoje. Na mesma hora estivemos no local e acionamos a 6 RA na presença do Sr. Leonardo Spritzer onde pedimos para verificar todos a documentação que "permite" o absurdo que está sendo realizado no local.

Hoje, 17 árvores, inclusive um ipê amarelo lindo, estão sendo derrubados na Gávea. Tudo com autorização da Prefeitura.

Segundo o advogado da construtora, que foi abordado no local o logradouro público, que fica na esquina da Vice Governador Rubens Berardo com a Marquês de São Vicente, sofreu “processo de investidura”. Ou seja, a Prefeitura, sem consultar a associação de moradores, na encolha, gentilmente VENDEU a esquina para que ela faça parte de um projeto de edificação.

Estamos acionando a advogada da Associação para verificar que medidas possíveis ainda podem ser tomadas e diversos moradores hoje, já marcaram um protesto em frente ao local para a partir das 17h.

Pedimos por email uma cópia de toda a documentação do caso em questão.

UMA PRAÇA PUBLICA NÃO PODE DESAPARECER DO BAIRRO SEM UMA CONSULTA PRÉVIA DA POPULAÇÃO, SEM QUE A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES SEJA ABORDADA, QUE A QUESTÃO SEJA DISCUTIDA EM PLENÁRIA POR TODOS OS MORADORES, ASSOCIADOS OU NÃO.

Seguem algumas fotos do Ipe amarelo florido em setembro do ano passado e do crime ambiental ocorrido hoje pela amanhã com o corte da árvore.

Algumas duvidas precisam ser respondidas:

- como uma praça pode ser vendida para construção de um imovel em pleno bairro sem a consulta da população e da Associação de moradores?
- como uma praça pode ser destruida sem nenhum tipo de proteção dos orgãos governamentais? Pelo contrário, com seu conhecimento e conivencia!
- como árvores podem ser simplesmente arrancadas, cortadas, eliminadas sem nenhum respeito ao meio ambiente e moradores da região?
- Onde estão as placas do novo empreendimento ?


A Amagavea somos todos nós !

Atenciosamente,
Amelia Crespo
Presidente da Amagávea


O crime sendo cometido - foto: AMAGÁVEA